A Relíquia De Urano escrita por Tia Malu


Capítulo 15
Surpresas.




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- Acorda desgraça ! - falava Renato me sacudindo tentando me acordar. 

Abri os olhos ainda meio perdida. Não acreditava que havia acabado de falar com Rafael e de que aquele desgraçado estava vivo. Mas por que ele ainda estava no Mundo Inferior então? 

- Já acordou sua preguiçosa? - perguntou Renato então abri os olhos e  fiz o óbvio. Dei um tapa de leve em sua cara só para ele me fazer o favor de calar a boca.

- É ela acordou - disse Leandro.

- Por que você estão aqui? Me deixem dormir em paz - resmunguei fechando os olhos novamente.

- Estamos aqui porque o Pedro achou um laguinho perto daqui e todos já foram lá se limpar e tudo o mais, todos menos você que é a única ainda aqui deitada - disse Leandro

- Ta bom, eu vou depois - falei ainda muito sonolenta.

- Você vai agora - disse Renato

Então ele pegou minhas pernas e começou a me arrastar para fora da barraca, enquano eu esperneava tentando fazer com que ele me largasse. Então Leandro pegou minhas mãos e os dois começaram a me balançar de um lado para o outro e a ameaçar me jogarem no chão, o que não ia deixar minhas costas nem um pouco felizes, se eu não fosse ao tal laguinho. Tive que prometer a eles que iria lá, pata que eles me botassem no chão.

 - Viu, nada como um bom susto para acordar alguém - escutei Pedro falar.

- Cala a boca. - falei voltando para dentro da barraca para pegar roupas limpas e então fui para o maldito laguinho.

*

Depois de me limpar no laguinho, troquei minhas roupas por uma calça jeans preta, tênis de corrida e a blusa laranja do acampamento. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e voltei para o acampamento improvisado, a maioria dos campistas já estavão acordados, eles estavam em duplas, trios ou em grupos de quatro ou cinco conversando. Fui até Renato e Leandro e contei a eles o meu sonho, falei até sofre Rafael estar vivo e no Mundo Inferiror. Eles não questionaram o que eu falei então fomos nos juntar a Pedro, Nick, Gabriel e Gi que estavam ao redor das cinzas da fogueira que estava acesa na noite anterior.

- Bom dia ! - falou Gi ao nos ver, então me sentei ao lado dela.

- Mal  dia, péssimo dia. - falei simplesmente.

- Vish, está de mau - humor é? - perguntou ela.

- Não, só com sono. E a culpa é de Renato e Leandro. - falei olhando feio para os dois.

- Ei culpe Pedro e Gabriel, foram eles que deram a ideia - disse Leandro.

- Por que será que isso não me surpreende? - suspirei.

Eles começaram a falar das rotas mais rápidas de chegar ao primeiro QG, mas em todas elas tínhamos de passar pelas cavernas de Knossos. Enquanto eles falavam me encostei na Gie e apenas fiquei os escutando, até que Jeff chegou, trazendo alguns coelhos e ovos de aves pequenas e nos disse que aquilo seria o nosso almoço.

Ele acendeu a fogueira, enquanto Gi, Leandro e eu limpávamos os coelhos.Durante o trabalho não conversamos muito e percebi que Leandro escutava música em seu IPod, percebi então que o garoto o escutava desde o dia anterior, já era para o pequeno aparelho ter descarregado.

- Ei Leandro carrega meu mp5? - pediu Gi e eu fiquei meio que boiando.

- Claro Gi, me dá ele depois que eu carrego - respondeu o garoto.

- Carregar seu mp5? - perguntei confusa já passando meu coelho limpo para a Gi, que passou para Leandro.

- Sim, sim. Assim como eu, todos os filhos de Zeus tem energia dentro de si. Isso nos permite recarregar coisas pequenas. IPods, mp sei lá quantos, notebooks - explicou o garto, então entendi o que ele quis dizer.

Enquanto os coelhos assavam aproveitei para desarmar minha barraca e comecei a arrumar minhas coisas. Quando me reuni aos outros novamente, sentei ao lado de Jeff e tentei comer um pouco, mas não estava com tanta fome assim.

Quando todos terminaram de comer começamos a marchar floresta adentro. Ainda não sabia como os monstros não haviam ido nos atacar, levando em consideração de que a aula de todos os semideuses ali juntos devia ser muito forte. Não sei por quanto tempo andamos, mas já sentia meus pés começarem a doer, quando escutei um barulho estranho, de silvos de cobra, mas quando olhei ao redor não vi nada. Então senti algo bater em minhas costas, não foi forte o suficiente para me fazer cair no chão ou algo assim, mas cara, doeu o suficiente para me fazer soltar um belo de um palavrão.

Ao me virar para trás vi o que havia me acertado. Uma dracaena. Quando olhei ao redor vi que estávamos cercados por elas, a dracaena que me bateu ainda estava parada, apenas me olhando, enquanto suas companheiras já atacam meus amigos. Segurei meu pingente que se transformou em um arco, e logo puxei a corda aonde uma felcha preteada apareceu, então apontei a dracaena que continuava a me olhar, mas agora estava claramente assustada. Me forcei a atirar nela mais não consegui, algo no jeito como ela me olhava era irritantemente familiar e me impediu de cometer tal ato.

- Por que você não me ataca? - perguntei,

- Porque isso é errado. Não quero machucá-la- disse simplesmente a dracaena.

- Bom você não quer me machucar, mas me bateu com algo MUITO forte nas minhas costas. É belo conceito o seu. - falei erguendo uma sobrancelha.

- Eu fui obrigada a fazer isso, me desculpe. - disse a dracaena e ela parecia realmente arrependida.

- Está bem, tanto faz. Você tem um nome? - perguntei

- Lucrécia. - disse ela e eu me lembrei de um dos personagens do livro Assassin's Creed.

- Então tá... eu sou a ...

- Malu. - completou ela. - Sei quem você é, o mestre está lhe aguardando no Coração da ilha, ele espalhou seu rosto e seu nome para todos os montros.

- Quem é o seu mestre? - perguntei.

Mas não tive resposta alguma, pois Gabriel, o maldito filho de Hades, chegou por trás da dracaena e a decaptou, logo a mesma se desfez e eu apenas olhei meio que horrorizada para o garoto.

- O que foi? - perguntou ele.

- Você matou a Lucrécia! - exclamei e percebi o quanto sem noção aquilo havia soado, e em como ele se esforçava para não rir.

- Lucrécia? - perguntou ele.

- Sim, Lucrécia, e ela estava prestes a me falar quem é que está comando TUDO quando você chegou por trás dela e a matou! - falei exasperada.

- Ah...- foi a única coisa que ele disse, então passei pelo garoto lhe dando um esbarrão e me juntei aos outros ignorando totalmente os olhares que alguns campistas me lançavam.


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