Nii-san escrita por Gabriella Usagi
Notas iniciais do capítulo
ATENÇÃO: não é o final ainda!!!
Madara abriu os olhos, sentia-se estranho, lembrava apenas de seu nome, nada mais. Sentou-se e observou o quarto onde estava, havia uma prateleira com alguns livros coloridos e bonequinhos sorridentes, na cômoda um vaso com lírios cor laranja exalava um perfume delicioso.
Seus pés balançavam à beira da cama de lençol limpo e branco, seu corpo doía e pelo gosto ruim presente na boca sabia que havia dormido demais, talvez alguns dias. Desceu da cama e apoiou-se na beira, pois suas pernas ainda estavam trêmulas.
Assim que se acostumou com o próprio peso caminhou na direção da porta, abriu e seguiu por um longo corredor, em sua cabeça havia apenas a lembrança de seu nome e um grande vazio na memória. “Onde estou?” pensava com medo, algo dentro de si temia por estar sozinho.
Passou em frente a um grande espelho e observou por alguns instantes, tinha alguns hematomas nos braços e um corte com curativo no rosto. Fez cara de dor, estava confuso e não sabia como chegara ali nem mesmo de onde veio. Segurou a cabeça, puxou os cabelos e gritou bem alto, não entendia o porquê estava fazendo aquilo, mas era de certa forma um alívio. O grito do garotinho de 7 anos ecoou e encheu a casa de vida por alguns instantes.
Uma mulher de olhos calmos e cabelos compridos apareceu no início das escadas.
- Madara... vem cá. – ela chamou docemente e sorriu, parecia conhece-lo bem.
Ao se aproximar da mulher com receio, ela abaixou e tocou no peito do garotinho.
- Está se sentindo melhor? – ela perguntou ainda com aquele sorriso bonito no rosto e olhar maternal.
Madara balançou a cabeça em sinal positivo e sentiu a mulher pegá-lo no colo com carinho.
- Onde eu tô moça? – disse o garoto já chorando.
- Vai ficar tudo bem amor, logo você vai saber. Pode me chamar de Obaa-san. – a mulher fez carinho nos cabelos de Madara e seguiu até uma sala muito bonita onde uma moça jovem acabava de trançar os próprios cabelos.
- Esta é a sua okaasan Madara, muito bonita não é? – disse a mulher colocando-o no chão.
Madara ainda estava choramingando quando a moça de olhos opacos e brancos chamou-o para perto sorrindo. Ela limpou as lágrimas do pequeno e disse:
- Você é um garotinho muito valente sabia? Não tem por que chorar, eu vou cuidar de você.
- Você é minha okaasan... eu não me lembro de você. – Madara olhou em volta o belo lugar onde estava – não lembro de nada...
A mulher mais velha sorriu e interrompeu:
- Não importa pequeno, você não precisa do que já passou. Toph-chan, eu tenho de ir avisar os outros que Madara acordou, com licença.
Assim que a mulher saiu Toph abraçou o pequeno Uchiha:
- Vai ficar tudo bem, tá bom? Luna-san disse que você agora é um garotinho normal e vai se tornar um homem formidável, não é legal?
- Normal para ele é impossível, assim espero. – soou uma voz masculina forte vinda da porta do jardim.
- Itachi-kun! – Toph sorriu e se levantou levando o garotinho até o homem.
Madara sentiu um aperto no coração e sem explicação agarrou firme o rapaz alto, era uma sensação de alívio e saudade ao mesmo tempo, coisas demais para um pequeno garotinho, logo ele estaria chorando novamente.
Depois que Madara se acalmou Itachi olhou-o bem nos olhos deu-lhe um cutucão na testa:
- Eu disse que ia cuidar de você Maa-chan.
Aquelas palavras eram confusas para o pequeno, mas de certa forma ao ouvir “Maa-chan” algo dentro dele despertou a sensação de segurança e conforto. O menino abriu um largo sorriso e disse:
- Você é muito legal, nii-san.
- Otoou-san, pode me chamar de Otoou-san.
Madara gostava do som daquela palavra, repetiu com o ar feliz comum à sua antiga forma:
- Itachi Otoousan!
Continua...
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