Aprofundada em uma onda de dor, saudade e angustia. Anko via-se perdida e sem amparo, tanto como fisico ou emocional. Seus sentimentos estavam sendo massacrados terrivelmente, e não poderia fazer nada ao caso, apenas assistir como um amor tão forte, tão escondido fosse capaz de um dia acabar por ambição? Além, das faces constrangedoras que teria que suportar apartir do momento que seu relacionamento secreto e polêmico fora revelado. Não se deixaria intimidar pela diferença de idade o importante era o amor que tinha a Kabuto.

Levantando-se determinada para mais uma de milhares missões. Caminhara ate a janela e logo ficara ali a observar o silêncio da noite, e as estrelas que brilhavam no céu. Noite linda como as outras vezes que passara ao lado do amado em juras de amor. Fechara os olhos para apos abri-los novamente determinada, era hora de acabar logo com isso! Pegara a bandana sobre a cama onde amarrara envolta da cabeça, arrumara melhor refletindo o semblante ao espelho na penteadeira. Pegara a bolsa, com as cunais, e logo retirara-se do quarto fechando a porta contra si.

Caminhando a rua principal de Konoha, Anko logo avistara Kakashi, e Kurenai ambos fixaram os olhos curiosos sobre ela. Corando-a fora capaz de ignorá-los.

Aproximara determinada e logo os encara:

_ Desculpe-me, pela demora. - sua voz era firme e determinada.

Kakashi que não despregara os olhos desde quando aproximara disse:

_ Você está bem? - quis saber não apenas do sofrimento de perder o amado, mas sim, se poderia continuar a missão daquele estado, ao proposito seria dificil, e às vezes emoções poderiam atrapalhar.

Anko lhe fitara com olhos compreensivos.

_ Estou bem. Obrigada.

_ Então vamos. - disse Kakashi relanceando olhos rapidamente observando Kurenai que parecia preparada..

Juntos saíram em direção a floresta que começara a banhar-se com o clarear do sol que renascia.

Kakashi seguira com sobre as arvores, sempre a observar Anko distante. Sabia o quanto estava sofrendo, e faria tudo se fosse possível para vê-la feliz, infelizmente ela inquiria em recusá-lo.

Enquanto observara Kakashi e como Anko matinha certa distancia em vez de acompanhá-los. Kurenai não resistira ao impulso de perguntar:

_ Você a ama?

Kakashi sobressaltara com a pergunta, por pouco não batia a cara na arvore mais proxima.

_ Por que acha isso? - indagara com os olhos arregalados. Totalmente corado.

Certificando que Anko não os ouviria falara:

_ Reparei pelo seu olhar, o modo que se preocupa com ela. Não tente negar, você amar e a quer.

Kakashi olhara para Anko a distancia com os olhos apaixonados e sofridos ao mesmo tempo, para em seguida dirigi-los a Kurenai.

_ Anko... Bem... Não sei como dizer... - estava tão abobado que qualquer hora poderia escorregar e estatalar ao chão.

_ Não precisa responder. Já sei o que quer dizer. Espero que libere esse sentimento para pessoa certa. E que não faça sofrer como o Kabuto fizera.

_ Nunca seria capaz de tal coisa.

_ Bem que vocês já deveriam estar juntos a muito tempo. - rira baixo.

_ Por quê?

_ Ah... Bem.

Antes que terminasse, uma cunai misteriosa cortara entre ambos, por pouco não os atingira. Porém, logo vieram uma chuva de milhares delas onde fizeram-os desviar. Anko que virara assim que escutara o metal das cunais cravar sobre arvore logo escoldera atras de da arvore. Relanceara os olhos preocupados, e avistara Kakashi e Kurenai a outra arvore mais proxima. Antes que pudesse se dar conta do que estava acontecendo, mais cunais foram lançadas, uma delas continha uma tarja explosiva onde rapidamente os olhos de Anko fitaram-a cravar sobre a madeira e explodir.

_ Anko! - gritara Kakashi ao meio do barulho de estilhaço de madeiras voavam ao ar, e uma fumaça atingia o lugar.

Antes que Kakashi pudesse sair correndo para socorrê-la, mais cunais eram lançadas agora para acertá-lo. Kurenai segurara o braço do parceiro assim que iria cometer a loucura de sair naquela chuva de cunais para salvar Anko. Sentira o tenso assim que o tocara, e também estava. Será que Anko não conseguira se salva da explosão? Pensara.

Kakashi com os olhos arregalados de preocupação fitara a fumaça sobre o lugar onde se encontrava Anko. Estava angustiado, porem, a chuva de cunais recusava-o a socorrê-la, ficara apenas fitando desolado temendo que Anko não estivesse morta.

Assim que a fumaça cessara. Kakashi ficara aflito. Desconfiado observando o silencio que reinava na floresta, tentara visualizar o corpo de Anko com a proteção da arvore que lhe impedia que algumas cunais fossem lançadas novamente. Com certeza os inimigos estavam ali esperando algum erro, para serem aniquilados. Kurenai atenta observara em todos os lados em posição de ataque e logo dissera:

_ Kakashi, a Anko... – antes que pudesse completar a frase um misterioso ninja lhe sobressaltara atacando-a.

_ Kurenai! – outro ninja lhe atacara ambos desvencilharam dos ataques.

Kurenai e Kakashi ainda em posição de ataque e defesa fitara os ninjas, esperando algum movimento. A interligação entre ambos era evidente. Mesmo assim ambos estavam preocupados com a companheira. Nada sabia se teria desvencilhara da tarja explosiva.

Um dos ninjas praticamente encapuzado, com a face coberta por uma mascara onde apenas se encontravam os pares de olhos castanhos. O outro se posicionara ao lado, enquanto o terceiro homem aproximara trazendo o que tanto Kakashi e Kurenai temiam.

O homem carregava Anko entre os braços com ar satisfeito. Caminhara em direção dos comparsas e não deixara de exibir o que trazia para os inimigos. Logo jogara o corpo inerte de Anko sobre o chão, com nenhum pingo de gentileza. Kakashi sentira o sangue ferver, mas ficara calma, nenhum descontrole resolveria o problema. Seus olhos fixaram no homem. E logo em seguida em Anko ferida e provavelmente morta sobre o chão, engolira em seco. Não poderia ser ela estava morta! – pensara.

_ Hatake Kakashi. – disse o homem misterioso. _ Saberia que iria rever esse seu rosto maldito novamente. – disse com o sarcasmo estampado na cara.

Kakashi sobressaltara. Quem seria? Não tinha como identifica, estavam todos cobertos apenas enxergavam os olhos monstruosos dos ninjas fizera-o refletir que aqueles três eram brinquedos de Kabuto.

_ Estou ansioso para aniquila-los assim como fizemos com essa...

Senei Jashu Jutsus!

O jutsu de Anko acertara em cheio as costas do ninja, que atravessara o peito do inimigo, fazendo o morrer na hora. O corpo de Anko sobre o chão explodira revelando uma madeira era apenas um Kage Bunshin. Kakashi suspirara aliviado e não perdera tempo em atacar o segundo ninja que ficara perplexo com a entrada abrupta da mulher, mesmo assim fora capaz de perceber o ataque de kakashi, fazendo-o reagir também. Kurenai fizera o mesmo, atacara o primeiro homem.

Enquanto isso Anko avaliara o corpo ensanguentado do inimigo caído, não tinha chances de vida. Fora ele, que sobressaltara com a tarja explosiva. Porém, fora preparada para aquela captura, não morreria do nada. Fora capaz de criar um Kage Bunshin antes mesmo dos inimigos começarem atacar. Fazia parte do plano, seguir em frente, esperando a primeira reação do inimigo para após surpreendê-los. Eles caíram no jogo desde inicio. Sorrira satisfeita, logo virara voltando olhar para os companheiros que provavelmente conseguiria a vitória. Entretanto, era melhor voltar para vila o quanto antes.

Antes que caminhasse para ajuda-los, fora interrompida com a voz já conhecida.

_ Anko-chan, é bom revê-la novamente.

O coração sobressaltara. Anko virara fitando Kabuto em pé sobre arvore.

_ Kabuto-kan... – murmurara ainda perplexa.

Kabuto concertara os óculos pela decima vez, para fitá-la melhor. E deduzira como fora capaz de se envolver com aquela mulher? Não poderia negar que apaixonara, porém, a ambição de mais jutsus proibidos invadira a cabeça, queria a destruição de Konoha e conseguiria. Porém, Anko seria uma ótima isca... Caso ela ficasse ao seu lado.

Anko deixara as magoas de lado, e posicionara para ataca-lo, porém, algo lhe impedia de lutar com o home que amara e que ainda o amava.

_ Não quero lutar com você.

_ Eu serei sua oponente, Kabuto!

Em piscar de olhos Kabuto aproximara. Ficara face a face, e Anko sentira o coração fraquejar novamente, estava hipnotizada.

_ Você ainda não mim esquecera. – aproximara ainda mais, enquanto Anko engolira em seco. _ Ainda mim ama... – sussurrara achando que seria fácil demais enganá-la.

Anko entreabrira os lábios, mas não conseguira articular nenhuma palavra.

_ Venha comigo, querida.

_ Não posso... – mordera o lábio inferior desviando o olhar, Kabuto tocara no queixo erguendo-o para fitá-la nos olhos.

_ Você prefere ficar ao lado deles? Do que ao lado do seu amor?

_ Não irá enganar-me novamente, Kabuto. Eu escolhi ficar ao lado de Konoha e honrarei com minha promessa, em destruí-lo.

_ Desse jeito. Você...

_ Desista Kabuto. – interveio Kakashi que ao proposito acabara com a vida do inimigo, e estava disposto acabar com a vida daquele moleque ambicioso.

Kurenai ficara logo atrás. Também tivera sucesso na luta. Os três ninjas mandados por Kabuto estavam mortos.

Kabuto afastara, e observara quando Kakashi aproximara da mulher que um dia se apaixonara. E por qual motivo não sabia, por que ficara tão aborrecido com o ato.

_ Se isso que quer minha querida. Então será destruída junto com eles. – disse e sumindo como relâmpago.

Kakashi observara Anko tristonha, e refletira que ainda o amava. Kurenai resolvera aproximar.

_ Você está bem, Anko? – indagara Kurenai triste pela colega.

Anko apenas confirmara com um sinal de cabeça.

_ É melhor voltarmos e notificar a Hokage sobre a missão.

Ela dizia como se fosse um fracasso. Pensara Kakashi.

Anko dera de ombros caminhando lentamente. Deixando-os a observa-la com tristeza.

Anko comera mais de seus deliciosos dangos. E pela varanda do prédio que morara, observara o céu azul. Já se passara três dias do ultimo encontro que tivera com Kabuto. E mas incrível que seja, sentira a força de vida voltar novamente. Não sabia se fora pelo encontro que tivera com Kakashi. E como fora tão romântico em convida-la para sair ao campo, em piquenique. Porém, impedira-o de dizer o tanto amava.

Terminando a refeição saltara da varanda, seguindo ao alto do prédio onde gostara de ficar. Ficara ali sentada, balançando as pernas no ar. Estava feliz, da imagem de Kabuto sair vagarosamente de sua cabeça, sendo substituído por...

_ Pensando nele?

Não percebera a presença de Kakashi, que aproximara e sentara a seu lado. Após de ter fechado o livro e guarda-lo ao devido lugar.

Anko não importara com a presença ao contrario estava feliz com a presença.

_ Não posso negar que ainda, penso nele. Mas outra pessoa estar invadindo minha mente. – disse fitando-o nos olhos.

Kakashi retribuíra aquele olhar.

_ Anko eu...

_ Sim.

Kakashi sentira o coração falhar novamente. Será que nunca conseguiria ter atitude? Revelar seu amor?

Com movimentos lentos. Tocara na face carinhosamente. Anko aconchegara sobre a mão enluvada, enquanto, escondia uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. Lentamente aproximara. Anko esperara o que tanto ele desejava e que agora desejava também. Descobrira o rosto, e avaliara por completo cada linha, traço daquela face perfeita, que estava perto o suficiente para beijá-la! E fora isso que acontecera. Ambos sentiram os lábios mornos e macios. Anko retribuíra o beijo delicado, deliciando-se. Kakashi por sua vez, puxara ainda mais a nunca da amada aprofundando o beijo, e quando desvencilharam estavam sem folego. Anko sorrira carinhosamente, mostrando a felicidade de constituir uma nova história. Com um homem, que passara anos ao seu lado, trabalhando às vezes juntos, cumprindo missões, e não se dera conta o quanto o amava. Não seria difícil se apaixonar por Kakashi ele era adorável.

_ Eu te amo, Anko. – disse ainda fitando-a nos olhos para toma-la nos braços e beijá-la ardentemente. Como a amava, e saber que não fora ignorado dera uma alegria imensa em seu coração.

Quando terminara pusera o braço envolto do ombro da amada aconchegando-a ainda mais próxima a ele. Ela aceitara de bom grado. E ambos ficaram observando o sol que despedia mais uma vez.

_ Obrigada por amar-me. Kakashi-San...