As Três Faces Da Pirâmide escrita por superieronic


Capítulo 3
Capítulo 3: Sweet Venom


Notas iniciais do capítulo

ENJOY! E não me batam



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*n/Gabs: coloque a música I Just Don't Know What to do With Myself do The White Stripes para carregar, e ao meu sinal (~~) aperte play*

[Gabriella]

Frank me levou casa a dentro. Abriu a porta com uma mão, e a fechou com o pé. Nós subimos as escadas, digo, ele subiu as escadas, e me provocava, beijando meu pescoço. Eu já estava excitada demais com aquilo.

– Oh, Frankie... - Gemi baixinho e senti ele sorrir. Quando entramos em seu quarto, ele me colocou no chão enquanto batia a porta atrás de si, e me encurralava na mesma, beijando meu pescoço com uma grande fome de mim.

– Que saudade eu estava de você. - Ele sussurrou contra minha pele.

– Seu cheiro, seu gosto... - mordeu-me

– Eu te amo, Marie. - olhou-me nos olhos. - Gabriella Marie Bryar. - senti meus olhos marejarem. Ele sorriu e me beijou calmamente. Eu quebrei o beijo quando tive uma ideia. Sabia que Frank era fascinado por The White Stripes, e eu sabia qual era a faixa da música que eu queria. Fui até o aparelho de som próximo a cama, e ali coloquei I Just Don't Know What to do With Myself pra tocar mais ou menos alto. (n/Gabs: ~~ apertem o play agora!)

– Foi a música que você tocou pra mim, quando eu te pedi em namoro. - Ele sussurrou no meu ouvido. Dei uma risada e comecei a me mover junto com a voz de Jack. Frank se movia junto comigo, e eu me virei de frente pra ele, me movendo colada com seu corpo. Procurei por seu pescoço e colei meus lábios na sua curva, aspirando seu cheiro de perfume doce, coca-cola e nicotina. Frank, Frank.

Ele jogou seu peso sobre mim e deitou-me em sua cama. Suas mãos dançavam sobre minhas curvas, ainda por cima do tecido. Seus lábios colaram com os meus, e eu suguei seu lábio inferior, mordiscando logo após.

– Deixa eu sentir você, chèrrie. - Ele murmurou e eu sorri de lado. Arranquei minhas blusas de uma vez, as jogando ao chão depois. Iero deu um jeito com meus tênis e minha calça. Ele me contemplou por alguns instantes, e deixou seus lábios dançarem sobre minha pele, queimando por onde ele beijava e mordiscava e lambia. Minha pele formigava e ardia sobre seus lábios.

– Aw Frank. - Gemi baixinho mais uma vez. Tirei sua blusa, e ele se livrou dos tênis e da calça.

– Shhhh, deixa eu te curtir. - Ele disse antes de vir faminto em meus lábios, mordendo e sugando com força e velocidade. Feel In Love With a Girl estourava em nossos ouvidos, mesmo sendo uma música curta, fez com que o quarto ficasse bem menor e bem mais quente. Estávamos explodindo de prazer em menos de cinco minutos, e eu fazia de tudo para que Frank chegasse ao ápice junto a mim. O suor escorria por nossas peles, e não era mais possível ouvir a voz de Jack, só nossos gemidos e berros cincronizados. Frank diminuiu a velocidade, e foi mais fundo umas três vezes, caindo sobre meu peito exausto. Havíamos chego ao ápice juntos.

– Eu te amo, Frank Iero.

– Eu também te amo, Gabriella. - E isso foi a última coisa que eu ouvi e disse antes de cair no sono junto a Frank.



[Gerard]

Eu estava encabulado. Depois que eu vi aquela garota na rua, não conseguia parar de pensar que eu já vira em algum lugar. Tenho quase certeza. E eu perguntei a mim mesmo de onde... Me forcei a lembrar até que eu consegui recordar que eu havia sonhado com ela fazia alguns dias...

Eu não sabia como tinha chego naquele lugar. Era escuro, e só um palco não muito grande era bem iluminado. Eu decidi me aproximar, assim que vi uma garotinha entrar ali. A segui com o olhar e me aproximei lentamente do local. Ela tinha cabelos avermelhados, olhos enormes e um sorriso angelical. Colocou a guitarra em torno de seu corpo e ligou o amplificador. Ela tocava bem. Ela tocava muito, muito bem. Sem perceber, me aproximei perigosamente do palco, sem desviar o olhar dela, que não abria mão de me encarar de volta. Parecia que estávamos fazendo amor com os olhos. Baguncei meus cabelos, e lhe deu um dos meus melhores sorrisos. Mas o que falar pra ela: "Oi, meu nome é Gerard"? "Nossa, você é linda, e eu não sei o que estou fazendo aqui, mas... Quer sair comigo?" Não. Não mesmo. Ela terminou de tocar, e se abaixou próxima de mim.

- Oi... - Sussurrei. Ela sorriu de volta pra mim.

- Oi...

- Qual seu nome? - perguntei.

- G...- Ela começou a falar mas do nada, tudo ficou preto, e eu acordei.


– MEU DEUS, É ELA!

– Ela quem, Gerard? - Perguntou-me Elena, que estava na ponta da escada.

– Vovó... Você acredita que eu posso ter sonhado com Gabriella antes de conhecê-la? - Perguntei um pouco envergonhado.

– Não sei, querido... Quem sabe? Bem, Gerard, você precisa ir ao colégio. E vai precisar ajudá-la com as telas, hoje. Então coma alguma coisa, e por favor, não me faça passar vergonha. - Elena brincou e depois foi pra cozinha, provavelmente, fazer algo para eu comer.

***

Elena quase enfiou comida em minha boca, antes de eu sair pra ir pra escola levar os papeis. Fui até a secretaria, e calhou de ser a hora da saída. Gerard Way só dá azar mesmo; O time de futebol sacou que eu era aluno novo, e parecia frágil, eu seria presa fácil. Mas eu não tinha notado isso até chegar no parque, onde eu me econtraria com Gabriella. Eles me seguiram até lá, e eu estava tão distraído com meus fones de ouvido e com o fato de desenhar ao lado de uma garota tão bonita, que só percebi a cagada que fiz, quando puxaram meu fone com força e me empuraram no chão do parque.

– Ora, ora, ora. Parece que temos um gayzinho na nossa escola... Soube que você curte desenhar. Isso é verdade, gayzinho Way? - Perguntou um garoto loiro e bem forte. Ele segurava uma cópia dos documentos que eu tinha entregue hoje, e usava um uniforme do time de futebol da escola. - Eu te fiz uma pergunta! - ele berrou pra mim, e eu me encolhi no chão, acenando que sim com a cabeça.

– Hm, deixe me ver, veio de New York, huh? Interessante. - Disse um deles. Eu consegui tirar a mochila discretamente e colocar embaixo do banco, pois eu previa que eles iriam me bater. – Sabe... Tem uma garota na nossa escola, que meio que "roubou" o prazer de zoarmos com os novatos, porque ela acha que nós usamos muito da violência. - Ele riu. - Se a ver por aí, diga que o que vai acontecer com seu rostinho de boneca, pode acontecer com o dela e com os dos amigos dela também. - Disse a última parte com um tom amargo. Por um instante, eu achei que fosse morrer. Eles me levantaram, e começaram a me bater. Em poucos minutos, eu pude sentir o gosto de ferrugem nos meus lábios, e algo molhado escorrer lentamente pelo meu rosto. Meu Deus, o que fiz pra merecer aquilo? Nunca fora apegado a Deus, ou algo assim, mas pela primeira vez, eu pedi aos céus um anjo, um anjo que me salvasse e foi ai que ela apareceu.


[Gabriella]

Dormi pesado ao lado de Frank. Fazer amor com ele nunca tinha sido tão bom, e nunca tinha cansado muito. Acordei meio perdida no tempo. Bati na cama a procura do meu pequeno, e ele não estava ali. Ouvi sua risadinha e abri meus olhos lentamente, por conta da claridade.

– Bom dia, princesa. - ele me disse se abaixando para me dar um beijo.

– Bom dia, anão. – Na verdade, quase boa tarde. Já é quase uma hora e... - Frank ia dizendo, mas eu pulei da cama assustada, e notei que estava com uma boxer preta de Frank e uma camiseta preta do Fall Out Boy dele também.

– TENHO QUE ME ENCONTRAR COM ELENA!

– Gabs, espera não preci....

– OH MEU DEUS. FRANK! PORQUE NÃO ME ACORDOU? Preciso ir! - Eu disse enquanto vestia minah calça e fechava minha bolsa depois de socar minhas roupas ali.

– Mas Gabs...

– Frank, eu te amo. Passo aqui quando eu voltar, pra continuarmos hm? - Sorri e ele me deu um sorriso carregado de malícia e desejo, em seu rosto infantil.

– Ok... eu também te amo. Muito. E cuidado, sabe que o timezinho de Gregg ronda por lá.

– Tenho meu canivete. - O beijei. - Até mais tarde!

– Até! Desci as escadas de Frank correndo, pulando de dois em dois degraus. Fechei a porta atrás de mim, e corri pelo gramado, acenando para o pequeno que me encarava sumir na rua a caminho do parque. Não era longe, e eu corria rápido, mas quando cheguei até lá, ouvi risadas que não me agradaram. Aumentei minha corrida e pude ver Gregg e os meninos batendo em um garoto de altura mediana, que chorava em silêncio, de olhos fechados. Meu coração parou de bater. Era isso que eu temia acontecer com os novatos. E eu odiava isso. Odiava ter que vê-los apanhar por serem mais fracos, ou por terem medo. Juntei toda a minha coragem, e peguei o estilete no bolso da minha mochila. Era afiado, e eu não tinha medo de usar.

– GREGG, SOLTE ELE. - Berrei. Os outros estremeceram, mas Gregg só riu.

– E porque?

– Porque sou eu que você quer, não esse novato. - Disse convicta. Ele parou de bater nele, e os outros só franziram o cenho.

– Tem razão, Gabriella. Depois do fora que você me deu... Hm, você podia...

– NÃO PODIA NADA! Cale a sua boca imunda, antes que eu te fure com meu estilete outra vez. Vaza daqui. VÁ EMBORA! - Berrei.

– Ainda vai implorar pra ser minha, Bryar.

– Caia. Fora.

Gregg saiu mais irritado do que veio, e quando ele saiu de meu campo de visão, eu me lembrei do novato que me encarava com o rosto ensanguentado, e então, eu olhei em seus olhos e gelei. Era o garoto do meu sonho. Eu tinha certeza. Aqueles olhos de esmeraldas líquidas.

– Você está muito machucado? - Perguntei baixo, puxando sua cabeça para meu colo, acariciando seus cabelos. Puxei minha mochila, peguei minha garrafa de água e molhei na minha regata.

– Só um pouco... Você me ajudou, então obrigada. Eu...

– Shhh. Como se chama?

– Gerard. E você é a Gabriella, certo? Minha avó disse que viria para...

– Neto de Elena? Tá explicado essa doçura toda. - Eu ri e ele corou antes de sorrir. - Eu acho que ainda cheguei tarde demais... - Disse antes de terminar de limpar o sangue de seu rosto. - Ainda bem que não quebraram seu nariz. É bem bonito. - Eu disse meio sem pensar, e me culpei depois. Boa Gabriella, tem um cara lindo na sua frente, e você elogia o nariz dele? Legal em?

– Obrigada, eu acho. - Ele riu.

– Hm, isso foi até superficial. Quando bateram em um colega nosso, ele teve que ir ao hospital. - Dei um sorriso amarelo. - Acho que já podemos levantar. Pode andar?

– Sim, sim. - Disse se levantando com um pouco de lentidão.

– A cabeça doí? Está com sono?

– Hm, não e não. Está pior que minha mãe, ein? - Ele disse soltando uma risada depois. - Consegui salvar os materiais, ainda quer pintar algo?

– Hm, se estiver bem pra isso...

– Relaxa! Eu só estou com o rosto um pouco enchado, e já parou de sangrar. - Ele deu de ombros e eu ri.

– Do jeito que está agindo, parece que sempre apanhou.

– Não.. Eu só, sei lá. Devo ter uma casca grossa, ou mais de uma vida. - riu.

– Pelo visto sim...

Silêncio total.

– Deixe-me ver seus desenhos - Gerard quebrou o silêncio de velório. Abri minha bolsa e retirei minha pasta dali. O primeiro desenho era de Frank. Ele estava deitado em um banco, neste mesmo parque. Dava pra ver que ele era bem pequeno ali. Gerard contemplou a imagem por bastante tempo, antes de perguntar-me quem era ali.

– Meu namorado, Frank. Ele é bem baixinho assim mesmo. - Respondi soltando um risinho depois.

– Ele é bem bonito. - Disse antes de virar a página. O desenho que ele encarava, era minha gata, Katie, quando era filhote. Ele soltou um 'awwww' e eu gargalhei.

– Não tem nenhum desenho seu pra me mostrar? - perguntei divertida, mas percebi que ele congelou.

– Meu pai queimou todos. - Ele disse baixinho.

Minha boca se abriu em um perfeito 'o' Eu fiquei pensando, que tipo de monstro seria o pai de Gerard? Porque faria um garoto como ele sofrer assim? Ah, eu senti vontade de abraçá-lo. Senti uma lágrima escorrer de meu rosto e cair no chão.

– Porque está chorando?

– Porque eu não queria ver você sofrer por causa das pessoas. De certo modo, eu acho que você é doce demais pra um ser humano, entende? E de certo modo, eu gosto de proteger essas pessoas. O mundo lá fora é feio demais pra uma pessoa tão doce quanto você. - Eu murmurrei e o ouvi rir baixinho.

– Obrigado. Você é meu anjo da guarda, Gabriella. Por mais que eu não acredite em Deus, ele deve ter me mandado você para começar a acreditar. - Ele disse em meu ouvido, antes de depositar um beijo demorado em minha bochecha e sair em direção a casa de sua avó.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?????????? :3 comentem, comentem



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