Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 26
UNO!


Notas iniciais do capítulo

Oiiii genteeee!!!! Olha eu atualizando na madrugada pra vocês.Eu acho que eu prometi esse cap pra minha tree, então Fê, pra você.
Gente, não me abandonem por que eu sou uma escritora lenta, ok?
Bom, eu escrevi esse cap com carinho, mas não sei se ficou bom, então preciso que vocês me digam, ok?
Beijos, Boa leitura e nos vemos lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/258543/chapter/26

Eu estava tentando me manter em pé no ringe de gelo, que por algum motivo meio retardado, não tem nenhuma barra pra se segurar em pé. Que gente idiota não põe uma barra pra segurar num ringe de gelo? Gzuis!!

O Dan, por outro lado, fazia tudo parecer a coisa mais simples do mundo. Ele deu uma volta no ringe e parou do meu lado, todo bonitinho e retinho, enquanto eu não conseguia me manter em pé.

-Hora de cair com a bundinha no gelo. –A Nat cantarolou, enquanto ela entrava no gelo, agarrada no braço do Vince.

O Dan estendeu a mão pra mim, e eu segurei, tentando me mexer alguns centímetros pra frente, o que resultou no meu primeiro tombo, no qual eu quase levei o Dan junto. Ele não pareceu se importar, até por que ele.... estava.... rindo! Um dia eu ainda me irrito com isso. Agora eu to ocupada tentando me manter em pé.

-Fica parada, com os pés juntos. –O Dan falou, parando atrás de mim, colocando as mãos na minha cintura.

-Só se você me disser o que você vai fazer. –Murmurei.

-Só confia em mim. –Ele falou. Eu soltei um suspiro forçado e fiz o que ele mandou.  Ele me empurrou, sem me soltar, me fazendo deslizar sobre o gelo. De boa parece que eu to voando!! É muito legallll!!!!!!

A gente passou pela Valentina que tava rindo enquanto o Felipe estava tentando levantar do chão, e depois pela Nat, que segurava no braço do Vince como se a vida dela dependesse disso.

-Aiiiiii isso foi divertido!!! -Gritei, animada, quando ele parou de me empurrar. O Dan riu, vindo ficar na minha frente e esticando as mãos.

-Dá a mão. - Eu fui dar um passo pra frente, pra segurar as mãos dele, mas ele chegou pra trás. Bufei irritada, tentando chegar mais pra frente e ele foi chegando mais pra trás, com um sorriso idiota no rosto.

-Se eu te alcançar, eu vou te.... AH JESUS! –Eu gritei quando eu tropecei na ponta do patins e fui de encontro ao chão. Só que o Dan me salvou antes que a minha cara se amassasse conta o gelo. –Para de rir de mim! Eu não consigo ficar em pé, isso não é justo!! –Choraminguei. O Dan me ajudou a levantar e beijou o meu rosto.

-Dá a mão que eu te ajudo. –Ele falou. Olhei pra ele de cara feia e segurei a mão dele. Ele deixou. –Você tá tentando andar. Não é pra andar, é pra deslizar.

-Fácil falar. –Bufei.

-Emy, não tira o pé do gelo, só empurra pra frente. –Eu fazia tanta força na mão do Dan pra me segurar em pé, que se ele não fosse mais forte que nós íamos cair pra frente. Ai eu fiz o que ele mandou, mais ou menos. –Viu, tá fazendo direitinho.

-Daniel, não me solta! Você tá patinado de costas? –Encarei ele. Ele deu ombros. Eu não consigo nem patinar direito e ele vai de costas como se fosse a coisa mais natural do mundo. ISSO NÃO É JUSTO.

-Vou ali falar com a Valentina, ok? –Ele perguntou.

-Não, eu vou cair. –Choraminguei.

-Não vai, você tá indo direitinho.

-Por que você tá me segurando. –Resmunguei.

-Só um minuto, Emy. – Ele soltou da minha mão, e eu fiquei parada no lugar, e fiz a coisa mais racional que eu consegui pensar.

-VINCENT! –Berrei.

-Que foi, pessoa? –Ele perguntou, aparecendo do meu lado, segurando a Nat pela mão.

-Me segura, eu vou cair. –Choraminguei.

-Achei que o Dan tava te segurando. –Ele comentou, deixando eu me segurar nele. Pra isso que servem os irmãos mais velhos, viu.

-Ele foi falar com a Valentina. –Virei pra olhar pro Dan. Ele estava parado do lado da Valentina, falando alguma coisa pra ela. O Felipe estava numa situação pior que a minha, por que ele era tão desengonçado quanto eu, e a Valentina estava mais interessada em rir quando ele caia do que em ajudar ele a levantar.

Ah, e tinham umas garotas olhando pro Dan. Não gostei, achei ofensivo.

-Amoui, não olha agora, mas tem umas garotas olhando pro seu namorado. –A Nat comentou.

-Eu sei, eu percebi. –Resmunguei. Eram três meninas, que deviam ter mais ou menos a minha idade, e elas tavam cochichando entre si, apontando discretamente pro Dan e dando risadinhas.

-Eu acho que você devia ir lá falar com ele. –A Nat deu palpite.

-Aquela menina do meio é bonitinha. –O Vince comentou. Eu e a Nat encaramos ele.

-Ah é, Vincent? –A Nat perguntou, irritada.

-Não mais que você, linda. –Ele respondeu na hora, dando um selinho na Nat.

-Acho bom mesmo.

-Gente, enquanto vocês se amam ai, elas ainda tão olhando pro meu namorado. –Resmunguei.

-Vai lá nele. –O Vince falou, e antes que eu tivesse a chance de protestar, ele me empurrou na direção do Dan. Pelo menos eu não cai no meio do caminho, só quando eu tava quase em cima dele.

-Peguei. –Ele falou, quando ele me segurou antes que eu caísse. –Resolveu se aventurar sozinha pela pista de patinação?

-O Vince me empurrou. –Choraminguei, apontando pro Vince, que deu tchauzinho. Fiquei em pé, mais ou menos, e me apoie no Dan. Ele passou o braço em volta da minha cintura.

-Oi Emy. –A Valentina murmurou. –Já percebeu que tinham umas meninas olhando pro seu namorado?

-Que? –Dan falou, confuso.

-Já percebi sim. –Ela balançou com a cabeça.

-Uma delas até que é bem bonitinha. –O Felipe murmurou, conseguindo ficar em pé.  Uma parte da blusa dele estava molhada, mas fora isso, ele parecia inteiro.

-Não é não. –A Valentina falou, cruzando os braços.

-É sim. –O Felipe retrucou.

-Fica quieto. –Ela respondeu, empurrando ele, o que fez ele perder o equilíbrio e cair com a bunda no gelo, enquanto a Valentina caia na gargalhada, enquanto o Felipe olhava de cara feia pra ela.

-Você tá bem? –Uma das meninas que estava dando risadinhas perguntou, se materializando do lado do Felipe, e oferecendo a mão pra ajudar ele a levantar. Ela era um pouco mais baixa que eu, com cabelo castanho preso num coque e tava usando uma meia calça e uma saia. A Valentina fez uma careta.

-To sim, brigada. –Ele falou, sorrindo pra menina quando ele levantou.

-Ah ok, cuidado pra não se machucar. –Ela murmurou, o rosto ficando vermelho. ISSO NÃO ACONTECE SÓ COMIGO, TÁ VENDO?! –Meu nome é Tamires, por sinal.

-Felipe. –Ele apertou a mão dela.

-Prazer. Se precisar de ajuda, pode falar comigo. –E ela saiu patinando de volta pras amigas dela.

-Ui ui, tá podendo. –Dan murmurou. Eu dei um tapa no braço dele. –Que é?

-Fica quieto você. –Resmunguei, fazendo bico. Ele riu, me puxando pra mais perto dele, e beijando meu rosto.

-De boa, quem vem patinar usando saia? –A Valentina resmungou, quando a gente tinha saído da pista de patinação. A tal da Tamires também tinha saído e tinha parado o Felipe pra conversar com ele. A gente tava esperando ele pra ir comer pizza. Hum, to com fome. Pizza é muito bom. –Que ideia retardada.

-Eu to de saia! –Nat protestou.

-Você é retardada. –Valentina deu ombros.

-Ei! Eu não sou retardada.

-Chega né, priminha atacada. A gente entendeu. –Dan falou, dando dois tapinhas carinhosos na cabeça da Valentina, que bufou.

-Vamos? – O Felipe perguntou, chegando onde a gente tava.

-Me diz que ela te chamou lá pra pedir o telefone do Dan. –A Valentina pediu.

-Não, mas uma das amigas dela que perguntou se o Dan tinha namorada.

-Você respondeu que sim, certo? –Falei.

-Não Emy, eu disse que ele não tinha e ainda passei o telefone dele. –Ele falou sarcasticamente. –Claro que eu falei que ele tinha. Eu não quero ser jogado da janela nem nada.

-Acho bom mesmo. –Falei, cruzando os braços.

-O que ela queria? –Dan perguntou.

-Me passar o telefone dela. –Felipe mostrou o celular, aberto num contato intitulado “Tamires”.

-Ta podendo, garoto. –Vince falou, dando um tapinha no ombro dele.

- Minha calça tá toda molhada por causa do gelo. Valentina, guarda pra mim? –Ele pediu, segurando o celular.

-Não. –Ela cruzou os braços e saiu andando.

-Dá que eu guardo. –Nat falou, jogando o celular do Felipe dentro da bolsa dela.

-A gente pode comer pizza agora? –Pedi, puxando a manga da blusa do Dan.

A gente estava esperando o Vince que tava falando com o moço do Pizza Hut e a gente tava sentado numa mesa de madeira esperando ele.

-O cara falou que vai levar mais ou menos uma hora. –O Vince falou, mostrando o papelzinho com o numero 72. –A gente vai comer em outro lugar ou a gente espera?

Todo mundo olhou pra mim.

-Que é?

-O aniversário é seu, moça, você escolhe. –Nat falou, cruzando as pernas. –Ain, minha saia tá toda molhadinha.

-Eu quero pizza. –Respondi.

-Então a gente espera. –O Vince falou, sentando do lado da Nat, no braço do banco. –Tira a saia Nat, cê tá com a calça por baixo.

-Nãooo, essa calça não fica bem sem a sainha. –Ela choramingou.

-O que a gente vai ficar fazendo por uma hora? –O Felipe perguntou. –Eu to com fomeee.

Ai a Valentina puxou um baralho de Uno da mochila.

-Por que você tem um baralho de uno dentro da mochila? –O Dan perguntou. - Tipo, só de curiosidade.

-Eu ganhei numa feira que tava tendo semana passada. –Ela deu ombros. –Esqueci de tirar da bolsa. A gente pode jogar.

Então começou-se a espera para entrar na pizzaria e a primeira rodada de uno.

-EMY! Poxa, eu achei que você me amava! –O Vince resmungou.

-Eu te amo, irmão querido. –Falei, piscando lindamente pra ele.

-JOGAR +4 NÃO SE FAZ COM AS PESSOAS QUE VOCÊ AMA!

-Jogo é jogo. –Dei ombros.

-Uno! –Valentina gritou.

-Acho que não. –O Dan respondeu, com um sorriso maligno.

-Como assim acho que não, posso saber, senhor Daniel? –Ela virou pra encarar ele.

-Numero 63. –O Cara que chama os números chamou.

-Não moço, 72! –Choraminguei.

- Vai Felipe, joga logo.

-Pulei a Nat.- Ele falou. –Ai! Não precisa me chutar, é só um jogo.

-Número 67.

-Não! –Falamos eu e o Dan ao mesmo tempo, ai a gente riu, e ele me beijou.

-Uno! –A Valentina falou pela quinta vez.

-Mais dois pra você, prima. –O Dan cantarolou.

-Para com essa merda Daniel! –Ela falou irritada.

-A gente podia cantar, né? –A Nat sugeriu.

-Cantar o que?

-Hum... Música?

-Nossa Natacha, não me diga?

-Ai gente chata, eu não consigo pensar numa música. –Ela balançou a cabeça. –Ganhei.

-Não pode, você não chamou uno. –O Felipe protestou.

-E nenhum dos meus caros amigos percebeu, então vale. –Ela riu, feliz. –Mais uma?

-Posso jogar com o Dan? To com preguiça de pensar. –urmurei, encostando a cabeça no ombro do Dan.

-Novidade, né? –A Valentina murmurou.

-Porra Emy, até disso você tem preguiça? –Vince perguntou. Concordei com a cabeça. –Cacete, você tem que fazer um tratamento pra isso.

-Número 70. –O cara chamou.

-Não! –Nesse ponto, todos os seis já tinham aderido a brincadeira de gritar não toda vez que o cara chamasse qualquer número que não fosse 72.

-Hey soul sister, aint that mister mister on the radio, stereo the way you move ain’t fair you know? –A Nat começou.

-Eu quero az….-O Dan começou quando ele jogou um daqueles curingas que troca de cor.

-Não, você quer verde. –Resmunguei.

-Eu quero, é? –Ele perguntou, virando pra me olhar. Eu concordei com a cabeça. –Ok eu quero verde.

-PORRA EMY, FICA QUIETA! – O Felipe resmungou. Eu dei língua pra ele, e voltei a observai o jogo.

-Número 73.

-Ah não, ai já é sacanagem. –O Vince resmungou.

Eu acho que depois de umas 4 ou 5 partidas de uno, o cara chamou.

-Número 72.

-Não.... Pera, é esse sim. –Falei, animada, batendo palminhas.

-Ai, finalmente. –A Nat murmurou.

-PIZZA!!

-Sim Vincent. –O Dan concordou. –Pizza.

O resto da noite não foi tão animada quanto a partida de uno. Mentira por que foi muito divertido ver a competição de quem conseguia comer um pedaço de pizza mais rápido entre o Dan, o Vince e o Felipe, na qual o Vince ganhou.

-Eu cresci com a Emy, se você comer devagar, quando você vai ver, não tem mais pizza.

Ah, e teve bolo de chocolate!! A gente cantou parabéns, a Valentina me chamou de velha, a Nat estava toda saltitante e eles tinham que fechar a porra toda com o maldito Com Quem Será.

-Olha, se vocês falarem o nome de outro garoto a gente vai ter um problema sério. –O Dan avisou, me abraçando pela cintura.

-Ah poxa, Emy eu queria dizer o nome do seu outro namorado! –O Vince falou, provocante.

-De qual dos livros dela você tá falando, Vincent? –O Felipe perguntou.

Eu fiz uma careta, mas eu deixei passar sem nenhuma resposta.

-Esse foi o melhor dia do mundo! –Falei, rodopiando, enquanto a gente andava pra casa. A Nat ia dormir lá em casa, e os outros iam deixar a gente lá e depois ir pra casa deles. –Eu não quero que acabe.

-Quer ter 17 pra sempre? –O Dan perguntou, me abraçando mais forte.

-Não, quero esse dia pra sempre.

-Eu não aguento nem mais olhar pra comida! –A Valentina choramingou. –Eu nunca mais vou comer na vida!

-Você fala isso e daqui a meia hora você tá atacando a geladeira lá em casa. –O Dan retrucou.

-Chato. –A Valentina fez uma careta.

-Cês vão me dar uma carona pra casa, né? –O Felipe perguntou.

-Não. –Valentina virou a cara. –Você que vá andando.

-Grosa. –Ele resmungou, e olhou pro Dan que concordou com a cabeça.

-Acabou! –Choraminguei quando a gente chegou na porta da minha casa. –Por que acabou.

-Tudo que é bom dura pouco, lembra? –O Dan falou, me beijando.

-Eu não gosto dessa frase. –Resmunguei, fazendo o Dan rir.

-Hum, sabe que eu também não?

-A gente tem TANTO em comum. –Eu falei, soltando uma gargalhada.

-Verdade. –Ele falou me beijando de novo.

-Ecaa! –Um coro de gente chata falou. Eu e o Dan viramos pra encarar a Nat, o Vince, o Felipe e a Valentina, os quatro encarando a gente, com cara de nojo.

-Qual o problema de vocês? –O Dan perguntou, rindo.

-O mesmo que o seu.

-Ser lindo de mais? –Ele perguntou, passando a mão pelo cabelo.

-Ah não Daniel. Depois dessa, tá na hora de ir. –A Valentina falou, puxando o Dan pelo pulso. –Essa foi horrível.

-Ei! –Resmunguei. –Deixa eu dar tchau.

-Você já não deu tchau de mais não?

-Não. –Falei, abraçando o Dan pelo pescoço e beijando ele uma ultima vez no meu aniversário.

-Boa noite, Emy.

-Boa noite Dan. –Respondi, com um sorriso nos lábios.

-Pronto, já deu tchau, já beijou, já foi meloso, agora a gente vai pra casa ter uma conversa muito séria sobre essas suas piadas. –A Valentina falou, puxando o Dan pela blusa. –Tchau Emy.

A gente acenou enquanto a Valentina puxava o Dan pra o carro dele e o Felipe ia atrás rindo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tá, gostaram?
PS: Eu devo contar a vocês que a parada do Pizza Hut aconteceu comigo sim, no aniversário de uma amiga só que ao invés de Uno a gente jogou Monopoly Deal XD Foi divertido
Bom, Espero que gostem. Não esqueçam as reviews e não esqueçam que a Cici ama vocês ♥