EPILOGO: De Eu e Você, para Nós.

Dez meses depois.

–NÃO, NÃO E NÃO! – Bella gritava.

–SIM, SIM E SIM! – Damon gritou de volta.

–ESSA PORRA NÃO SERÁ ROSA! – Ela gritou.

–ESTA MERDA NÃO SERÁ PRETA! – Damon gritou de volta, jogando o catalago de cores pra cima, fazendo as folhas de gráficos com os diferentes tons de cores se espalharem por ai.

Haviam se passado dez meses desde aquele dia do hospital, Damon e Bella haviam se acertado... Quer dizer, após ele soltar o cachorro dela por que o mesmo roubava a atenção dele e após ela matar uma vadia junto com Elena, e após ela se juntar com Stefan para prende-lo no closet de Elena e obriga-lo a vestir um vestidinho rosa bebê, com saltos pretos que eu preciso ter para mim e após ela...

Ok, entenderam que aconteceu bastante coisa né?

Nessas muitas coisas que aconteceram, Bella e Damon se casaram. Só no papel, ele se recusou a casar em uma igreja e ela não queria casar em Las Vegas. Digamos que Damon é um idiota pervertido e eles ficaram em Lua de Mel por tempo de mais, sabe qual o resultado?

Bella grávida.

Por mais estranho que pareça, era uma gravidez normal, de nove meses de gestação. Com muitas pesquisas, eles descobriram que a espécie de vampiro dos Salvatore podia sim engravidar uma humana. Até agora, sabiam apenas que o feto era compatível com o corpo de Bella. Apesar de quebrar alguns ossos, era compatível.

Alaric deu um tiro em Damon quando descobriu que ele havia engravidado Bella. Ela ralhou com ele.

“Você atira nele, como é que eu fico se ele morre?! EU FICO MÃE SOLTEIRA. NÃO PODE! COMO EU VOU SUSTENTAR A CASA? COMO EU VOU SER FELIZ? COMO EU VOU GASTAR O DINHEIRO QUE NÃO É MEU?!”

Depois disso, Damon cometeu o erro de resmungar alto de mais.

"Sua interesseira"

Bella roubou a arma que Alaric segurava e atirou nele ela mesma. Fora essas coisas, a vida em M.F. havia se tornado calma e quase normal, o que eles estranhavam de mais. Muito tempo de encrenca dá nisso, acaba deixando a pessoa complexada.

Voltando ao agora, Bella e Damon ainda discutiam aos berros. Eles queriam escolher as cores do quarto da menininha que logo viria ao mundo. -- Sim, seria uma garotinha.

A família só observava eles berrando um com o outro, xingando-se e inventando desculpas para que a cor que eles queria fosse escolhida

Elena sorria abertamente, se divertindo com a discussão. Stefan também sorria, mas estava preocupado com Bella. Ela estava com quase nove meses, a criança viria ao mundo a qualquer hora.

Alaric abraçava Jenna de lado, sorrindo de canto, enquanto a mesma ria. Charlie permanecia encostado na parede próximo a porta, hora revirando os olhos, hora trocando de posição para que ficasse mais confortável

–NÃO VAI SER ROSA! A BEBÊ É MINHA, TÁ NA MINHA BARRIGA E SOU EU QUE VOU ESCOLHER! - Bella berrava ao máximo que conseguia.

–EU COLOQUEI A BEBÊ AI, EU VOU ESCOLHER A COR DO QUARTO! - Damon berrava na mesma altura.

Nenhum dos dois iria desistir tão cedo, eram ambos teimosos de mais. Alaric fechou a cara quando Damon disse as palavras "Eu coloquei a bebê ai". Estava analisando a hipótese de atirar em Damon quando Bella Gritou:

–ÓTIMO, VAI SER BRANCO COM DOURADO!

–NÃO, AGORA VAI SER PRETO E VERMELHO!

–NÃO VAI NÃO!

–VAI SIM!

–EU DIGO QUE... - Bella parou abruptamente no meio da palavra, olhou para Damon de olhos arregalados e sorriu irônica. Depois, o sorriso se desmanchou e uma expressão de Pânico cruzou seu rosto.

–Bella?- Damon perguntou, assustado por ela ter parado de gritar

–EU DIGO QUE VAI NASCEEEER! AAAAAAAAAAAAH!

Todos pararam estáticos. Nascer? Como assim? Por que agora? Por que não atirei antes no Damon? Esse último pensamento vindo de Rick. Bella caiu no chão, gritando a plenos pulmões. Damon rapidamente se abaixou, em pânico. A primeira coisa que lhe veio a cabeça foi dar-lhe o seu sangue. Meio minuto depois, ele estava liderando uma corrida com Bella nos braços até o quarto deles.

Os homens (exceto Damon) saíram do quarto e então Elena começou a ajudar a fazer o parto com Jenna, enquanto Bella apertava a mão de Damon, xingava-o e sentia dor.

–Calma, calma Honey. To aqui, Eu te Amo. – Damon dizia, beijando a mão dela e tentando acalma lá.

–CALMA? NÃO É VOCÊ QUE ESTÁ PARINDO UMA CRIANÇA PELA VAGINA SEU DESGRAÇADO! NÃO É VOCÊ QUE TÁ SENTINDO A DOR DA DILATAÇÃÃÃÃÃÃÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAO! AAAAAAAAAAAAAAAAH! – Bella gritava.

Finalmente, o choro alto ecoou pela casa, fazendo os pais suspirarem. A mãe de alivio e alegria e o pai de alivio. Bella fechou os olhos e então, meio minuto depois, fechou os olhos e morreu.

Damon ficou com a criança no colo, ele olhava maravilhado e abobado para a pequena menininha enrolada em uma toalha branca, com as bochechinhas coradas, os olhos azuis como os seus, os cabelos meio escuros.

Ali, foi o começo do “Nós Três”.

Quatro anos depois.

–Mamãe! Mamãe! – A Garotinha corria pelo corredor que entrava na sala. A menina aparentava ter cinco anos mas tinha Três anos e meio, falava meio enrolado mas falava muito bem. Ela corria, segurando uma folha de papel, seus cabelos chocolates claros – que mais tarde iriam escurecer – balançando de um lado para o outro. Ela chegou na sala, saltitou até o sofá aonde sua mãe estava. – MÃE! – Ela realmente gritou, de tão animada que estava.

–Marie! –Bella a repreendeu.

–Desculpe mamãe. – Marie disse, sem se abalar. – Olha, Olha o desenho que o papai me ajudou a fazer! – Ela entregou o desenho para Bella que ao vê-lo sorriu.

–Está muito lindo, bebê.

– Mamãe! – Marie resmungou. – Eu tenho Três anos e meio! Não sou mais um bebê!

–Pra sua mãe, você ainda é uma bebê. – Damon disse entrando na sala e sorrindo com um pouco de ironia.

–Tirou as palavras da minha boca. – Bella concluiu com um pequeno sorriso. Ela pegou Marie no colo e beijou-lhe a bochecha. – E além do mais, a senhorita não iria querer crescer agora.

–É. – Damon concordou, chegando perto das duas. Ele envolveu a cintura de Bella, abraçando-a por trás, ficando com o rosto do lado oposto em que Marie estava sendo segurada. – Ser mais velho é um saco. – Ele arregalou os olhos minimamente, mostrando sinceridade e diversão.

–Hum... – Marie colocou o dedo no queixo, fazendo uma cara pensativa. Bella sorriu, ela ficava parecendo com Damon daquele jeito. – Eu posso pensar melhor se eu estiver naquele parquinho que vocês encontraram...

–Pequena chantagista! – Bella e Damon acusaram enquanto Marie ria gostosamente.

–Ok, nós levamos. – Bella concordou.

–NÓS TAMBÉM VAMOS! – Caroline gritou, entrando na sala, como se realmente fosse uma criança.

–É nós também vamos! – Uma garotinha de Maria-chiquinhas entrou na sala, de cavalinho em Stefan.

–Oi, Claire! – Marie cumprimentou, alegremente do colo de Bella.

–Oi, Marie! – Apesar de ter a aparência de quatro anos, Claire tinha dois anos e meio. Tinha os olhos verdes e os cabelos lisos como os de Elena.

–Ok, nós vamos no parquinho né? – Jeremy perguntou, com os olhos brilhando.

–As CRIANÇAS vão no parquinho, Jer. – Bonnie deu ênfase em crianças.

–É, tio Jer! Eu e a Claire é que vamos no parquinho. – Marie fez uma expressão brava, unindo suas sobrancelhas e fazendo biquinho.

–Ok. – Jeremy fez cara de derrotado e Marie riu junto com Claire. Damon pegou o desenho da mão de sua filha e colocou em cima de mesa. Bella colocou-a em pé em cima do sofá e arrumou o vestido dela. Apertou mais a “faixa” na cabeça de sua pequena e então, deu a mão para ela. Marie pulou feliz do sofá, e logo agarrou a mão de seu pai.

Em meio a brincadeiras, eles saíram da pensão Salvatore. Marie ria gostosamente enquanto seus pais a balançavam, com sorrisos no rosto.

Aquilo tudo, era a confirmação que por mais forte que a Maré tenha batido em Damon, por mais forte que as ondas tenham tentado leva-lo, ele tinha sido forte.

Havia percebido a tempo o seu erro e havia corrido atrás de sua amada, sem desistir.

A prova de que o amor de Damon e Bella – Se é que precisa de mais uma prova – Era Marie. Ela era uma das provas eternas de que, mesmo que a maré tente, ela não conseguirá te levar se você tiver força de vontade.

Obviamente eles brigarão, discutirão, Bella até mesmo pode bater em Damon, mas o importante será que, mesmo com todos os problemas caindo em cima deles, como uma cascata, no final...

O amor prevalece.