-Avrilamy-san? – Disse Reita para a garota morena ao seu lado.

-O que foi? – Disse ela secamente para o rapaz com uma faixa no rosto. Ele engoliu seco e olhou novamente para a menina esticada no sofá com os pés encima da mesa.

-Será que você poderia...Eu não sei se você gostaria de... – Falou ele gaguejando.

-Sair com você? – Disse ela tirando os olhos da TV para fita-lo.

-É isso!Eu achei que um dia desses...

-Vai sonhando. – Disse ela, e novamente olhando para TV esqueceu que o loiro estava ali.

Novamente rejeitado.

                Uma angustia se passou pelo corpo de Reita, que logo se virou chorando pela frieza da mais nova. Aquela esticada no sofá era Nori Avrilamy, uma...Como poderia dizer?

“Ante The GazettE”

                Ela é irmã de Uruha, e odeia o irmão, odeia a família, e principalmente ODEIA The GazettE. Mas parece que a única coisa que ela gosta que mora naquela casa é o Kai.

PORQUE JUSTO O KAI?

                O problema era que ela tinha um mega queda pelo Kai. Só que ele achava ela rude e fria, o que o fazia praticamente ele evitar cruzar com ela em um dos corredores da casa. O problema que todo mundo (menos o Kai) amavam ela. Como podem ver Reita acabou de pedir pela milésima vez para sair com ela. Ruki saiu para comprar umas coisas que ela pediu, Uruha comprar um ingresso do show da banda que ela mais ama nessa vida e Aoi esta no quarto compondo uma musica para ela. Todos sabem que ela os odeia, mas todos a amam, o que é bem estranho.

                Ai chegou a parte em que vocês se perguntam quem diabos é que está narrando essa historia trágica. Bom, meu nome é Yumi, e eu sou uma grande fã de The GazettE. Nesse exato momento estou na janela da casa deles, vendo o meu Reita lindo levar mais um fora daquela...Coisa.

                Desci da janela e fui até a porta, tocando a campainha. Esperei um pouco e vi Reita tentando se recompor do novo “chute” que levou de Nori.

-Olá Yumi-chan... Como vai? – Disse ele ainda abalado.

-Eu vou bem Reita, obrigada por perguntar! Agora com licença, tenho que ver meu amor antes que ele acabe fazendo a sua declaração de amor para a pessoa errada – Disse eu me enfiando pelo lado de Reita que estava tão abalado que não conseguiu me impedir de entrar. – Baka-yo – Disse tendo a oportunidade de passar pelo sofá e bater bem forte na cabeça daquela idiota por machucar o coração do meu Reita. Em troca levei uma saraivada de batatas fritas da nojenta, que me fez dar um grito.

-O que essa pirralha estúpida tá fazendo aqui Reita?! – Disse ela se alterando.

-Eu vim ver o Aoi. – Disse calmamente tirando uma batata do meu cabelo.

-O MEU Aoi está lá encima fazendo uma musica PARA mim. – Disse ela sorrindo inocentemente. Eu não me controlei e acabei pulando no pescoço daquele ser, enforcando ela.

-SUA BRUACA!PARA DE FALAR DO AOI COMO SE ELE FOSSE UM OBJETO!VOCÊ VAI VER A SURRA QUE EU VOU TE DAR! – Disse ficando encima dela e deixando ela roxa por falta de ar.

-Reita... Me ajud-

Ai ela ficou inconsciente, e eu fui pulando de alegria até o quarto do MEU Aoi.

E eu não sou descontrolada tá legal?

                A culpa não é minha se ela me provoca. Ela sabe que eu vou pular encima dela até ela desmaiar como todas as vezes que isso já aconteceu. Já virou até rotina chegar aqui com o Reita abalado por outro fora dela e eu acabar dando uma surra bem dada naquela... Naquela alien que não gosta dos meus lindos e perfeitos... Ok parei.

                A culpa não é minha se eu sou a fundadora da PRIMEIRA (e com mais membros) fanbase de The GazettE e ela é a fundadora da primeira fanbase contra The GazettE. E a culpa não é minha se ela é irmã do coxudo lindo do meu neném Uruha...

A CULPA NÃO É MINHA SE A VIDA É IRONICA COMIGO!

                Tudo bem parei. Depois de subir as escadas e escutar uma melodia linda saindo do quarto do Aoi, eu bati na porta e escutei a permissão de entrar do meu lindo, que esta na cama sentando com uma guitarra lindíssima e abriu um grande sorriso ao me ver, o que me fez corar muito.

-Yumi! Que saudades de você menina! – Disse ele levantando e me abraçando forte, fazendo nos dois caímos na cama dando risadas.

-Eu sei que você me ama Aoi, não precisa me dizer tá? – Disse dando um beijo em sua bochecha.

-Ta louca é? Imagina se a Nori vê essa cena! O que ela ira pensar de mim... – Disse ele preocupado.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!NORI NORI NORI!TUDO É A NORI! – Disse gritando e fazendo bico. Ele riu com a cena e apertou minhas bochechas que estavam infladas, me fazendo rir.

-A culpa não é minha se o meu coração escolheu ela Yumi. – Disse ele ainda brincando com minhas bochechas.

-Sbsdkedfucgdoragaçãogsfeaescggssdolghsgeuamgsdgim! – Tentei  falar enquanto ele brincava alegremente com as minhas bochechas.

- O que? – Ele parou de brincar e olhou para mim confuso.

-Seu coração escolheu  a mim Aoi! – Disse emburrada.

-Yumi pare de graça. – Disse ele se levantando e pegando um copo de água.

-É tem razão...

-Por isso você deve parar de...

-...Seu coração pertence ao Uruha. – Disse vendo ele espirrar água da boca por todos os cantos.

-FICOU MALUCA YUMI???????????????? – Disse ele alterado.

-Não tente esconder de mim Aoi-san, sei que você gosta dele. Todo mundo sabe, menos você. – Disse reforçando a minha teoria.

-Eu não amo ele, isso é só um couple que os fãs usam para dizer que nos somos gays. Mas como você sabe, eu gosto da Nori. Grave esse nome: Nori Avrilamy. – Disse ele falando o nome dela pausadamente.

-Nem precisa repetir Aoi! – Disse tapando os ouvidos.

-Porque essa implicância com ela? – Disse ele confuso sentando na cama novamente.

-Ela é chata, mimada, e trata vocês como lixo! – Disse um pouco mais alto do que eu queria.

-Ciumenta... – Disse ele me derrubando na cama. – Agora tenho que ir, vou ter que dar uma passada no supermercado.

-Ok...Ei Aoi! – Disse chamando ele novamente ao quarto.

-O que foi? – Disse ele na porta olhando para mim.

-Acho que se você ficasse com o Uruha, ele seria o seme. – Ele engasgou, depois mudou de cor varias vezes: primeiro branco, depois roxo, ai ficou vermelho, e depois quase desmaia. Depois ele voltou à consciência e me olhou serio como se fosse dizer algo importante.

-Yumi, que uma coisa fique bem clara: Com aquelas coxas que ele tem, EU seria o seme. – Disse ele por fim me deixando rir histericamente no quarto, onde logo depois veio Ruki me socorrer para ver se eu não tava tendo um ataque cardíaco.