Cups Of Hell escrita por Queen of Sonora


Capítulo 1
Capitulo Único




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– A onde vamos? – a voz de Jhon saiu tremida, experimentar fugir de casa não era o que ele esperava fazer tão cedo.

         Os três garotos que o acompanhavam sorriram maliciosos e Edward puxou uma garrafa da sacola que carregava.

– Acho que o bar do Sr. Cullen estará desfalcado amanha cedo. – comentou Sam rindo e pegando a garrafa.

– Menos estupidez pequeno índio! – exclamou Edward. – Trouxe copos.

– Alguém vai me responder? - já bravo por total ignoração a sua pergunta John se pronunciou. Nem ligava mais para a fuga, sua preocupação havia mudado ao simples fato de a onde iria passar a noite de Halloween.

– Pense John! Sei que não é tão burro. No Halloween. A caminho de La Push. Onde acha que iremos ficar? – Jacob falou sorrindo malicioso.

– Índios. – murmurou Edward descontente.

– Não temos culpa se você é um Frio. – Sam falou e riu enchendo os copos que Edward havia trazido, e que agora se encontravam em mãos de todos os garotos.

*

– Isso tem ácaros. – Resmungou Edward se afastando do imundo sofá que se encontrava no meio da sala.

         A antiga casa de Harry Clearwater tinha sua forma de construção antiga, a porta era envolvida por rachaduras, a tinta verde de sua fachada mal permitia distinguir a casa da mata densa que se encontrava atrás da mesma. O interior trazia verdadeiramente os ácaros reclamados por Edward. Os moveis – que se se limitavam a um sofá, uma mesinha de frente a lareira, e o pequeno móvel superior da lareira – eram cobertos por uma grossa camada de pó, a tintura amarela do interior era intensa por conta do mofo. E o sofá tinha o estofado manchado e cheirava a bebida – por conta de constantes vindas de adolescentes ao local –, o estofado tinha queimaduras de cigarro e a parte de sua espuma saltada.

– Sem frescura! – pediu Jhon que já se sentava no sofá sentindo-se a vontade. Para ambos o local era aconchegante, possivelmente por conta das varias noites já passadas ali com amigos ou garotas.

– Um pouco de ritual Quileute? – Sugeriu Sam já acendendo a lareira.

         A resposta foi dada pela cara de pouco agrado de Edward e, os copos novamente cheios por Jacob, que já começava a contar as historias que desde a infância ouvia de seu pai sobre os antigos Quileuts.

         As lendas Quileute resumiam se a rivalidade entre Quileute e Cullens. Rezava a lenda que ambos eram inimigos de sangue. Os Cullens eram apelidados de os Frios, e os Quileute de Protetores. Historias fictícias no qual Quileute se transformavam em lobos e os Cullens se alimentavam de humanos.

– Duvido que essas histórias sejam reais! – Exclamou Jhon dando um gole rápido no conteúdo em seu copo.

– Pergunte aos espíritos. – sugeriu Jacob com um olhar desafiador enquanto Edward tirava da mesma sacola que havia trazido a bebida um tabuleiro com letras.

– É perigoso. – alertou Sam tomando o restante de sua bebida.

– Vamos validar logo essas histórias. – Edward falou virando seu copo – e seguindo tal ato com uma careta – e virou-o de boca para baixo no meio do tabuleiro.

         Rapidamente todos cercaram a mesa depositando suas mãos em cima do copo. Cada um com uma expectativa diferente. Jhon queria apenas que aquilo não desse em coisas sobrenaturais sobressaltando por todos os lados. Edward, que fosse provado de uma vez por todas que aquilo tudo contado pelos Quileute não passavam de mentiras e que os Cullens eram bons. Jacob, um pouco de ação para poder se lembrar desse Halloween por algo divertido e que deixasse seus amigos com medo. Sam, apenas temia que isso desse errado, afinal como o mais velho devia impedir tal coisa crendo tanto na espiritualidade do local.

         Mas nada os fez desgrudar as mãos do pequeno copo. Os olhos se mantiveram fixos enquanto Jacob perguntava sem medo algum.

– Alguém? – perguntou e em menos de segundos o copo se movimentou.

         S, I, M foram às letras na qual o copo parou.

– Quem é? – foi à vez de Jhon perguntar. Mas apesar da voz firme, em seu interior tremia como uma criança ao ver um filme de terror.

P, R, E, F, I, R, O, Q, U, E, M, E, D, I, G, A, M, O, Q, U, E, Q, U, E, R, E, M, S, A, B, E, R Uma pausa foi dado após tantas letras, mas os garotos já haviam formulado a frase em sua mente. E por um breve momento se entre olharam. Um riso histérico ecoou pela velha casa. Ambos retiraram rapidamente as mãos do copo.

O, U, E, U, P, O, S, S, O, M, O, S, T, R, A, R O copo se movimentou mesmo com as mãos longe dele.

– Eu falei! – exclamou Sam correndo até a porta. Mas a mesma parecia trancada, já que o Maximo que seu esforço fez foi tirar uma leve poeira das rachaduras.

         Novamente a risada ecoou, mas agora em conjunto a um leve suspiro. Todos se direcionarão ao tabuleiro.

– Mostre-nós. – Jhon pediu com convicção. Os outros três se entreolharam. Jhon com sua fama de medroso atrevia-se a conversa com um espírito?

         N, A, O, T, E, N, H, A, M, M, E, D, O Após tais palavras serem apontados o copo se chocou com a lareira fazendo as chamas aumentarem e se tornarem incandescente. Os quatro garotos se mantiveram parados, apenas Sam estava mais afastado – se encontrando atrás do sofá. Ambos os olhares se concentraram nas chamas que abaixaram formando um leve desenho de um índio. E logo, o de um humano comum. Ambos corriam, o índio parecia seguir o humano, até que os traços simples se desfizeram e rapidamente se formaram na figura de um cachorro, ou lobo pelo tamanho e, presas que se apresentaram rapidamente, e o humano que estava a ser seguido mostrou-se também com presas.

         Mais um grito, e um abundante vento alcançaram a casa fazendo o som de sopro e apagou as chamas incandescentes que alcançavam quase o móvel superior da lareira. Os olhos dos garotos que antes pareciam denunciar um transe piscaram fortemente. As cinzas da lareira se levantaram junto ao vento que agora se encontrava calmo. Mais um piscar de olhos, e tudo se transformou em uma forte escuridão para os garotos.

*

         A clara camada que preencheu a casa foi suficiente para despertar ambos. Jhon se encontrava deitado no sofá, Edward debruçado sobre a mesinha, Sam encostado nas costas do sofá e Jacob ao lado da lareira em uma posição semi-deitada.

– O que – começou Jacob tentando se levantar, ato errado já que se remoeu em dor e massageou a nuca.

– Aquilo tudo? – Indagou Jhon sentando-se e sentindo sua cabeça pesar pela rapidez do ato.

– Não sei. – murmurou Sam se levantando. – E acho melhor não procurarmos saber. – cruzou o olhar com todos ali que concordaram rapidamente fazendo gestos leves com a cabeça. Mas nenhum de fato esqueceu o estranho sonho – ou acontecimento – da noite passada. Não podia ser um mero sonho, contatou Edward, já que um dos copos estava faltando. Mas o mesmo desistiu de pensar em tal coisa e levantou-se.

         Todos recolheram os copos jogando na sacola na qual Edward havia os trazido, e quando Jacob tocou no tabuleiro Sam entreviu. – Eu sei o que fazer com isso. – pegou o pequeno tabuleiro que agora cheirava álcool e o colocou no alto da escadaria da velha casa. Mas ao descer sentiu sua vista embaçar, e uma ponta de dor nas costas o atingiu. Sem muito pensou tirou a camiseta, passando levemente a mão sobre o local dolorido.

– Onde se queimou Sam? – Edward perguntou enquanto passava por ele indo à saída da casa.

– Eu não me lembro. – murmurou pensando no que poderia ter a causado. Mas não deu muito atenção. Dirigiu-se a saída enquanto vestia a camisa. Só depois reparou que todos estavam parados olhando para as costas de Jhon que também havia tirado a camisa que usava. A mesma queimadura que se encontrava em Sam, estava em Jhon, e ao que tudo indicava em todos que passaram às mãos pelas costas e a sentiram.

         Um último breve olhar entre eles foi trocado. Não havia sido um sonho, ou alucinação por conta de bebida. A noite anterior havia sim acontecido.

FIM


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