A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Eu adoro este capítulo e tenho a certeza que os fãs de Koliana também vão amar.
Capítulo 44 – Formas de amor
Liliana passeava pela casa com o seu biquíni minúsculo, enquanto dois dos híbridos de Klaus a secavam com o olhar. Subiu as escadas, em direção ao quarto de Teresa, onde Kol ainda não se tinha atrevido a sair.
-Como está ela?
Kol tinha-a colocado sob compulsão e ela dormia há muitas horas.
-A dormir.
-Quando é que a vais acordar? – perguntou Liliana, sentando-se ao lado de Kol na cama.
-Assim que Klaus voltar a ter sentimentos, ela será a chave final.
Liliana acenou com a cabeça.
-Ela é tudo para ele. É o amor da vida dele.
A memória de algo vago e abstrato assolou-lhe a mente. Tentou atravessar aquele buraco negro, mas tudo o que provocou foi uma dor de cabeça ligeira.
-Até lá, quero-a fora daqui. Estive a pensar em vários países para ela ir viver e continuar com a Faculdade. Cambridge tem várias alianças com outras Faculdades e… - os olhos dele encheram-se de lágrimas.
-Kol – Liliana colocou uma mão no ombro do vampiro milenar. – É para o bem dela.
-Klaus não tem noção, mas… ela conquistou-me o coração. Não consigo separar-me dela.
-Mas é necessário para ela.
Ele acenou perante as palavras da loira.
-Estava a pensar no Canadá. Toronto é uma boa cidade e a Faculdade de lá está entre as melhores 20 universidades do mundo.
Liliana acenou.
-É uma boa ideia – murmurou ela, com o nó na sua garganta a formar-se. Teresa era tudo para ela, já a tinha perdido uma vez, não queria voltar a perdê-la. – Quem é que vai com ela?
Kol encolheu os ombros, fixando o rosto sereno de Teresa. Uma lágrima escapou do seu olho e Liliana, num ato reflexivo, limpou-a com o seu polegar. Os dois entreolharam-se por longos momentos. Os dois tinham criado uma amizade breve e fácil. Kol ajudou-a a transformar-se vampira e nunca a julgou. Quando foi necessário, ele estava lá para a abraçar quando ela chorava por causa de Carlos e estava lá para velar pelo seu sono, entrando na sua cabeça e enchendo-a de sonhos coloridos e felizes. Quando foi necessário, ele apagou a sua memória de algo que anteriormente a tinha feito muito feliz, mas como vampira a iria destruir. Liliana sentiu o seu estômago contrair-se e um pequeno formigueiro preencheu-a por dentro. Kol tinha uns olhos lindos, castanho-escuro chocolate e Kol tinha mergulhado há muito no seu olhar azul límpido.
-Eu até podia ir com ela, mas não me sinto preparada para estar tão perto de humanos – murmurou Liliana, engolindo em seco enquanto Kol se aproximava do seu rosto.
-Compreendo – sussurrou ele e colocou uma mão na face de Liliana, alisando a sua maçã do rosto com o polegar e depois passando-o pelos seus lábios. Liliana entreabriu-os, nervosa e expectante.
-Voltei!
Liliana voou para a extremidade do quarto enquanto Kol se recostava na cama com pressa. Rebekah estava estonteante, com as sardas no seu rosto bastante visíveis e a pele ligeiramente dourada.
-Rebekah – Kol arranhou a garganta, limpando a sua voz. – Esta é Liliana, amiga de Teresa e recente vampira.
-Olá – disse Rebekah, aproximando-se da outra loira e medindo-a com o seu olhar amigável. – Amiga portuguesa de Teresa, claro.
-Isso mesmo – Liliana estava um pouco ofegante e corou abruptamente. Rebekah arqueou o sobrolho, vendo o embaraço da mais nova.
-Espero não ter interrompido nada – os seus olhos azuis-escuros julgadores voaram para o irmão.
-Nada disso. Estávamos a falar nalguns planos para Teresa.
-Isso pode esperar. Agora quero ver o meu irmão desligado do mundo que o rodeia.
Kol levantou-se da cama e saiu do quarto, seguido das duas loiras. Desceu até à cave e abriu a pequena portinhola que a grande e maciça porta tinha, deixando Rebekah espreitar lá para dentro através das grades.
-Céus – murmurou ela, vendo Klaus com o rosto baixo e preso na cadeira. – Ele está com um aspeto horrível.
-Queres entrar ou esperamos por Elijah? – perguntou Kol, não olhando para o irmão inconsciente.
-Esperamos por Elijah – afirmou Rebekah, dando meia volta e subindo de seguida.
-Vou dar-lhe a dose de verbena com wolfsbane – disse Kol, pegando no estojo de primeiros socorros que havia perto da porta. Abriu-a e escolheu uma das seringas. – Fecha a porta assim que eu entrar.
Liliana acenou e abriu a porta, deixando Kol passar e fechando-a logo de seguida.
Kol aproximou-se do irmão, que ergueu o rosto para ele, confuso.
-Mais uma dose?
-Sabes bem que sim – respondeu Kol, inserindo a seringa bem na veia que Klaus tinha no braço. Ele gemeu e voltou a adormecer. – É para o teu bem, irmão.
Liliana abriu a porta e Kol saiu, fechando-a e trancando-a de seguida.
-Elijah deve de estar quase a chegar – afirmou Kol, fechando a portinhola também. – Depois iremos decidir o que fazer com os dois.
A loira acenou, nervosa. Engoliu em seco e mexeu no cabelo num gesto nervoso.
-Liliana, vai ficar tudo bem – assegurou Kol, colocando uma mão no seu ombro, parando-a. – A minha família é disfuncional mas unida. Aliás, é mais unida desde que Teresa chegou.
Ela sorriu fraco.
-Ela tem a habilidade de nos colar uns aos outros.
Kol riu baixo e concordou:
-Sem dúvida. Não sei como ela consegue, mas tornou Elijah mais atento, Rebekah mais doce e Klaus mais tolerante.
-E o que ela te fez? – indagou Liliana e Kol deu um passo na sua direção, fazendo os seus corpos quase tocarem-se.
-Ela fez-me acreditar que o amor ainda existe.
©AnaTheresaC
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! A Família Original está quase toda de volta!
XOXO