Axl P.O.V.

Voltei para o estúdio mais calmo. Aquela rapariga teve um certo efeito em mim. Era linda, tinha uns olhos maravilhosos e hipnotizantes… Meu deus, Axl Rose, pára com essas lamechices! És um “bad boy” do rock n roll! Mas a verdade é que ela era qualquer coisa. Tinha um corpo ótimo, com as curvas necessárias nos sítos necessários. Reparei que tinha vestida uma camisola dos Rolling Stones. Mais um ponto na minha consideração. Ela tinha a habilidade de chamar a atenção simplesmente pela sua beleza e personalidade. Ao fim e ao cabo, acabou por me dar um bom conselho, ia dar uma hipótese aos rapazes.

Quando entrei no estúdio ficaram todos a olhar para mim. O Steven estava a riscar num caderninho; o Duff estava sentado a tocar alguns acordes no baixo, a tentar que saísse dali uma melodia; o Izzy estava a fumar um cigarro, também a tocar alguns acordes, e o Slash estava também encostado a uma parede, com um ar pedrado, apesar de estar sóbrio, a mexer também nas cordas da sua guitarra.

– Bom… - hesitei. Isto de pedir desculpas não é muito fácil para mim. Já não me lembro de pedir desculpas a alguém em anos! - Queria pedir-vos….desculpa. Estava a ser egoísta e só estava a querer saber da minha opinião e agi de uma maneira arrogante. A verdade é que somos uma banda, por isso a opinião de cada um conta para o nosso sucesso.

Estavam todos com a mesma reação. Especados a olhar com um ar de surpresa e dúvida estampadas naquelas caras.

– Tu….tu…tu pediste… desculpa? – gaguejou o Izzy, franzindo os olhos quando fez a pergunta.

– O que é que se está a passar Axl? – perguntou Duff desconfiado.

Porra, pela maneira como estavam a agir, parecia que eu lhes tinha dito que ia mudar de sexo, ou que ia morrer amanhã.

– Não se está a passar nada, porra! Só fui refletir para a varanda e cheguei à conclusão que não agi bem. Desculpem, pronto assunto arrumado!

– Já foste dar uma, não foi? Perguntou, maliciosamente Steven.

Suspirei.

– Não Steven, não fui. Agora mãos ao trabalho com este single!

Olharam uns para os outros e aos poucos foram voltando ao normal.

Naquela noite acabámos por finalmente nos entender e escrevemos imensas letras soltas, que depois juntávamos, como um puzzle, quando as analisávamos e percebíamos o seu significado, integrando-as nas melodias. Criamos “Paradise City”, “Nightrain”, “It’s so easy”, “Welcome to the Jungle”. As músicas estavam espetaculares, e só conseguia pensar em agradecer aquela deusa que me abriu os olhos. Estava muito feliz por a ter encontrado.

Num ápice chegámos às 3h da manhã, e precisávamos de descansar. Amanhã viríamos para o estúdio à tarde.

No dia seguinte….

Mia P.O.V.

Acordei às 8h e fui logo para a banheira. Hoje estava mais bem disposta, não sei porquê. Antes de adormecer, fiquei imenso tempo a pensar no ruivo de olhos lindos e a questionar se o iria encontrar hoje, ou não. A verdade é que gostava. Ele teve um efeito em mim que há muito tempo não sentia.

Enfim, tomei banho e vesti isto:

Tomei o pequeno almoço e saí para o estúdio.