Eu dormi na casa do Mateus naquela noite, o que já era óbvio. Quando eu acordei no dia seguinte, ele não estava na cama, olhei no banheiro e nada. Ele deveria estar lá em baixo. Quando eu sai do quarto, tinha um bilhete no chão em frente a porta, que dizia "Bom dia amor, dormiu bem? Bom, vá seguindo essa trilha de balas de goma e você vai me achar. Seria mais romantico uma trilha de pétalas de rosa, mas eu estou sem dinheiro para comprar, e como eu sei que você adora doces, fiz uma trilha de bala de goma. Se quiser comer, pode comer. Eu limpei o chão antes de coloca-las ai." Era impressão minha, ou o Mateus estava querendo que eu engordasse? Mas enfim, aquilo era fofo. Fui seguindo as balas de goma, até que cheguei na ponta da escada e tinha outro bilhete ali, que dizia "Estou tentando ser fofo com você, para me desculpar por tudo que eu já te fiz. Eu te amo, to na cozinha te esperando. P.S: Não coma todas as balas de goma, tu tem que tomar café da manhã ainda, xxx." Ele estava tentando ser fofo comigo! Awn! Estava tentando, e estava conseguindo ne. Desci as escadas e entrei na cozinha, e vi uma cena rara: O Mateus fazendo comida! Tipo... Uau!

- Bom... Dia? - disse, meio que indignada com aquela cena.

- Bom dia princesa - princesa, puta. merda. - ta com fome? - ele me dá um selinho.

- Depois da noite de ontem, é obvio que eu to com fome - dou uma risada ironica e ele sorri comigo.

- Fiz teu café da manhã - ele empurra uma bandeja para perto de mim. A bandeja estava linda, tinha uma rosa no canto da mesma. Ele tinha feito chá, que ele sabia que eu amava, com bolacha com geleia, que eu também amo. Ele também colocou algumas balas de goma junto, que fofo.

- Tu realmente sabe do que eu gosto ne Mat, obrigada, ta tudo lindo.

- O Guilherme ligou ai, várias vezes... Moleque chato da peste. - já tinha me esquecido do Guilherme, cara.

- Ele falou oque? - tento soltar uma gargalhada mas não da muito certo.

- Que si eu incostar um dedo em você, em todos os sentidos - ele levanta uma sobrancelha - eu to ferrado.

- Então resumindo, tu ta ferrado - dou uma gargalhada.

- Verdade, mas valeu a pena, né?

- Sim, e outra - tento mudar de assunto - eu to morrendo de dor de cabeça, sério, acho que vou explodir, tu tem algo ai para mim tomar?

- Ninguém mandou encher a cara noite passada, idiota. Bem feito. Mas deve ter alguma coisa lá em cima, vou pegar pra você.

- Obrigada, idiota.

Ele sai da cozinha e eu pego meu celular e passo uma mensagem para o Guilherme "Bom dia, tu deve estar dormindo ainda, eu te conheço. Sei que tu deve estar morrendo de raiva de mim, mas depois eu te explico tudo, eu prometo. E agente precisa conversar... Mas depois, de noite quando eu chegar em casa nós conversamos. Me perdoa Gui... Eu te amo, xxx" Mandei com a intenção de abaixar um pouco a raiva dele por mim, mas acho que não funcionou, pois ele respondeu com uma mensagem tão grossa: "Cara, eu passei a noite toda preocupado contigo, mas claro, tu não tava nem ai pra mim. Vai se foder Jessica, você me ama é o caralho. E sim, eu to com raiva de você, e não, eu não quero que você me explique nada quando chegar em casa, não quero te olhar sabendo que você passou o dia todo transando com o Mateus. Nem me chama mais aqui em casa Jessica." Deu uma vontade imensa de chorar quando ele me mandou aquela mensagem, mas eu não pude chorar porque o Mateus estava voltando e também não respondi a mensagem dele.

- Aqui sua bebada - ele me da o comprimido e um copo d'água.

- Qualé, foi culpa tua eu ter bebido tanto daquele jeito.

- MINHA?

- Sim, sua, hahaha. - levanto e dou um beijo nele, um beijo demorado e apaixonado. - vamos fazer o que hoje?

- Eu poderia te levar pra sair, mas não tenho dinheiro - ele ri.

- E mesmo si tivesse, eu não iria sair de casa com essa ressaca, pelo amor de Deus.

- Então... Vamos ficar aqui em casa o dia todo?

- É uma boa né.

- É, vamos alugar alguns filmes?

- De terror - eu digo, mas eu sabia que ele tinha medo, mas eu amava.

- Eu tenho medo, nem pensar - ele ri. - Ah Mat, por favor, eu amo filme de terror, por favor mor... - faço biquinho, awn.

- Eu te odeio sabia? Vai Jessica, vai escolher o filme. Mas por favor, algo não muito forte, sério.

- Te amo te amo te amo!! Vou lá escolher o filme, já volto.

Eu tinha escolhido 5 filmes de terror, alias, era para o dia todo né. E levando em conta, que ainda era 9h da manhã, o dia ia ser longo. Eu escolhi atividade paranormal 3, a filha do mal,  espiritos - a morte está ao seu lado, evocando espiritos e a ultima musica. Pelo menos um romantico, sinão o Mateus iria ter um treco de tanto medo, é sério.

- Mor, vem já escolhi os filmes - eu grito da sala, ele estava lá no quarto se trocando.

- Já to descendo, calma.

Enquanto ele não descia, fui conectando o dvd. Iriamos assistir primeiro Atividade paranormal 3. Estava ajoelhada no chão conectando os fios, quando ouço alguns passos atrás de mim, olho para trás e era o Mateus. Santo Deus, ele estava só de bermuda! Que Deus grego! E o perfume dele, cara?

- É... Uau - falo e fico de boca aberta olhando para ele.

- O que foi? - ele pergunta com um sorriso ironico.

- É.... - poderia falar que estava quase ficando louca com aquela visão, mas não - nada não, vamos assistir o filme?

- Vamos, qual você escolheu?

-  Atividade paranormal 3 - dou uma risada ironica.

- Vai se ferrar, tu sabe que eu tenho medo Jessica.

- Ah amorzinho - levanto e chego mais perto dele - eu to aqui para te proteger dos espiritos malvados, ta?

- Não - ele ri - mas fazer oque né...

- Vem, vamos deitar e assistir.

Nós deitamos no sofá e ficamos abraçados. Aquilo foi quase uma tortura, ele estava tão gostoso e cheiroso, confesso que estava ficando louca. Estava tentando fingir que estava prestando atenção no filme, mas não estava. Estava lembrando da noite anterior, e tentava sorrir menos possivel, mas as vezes era impossivel. Principalmente quando lembrava da mãe dele falando "Eu interrompi alguma coisa?". O Mateus me tirou do transe quando ele se assustou com o filme, e me abraçou.

-O que foi? - eu pergunto.

- Tu não ta prestando atenção no filme? Esse filme é assustador cara! 

- Ah - esqueci que não estava nem ai para o filme - nem é tão assustador assim mor.

- É sim Je!

- Ta bom, vem aqui que eu te protejo - eu o abraço forte. Ele me beija. Vocês já devem imaginar como eu fiquei com aquilo. Ele passa a mão pela minha cintura e começa a levantar a minha blusa. Por mais que eu queria aquilo... De novo, eu não podia. Não me pergunte o porquê, mas eu não podia. Talvez por causa do Guilherme, não sei.

- É... Acho melhor agente assistir o filme, né?

- Porque? Tu não quer? - ele me beija, e começamos tudo aquilo de novo. Eu sento em cima dele, e ele tira a minha blusa e eu a dele, mas fomos interrompidos por uma mensagem no meu celular. Era o Guilherme. "Vem para casa, quero conversar contigo." Não acredito, logo agora? 

- Mat, tenho que ir pra casa. A Pamela ta lá - estava mentindo, de novo.

- Eu sei que é o Guilherme, o som da mensagem dele é diferente. Não precisa mentir pra mim, eu não vou ficar com ciumes dele.

- Desculpa, é que... Tu sabe.

- Pode ir, mais tarde eu te ligo. Beijo - ele me da mais um beijo - te amo.

- Também te amo, e desculpa. - levanto e visto a minha roupa e saio pelo porta dos fundos, era mais perto da minha casa si eu saisse pelos fundos.