Querido Diário,me Apaixonei! escrita por Amy_Mary


Capítulo 7
Querido Diário, Hoje é o Dia dos Favores


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês tenham recebido o email com a prévia gente. Caso não tenha chegado me avisem por favor. ;) GENTEE TO DE CAPA NOVAA *O*, eu achei diva. ME CONTEM O QUE VOCÊ ACHARAM OK? boa leituraaa E LEEM A NOTAS FINAIIIIISSS,



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Erick me olhou na expectativa. Baile... Eu nunca fui fã de bailes, para ser sincera. Nunca frequentei os bailes que tinham em Jacksonville, eu só sabia de bailes mesmo era pelos filmes que eu assistia. A primeira coisa que veio a minha mente foi dizer não. Eu não podia ir ao baile, porque simplesmente baile tem a ver com dança, e eu não sei dançar!

Nunca aprendi, e desde sempre não vou a muitas festas agitadas ou bailes, a dança e eu somos linhas que não podem andar juntas. Mas antes de dizer não para Erick eu me lembrei de uma coisa, que veio martelando um minha cabeça. Era o baile do Homecoming, seria a minha última chance de ir a um baile, já que é meu último ano. É claro que na faculdade tem várias festas, mas não um baile.

Mas eu não sei dançar... Não conheço bailes, nunca fui a um... Não quero envergonhar Erick, ele é um garoto legal, não quero fazer isso com ele.

– Então... Bella? – Erick me tirou de meus pensamentos. Ele me olhava ansioso. – Ah... Você não quer ir não é? Eu devia saber... – ele resmungou.

– Hey, não é nada disso. Eu... – travei. Será que eu devia lhe contar que não sei dançar? Ele iria rir da minha cara? – Eu só...

– Está tudo bem Bella?

Engoli em seco.

– Sim, claro.

– Então? Você vai ao baile comigo?

– Sim, claro. – eu parecia um disco travado.

Ele sorriu abertamente.

– Legal! Eu... Tenho que comprar um smoking logo. Isso vai ser legal Bella.

– Hmmm, é vai mesmo. – sorri fraco. – Me da licença? Eu... estava indo ao banheiro antes de...

– Ah sim. – ele não tirava o sorrisão do rosto. – Nos vemos depois então. – ele acenou.

– Ok. – respondi acenando rapidamente e corri para o banheiro.

Eu havia feito a maior burrada de todas. E agora? Eu não posso envergonhar o Erick... Eu não devia ter aceitado... Mas ele parecia tão feliz em me levar, não quero magoá-lo. Grunhi colocando as mãos no rosto.

Eu estava de frente para o espelho, quando um barulho baixo me fez me desviar de minhas frustrações e olhar em volta no banheiro. Era um choro baixo, como se a pessoa não quisesse ser escutada. Olhei para as cabines do banheiro.

Me aproximei de cada uma apurando os ouvidos para escutar melhor. Ao escutar o choro vindo de uma das ultimas cabines, fui até lá e achei a cabine certa.

– Olá? – perguntei em voz alta. – Você está bem? Precisa de ajuda?

O choro se cessou. Tentei escutar mais alguma coisa, mais nada veio só o silêncio.

– Está tudo bem aí? – perguntei novamente.

Ouvi um soluço.

– Vá embora. – a voz embargada soou no banheiro.

– Tem alguma coisa que eu possa fazer...

– Só vá embora. – ela repetiu.

Era melhor eu dar privacidade a ela. Afinal, às vezes é bom ficarmos sozinhas para pensarmos melhor. Dei um suspiro e saí do banheiro. Quando voltei ao refeitório, fui até a mesa em que estavam meus amigos. Erick me encarou com um sorrisão e evitei seu olhar.

Assim que me sentei, Rose voltou à mesa completamente feliz.

– Finalmente me candidatei á rainha do baile.

– Ah isso é ótimo Rose. A idiota da Lauren não pode simplesmente ganhar novamente. – Angela disse.

– Mas ela ainda acredita que vai. – Rose olhou para a mesa de Lauren. – Aliás, vocês não vão acreditar quais são os garotos que se candidataram a reis do baile.

– Fale. – incentivei.

– Jacob Black, Riley Biers, Jasper Hale e o Edward.

Engasguei com o meu refrigerante.

– Seu irmão quer ser o rei do baile? – perguntei incrédula.

Rose deu de ombros.

– Não vai ser nenhuma surpresa se ele ganhar por duas vezes consecutivas.

Franzi o cenho.

– Ele foi o rei no ano passado?

– Claro. Junto com Lauren. Daí surgiu o boato que eles estavam namorando. Afinal, todos dessa escola idolatram Edward.

Todos.Puff. Garoto mimado.

Logo que o intervalo se encerrou, fui para meu armário pegar meu material e graças aos céus não me encontrei com Edward. Assim que fui para a aula de química, me lembrei de que meu par era Emmett Brandon e um calafrio percorreu a minha espinha. Engoli em seco e fui para o meu lugar ao lado dele.

No decorrer da aula o professor pediu para que todas as duplas interagissem na sala de aula sobre a matéria e fizessem um relatório para o final da aula. Ok, isso não era nada legal. Desde que cheguei aqui descobri que quem se mete com Emmett Brandon não acaba vivo no final. Fiquei quieta na minha, parecendo uma estátua pensando no que fazer, quando nem percebi o professor chegando perto de nós.

– Srta Swan, Sr Brandon, preciso mesmo perguntar por que não estão fazendo o que lhes pedi?

Percebi que Emmett não ia mesmo falar nada então decidi tomar o controle.

– Ah... claro, professor, já estamos conversando. – sorri amarelo.

– Vocês têm até o final da aula. – ele ergueu a sobrancelha. Assim que ele se foi engoli em seco e peguei meu caderno.

Fechei os olhos. Ok, Bella não é tão difícil assim, é só puxar algum assunto. Respira fundo. Bom na verdade era difícil sim, quando a pessoa ao seu lado era o cara mais assustador que você já conheceu. Mas por outro lado, era um dever da aula, e isso era umas das coisas que eu mais prezava na vida.

– Então... – disse tentando chamar a atenção dele. Ele continuou olhando para o vazio sem nem dar uma olhadinha para mim. – O que acha sobre os Compostos Orgânicos? Nosso primeiro tópico é a Evolução da química orgânica então...

– Ah cala essa boca. – ouvi um rugido. Olhei para meu parceiro assustada, ele estava com a cabeça abaixada na mesa, nem sequer acho que prestando atenção em minhas palavras.

– Er... Continuando... Nosso segundo tópico é a Hidratação do Carbono então eu acho que...

– Fecha essa matraca antes que eu mesmo feche. – a voz dele era grossa e assustadora. Arregalei os olhos. Dessa vez ele estava olhando para mim com uma voracidade que me deixou muito assustada.

– E-eu... é que... temos um dever para fazer então...

Ele simplesmente se debruçou na mesa novamente.

– Alguém alguma vez já te disseram o quanto é extremamente chata?

Ouch! Essa doeu. Nervosa, passei os olhos pela sala. Não ia adiantar em nada isso. O melhor que eu posso fazer é fazer o dever como se nada tivesse acontecido. Já estava quase acabando o relatório quando o professor passou em minha mesa novamente.

– Sr Brandon, dormindo novamente? – Assim que o professor falou Emmett levantou a cabeça o olhando com desinteresse. – Espero que a Srta Swan não esteja fazendo tudo o que os dois teriam que ter feito juntos. – ele ergueu a sobrancelha.

Emmett deu de ombros.

– Bom nesse caso Sr. Brandon eu sugiro que se retire exatamente e vá resolver suas diferenças com o diretor porque eu já estou cansado de...

– Na verdade. – o interrompi. – Emmett me ajudou bastante. Ele até começou a ditar alguns tópicos pra mim quando eu me perdi, ele fez muito mais que eu. Eu só lhe dei uma folguinha para que eu terminasse, porque afinal eu tenho que fazer alguma coisa. – dei uma risadinha nervosa no final.

O grandão ao meu lado me encarou incrédulo, junto com o professor que logo pigarreou e arrumou os óculos casualmente.

– Então... hã... se apressem, o tempo está acabando.

– Claro. – sorri.

– Estou de olho em você. – ele apontou para Emmett.

Assim que ele se foi, me apressei em terminar o relatório, pois o tempo estava mesmo acabando.

– Porque fez isso? – a voz grossa e assustadora de Emmett ecoou ao meu lado.

Tentei não parecer com medo.

– Bom... Não precisamos de muitas brigas e confusões por aqui não acha? Eu já atingi o limite essa semana. – bufei me lembrando do Cullen.

– Não precisa me defender, acha que não consigo isso sozinho?! – esbravejou me olhando com raiva.

O encarei, ele era literalmente gigante. Respirei fundo.

– Oh, sim eu acho. Só que o seu jeito de se defender é muito mais complicado que o meu jeito não acha? Veja bem, se você fosse se defender sozinho, estaria quebrando os óculos do professor por causa do seu porte físico e tudo o mais, e isso com certeza geraria uma suspensão imediata. Mas sem o meu parceiro da aula, não vou poder ganhar a mesma nota que os outros alunos, e isso não só seria um problema para mim como também um para você porque eu soube que já levou muitos castigos por ser violento. Então simplifiquei as coisas, nenhum de nós saiu perdendo.

Terminei de fazer o relatório e me apressei a colocar nossos nomes no alto da folha. Meu coração estava martelando dentro do meu peito.

– Está me chamando de imaturo?! – esbravejou novamente.

Ótimo, é agora que perco meus dentes.

– Não imaturo. Só disse que você age sem pensar, só se concentra na sua raiva e na sua violência para resolver as coisas, e isso não vai te ajudar em muitas conquistas na vida.

Quando finalmente terminei o relatório completo sorri comigo mesma, satisfeita.

– Quem você pensa que é para falar assim comigo, garota?! Ta pedindo pra morrer?

Respirei fundo.

– Eu sou a garota que livrou você de mais uma encrenca que mancharia realmente o seu histórico escolar e você ficaria muito mais encrencado. Então ao invés de ficar realmente furioso por escutar pela primeira vez algumas verdades, deveria me agradecer pela ajuda.

Dizendo isso peguei meu material e o relatório e me levantei da mesa no momento em que o sinal tocou. A turma inteira me olhava de boca aberta, e rapidamente deixei o relatório na mesa do professor e fugi dali.

[...]

– Você ficou doida?! – Rosalie gritou logo que estávamos nos estacionamento pra irmos embora. Eu olhei em volta mordendo os lábios.

– Fale baixo Rose.

– Isso não importa mais Bella, todos da escola já sabem que você é a doida que enfrentou Emmett Brandon. O que é que você tem na cabeça?

– Eu não sei o que deu em mim, eu só...

– Bella! – Erick veio correndo até nós. – Soube que você enfrentou Emmett Brandon! Você ficou doida?

– É o que eu também estou querendo saber! - Rosalie cruzou os braços pra mim.

– Bella, eu quero a minha companhia para baile, viva até lá. – Erick riu e piscou para mim.

– Como assim? –Rose perguntou confusa.

Dei um meio sorriso.

– Eu me esqueci de te falar... mmm Erick vai me levar ao baile na semana que vem.

Ela arregalou os olhos.

– Mesmo? Isso é ótimo! Mas não esconde o fato de que você enfrentou o garoto mais agressivo dessa escola Bella!

– Eu sei Rose...Mas, não deve ser uma coisa tão ruim assim. – dei de ombros.

– Bella... – Erick arregalou os olhos olhando para trás de mim.

Virei-me e vi Emmett Brandon abrindo caminho por entre os alunos, vindo até mim furioso. Arregalei os olhos. Parecia que a escola havia parado apenas para observar o que estava acontecendo. Engoli em seco assim que ele chegou perto de mim, ele era gigante e eu me sentia uma nanica perto dele.

– Finalmente te achei! Achou que ia se esconder de mim?! –ele gritou.

– E –eu...

Ele agarrou meu braço com tanta força que pensei que ia sair do lugar.

– Larga ela! – Rose gritou. Emmett a olhou.

– Me obrigue! – rosnou para ela e começou a me arrastar para os fundos da escola.

– Hei! Seu brutamonte! – Erick veio até ele como se fosse bater nele e arregalei os olhos.

– Erick sai daqui! – gritei. Erick não podia contra Emmett. Emmett iria mata-lo.

– Não Bella! Quem esse cara pensa que é para... – Erick não pôde terminar, pois Emmett lhe desferiu um soco que fez Erick cair no chão.

– Erick! – gritei. Emmett continuou me arrastando até os fundos da escola. – Seu covarde! – gritei pra ele. – Se quiser me bater, bata logo! Você é um idiota porque não consegue ouvir algumas verdades e já vai desferindo socos por aí. Vai me bate! Prove que é mesmo um covarde! – Ele me olhou furioso e fechei os olhos com força esperando minha primeira surra. Que não veio.

Ele soltou meu braço bruscamente, e tropecei alguns passos para trás cambaleante.

– Não vou te bater sua idiota! Quero conversar com você! – falou com raiva.

Massageei meu braço que doía pelo aperto mortal dele.

– Conversar? – ergui a sobrancelha. – Esse é o seu jeito de chamar alguém para uma conversa?!

Ele rolou os olhos.

– Sei que fui um pouco agressivo, mas...

– Um pouco?! Você socou o meu amigo, e quase arrancou meu braço! Um pouco agressivo é o último adjetivo que você receberia na vida!

– Não precisa ser dramática.

– Dramática?! – bufei não acreditando. – Fale logo o que quer! Tenho que ver se Erick está bem!

– Seu amigo está bem, não soquei tão forte assim. Mas ele me irritou oras. Enfim, eu queria.... – ele fechou os olhos e respirou fundo. Abriu os olhos e me olhou. – Agradecer.

– Agradecer?! – perguntei incrédula.

– É você sabe... Por me ajudar com o professor. Você tinha razão, eu levaria uma suspensão e eu estaria ferrado então... Obrigado. – O encarei espantada. – E não fique se gabando só porque te agradeci. Só saiba que não é uma coisa que eu faça diariamente. Então não é só para te agradecer que eu estou aqui.

– Não?

– Não, eu vim te pedir um favor.

Ergui as sobrancelhas.

– Um favor?! Desde que troquei a primeira palavra com você, você só tem me insultado. Me mandou calar a boca, me chamou de chata, socou...

– É eu sei, soquei seu amigo e quase arranquei seu braço, mas já passamos dessa. Eu... – ele fechou os punhos com força. – Eu...

Cruzei os braços.

– Estou vendo que pedir desculpas é bem difícil pra você, então vou ser mais prática, em consideração ao seu esforço. Desculpas aceitas.

Ele suspirou aliviado.

– Então, vai me ajudar?

– Com o que?

– Eu preciso de ajuda nos estudos, e ouvi falar que você é uma perfeita nerd, e também pelo o relatório na sala de aula. E eu estou precisando mesmo melhorar meu histórico escolar. Você pode me ajudar?

Suspirei pesadamente.

–Olhe Emmett, te ajudar não é um problema para mim, principalmente se tratando dos estudos, mas a sua agressividade e raiva é um problema para mim. Você não pode me bater toda a vez que eu, por exemplo, falar que o dever que você fez está errado.

– Tabom, tabom. – ele bufou. – Vou me controlar.

– Na verdade, nós vamos trabalhar nisso também. Na sua raiva, você precisa aprender a controla-la.

Ele bufou.

– Tanto faz, você vai me ajudar ou não?

– Ok, eu ajudo. Mas nada de bater nos meus amigos. – avisei.

Ele assentiu e depois de algum tempo se virou e foi embora. Corri para frente da escola e encontrei Rose colocando um saco de gelo no olho direito de Erick.

– Erick! Você está bem? – perguntei chegando perto deles.

– Bella! – Rosalie me olhou. – Eu deveria perguntar isso pra você! Pensei que ele ia matar você! Estamos indo ao diretor agora.

– Não! Não precisam fazer isso! Ele não me machucou. Ele só queria conversar.

– Como? Ele me deu um soco e te arrastou daquele jeito porque queria conversar com você? – Erick esbravejou.

– É, eu também reagi assim. Mas eu falei pra ele que ele não pode mais ficar batendo nas pessoas assim.

– Como? Você...

– Depois a gente fala sobre isso. Erick como está o seu olho?

– Melhorando. – ele disse e me olhou. – E você? Ele não te machucou mesmo?

– Não. – afirmei.

– Mesmo assim temos que falar com o diretor. O cara me bateu.

– Não Erick! Não fale com o diretor ok? Vamos deixar isso pra lá. Emmett não pode manchar mais seu histórico.

– Peraí Bella, porque ta defendendo ele? – Rose me encarou.

– Porque eu estou ajudando o Emmett a melhorar seu histórico. E isso não vai funcionar se ele já arrumar encrenca novamente.

– Bella ele me bateu!

– Eu sei Erick! Sinto muito por isso, mas Emmett não vai mais te machucar eu te prometo ok? Ele só tem alguns problemas com a raiva, mas eu vou cuidar disso.

– Bella do que você está falando? – Rosalie me perguntou.

– Depois eu explico ok? Vamos dar uma carona pro Erick?

[...]

Assim que Rose estacionou o carro, já fui saindo, louca para ir pra casa.

– Hei, hei, espera aí Bella. Você tem algumas explicações para me dar.

– Eu sei Rose eu sei, mas posso pelo menos colocar minha mochila em casa e tomar um banho? Foi uma manhã longa. – suspirei.

– Ok. Mas venha me encontrar na minha casa daqui a meia hora ok?

– Tudo bem.

Ao chegar em casa, tomei um longo banho, e pensei em o quão louca essa manhã foi. Fui convidada para o baile, sendo que nunca fui ao um baile e não sei dançar. Enfrentei o garoto mais agressivo e assustador da escola, e por causa disso, quase perdi meu braço e meu amigo apanhou. Pontos positivos do meu dia? Não arranjei nenhuma encrenca com o Cullen, nós não nos falamos desde a conversa após a ida ao asilo. Na aula de Biologia nos ignoramos completamente. Pelo menos isso.

Após me arrumar, fui até a casa de Rose para conversar. Vi Esme na cozinha e acenei.

– Olá Bella, como está? – ela sorriu pra mim.

– Ótima Esme, e você?

– Muito bem querida. Veio ver Rose não?

– Sim.

– Oh, ela disse que está te esperando no quarto dela, pode subir querida.

– Obrigada.

Assim que cheguei ao segundo andar, congelei. Qual era mesmo o quarto de Rosalie? O segundo andar era enorme e tinha várias portas. Andei até o final do corredor olhando em volta e parei na grande sala de música. Eu estava definitivamente perdida. Vi uma pequena escada no canto da sala e franzi o cenho.

Devia ir para o sótão da casa. Lembrei de que Rose me disse que o quarto de Edward era no sótão e que ele não permitia que ninguém entrasse nele, nem mesmo sua família. Mordi meu lábio, a curiosidade me corroendo. Talvez ele não esteja em casa... Esme não falou nada... Só uma espiadinha não faz mal a ninguém e eu também não demoraria muito.

Calmamente subi as escadas para o sótão. Assim que cheguei lá, me surpreendi.

Ok, sejamos sinceros. Eu às vezes posso ser curiosa ao extremo, e um pouco enxerida, sim. Mas com o que eu via agora... Aquele era o quarto de Edward??? As paredes eram pintadas de uma cor diferente de cinza que me deixou fascinada.

Havia várias prateleiras cor de mogno nas paredes, cheias de CDs e álbuns de música. Havia uma porta dupla gigante do lado esquerdo, que eu acho que devia ser o closet dele. A cama era de casal, maior que a minha, era bem grande para apenas um garoto dormir nela. E atrás da cama uma enorme janela que cobria a parede do teto ao chão, e dava a vista para a parte de trás da casa, a piscina.

Havia um pequeno sofá preto encostado no canto, e acima dele, estava uma Tv de tela plana acoplada na parede, e embaixo dela uma prateleira com um DVD e um Xbox. Eu não entendia o porquê de Edward não deixar que as pessoas ficassem por muito tempo em seu quarto, era até um quarto legal, para um garoto. E eu que imaginei que o quarto desse garoto seria uma zona.

Afinal, o Cullen não é o garoto mais limpo do mundo. Já ia me retirar de seu quarto, quando meus olhos pararam ao lado da porta dupla na parede. Ali, encostado, havia um violão. E era lindo. Era um preto reluzente, e parecia que me chamava para tocá-lo. Me aproximei e deslizei meus dedos sobre ele. Era o melhor violão que eu já havia visto. As cordas pareciam em ótimo estado, como se nunca tivessem sido usadas.

Já fazia um bom tempo que eu não tocava violão. Eu era bem mais jovem e me interessei pela música, mas eu não tinha um violão como aquele. O meu era menor, e um pouco desafinado, por ser velho, mas dava para me divertir com ele. Mordi meu lábio inferior. Não, eu não devia. Eu nem deveria estar ali para início de conversa. Rosalie havia sido clara, quando me disse que Edward é fã da privacidade e odiava que alguém entrasse em seu quarto. Mas eu não entendia o porquê. Engoli em seco. O violão não era meu. Era errado, não posso mexer nas coisas dos outros. Eu tive uma boa educação, acredite.

Respirei fundo. Ah mas é só uma dedilhada nas cordas, era o melhor violão que eu já havia visto. E só para iniciar o incêndio, havia uma pequena palheta encostada ao lado. Dei um longo suspiro e me aproximei do violão novamente. O peguei com uma delicadeza intensa. E logo depois a palheta. Me sentei no sofá preto, o pus em meu colo. Admirei o violão mais uma vez, e rapidamente dedilhei levemente as cordas. Era perfeito. Nem um pouco desafinado. Parecia ter vindo direto da loja.

Peguei a palheta e fechei os olhos, tentando me lembrar dos acordes certos. Eu estava enferrujada no quesito violão. Já fazia anos que eu não tocava um, mas aquele... chamava meu nome.

Assim que me lembrei, comecei a tocar as cordas com a palheta no ritmo da musica. Um sorriso se fez em meus lábios assim que percebi que eu lembrava exatamente como era. Continuei tocando levemente, e em minha mente eu quase podia sentir os dedos de meu pai sobre os meus. Sorri fechando os olhos. Parecia como uma enchente em minha mente.

Eu podia ver a garotinha de 7 anos, sentada no sofá, com um brilho nos olhos enquanto seu pai a fazia, com seus dedinhos, tocar as cordas do violão. Eu podia sentir seu toque, sua voz dizendo o que era certo e o que era errado. Eu via as partituras espelhadas pelo sofá.

Mas eu não precisava de uma partitura para me lembrar dessa música.

– O que você pensa que está fazendo?! – a voz fria e cortante me fez abrir os olhos e voltar à realidade.

Meus dedos travaram a palheta, fazendo o som do violão simplesmente parar, e o quarto não era mais aquela enchente de memórias. Meus olhos dispararam para a porta e me fizeram encarar um Edward bufando de raiva. Seus olhos me encaravam com ódio, fazendo minha pulsação acelerar. E o pior, é que eu não tinha argumentos, pois era eu a errada naquela história afinal de contas.

– Eu... eu... – balbuciei atordoada. Faíscas de ódio saíam dos olhos de Edward.

– Como você ousa entrar em meu quarto e mexer nas minhas coisas! – ele vociferou e arrancou o violão de minha mão com extrema violência. Desesperei-me.

– Cuidado! – fiquei na defensiva pelo violão. – Esse violão é muito bom, deve ter mais cuidado com ele.

– Não interessa! Quem você pensa que é hã? – arrancou a palheta de minha mão quase machucando meus dedos.

– Tudo bem, tudo bem. Me desculpe. Também não precisa ficar agressivo.

– Agressivo?! Agressivo é pouco comparado ao ódio que eu estou sentindo agora! Saia do meu quarto antes que eu faça você sair, garota!

– Olha Edward, eu vou sair sim. Mas antes disso, eu peço desculpas por invadir a sua privacidade. Eu sei que você não gosta, e foi um erro meu. Eu sei admitir quando estou errada, não sou tão hipócrita assim. Então me desculpe. Mas olha, toma cuidado com esse violão ok? Ele é mesmo muito bom.

Me virei e saí dali o mais rápido o possível. Eu me humilhei pedindo desculpas a ele. Cheguei na sala de música e procurei pelo quarto de Rose.

Jordin Sparks - Battlefield

– Hei! Espera! – Vi o Cullen vindo e agarrou meu braço. Me controlei para não empurrá-lo longe.

– Me solta. – sibilei. Ele me soltou.

– Ok. Eu só quero falar uma coisa.

– Eu já pedi desculpas...

– Não é sobre isso. Quer dizer ainda estou furioso, mas bem... – ele pigarreou. – Preciso de um favor.

Ergui a sobrancelha incrédula e gargalhei.

– Rá! Edward Cullen me pedindo um favor? Nunca!

– Hei, você invadiu o meu quarto!

– Eu já pedi desculpas!

– Não significa que eu esqueci.

– E o que diabos você quer de mim?!

– Eu ouvi você tocando o violão e na realidade a música era muito boa. É meio difícil acreditar que você é boa em alguma coisa que não seja em ser petulante. – bufei. – Enfim... o jeito que você tocou, e o jeito que você falou do violão, pareceu que gosta mesmo de tocar.

– E eu gosto. Agora o que isso tem a ver?

– Tem a ver que, o concurso de músicas do Rocket Stone já está chegando e eu não encontro ninguém para me ensinar a tocar.

Ergui uma sobrancelha.

– Você tem aquela beleza e não sabe tocar? Você é mesmo inacreditável...

– Enfim. – me cortou. – Preciso de alguém que me ensine pelo menos até o concurso chegar.

Rapidamente entendi o que ele queria.

– AH mais nem pensar!

– O que foi Swan? Está duvidando da sua capacidade? – me olhou divertido.

– Não vou lhe fazer nenhum favor Cullen! Eu nem te suporto.

– Acha que eu te suporto?! Mas infelizmente não tenho outra escolha. Façamos o seguinte, vamos fazer disso um acordo. Você me ensina a tocar violão, e eu te faço algo em troca.

– Eu não quero nada de você! – vociferei.

– Mas quer alguma coisa. – apontou.

– Nada que você possa me dar.

– Tente.

– Isso é ridículo. – rolei os olhos. – Dançar. Eu preciso aprender a dançar até o baile de semana que vem.

Ele riu.

– É só isso? Fácil.

– O que? Você sabe dançar?

– Mas é claro! Não é a toa que fui o rei do baile no ano passado. – bufei. – Então? Eu te ensino a dançar e você me ensina a tocar violão.

– Isso não vai dar certo.

– Eu sei que não, só de olhar pra você eu já me arrependo. – Rolei os olhos. – Então? – insistiu. – Acordo feito?

– Tá.

Me virei para sair dali.

– Só mais uma coisa. – ele falou.

– Que é?

– Não entre mais no um quarto. – falou sério.

O ignorei e fui para o corredor. Como se eu quisesse voltar lá.

Querido diário, hoje é o dia dos favores.


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Notas finais do capítulo

OOOOOlá, povo. Esse capítulo ta que ta? Primeira aproximação Emmett e Bella *o*. Mesmo o Emett sendo muito agressivo aqui, eu sempre admirei muito a aproximação do Emmett e da Bella nos livros da Steph , e quero explorar bem a aproximação deles aqui na fic. Mas relaxem gente, romance mesmo é pra Bella e Edward. Falando nesses dois... Bella enxeridaaaa, gente tenho que confessar que coloquei um pouco de mim na Bella nesse cap. Sou curiosa ao extremooo acreditem kkk A Bella tem algumas das minhas características. Vocês podem ter notado que a Bella de QDMA é muuuito diferente da Bella de YBWM, já que essa Bella é muito mais certinha,e bem centrada, e já a Bellet'z de YBWM é mais espevitada e atrapalhada. Sabem como é né? rsrsrs
Genteee que capa divástica eu consegui pra fic, viram virm? me apaixonei nela *o*
BEM QUEM QUISER PRÉVIA DO PRÓXIMO E NÃO DEIXOU SEU EMAIL AINDA É SÓ DEIXAR UM COMENTÁRIO COM O EMAIL OK?
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