Meu nome é Edward Cullen, tenho 36 anos e sou viúvo a 15.

Casei-me com minha amiga de toda uma vida quando saímos do ensino médio para irmos juntos a faculdade.

Eu e Kate éramos visinhos desde sempre, brincávamos juntos, entramos na escola juntos, demos nosso primeiro beijo e fizemos sexo pela primeira vez juntos. Eu descobri o que era a vida com a Kate e ela fez o mesmo comigo. Éramos melhores amigos, confidentes e o sexo era bom, então nos casamos e fomos juntos para a Universidade de Toronto no Canadá, alugamos um apartamento perto do campos e moramos junto durante toda a época de faculdade. Kate não queria um casamento na igreja com toda aquela pompa e balelas femininas, na realidade ela era quase tão menino em algumas atitudes como eu, então decidimos que na festa de formatura iríamos fazer uma big viagem com a turma para um cassino bem legal em Vegas e nos casaríamos numa daquelas capelas com um Elvis maluco e roupas cafonas para combinar. Foi um dos dias mais loucos da minha vida.

Quando estávamos no ultimo semestre da faculdade, eu cursando medicina e Kate direito, ela descobriu que  estava grávida e nossa, eu surtei! Não tínhamos planos de um bebe tão cedo, mais eu me acostumei muito fácil com a idéia de ser pai.

Benjamim nasceu dia 10 de Março numa noite fria e chuvosa pesando 3 k e 900 g no hospital de Toronto onde eu fazia minha residência e foi a melhor experiência de toda a minha existência.

Mas minha felicidade não durou muito porque após a cirurgia da retirada do bebe, Kate teve um súbito aumento de pressão e eclampse o que levou a várias paradas cardiorrespiratórias e a óbito.

Os dias após este foram marcados por alegria e luto. Eu não era apaixonado por Kate mais a amava muito e nutria um grande respeito por ela. Com um bebe recém nascido e formatura de faculdade não foi a época mais fácil de minha vida, mas eu venci.

Eu fazia minha residência, pagava uma garota namorada de um amigo meu que cursava psicologia para me ajudar com meu filho, era pai em qualquer hora de folga que tinha, mas nunca era o suficiente. Eu sempre estava dormindo em pé ou levando reclamação por chegar atrasado e minhas notas foram caindo. Minha mãe Elizabete acabou tendo que ir morar comigo no final das contas.

Quando terminei a faculdade consegui um emprego em Los Angeles junto com meu pai, acabando por voltar para a cada dos dois.

Os pais de Kate ainda eram os meus visinhos e acabaram adorando a idéia de ter o Bem morando na casa ao lado.

Essa época foi bem corrida eu trabalhava, tomava conta do Bem e estudava em casa pra fazer uma especialização futura. Não tinha muito tempo livre então minha vida sentimental acabou ficando para ultimo plano.

Quando o Bem estava com 6 anos o meu grande amigo da faculdade Mike, o único que eu ainda mantinha algum tipo de contato depois de mudar de volta para LA ligou me convidando para participar da sua equipe no novo Hospital de Forks, uma cidadezinha minúscula em Washington, eu surtei! Ele me propôs um emprego de 12h por 24h trabalhadas onde eu ainda poderia fazer minha especialização e ter tempo para o meu filho com um salário muito bem pago. Duas semanas e meio depois eu e o Bem estávamos morando numa simples e aconchegante casinha de dois andares de cor azul e telhado marrom. Durante aproximadamente 8 anos depois eu assumia a ala pediátrica do Hospital de Forks.

Eu não tive namorada firme ou nada sério depois da Kate. Um ou outro casinho de uma noite ou duas e só. Até porque eu não sabia o quanto isso poderia afetar o Bem.

Aos 14 anos Bem era o melhor filho que eu poderia ter, ele me ajudava em casa, não dava trabalho na escola e era o meu melhor amigo.

E isso durou até ele completar 15 anos e nossos visinhos idosos o Senhor e a Senhora Carter venderem a casa e irem morar com seus filhos no Alabama. Ai vieram os nossos novos visinhos, os Swan.

Charlie, Renée, Emmett e o meu pior pesadelo, Isabela Swan.