The One That Got Away. escrita por Liesel


Capítulo 2
2.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Tentem não se perder.



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 – Que lugar é esse? – Selena estacionou sua moto em frente a um bar com um grande letreiro “Hells Bells”.

– Sempre venho aqui quando estou entediada.  – Respondeu normalmente. – Algum problema? – Tirou o capacete de arrumando os fios que estavam fora do lugar.

– É... É  - Gaguejei notando a figura forte parada atrás de Selena.

– Gomez! – Cumprimentou-a com um toque de mão especial.

– Fala aí, Snake. – A aparência brutal do homem ainda me assustava. – Quero que conheça minha garota, Demi Lovato. – Apresentou-me.

– Garota da Selena Gomez, wow, não é pra qualquer uma. – Apertei a mão que me foi oferecida, limitando-me a um sorriso.

– Vem, Demi, vamos entrar. – Passou a mão por cima de meus ombros trazendo-me para perto o suficiente para roubar um selinho.

O lugar estava lotado, o cheiro do álcool era tão intenso que poderia entorpecer a todos ali sem que provassem uma gota de bebida. Uma banda qualquer se apresentava no palco sendo totalmente ofuscada pelas conversas incessantes. Estava desconfortável naquele ambiente, entretanto Selena parecia estar em seu território, todos a conheciam e cumprimentavam-na.

Partimos para o fundo do bar, onde uma mesa em um era ocupada pela loira de olhos brilhantes.

– Swift. – Minha namorada pulou nos braços da loira que respondeu ao abraço tão intensamente quanto.

– Gomez. – Outro abraço. Uma pontada de ciúme acertou-me no peito. – Não vai me apresentar a sua amiga? – Caíram os olhos sobre mim.

– Já estava chegando nessa parte. – Puxou-me pela cintura colando nossos corpos. – Taylor Swift, essa é Demi Lovato, minha namorada.

– Namorada? – Seu olhar parecia surpreso. – Garota, quem é você e o que fez com a Gomez? – Gargalhou – Então, Demi, eu sou Taylor. E bem, parece que você é o milagre, não é mesmo?

– Como assim? – O divertimento de Taylor e a expressão emburrada de Selena me intrigavam.

– Acredite se quiser em todos esses anos eu vi Selena com muitas garotas, mas ela nunca me apresentou nenhuma como sua namorada. Você é o milagre, a única que conseguiu laçar o coração dessa vaqueira.

– Não começa com essas suas coisas de fazendeira, Swift. – Revirou os olhos.

– TayTay, vem aqui. – O moreno puxou Taylor pelo braço levando-a para a pista de dança.

– Quem é aquele? – Os belos músculos do rapaz envolviam o fino corpo da loira a trazendo para cada vez mais perto.

– Droga. – Observou a cena recebendo um olhar de súplica de sua amiga. – Ela está com problemas, se importa de sentar aqui por uns minutos enquanto eu a ajudo com isso? – Neguei recostando-me no banco de couro. – Já volto. – Selou nossos lábios rapidamente.

A segui com os olhos por entre o amontoado de pessoas, o casal foi afastado bruscamente e um soco foi acertado no maxilar do moreno, que partiu para a briga, quase de imediato, três brutamontes posicionaram-se na frente do garoto enquanto Gomez conduzia Taylor de volta à mesa.

– O que acaba de acontecer? – As duas sentaram-se calmamente enquanto eu continuava a observar a agressão no centro do salão.

– Lautner recebendo o que merece. – Deu de ombros – O que você quer beber?

– E quem são aqueles? – Nada fazia sentido.

– Só uns amigos. – Acenou para o garçom – Não se preocupe com isso.

– É o seu namorado? – Talvez a loira me desse uma explicação coerente.

– Ele acha que sim. – Gargalhou.

– Qual o problema com vocês duas? – Desisti.

– Gomez, o que vai querer hoje? – Perguntou o rapaz com o uniforme do local.

– O de sempre, Justin. – Respondeu seca.

– Tequila – Anotou no bloco de papel. – Wow, quem é a sua amiga? – Debruçou-se sobre a mesa. – Qual o seu nome, gatinha?

–Vaza daqui garoto. – Selena empurrou-o.

– Então, Demi, o que te deu na cabeça pra sair com essa garota? – Taylor iniciou uma série de provocações contra minha namorada.

– Preciso mesmo responder? – Arqueei a sobrancelha.

–Entendo, ela sequestrou sua família e está ameaçando seus amigos, achei que tínhamos passado dessa fase, Selly. – Recebeu um olhar raivoso.

– Está brincando com fogo, olhos azuis.

– Aqui estão suas bebidas. – Deixou os drinques sobre a mesa. – E pra você... – Encarou-me – O número que todas as garotas querem. – Piscou.

Foi a deixa para que Seles levantasse empurrando o garoto direto na mesa da frente proferindo uma série de golpes em seu estômago deixando-o sem ação. Esse era um lado dela que eu desconhecia.

– Da próxima vez que você der em cima da minha garota – Segurou-o pela gola derrubando-o. – Não haverá próxima vez.

~

– Demi, acorde. – Senti um beijo na bochecha – Bom dia, dorminhoca.

– Bom dia, Seles. – Olhei o relógio sobre o criado mudo. – Por que me acordou tão cedo? – Esfreguei os olhos.

– Tenho uma surpresa, se vista. – Falou animada.

– Surpresa às cinco da manhã? – Estiquei o corpo levantando-me. – O que você está aprontando? – Um bocejo escapou atrapalhando as palavras.

– Te espero na varanda.

Aprontei-me rapidamente e fui ao seu encontro.

Havia uma bela mesa posta, um café da manhã magnífico.

– Você está com olheiras – abaixei-me para beijar sua bochecha.

– Digamos que não tenho descansado o suficiente.

– Posso saber por quê? – Ergui uma sobrancelha.

– Estava planejando tudo isso, agora, por favor, sente-se. – Levantou-se dando a volta na pesa puxando uma cadeira para que eu me acomodasse.

– Está um pouco frio aqui, você não acha? – Não tive tempo para responder. – Já volto. – Sumiu por um instante retornando à pequena varanda do apartamento com sua jaqueta personalizada em mãos. – Aqui senhorita – Pôs a peça sobre meus ombros – Espero que esteja melhor agora. – Limitei-me a um sorriso.

– Hm, o que estamos comemorando? – Perguntei enquanto pegava uma uva.

– Seu aniversário. – Gargalhou em seguida percebendo minha expressão surpresa, pois esqueci meu próprio aniversário. – e... – Interrompeu a fala.

– E? – Insisti.

– Nosso noivado. – Um nó se formou em minha garganta.

– Nosso o que?

– Demi – Segurou minhas mãos entre as suas. – Eu nunca amei alguém como eu amo você e eu quero que isso seja para sempre. – Retirou uma caixinha de seu bolso. – Demetria Devonne Lovato... – Ajoelhou-se ao meu lado – Você quer permanecer ao meu lado para toda a eternidade como minha única esposa? – Abriu o embrulho revelando o anel de ouro com um pequeno diamante.

~

– Demetria, acorde. – A voz detestável me despertava de minhas lembranças.

– Não estou dormindo. – Abri os olhos.

– Parecia num estado de transe quase impenetrável. – Sentou-se na poltrona.

– Esta era a intenção Doutor Williams. – Encostei-me na cabeceira da cama.

– Não precisa ser tão hostil. – Avisou-me enquanto anotava algo em sua prancheta.

– Não estou sendo. – Retruquei.

– Sim, está.

– Você me tirou de uma de minhas lembranças mais felizes, essa é a minha reação.

– Pode contar-me sobre ela? – Interessou-se.

– Talvez. Por que quer saber?

– Se é importante pra você, também deve ter alguma importância no seu diagnóstico.

– Estava lembrando-me de quando Selena me pediu em casamento. – Selena segurou minha mão encaixando sua cabeça em meu ombro, aquilo me deixava confortável.

– Casamento? – Verificou minha ficha. – Aqui consta que você é solteira.

– Nos casaríamos no meu aniversário este ano. – Fitei o anel em meu dedo, estranhamente era o único pertence que não me retiraram.

– Algum motivo em especial? – Insistia.

– Ela quis assim.

– Senhorita Lovato, você me parece tão sensata, acredita realmente que algum dia encontrou Selena Gomez após sua morte?

– Eu não a encontrei apenas uma vez, ela está sempre aqui. Não tenho uma explicação para que apenas eu possa vê-la ou mesmo senti-la, mas está aqui agora mesmo segurando minha mão enquanto conversamos, Doutor.

– Entendo que tenha sido uma perda traumática para você, Senhorita, mas não acredito que esteja debilitada psicologicamente a ponto de ver Selena em todos os lugares.

– Você não entende. – Alterei o tom. – Você não pode vê-la como eu, por isso não acredita.

– É a lógica da vida.

–Você não vê o seu Deus, mas acredita nele e ainda assim afirma sentir sua presença, por que motivos quando eu digo isso de Selena soa como loucura?

– Não se trata disso. – Continuava a anotar na prancheta.

– Então do que se trata? – Gritei.

– Acho que acabamos por hoje, tente acalmar-se ou não terá escolha a não ser ficar aqui. – Colocou uma mão em meu ombro.  – Eu não sou o inimigo, colabore comigo e eu poderei ajudar você. 


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Notas finais do capítulo

Review?



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