Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 28
Briga


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!!! Eu tava com saudades de vocês!!!!!
Vocês devem me odiar muito!! Eu juro que eu não demoro de proposito!!!
Bom, o cap tá aqui. Eu não sei se tá bom. Me digam vocês. Cada vez que eu leio de novo ele vai ficando pior.
Fernanda, o cap tá aqui! NÃO ME MATE PELO AMOR DE DEUS!!!!!
To de férias, vou tentar escrever mais rápido
Bom, vou deixar vocês lerem.
Beijos, boa leitura e vejo você lá em baixo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/258543/chapter/28

– Ai viada, vadia, nojenta, maldita, palhaça de circo.... – Resmunguei, irritada e enrolada no meu casaco, por que tava um frio do cacete. A neve é linda e tudo mais, mas puta que pariu, que frio de merda!!! Nós (Eu, o Dan e a Nat) estávamos a caminho da minha casa, da aula forçada de Educação Física, na qual, na maior parte do tempo, eu fingi não existir, como eu normalmente faço. Na maior parte do tempo por que tem sempre uma puta pra acabar com a graça.

Eu e a Nat estávamos pacificamente fingindo que estávamos catando as bolas que iam parar na arquibancada quando a Heyva sugeriu que a gente jogasse Handball. Por que é o que se joga numa aula de vôlei, né? Ah só pra mudar um pouquinho, é sei.

Durante o jogo, ela me bateu, me jogou no chão, acertou minha cara com a mão, arremessou uma bola na minha cabeça ai, quando ela me xingou, eu respondi, e tomei um cartão e uma bronca da professora.

–Tá bom Emy, chega, né?- O Dan falou. Eu encarei ele por um momento.

–Não posso ficar irritada?- Perguntei, parando de andar. O Dan parou, me encarando de volta. A Nat parou também, virando para olhar para nós dois com um grunhido baixinho que parecia algo como “Ah não...”

–Pode, mas você tá exagerando. –Ele respondeu.

–Ela passa o jogo todo me jogando no chão, me xinga e ninguém faz nada, eu falo uma coisa, e tomo bronca, e agora eu nem posso me irritar em relação a isso? –Perguntei, irritação irradiando da minha voz.

–Você tá sendo infantil. –Ele falou, cruzando os braços. –É só um jogo. Passou. - Virei pra frente, cruzando os braços e segui andando, apertando o passo. Ele veio atrás de mim, e a Nat atrás de nós, com um suspiro. –Tá sendo infantil de novo.

–Tem uma mosca zumbindo no meu ouvido. –Murmurei. -Nat, você tá ouvindo?

–Não me mete nisso não. –Ela falou, seguido a gente, com as mãos escondidas dentro do bolso do casaco.

–Isso é muito infantil. –Ele resmungou.

–Para de me chamar de infantil! –Falei, um pouco mais alto do que o normal. –Que saco!

–Para de agir que nem uma criança que eu paro. –Ele respondeu, mantendo o tom de voz baixo.

–Eu não to agindo como uma criança. –Respondi, parando de novo para encarar ele. –Eu estou irritada. Nem esse direito eu tenho mais?

–Porra, cês querem decidir se andam ou se param? –A Nat reclamou, sendo ignorada por ambos.

–Para de fica reclamando. –Ele falou, cruzando os braços na frente do peito. –Já passou cara.

–Não passou. Nunca passa! –Resmunguei.

–Age que nem uma pessoa madura, que passa. –Ele falou. –Será que você consegue?

Bati o pé, voltando a andar, e segui para casa, o mais rápido que eu consegui, com o Dan logo atrás de mim, em silêncio. A Nat vinha preguiçosamente lá atrás, suspirando e revirando os olhos de tempos em tempos.

–Cara, você é infantil de mais. –Ele falou, sacudindo a cabeça, enquanto eu procurava a chave na minha mochila.

–E você é um chato mandão. Quer calar a boca agora?! –Respondi irritada.

–Chato mandão. Essa é nova. –Ele falou, balançando a cabeça num riso sem o menor humor.

–É! Porra, para de mandar eu parar de fazer as coisas! Tá, eu sou chata, infantil, reclamona e o caceta a quatro. Foda-se! Não quer ouvir, sai de perto, tampa o ouvido, sei lá!

–Você vai parar de ser infantil agora? –O Dan perguntou quando eu finalmente consegui abrir a porta de casa.

–Que merda! Cala a boca! –Eu gritei quando botei o pé pra dentro, fazendo o Vince acordar da sua soneca no sofá em um pulo.

–Mas o que...? –Ele perguntou, quando eu subi as escadas, batendo o pé.

–Muito madura a sua atitude. –O Dan falou, direcionado pra mim, quando eu cheguei no topo da escada. Entrei no meu quarto, batendo a porta atrás de mim e me jogando na cama, com um grito abafado pelo meu travesseiro.

Dois minutos depois, eu ouvi a porta abrir, e arremessei a primeira coisa que eu consegui colocar as mãos, que por sinal era o meu relógio de cabeceira.... Ah bem, eu já estava precisando de um novo mesmo.

–Graças a Deus, a sua mira é uma merda, por que se isso tivesse me acertado... –O Vince deixou a ameaça no ar.

–Saii!!!! –Resmunguei, apertando o travesseiro contra a minha cabeça.

–Nãaoo! –Ele respondeu, tentando me imitar. –Qual o motivo da raiva?

–Vai perguntar pro Dan. –Respondi, virando para não encarar o meu irmão.

–Ele me mandou vir perguntar pra você. Dá pra responder? –Ele falou, sentando na beira da cama.

–Não! –Respondi, enfiando a cara no travesseiro. –Se eu sou tão infantil assim, não dá pra confiar nas coisas que eu falo.

–Ai, cês são muito chatos, puta que pariu. –Ele murmurou, dando dois tapinhas na minha perna. –Você sabe que você é infantil, né?

–Olha aqui.... –Falei, sentando rápido, apontando o dedo pra ele. Depois eu pensei bem, e o que ele falou é verdade, mas ninguém precisa ficar jogando isso na minha cara, muito menos meu namorado. Abaixei o dedo e encarei o Vince com a cara fechada e dei obros. – Foi ele que escolheu.

–Ai eu brigo com a Nat e você fica mandando eu ir pedir desculpas. –Vince levantou e foi até a porta.

–É ele que tem que pedir desculpas. –Respondi, fazendo bico.

–Eu acho que os dois tem que pedir desculpas. –Ele falou, parado com a porta aberta.

–Eu não concordo. –Respondi dando ombros, e me jogando com a cara no travesseiro de novo.

–Você é teimosa pra cacete. –Ouvi ele resmungar, e fechar a porta atrás dele.

Eu acho que se passaram mais de quarenta minutos até eu resolver sai do meu quarto, mas eu não tenho certeza por que eu quebrei o meu relógio e tal.

Mas bem, desci e não tava com a menor vontade de ver o Daniel, por que eu ainda estava puta com ele, mas a vida não acontece como a gente quer e ele estava apoiado no balcão da cozinha, conversando com o Vince em voz baixa, exatamente no meio do caminho entre eu e meu chocolate quente.

Respirei fundo e entrei na cozinha. Automaticamente, os dois pararam de falar e viraram para olhar pra mim. O Dan estava parado exatamente onde eu precisava me esticar toda para pegar o chocolate. Ótimo.

–Licença. –Murmurei, parando na frente dele. Ele deu um passo pro lado, me permitindo acesso ao armário. Em silêncio, eu abri a porta, e me estiquei o máximo que eu consegui pra pegar o pó de chocolate, que o Vince cismava em botar mais alto que eu podia alcançar, depois fui até a geladeira, só pra descobrir que o leite não estava lá.

–Vince? –Chamei, ignorando o Dan, que ainda estava parado, apoiado no balcão em silêncio, e fui até a porta, botando a mão na maçaneta. Só que quando eu fui vira-la, a porta não abriu!

–Tá difícil ai? –Daniel falou, com tom de deboche.

–Tá trancada. –Resmunguei, empurrando a porta, que não queria abrir de jeito nenhum.

–Que? –Ele me olhou confuso por um instante, tentando decidir se eu estava brincando ou não, e depois veio parar do meu lado.

–Vince!- Chamei. Nenhuma resposta. Corri para a porta que dava para a varanda, enquanto o Dan tentava abrir a outra porta, só pra descobrir que ela ainda estava trancada, assim como eu descobri. Bati a mão contra o vidro. A Nat apareceu no cantinho da porta de vidro, enrolada num casaco. –Nat! Abre a porta aqui.

Ela deu um sorriso travesso antes de responder.

–Não. –E depois ela entrou de novo, com o mesmo sorriso idiota no rosto, e eu entendi o que ela e o Vince tinham feito. Ain só não chamo de filhos da puta por que eu tenho respeito a minha querida mãe e a tia mãe da Nat, por que puta merda...

–QUE ÓDIO! –Gritei, batendo com a mão na parede. O Dan me encarou. –Eles trancaram as portas.

–Tá de sacanagem, né? –Ele perguntou, passando a mão pelo cabelo. Maldito! Não faz isso!!!

–É Daniel, eu to. –Respondi, carregando o sarcasmo na minha voz. –A porta tá aberta, e a outra se trancou por fora sem querer.

–É grosa pra cacete. –Ele murmurou, mais pra si mesmo que pra mim. –Tá, e agora?

–E agora? E agora eu vou matar o Vincent assim que eu conseguir sair daqui. –Respondi, chutando a parede, que é uma coisa que eu não recomendo, por que dói pra caraca, puta que pariu.

–Isso é depois que a gente sair da cozinha. –O Dan falou apoiando de novo no balcão e passando a mão pelo cabelo DE NOVO! Não dá pra parar de fazer isso não?!

–Agora a gente senta e espera. –Resmunguei, sentando sobre o balcão com o pó de chocolate e uma colher na mão.

–Não acredito que você vai comer isso puro. –O Daniel falou, me encarando.

–O Vincent levou o leite. –Dei ombros.

Passaram-se vinte minutos até eu começar a ficar realmente irritada. Depois do nosso ultimo dialogo, o Dan sentou no chão de um lado da cozinha e eu comecei sentada no balcão, mas mudei de lugar a cada 4 minutos e nenhuma palavra foi trocada.

–Eu to com sono. –Foi a primeira coisa que eu falei, sentando do outro lado da cozinha, de frente pro Daniel.

–Tem alguma hora que você não esteja com sono?- Ele perguntou. Virei a cara. –Mas é mentira?

–Não... –Murmurei, baixinho. Ele me encarou com uma falsa expressão de surpresa.

–Espera... Você tá assumindo que é verdade?! –Ele falou, fingindo um tom de surpresa exagerado. Eu revirei os olhos e virei a cara. –Achei que você não aceitasse que falassem nada de você.

–Que seja. –Resmunguei.

–Vai ficar irritadinha de novo? –Dan perguntou, me encarando. Ele estava apoiado com as costas na parede, as pernas cruzadas. -Você se irrita com umas coisas que eu não entendo.

–Deve ser por que eu sou tãooo infantil, né? –Murmurei irritada.

–Tá vendo? Eu fiz uma comentário e você faz essa cara e leva como uma ofensa. –Eu não respondi. –Eu só falei que você tava agindo que nem uma criança por que você estava exagerando. Era só um jogo...

–Mas não é só um jogo. –Falei, levantando os olhos pra encarar ele. – Não foi só um jogo quando ela me deu um tapa no meio do pátio. Não foi só um jogo quando ela jogou refrigerante na minha cabeça. Não foi só um jogo quando ela jogou tinta no meu cartaz que valia a metade da nota de Literatura! Você só viu a parte do jogo.

Eu olhei pro chão e fiquei em silêncio. Ele suspirou e levantou, vindo sentar do meu lado. Eu não olhei para ele e ele também não olhou para mim, não que eu tivesse olhado para ver se ele estava olhando.

Depois de alguns momentos em silêncio, ele me deu um empurrão de leve com o ombro. Eu virei o rosto para o lado. Eu não ia rir. Uns segundos depois, vendo a minha cara, ele me empurrou com o ombro de novo.

–Para! –Falei, tentando forçar um tom de irritação, que saiu mais como uma risada.

–Vai me obrigar? –Ele perguntou, percebendo que ele estava conseguindo o que queria.

–Não posso te obrigar a nada. –Respondi, dando ombros e fingindo indiferença. –Você faz o que você quiser.

–E se eu quiser fazer isso? –Ele perguntou, beijando o meu pescoço. Ai assim fica difícil! Eu dei ombros e fiquei quieta. –Ah é? E isso?- Ele beijou o meu queixo, e assim não tá dando certo! Eu to tentando ficar irritada com você, dá pra você parar?! –Ou isso aqui. –Ele falou por ultimo, me puxando para os seus lábios encontrarem os meus.

Eu gostaria de dizer que eu me fiz de forte e me afastei, mas isso seria mentira. E frescura. Eu deixei ele me beijar mesmo, por que de verdade, eu tava louca pra que ele fizesse isso.

–Desculpa. –Ele murmurou, encostando a testa dele na minha.

–Tá bom. –Respondi, fazendo ele rir. –Desculpa também.

–Acho que somos duas crianças, né? –Ele falou, me empurrando com o ombro de novo.

–É, acredito que sim. –Respondi, me fazendo de séria, o que não deu certo por que eu comecei a rir dois segundos depois.

–Viu como é fácil? –Perguntou o Vince, parado na porta, com a Nat escondida atrás dele. A vadia sabe que fez merda e fica se escondendo.

–Você é um puto. –O Dan falou.

–Essa fala é minha. –Reclamei me fingindo de indignada. O Dan riu. –Você é um puto. –Falei, e depois apontei pra Nat. –E você é uma vadia.

– Ain é muito amor pra um ser humano só. –A Nat falou, fazendo um coraçãozinho com a mão. Estiquei o braço, pegando o pote de plástico vazio que tava do lado da pia, e joguei na direção dela, mas eu errei, acertando o Vince.

–Isso que dar ter mira de merda. –Nat cantarolou, fazendo careta.

–Mirei em um, mas acertei no outro. Ainda sim sai no lucro. –Dei ombros, me apoiando no Dan pra levantar.

–Folgada nem um pouco, não? –Ele resmungou.

–Só um pouquinho. –Respondi, dando ombros. Ele levantou, passando os braços ao redor da minha cintura

–Essa é a minha garota. –Ele sussurrou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ae????? Gostaram?
Anyway, deixem Reviewssssssss!! Eu quero saber o que vocês acharam!!
Beijocas da Cici que ama vocês de montão