À Primeira Vista escrita por Bad Bitch


Capítulo 16
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Bom, peço desculpas pela demora para postar, a semana foi dífici. Boa leitura!



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E o momento maravilhoso que tive na noite passada com ele, não saia da minha cabeça. Eu parecia um idiota de tão bobo. Arrumei meu quarto, e desci para comer. E nem por um segundo ele, aquela noite saía da minha cabeça. O que é tudo isso?

Eu comia normalmente com o olhar distante. Sorri diversas vezes. O tempo passou, e fui me arrumar para o colégio. Tomei banho, escovei os dentes, e por toda aquela manhã, eu continuava pensando na noite passada. Me vesti, e saí de casa para o colégio. E quando cheguei, fui para minha sala, como de praxe. Então Emilly chegou antes do sino tocar.

▬ Oie ! ▬ Disse ela toda empolgada como de costume.

▬ Oi Emmy! Tudo bem?

▬ Tô bem e você ? Tá com cara de que aprontou.

▬ Estou bem. Não aconteceu nada. ▬ Sorri.

▬ Aham, claro. E o Rodrigo, que horas ele chega, você sabe?

▬ Não sei. Não falei com ele ainda.

▬ Ah... Ele deve chegar logo...

▬ Sim.

O sino tocou, e ele não havia chegado ainda. Me perguntei se ele não ia aparecer hoje por conta da noite passada. " Ele detestou. Eu sabia. Sou um idiota. " disse para mim mesmo. Eu sei que sou uma pessoa repulsiva. Sabia que não deveria ter acontecido. Sabia no que ia dar. Mas tudo bem. Não voltará a acontecer. Enquanto eu olhava para fora da janela, pensando, ele chega na sala e senta-se na minha frente. Logo depois dele, entra o professor de química. Ótimo.

▬ Oi! ▬ Rodrigo com um sorriso no rosto.

▬ Oi. ▬ Disse em tom desagradavél.

Acho que ele percebeu que eu não estava de fato, bem. Ele de repente parou, e voltou-se para frente e assistiu a aula normalmente. Enquanto eu não conseguia me concentrar em nada, bem normal de mim. Me sentei na última cadeira da minha fileira, peguei meu celular e fones, e comecei a escutar músicas para esquecer. O segundo tempo, assim como o primeiro, estava demorando bastante para acabar. Eu estava ficando com fome. Quando tocou o sino para o intervalo, me levantei, e sozinho fui saindo da sala para a lanchonete. Acho que Emilly também percebeu que eu não estava bem. Ela e Rodrigo ficaram na sala enquanto eu estava na lanchonete. Comprei meu lanche e fui lanchar no banheiro. Sentei no chão, e comecei a comer, e ao mesmo tempo escutando música. Então surge Rodrigo abrindo a porta do banheiro, pude ver Emilly lá fora, por ser um banheiro masculino. Rodrigo sentou-se ao meu lado. Tirei os fones.

▬ Tá tudo bem? ▬ Perguntou ele.

▬ Eu... eu não sei.

▬ O que está havendo?

▬ Isso tudo... é novo pra mim... E ontem... eu, sei lá. Nunca tinha ficado com um cara, garoto, antes.

▬ A culpa é minha. Eu que não devia ter beijado você. É que eu... eu estava; estou, tão... você me fascina.

▬ Eu...

Olhei para Rodrigo, e quando dei por si, estávamos nos beijando. Pude senti-lo, pude sentir toda sua vontade de me ter. Assim como eu de tê-lo. Estávamos loucos um pelo outro. De repente, entra um cara que parecia ter uns 16 anos, alto, encorpado, com cara de valentão.

▬ Seus viados! O que pensam que estão fazendo aqui? Aqui não é lugar de gente do tipo de vocês, seus gays! ▬ Disse ele gritando.

Logo levantamos e Rodrigo se irritou e parecia querer brigar com o cara. Eu falei que não, o puxei e saímos dali.

▬ O que foi isso? ▬ Perguntou Emilly.

▬ Não sei. Ele deve estar louco Emmy. Rodrigo e eu, estávamos apenas sentados conversando, e ele do nada... ▬ Eu estava nervoso, íncrivel como eu pude mentir para minha amiga.

Enquanto íamos para sala, Rodrigo parecia estar fervendo de raiva. Ele estava calado. Eu olhei para ele. E seu olhar dizia tudo. Ele estava irritado. Então chegamos na sala e nos sentamos. Emilly sentou-se ao lado de Rodrigo, e começou a conversar com ele, tentando acalmá-lo. Por minha vez, eu estava com medo, eu não sabia o que fazer. Então o resto das duas aulas que nos restava, eu estava longe com toda aquela situação. O sinal do término da aula toca, e todos saímos. Eu resolvo então ir à cantina beber água, estava com a boca seca. E quando chego lá, o tal valentão que nos chamou de viados no banheiro, aparece com mais cinco caras com ele. Eles me cercam.

▬ É esse o viadinho que eu falei pra vocês. Vamos dar pra ele o que ele merece.

▬ É isso aí! ▬ Disse os outros.

Eles me derrubam e começam a me bater, chutar na barriga, nas costas, aquilo era horrível. Não estava suportando. Implorei para que parassem. Mas nada adiantava. Pude ver de longe que Rodrigo vinha correndo, logo atras dois funcionários do colégio. Me levantei, com o corpo doendo, não conseguia ficar de pé direito. Eles iam me socar mais uma vez, então Rodrigo se meteu na minha frente, fez meio que uma " barreira " com seus braços. E com a raiva que ele estava desde cedo, ele avançou no valentão que havia nos xingado e socou a cara dele umas cinco vezes, até ele cair no chão. Finalmente chegam os funcionários e mandam todos para a sala do diretor. Fomos todos para lá, os funcionários disseram que todos nós estávamos brigando no pátio do colégio.

▬ O que foi isso? Que palhaçada foi essa? Expliquem-se já! ▬ Diretor em tom de raiva.

▬ O que aconteceu sr. diretor, é que, esse valentão, xingou o Paulo e eu, de viadinhos, gays, e quando terminou a aula, cercaram o Paulo no pátio e começaram a espancá-lo! E eu, fui até eles e soquei a cara do valentão, foi o calor do momento. Mas não pude deixar eles fazerem aquilo com meu amigo. ▬ Disse Rodrigo.

▬ Isso é verdade Paulo ? ▬ perguntou o diretor.

▬ Sim. ▬ Disse em voz baixa.

▬ Como se chama? ▬ O diretor dirigiu-se ao valentão.

▬ Michael. ▬ Disse o valentão com vergonha e medo.

▬ Então sr. Michael, você e sua turminha, estarão suspensos por uma semana, e caso qualquer um de vocês cheguem perto destes dois alunos, eu os expulsarei. Podem sair!

▬ Obrigado senhor diretor. E me perdoe por qualquer besteira que eu tenha feito. ▬ Disse Rodrigo.

▬ Tudo bem. Podem ir.

Rodrigo me ajudou a sair, já que eu estava dolorido. Fomos para a frente do colégio, e notamos que Emilly já tinha ido embora.

▬ Vou lhe dar uma carona. Você não tem condições de voltar a pé pra casa.

▬ Não. Tudo bem. Eu consigo.

▬ Paulo, por favor!

▬ Tudo bem.

Rodrigo imeditamente ligou para seu pai ir nos buscar no colégio. E sentamos na calçada. Eu ainda todo dolorido, não podia nem imaginar o que minha mãe iria falar caso chegasse desse jeito em casa. Eu temia.

▬ Ele não vai demorar. Já já, chega.

▬ Tudo bem.

▬ Eu não posso imaginar o que aconteceria com você, se eu tivesse chegado tarde ali.

▬ Nem eu Rodrigo, nem eu...


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Notas finais do capítulo

Obrigado por estar acompanhando. :)



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