My Love Is Like a Star escrita por Hazel, LauraMunhoz


Capítulo 8
Capítulo 7 - Today is Friday thirteen?


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanto tempo sem postar eu tomei vergonha na cara e escrevi cedo o capitulo e estou aqui, bom estava com saudades de postar ' eu só fazia o trabalho mais pesado e a bicth edita e posta, estava sério com muita saudades de escrever, eu demorei tanto pra postar que estou correndo perigo de nunca mais aparecer aqui com meus papos malucos ! KK'
Conversamos lá em baixo !
Enjoooooy !



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P.O.V Megan

O prato que Justin tinha pedido para mim chegou e ele me encarou como se quisesse descobrir algo.

– Porque está quieta? - perguntou.

– NOÉ - respondi.

– NOÉ o que? - perguntou com o cenho franzido.

– Não é da sua conta - sorri cínica e ele bufou.

– Deixa de ser criança - disse ele bebendo um pouco da sua coca-cola.

– Só se você parar de se meter na minha vida - comecei a comer meu pedido.

– Eu só queria te proteger - Justin olhou em meus olhos e naquele momento eu não sabia como que se respira.

– Me proteger do que? - perguntei soltando o ar que eu tinha prendido.

– D-de d-do… você não conhece o garçom e nem sabe de onde ele veio pra sair dando em cima dele - depois de tanto se embolar nas palavras e achar uma desculpa esfarrapada ele respondeu.

– Você sabe de onde ele veio? - perguntei.

– Não - ele pareceu confuso.

– Eu só queria saber de onde ele veio - sorri cínica.

– Porque você não come sua comida? - mudou de assunto.

– Porque você está me atrapalhando é uma das opções - me concentrei na minha comida e o silêncio reinou na mesa.

[…]

– Você paga - disse ele rude.

– Não vou pagar mesmo, você que pediu os pratos principais do dia e eu tenho que pagar essa fortuna? - perguntei incrédula.

– Se você não tivesse roubado meu carro eu não estaria aqui - respondeu frio.

– Quando você chegou até aqui eu devolvi seu carro, não preciso mais dessa carroça, por que continuou aqui então? - disse rude.

– Porque...hum, porque eu estava com fome e você não fez meu almoço - sorriu debochado.

– Justin, eu não sou sua empregada pra limpar e fazer comida pra você - me levantei já gritando da mesa.

– Você mora no MEU apartamento, tem que seguir as regras que eu faço e uma delas é fazer comida pra mim. - ele fez questão de dar ênfase no MEU e se levantou já gritando da mesa também.

– Então você pega a porra do seu apartamento e tudo que tem dentro e enfia no cú - gritei e todos começaram a sussurrar de como eu sou mal educada de falar aquele palavrão ali - Justin vai se fuder, você e sua vida, e esse restaurante - todos se calaram me olhando - vão se fuder todos vocês também, pra aprender a cuidar da vida de vocês não dá minha - sai do restaurante correndo igual uma desesperada, parei na porta e o sol estava mais quente do que quando eu cheguei nessa cidadezinha, olhei pra trás e todos me olhavam com cara feia e falavam algo, Justin continuava paralisado de costas pra mim, corri pra a esquerda sem saber onde eu iria parar.

– MEGAN - escutei a voz de Justin me chamar.

– VAI SE FUDER - gritei de volta correndo mais rápido.

– VAI COM CALMA GAROTA - escutei uma velha que eu quase derrubei disser.

Eu corria como se o mundo atrás de mim estivesse desmoronando e pra eu sobreviver eu tenho que correr, correr como nunca corri na minha vida, a vida tinha que ser assim, quando tudo começa a dar errado temos o direito de largar tudo pra trás e correr, correr muito sem destino, sem calcular o que pode acontecer ou o que aconteceu, mas a inútil da vida te prende ao momento, te faz sentir cada segundo ruim que você passa, ela te prende numa cadeira elétrica invisível, de onde é impossível sair. A vida é inútil, o pior é que em momentos bons ela te solta e o tempo passa rápido demais, quando você vê já está caído novamente no chão, sendo humilhada, com pessoas pisando em cima de você, mais agora eu cansei eu vou dá o troco na vida, eu não vou deixar ela me prender em momentos ruins, não quero mais chorar por besteira, dessa vez que estará no chão não será eu e sim meu inimigo: a vida.

Cheguei ao final da rua e ali tinha uma praça, a praça era enorme, não consigo enxergar ela toda de tão grande que é, mas do que eu vejo, tem um espaço com umas cinco rampas de skate, um lado tem árvores e bancos espalhados e bem no fundo das rampas consigo ver um lago, a calçada, ao redor pessoas correm. Um grupo de skatistas estava na maior rampa da praça, corri até lá e cheguei perto de um garoto.

– Legal as manobras que ele faz - disse pra ele e o mesmo me olhou incrédulo.

– Legal? - perguntou.

– É, legal - pausa dramática - eu consigo fazer melhor - ele começou a rir com seus amigos que estavam do seu lado.

– Você é só uma garota, não consegue nem andar na rampa pequena daqui, imagina na maior - debochou.

– Se eu não conseguir descer essa rampa e fazer manobras melhor que ele eu dou 50 dólares pra cada um, e se eu conseguir cada um me dará 50 dólares - apostei.

– Serão os 50 dólares mais fácil que eu já ganhei na vida - debochou.

– Me empresta seu skate e seu equipamento de segurança? - perguntei e ele me deu os equipamentos e eu coloquei os mesmos.

– Cuidado com o meu bebê - ele me entregou seu skate e eu subi em cima da rampa.

– 500 dólares, ai vou eu - coloquei o capacete e posicionei o skate, desci da rampa e subi e desci umas cinco vezes fazendo sempre uma manobra melhor que a outra, com certeza eram melhores do que a que todos aqueles garotos sabem fazer.

– CHEGA DE HUMILHAR - um garoto gritou e eu parei o skate.

– Cadê meu dinheiro? - perguntei chegando perto deles, com muito desgosto eles me deram os 500 dólares.

– Onde aprendeu essas manobras? Poucas pessoas sabem fazer elas, nem os melhores conseguem fazer elas tão fácil assim - um garoto perguntou.

– Eu sou foda mano - respondi e eles riram, entreguei tudo ao dono e fui andando até os bancos, me sentei numa sombra e olhei pra uma árvore que tinha a sombra de uma pessoa, vi de relance seus olhos caramelos e bufei correndo até lá.

– Porque está me vigiando? - apareci do seu lado e ele se assustou tanto que caiu no chão.

– Não estou te vigiando - ele se levantou limpando a bunda.

– Então porque estava atrás dessa árvore me olhando? - perguntei séria.

– Aff, tudo bem, eu estava te vigiando.

– Até que em fim admitiu - revirei os olhos.

– Se enxerga garota - ele tentou fazer cara de nojo, mas saiu como um careta.

– Me empresta um espelho pra eu me enxergar - debochei.

– Estúpida.

– Idiota.

– Chata.

– Ignorante.

– Estranha.

– Viado.

– Você vai ver quem é o viado - Justin me pegou como se eu fosse um saco de batata e colocou nas suas costas.

– ME SOLTA - gritei socando suas costas com força e balançando meus pés freneticamente.

– Não vou soltar mesmo, eu não sou viado? - ele ria descontroladamente em quando corria comigo em suas costas.

– Um completo viado em causa - ri histérica e ele parou.

– Porque parou de correr? - perguntei.

– Você precisa de um banho - ele tirou meu sapato e colocou a mão na minha bunda.

– Tira a mão da minha bunda seu tarado - gritei socando mais suas costas.

– Você quer molhar seu dinheiro e seu iPhone ? - perguntou.

– Não! Eu nem vou me molhar, porque meu dinheiro e meu celular molhariam? - respondi com um pergunta.

– O lago está te chamando Megan - ele tirou meu dinheiro e celular do meu bolso num movimento rápido.

Senti o impacto da água fria com o meu corpo, não senti bater em pedras e nem em areia, onde o Justin me jogou é fundo e eu sou baixa por isso não consigo sentir o solo, tentei subir pra superfície da água, mas não consegui. Quanto mais eu tentava subir, mais a água me puxava pra baixo, mais porque Megan? Minhas roupas são pesadas demais e onde eu fui jogada tem um corrente de água que me puxa pra baixo e eu não consigo sair. Todo o ar do meu pulmão foi sumindo aos poucos e eu me debatia pra subir, vi um peixe laranja passar por mim e ele era muito lindinho, sorri ao ver ele e acabei soltando o ar que eu ainda tinha, comecei a sugar um pouco de oxigênio dentro de mim e não achei, tentei abri a boca pra fazer bolhas e acabei engolindo água, olhei pra cima e Justin ria, talvez ele não estivesse me vendo? Ou talvez sim, tudo foi ficando escuro aos poucos e a água me puxou completamente pra baixo. Antes de pagar sentir minhas costas entrando em impacto com uma areia fofinha.

P.O.V Justin

Joguei Megan dentro do lago e enquanto eu a observava pela água meio transparente do lago uma nuvem passou na frente do sol, tampando assim minha visão dela, eu continuava rindo da desgraça de Megan até que a nuvem foi embora (N/a: Vai com Deus nuvem!) da frente do sol, me dando a visão de Megan desacordada bem no fundo do lago, o que eu fiz? Eu joguei ela logo na parte funda do lago, eu sou um completo idiota. Tirei meus supras e coloquei meu celular dentro dele, escondi minhas coisas e de Megan atrás de uma rampa qualquer, não tinha ninguém ali no lago, o lago é cercado por rampas, ninguém consegue nos ver e nem a gente pode ver nada, tirei minha blusa e cobri as coisas, pulei no lago e a corrente de água me puxava pra baixo me ajudando chegar até ela, quanto mais eu descia o lago eu perdia mais o oxigênio, cheguei até Megan e a puxei pelo braço, ela estava ficando mais branca a cada segundo, eu tentava subir pra superfície, mas a corrente de água não deixava, puxei Megan mais pra esquerda do lago assim saindo da corrente de água, subi com um pouco de dificuldade pra superfície por causa de Megan e a falta de oxigênio. Sai do lago a deitando na grama, respirei um pouco e pensei, como eu vou acordar ela? Coloquei a mão sobre seu pulso e seu sangue pulsava fracamente.

– 1 2 3 - disse apertando seu peito, um pouco de água saiu pelo seu nariz mais ela não acordou.

– 1 2 3 - fiz de novo e mais água saiu do seu nariz.

– Respiração boca-boca - disse e abri sua boca sugando com a minha toda a água que ela tinha engolido, cuspi um pouco e fiz novamente até ela começar a tossir.

Megan tentava respirar, mas tossia mais do que respirar, a sentei pra ajudar o ar circular pelo seu corpo e a água que ela bebeu descer.

– Você - tossiu - tá - tossiu - maluco? - tossiu mais forte me dando um tapa na cara que me fez cair no chão.

– Me desculpa, não sabia que essa era a parte funda - tentei me desculpar.

– Te odeio - ela me olhou com ódio - você quase me matou.

– Mais também fui eu que te salvei - sorri vitorioso.

– Tudo bem - bufou derrotada - mais ainda te odeio só pelo fato de existir.

– Admita, você me ama muito - disse e ela riu sem humor.

– Me poupe - ela se levantou e andou um pouco pela beira do lago, chegou até certo ponto e me olhou travessa fazendo um pulo com direito a mortal no lago, a pessoa quase morre no lago e depois se joga nele? Só a Megan mesmo.

P.O.V Megan

Qual é o idiota que quase morre num lago e depois se joga nele? Prazer Megan Summer, sinceramente eu não sou muito boa da cabeça (n/a: percebeu isso agora, querida?), o Justin também é um idiota ele me joga num lago, eu quase morro e depois me salva e se aproveita fazendo respiração boca-boca em mim… (n/a: para tudo, como você sabe que ele fez respiração boca-boca em você, se você estava desacordada?) Autora você tinha que se meter, né? Tudo bem, eu admito, eu estava acordada, quando ele fez pela segunda vez a respiração boca-boca, eu me aproveitei só um pouquinho da situação, sabe? Foi só pra sentir seus lábios quentes nos meus que estavam gelados, como pedra de gelo no congelador. (não no céu aberto no verão).

Justin pulou no lago vindo em minha direção, o mesmo ficou frente a frente comigo encarando meus olhos, seus olhos transmitiam desejo, ele chegou mais perto de mim quase colando sua testa na minha, ele tentou me beijar, mas eu mergulhei, fiquei lá em baixo brincando com meus dedos, com os olhos fechados até sentir uma mão em meu queixo, abri os olhos rapidamente e Justin olhava descaradamente pros meus lábios, ele largou meu queixo e me puxou pela cintura selando seu lábios no meu, ele pediu passagem e eu cedi, depois de um tempo pensando como seu lábios são deliciosos e se encaixam perfeitamente aos meus, nossas línguas estavam numa guerra ritmada, o ar faltou e nos separamos, Justin encarava meus olhos fixamente e aquilo estava ficando desagradável, ele me puxou pela cintura e subiu pra superfície da água, nossos corpos estavam próximos e nossas respirações estavam ofegantes, eu encara o queixo de Justin evitando me perder em seus olhos cor de mel. Enquanto eu sentia seu olhar nos meus olhos, fechei os olhos e apertei seu braço, Justin apertou mais minha cintura e colou sua testa na minha, suspirei pesado.

– Isso é surreal - Eu disse em um sussurro.

– Parece aqueles filmes melancólicos que a Caitlin vê - ri baixinho com os olhos fechados - Me deixa ver seu olhos?

– Pra que? - abri os olhos e vacilei, olhei nos seus olhos intensos, Justin colou nossos lábios em um selinho e eu apertei seu braço novamente, seus lábios deslizavam sobre os meus e estavam incrivelmente quentes como sempre, larguei seu braço e arranhei seu abdômen o fazendo morde meu lábio inferior, dei impulso pra cima e ainda com os lábios de Justin grudados do meu enlacei meu pés em sua costas, passei meu braço direito pelo pescoço dele e tentei me afastar mais quanto mais eu puxava minha cabeça pra trás ele inclinava a dele me impedindo de separar nossos lábios, sorri entre o selinho e enlacei o braço esquerdo no seu pescoço, passei minha língua perigosamente sobre seus lábios e mordi seu lábio inferior, Justin foi esperto e entrou na minha boca sem permissão minha e eu cravei minhas unhas levemente na sua nuca, ele arfou entre o beijo e o ar faltou e eu pulei do seu colo, começando a nadar senti uma mão puxar meu pé e eu me debatia de baixo d’água, ele me levantou e invadiu minha boca novamente.

[...]

Justin tinha me obrigado a tirar a blusa que eu estava e colocar a dele que estava seca, entramos no seu carro e ele que dirigiu, ele ficou reclamando algo do tipo “NINGUÉM TOCA NO MEU BEBÊ”, sabiam que carro agora é bebê? Tipo, carros choram? Não sabia disso, mas tudo bem, fomos todo o caminho em silêncio. Eu estou confusa em relação aos meus sentimentos e aos sentimentos de Justin, se eu gostar dele será que vai ele sentir o mesmo por mim ou só está provando carne nova? Eu tenho medo de realmente gostar dele e no final eu ser só mais um pedaço de carne que ele já provou, eu estou completamente confusa e quero esquecer tudo, os beijos, o que eu quase fiz hoje, eu quero esquecer ele. Liguei o rádio pra acabar com aquele silêncio que estava me matando. Começou a tocar Set Fire To The Rain, Adele.

I let it fall, my heart,

And as it fell, you rose to claim it,

It was dark and I was over,

Until you kissed my lips and you saved me,

My hands, they’re strong, but my knees were far too weak,

To stand in your arms without falling to your feet,

But there’s a side to you that I never knew, never knew,

All the things you’d say, they were never true, never true,

And the games you’d play, you would always win, always win,

But I set fire to the rain,

Watched it pour as I touched your face,

Well, it burned while I cried,

‘Cause I heard it screaming out your name, your name,

When I lay with you I could stay there, Close my eyes, feel you here forever, You and me together, nothing is better– Justin cantou e sua voz saiu perfeitamente linda.

‘Cause there’s a side to you that I never knew, never knew,

All the things you’d say, they were never true, never true,

And the games you’d play, you would always win, always win,

But I set fire to the rain,

Watched it pour as I touched your face,

Well, it burned while I cried,

‘Cause I heard it screaming out your name, your name

I set fire to the rain,

And I threw us into the flames,

Well, I felt something died,

‘Cause I knew that that was the last time, the last time,

Sometimes I wake up by the door, The heart you caught, must be waiting for you, Even now when we’re already over, I can’t help myself from looking for you– cantei e minha voz não saiu como a de Justin, me senti humilhada, mas também não saiu como a do Chris cantando.

I set fire to the rain,

Watched it pour as I touch your face,

Well, it burned while I cried,

‘Cause I heard it screaming out your name, your name

I set fire to the rain,

And I threw us into the flames,

Well, I felt something died,

‘Cause I knew that that was the last time, the last time, oh,

Oh, no,

Let it burn, oh,

Let it burn,

Let it burn.

– Sua voz é linda. – comentei e no mesmo instante corei envergonhada, olhei para a janela escondendo meu rosto que devia estar parecendo um pimentão.

– Obrigado, sua voz é melhor do que a do Chris - riu. Eu disse que o Chris não sabe cantar, viu. Me sinto humilhada depois de ouvir o Justin cantar.

– Chegamos - disse mudando de assunto.

– Chegamos - repetiu o que eu disse suspirando pesado.

– Que horas são? - perguntei saindo do carro com minhas coisas na mão.

– 17h04min, por quê? - franziu o cenho.

– Por nada, o tempo passa rápido demais... - quando estou com você. Porque eu completei minha frase mentalmente? (n/a: Porque você está gamadinha pelo JB) Não se meta autora, eu não estou gamadinha, como você disse, faça o seu trabalho e deixa o meu.

– Melhor subirmos de escada - disse ele.

– Tudo bem - começamos a subir em silêncio de escada e aqueles foram os andares mais cansativos e silenciosos que eu já subi na minha vida. Justin abriu a porta do apartamento com sua chave e todos estavam na sala vendo televisão e comendo pipoca, me rastejei até a poltrona e me joguei na mesma fechando os olhos e quase dormindo. Só não dormi porque um babaca que tem meu sobrenome gritou comigo.

– Onde você estava Megan? - gritou me dando um susto, e como consequência me fazendo dar um pulo e cair de testa no chão.

– Eu fui numa cidade desconhecida, longe daqui, almoçar e o Justin me seguiu porque peguei o carro dele sem permissão - disse calma me sentando na poltrona novamente.

– Você tem que se arrumar - Chris disse.

– Pra que? - disse meio tonta de sono.

– Você vai trabalhar hoje - Chaz disse e rapidinho eu me despertei.

– Trabalhar aonde? - perguntei.

– Num mercado a seis quadras daqui - Chris disse nem olhando pra mim.

– Não quero trabalhar - bufei.

– Mais você vai, como castigo por bater na diretora - Chaz disse sério.

– Aquela velha mereceu e você não é meu PAI – gritei, dando ênfase a palavra “pai”, me sentando na poltrona, ficando zonza e deitando novamente.

– Mas sou seu irmão mais velho e você vai trabalhar e pronto, agora vai se trocar - disse gritando.

– Você é mais velho um ano e eu sou mais responsável que você - me levantei cambaleando gritando com ele.

– VAI AGORA SE ARRUMAR MEGAN - ele gritou mais alto e eu resmunguei indo pro meu quarto.

– FILHO DE UMA BOA MÃE! AGORA VOU TER QUE TRABALHAR! - gritei fechando a porta do meu quarto com força.

– Só vim avisar que o uniforme está em cima do puff - Chris gritou do outro lado da porta.

– VAI SE FUDER - gritei de volta, peguei o uniforme do mercado, era um short jeans meio curto e uma blusa regata vermelha com um colete preto com o nome e um desenho do mercado.

– Uniforme tosco - disse e entrei no banheiro.

Tomei um banho rápido e quente não deixando de lavar meu cabelo, sai do banheiro enrolada numa toalha e coloquei minhas roupas intimas de oncinha, o short e a regata. Peguei meu all star branco e coloquei o mesmo, sequei meu cabelo e fiz um rabo de cavalo, passei um lápis e um batom e fui pro meu closet colocando o colete, peguei uma bolsa qualquer no meu closet e enfiei uma roupa limpa lá dentro, coloquei meus fones de ouvido, creme, pente, xampu, condicionador e uma necessaire. Coloquei minhas chaves e o iPhone no bolso e sai do meu quarto com a mochila nas costas, olhei no relógio do corredor e ele marcava 17h15min, fui rápida dessa vez. Cheguei até a sala e joguei minha mochila na cara do Chaz, fui até a cozinha e procurei por meus cupcakes, não achei nem o farelo deles.

– LEGAL VOU TRABALHAR SEM COMER MEUS CUPCAKES QUE DEMOREI PRA CARALHO PRA FAZER - gritei irritada.

– Vamos Megan - Ryan gritou e eu peguei minha mochila e saímos do apartamento.

– Porque todos vão me levar? - perguntei.

– Porque vamos fazer compras de novo! - Caitlin disse.

– Mas fizemos a dois dias ou um dia, eu acho - eu disse incrédula.

– Eu sei, mas eles trouxeram o time de basquete pra casa hoje, eles acabaram com tudo, principalmente seus cupcakes.

– FILHOS DA PUTA - gritei no elevador, tinha uma velhinha com a gente ali dentro, ela me olhou de cara feia e eu dei de ombros.

[…]

Depois de andar pra caralho chegamos ao mercado e ele era enorme.

– Eu vou trabalhar de que? - perguntei olhando pro Ryan que estava com o braço sobre os ombros de Caitlin.

– Não sei, acho que é arrumando prateleiras - Chris disse.

– Porque eu sou a única que trabalha naquele apartamento? - perguntei irritada entrando no mercado com eles.

– Porque bateu na diretora da sua antiga escola - Justin disse e eu revirei os olhos.

– Aquela velha merecia - Caitlin disse.

– Alguém me entende aqui - sorri pra ela e um homem alto e musculoso chegou perto de nós, ele me olhava com luxuria e aquilo me dava até calafrios.

– Sejam bem-vindos, vejo que minha nova funcionaria chegou - disse ele me olhando perverso e mordendo seu lábio inferior, estremeci ao ver como ele olhava pra mim.

– Essa é sua nova funcionaria, Megan Summer - Chaz me empurrou pra cima dele.

– Eu cuido dela Gregue - uma mulher loira e baixinha disse se aproximando de nós, seus olhos transmitiam pena de mim, mas por quê? Tenho um pressentimento que esse emprego vai dá merda, não quero ficar aqui.

– Caitlin eu não quero ficar aqui - disse depois que os dois se afastaram de nós, meus olhos marejaram e uma lágrima solitária rolou pela minha bochecha direita.

– Para de drama, vai ficar tudo bem - ela disse dando um tapa na minha mão.

– Eu tenho um mau pressentimento a esse lugar - disse deixando as lágrimas escaparem.

– Vai logo, a moça está te esperando - Chris disse me empurrando e eu fui até ela.

– Não chore querida, você ainda não tem motivos - ela disse passando seu dedo indicador pela minha bochecha.

– Ainda? - a olhei assustada.

– Deixa para lá. - ela pareceu se xingar mentalmente. - Vou te mostrar seu armário - ela me puxou pela mão e me levou para o fundo do mercado, entramos numa sala cheia de armários, ela disse que o meu era o último, coloquei minhas coisas lá e retoquei minha maquiagem borrada. - Terminou? - perguntou.

– Sim - disse.

– Você vai ajeitar hoje toda a sessão de sabonete - ela me puxou pra fora da sala me levando até a sessão.

[…]

O mercado já tinha fechado, só tinha eu de funcionário ali e o dono que estava na sua sala me aguardando que eu acabasse.

– Terminei - me joguei no chão, cansada e com fome, o relógio marca 21h40min e eu só almocei hoje e não pude descansar nem um minuto, tudo que eu quero e comida e minha cama. Me levantei e me rastejei me segurando nas coisas até a sala de Gregue, bati duas vezes e ele gritou um entra.

– Vejo que terminou - disse sorrindo com luxuria quando eu entrei.

– Sim terminei, agora posso ir? - perguntei um pouco impaciente.

– Ainda não, terá que fazer mais uma coisa pra mim. - ele se levantou vindo até a mim e segurando no meu pulso com força.

– O-o que é? - perguntei.

– Me dar prazer, querida - ele sussurrou no meu ouvido apertando mais meu pulso.

– NÃO! ME LARGA SEU PORCO! NOJENTO! NÃO VOU FAZER ISSO! VOU LIGAR PRA POLÍCIA - gritei me debatendo em seus braços, ele me soltou e trancou a porta, ele jogou tudo que estava na sua mesa no chão e eu chorava descontroladamente tentando sair dali.

– Você não irá ligar pra polícia, porque se não será pior pra você e também não contará a ninguém se não quiser perder seus amigos e sua vida, eu quero você amanha depois da escola aqui - ele disse me puxando e me jogando na mesa, ficando por cima de mim.

– SAI DE CIMA DE MIM! PARA! - me sacudia tentando sair dali.

– Se você colaborar será mais fácil pra você - ele disse sério, abaixando meu short junto com a minha calcinha.

– PARA COM ISSO! ME DEIXA EM PAZ, POR FAVOR! - minha voz já saia falha de tanto eu gritar.

– Você não entendeu que eu vou te ter pra mim por bem ou por mau? - em um movimento rápido ele abaixou a calça dele, que desde que cheguei tinha um pouco de volume, e me penetrou com força, eu gritava de dor e tentava tirar ele de mim, mais foi em vão.

– P-para - minha voz saiu falha, ele penetrava a cada grito que eu dava com mais força, me fazendo gritar de dor, a dor era tão grande que minha intimidade estava latejando de dor. Senti seu liquido quente escorrer pela minha vagina e com ele um pouco de sangue meu.

– Você é linda e boa - ele saiu de cima de mim, colocando sua calça, me levantei com dor num movimento rápido e levantei meu short.

– Me deixa ir embora, por favor - implorei chorando como uma criança.

– VAI EMBORA VADIA - ele gritou alterado me tirando da sua mesa e antes de me empurrar pra fora da sala me dando um tapa forte na bochecha que me fez cair no chão - BEIJA MEU PÉS VADIA! - ele gritava e me chutava, beijei seu sapato e ele abriu a porta.

– AMANHA! - ele gritou e eu me rastejei pelo chão pra fora da sala dele, meu corpo estava todo dolorido e minha bochecha ardia. Me segurei numa mesa que tinha ali e me levantei com dificuldade.

– PODRE - sussurrei pra mim mesma saindo do mercado e andando pelas ruas desertas.



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Notas finais do capítulo

Olá Morangos! Achei um apelido pra vocês, fofinho né ? Senti pena da Megan e vocês, bom estamos triste porque temos leitoras virando fantasmas e por favor ressusitem, queremos reviews bastante isso me anima na hora de escrever. Bom amoras o próximo capitulo está escrito já na metade e se forem boazinhas e mandarem a primeira recomendação ou agente ganhar 20 reivews amanha eu posto ele, se ao contrário acontecer amanha não tem capitulo só domingo! haha sou muito mal ou segunda, depende.
Eu quero primeira recomendação gente ! >:
Cooontinua ? Merecemos reviews ? Espero que tenham gostado ! Beeeeeeeeeijos&Morangos.