Uma briga inesquecível – POV Edward

- Edward, querido, desça para tomar café. - Ouvi Renée, minha mãe, me chamando do segundo andar.

Hoje seria mais um dia chato, vivido por moá¹, ao lado de Jessica Stanley, minha namorada e capitã das Cheers Leaders, na Forks High School. Saco!

- Anda, Edward, você irá se atrasar. - Perturbou, novamente.

- Já vou, - respondi.

Mas... Continuando. Por eu ser "O Rei", todos naquela escola me "veneram", mas só por causa da minha fama, gloria, dinheiro, contatos(sim, eu tenho contatos!), etc e tal. Uma merda, viu? Por onde passo todos me cumprimentam, seja mulher ou homem, alto ou baixo, branco ou negro, nerd ou popular, diretor ou professor, e assim em diante. Por onde quer que eu passe alguém me mandam um "Oi!" ou "E aí, cara?", mas só respondo por educação mesmo. As meninas então? Putz! Elas me secam, tiram a pele, comem a carne e levam as roupas, somente com um olhar, e isso me irrita profundamente! Garotas sem mais o que fazer!

No meu "reino", eu e Jessica que mandamos. Ela é uma garota bem chata e fútil, mas, pela regra (que Deus penalize quem a fez) dos populares, a capitã das Cheers Leaders tem que namorar o capitão do time de futebol, Jessica e eu, no caso. Mesmo não gostando dela e para não ser envergonhado na frente de meus "súditos", tenho que manter a linha "Boa Pinta" - coisa que não é difícil, pois sou bonitão, gente boa, e boa pinta (Modéstia, cadê você, minha linda?). Quando me perguntam: "Porquê você namora com a Jessica?" eu respondo, na maior falsidade do mundo: "Porquê ela é a garota perfeita para mim, eu a amo de todo meu coração!". Patético, mas as bestas quadradas acreditam.

Quanto ao time de futebol? Ah, eu jogo mesmo. Minha maior paixão é o futebol americano. Foi graças a esse esporte que eu me tornei popular. Agradeço ao meu pai, que era um ótimo jogador, por me conceder esse maravilhoso dom (Edward Junior também agradece!).

Porque eu sou tão fanático por popularidade? Por quê eu já fui um não popular. Eu sei o que é ter a cara enfiada dentro da privada; sei como é apanhar atoa; como é passar fome para poder não apanhar; como é ser alvo de chacota; sei como é ser chingado por ser mais inteligente; ter os livros derrubados por um idiota popular qualquer... E, eu não quero isso de novo! Eu lutei para conseguir o que tenho hoje, não irei desistir de tudo depois de tanto!

Agora você me pergunta: "Então porque você faz a mesma coisa que os outros?" Mas eu não faço a mesma coisa, pelo contrário; sempre que estou perto de alguém que está sendo maltratado, eu o defendo. Não gosto disso. Vivo brigando com meus "amigos" por isso. O mais legal é que, quando eu falo, eles me obedecem, me respeitam. O que o título de "Capitão do time de futebol" não faz, hein?!

Levantei e fui pegar uma camisa para me vestir, mas a cama se enfiou na frente de mim e... Ah, que maravilha! Bati o dedo!

- Deus...! - Gemi de dor.

Ouvi uma batida na porta e, em seguida, a voz da minha mãe.

- Edward, você está bem? - Perguntou aparentemente preocupada, a porta ainda fechada.

- Estou, já... Por Deus! - Bati novamente o dedo no pé da cama.

- Edward, o que está fazendo?

- Nada. Eu já vou. Não entre! - Percebi que a porta estava sendo aberta e me apressei a lhe dizer para não entrar, afinal de contas, eu estava só de cueca.

- Por que eu n... Oh...! Edward, para que está fazendo isso?

- Isso o que? - Perguntei a voz um pouco manhosa.

- Ora! Isso aí... Meu filho, Jessica não está te satisfazendo?

- O que? Mãe! Eu... Argh! - Passei as mãos pelo rosto com raiva. Serio que ela pensou isso? - Eu não estou me masturbando, mãe, é que eu estava trocando de roupa, aí bati o pé, machuquei o dedo e não acabei de colocar a roupa.

- Ah! - Suspirou aliviada. - Achei que você...

- Eu sei o que você pensou, - interrompi. - O que quer, mãe?

Ela colocou a cabeça para dentro quarto, exitante, e me avaliou.

- Eu sabia que você puxaria seu pai em muita coisa, mas não sabia que ia ser tanto assim. - Refletiu.

- Mãe! - Repreendi. - Pare de me olhar, e diga o que quer.

- Até parece que nunca vi isso ai -, bufou. - Vim lhe chamar para o café.

- Ok. Já vou.

- Te espero lá em baixo. - Sorriu e fechou a porta, cantarolando.

- Mães, loucas! - Bufei irritado.

Levantei-me de onde estava e peguei a primeira calça que vi, uma camisa qualquer e um tênis. Desci a escada correndo e fui direto para a sala de jantar.

- Bom dia, - cumprimentei mal humorado.

- Bom dia, - responderam, em coro, num tom alegre.

- Edward, querido, como tem andado as coisas com a Jessica? - Questionou me Renée.

Renée tem uma coisa com Jessica... Todas as vezes que ela pergunta de Jessica, tenho certeza que ela está querendo saber se eu a larguei. Aposto que se dissesse que não estamos mais juntos, ela sairia pulando, dançando a dança-da-vitória e gritando por aí, como a louca que é.

Ela pode ser bem amável, cuidadosa, carinhosa e tudo o mais, com a gente, mas ela é bem chatinha e, ás vezes, preocupada de mais. Minha mãe é muito bonita; baixa, olhos claros, cabelos curtos castanhos, formas bem definidas e não aparenta a idade que tem.

- Bem, - respondi simplesmente.

- E a escola? - Por que ela tem que insistir em conversar?

- Bom... Continuo sendo "O Rei", jogando bem, todas suspiram quando passo, minhas notas continuam ótimas...

- E a modéstia ainda não voltou de sua viagem, - brincou Carlisle, meu pai, que, até então, estava calado.

Carlisle é um cara legal. Ele é médico, ama sua profissão. Minha mãe não gosta muito das mulheres que trabalham no hospital, - afinal, meu pai é um cara bonitão e todas querem uma casquinha de seu sorvete – é uma comédia ver minha mãe dando piti!

- Se eu não me achar "O Cara", - fiz aspas no ar - então, quem vai?

- Pode ter certeza que muita gente. - Jessica, aparecendo na sala, falou. - Bom dia, - cumprimentou vindo até mim e me dando um beijo na bochecha.

- O que está fazendo aqui, Jessica? - Questionei surpreso.

- Não posso mais visitar meus sogros? - Fez biquinho.

- Claro, querida. Sente-se. - Renée, falsamente, pede-lhe.

- Obrigada, Renée.

- De nada, querida.

- Vejam só, se não é a minha amiga preferida. Jess! - Cumprimenta a falsidade em pessoa (Codinome: Roselie), abraçando a Jessica.

Minha mãe a chama de querida, Rose de amiga preferida, só falta Jasper...

- Jess!!! - É só falar no Diabo que ele aparece!

- Bom dia Rose, Jazz. - Cumprimenta a falsa ômega² (ou seja, a segunda maior falsa, contando que Rose é a Alfa³)

Rose e Jazz são meus irmãos, gêmeos, - mas não idênticos - adotivos. Rose é a mais bela mulher que já vi: seus cabelos caem em uma cascata ondulada até o meio das costas; tem olhos grandes, expressivos e azuis; seus lábios são bem delineados, cheios e rosados; tem um corpo escultural, aposto que todas a invejam. Mas não se engane por sua beleza; Rose é fria, falsa, sincera até de mais, reclamona que só ela, ignorante, mandona, sabichona, entre outras coisas. Porém, ela também tem seu lado bom; ela é fiel, de verdade, quando gosta de alguém, carinhosa, falante, inteligente, ótima irmã – exceto quando está na TPM – e uma boa pessoa.

Jasper é bem parecido com ela: olhos igualmente azuis e expressivos; lábios, também, bem delineados, cheios e rosados; o cabelo loiro e ondulado; o corpo é o mais diferente: Jazz é menos forte e menor. Já a personalidade tem bem poucas diferenças: ele é quieto, inseguro e submisso, mas, como ela, ele é carinhoso, inteligente, ótimo irmão – porém, ele é sempre um bom irmão, já que não tem TPM -, fiel e uma pessoa maravilhosa. Somente quando se trata de Jessica que ele haje assim, falso.

- Então, Jessica como tem passado? - Pergunta minha mãe com o sorriso mais falso do mundo estampado em sua cara.

- Ótima! - Exclama com falsa alegria.

Edward, acho melhor você ir, essa semana, ao posto tomar vacina anti-falsidade. Sua falsidade para com a Jessica aumentará mais. O meu eu, chato pra cacete, incita.

O Edward-selvagem exclama.

Questiona Edward-Chato.

Vamos te estrangular! Era só o que me faltava, Edward-Mal-Humorado aparecer!

Você e mais quem? Perguntou o Edward-Chato.

De repente um montão de Edward's aparecem em minha mente: o deus grego, o feio, o mandão, o ciumento, o frescurento, o afeminado (não vem me zoar por que todos tem), o brincalhão, o criança, o diabólico, o angelical, o santinho-do-pau-oco, o sabichão, o gótico, o fanqueiro, o complicado, o fácil, o simples, o roqueiro, o falante, o falso, o inteligente, o intelijumento e... Cara! Eu sou tudo isso mesmo?

Nós vamos... O Edward-Diabólico se pronuncia.

Ok. Eles vão mesmo começar uma guerra em minha cabeça?

Tá, bom... Suspira o chato. Eu me rendo.

- Edward... Edward! - Alguém com uma voz chata e fanhosa me sacode pelos ombros. - Edward, você está bem? - Pergunta Jessica com as sobrancelhas franzidas.

- Ah, desculpe. Eu estava... - Vendo a discussão e meus "Eu's"? Sou louco! - pensando.

- Bem, acho que está na nossa hora.

- Claro! Vamos.

Nos levantamos todos – Rose, Jazz, eu e Jessica – ao mesmo tempo. Cada um pegou seu material, e partimos em direção ao meu carro. Rose sentou-se ao meus lado, Jazz e Jessica atrás e eu dirigindo, rotina.

Passamos todo o caminho em silêncio, somente a forte[música] Dead and Justice - das Runaways - preenchia o ambiente. (N/A: Ouçam! Essa musica é – desculpem-me o palavreado – F-O-D-Á-S-T-I-C-A!!!!!). Em apenas 20 minutos chegamos a escola e, como de costume, todos nos esperavam de braços abertos – figurativamente, claro.

Saímos do carro e cada um foi para seu canto – Rose e Jessica para o vestiário encontrar as Leaders e Jasper para o clube de xadrez (infelizmente, meu mano é nerd).

- E aí, mano! Como é tá? - Cumprimentou-me Jacob.

- Jacob! Tô ótimo. - Damos nosso aperto de mão. - E você, como está?

- Levando, né.

- Sente falta de Renesmee?

- Você nem faz ideia... - Suspirou.

- Cara, eu não entendo; por que a largou?

- Você tem o que em seus ouvidos? Já te disse: eu não tinha percebido o quanto gostava dela, até larga-la. Futilidade! Burrice! Idiotice! E um monte de outros motivos.

- Tenho certeza que, se você a ama verdadeiramente, correrá atrás. Só precisa de coragem.

- Assim espero -, suspira.

- Meus caros Wolf's! Estão dando umas latidas? - Brincou Emmett, se aproximando de nós.

Emmett é um dos nossos melhores atletas, ele faz parte do time de futebol americano. Emm é cara muito bacana, e muito conhecido pelo seu jeitão descontraído e engraçado. Para as meninas, tenho certeza!, é Deus no céu e Emmett na terra. O cara parece mais um gogô-boy do quê um jogador de futebol – o bicho é tão grande, mais tão grande..., que é só elevar a voz um décimo mais zangado, que neguinho recua! É medonho!

- E aí, Emm? - Cumprimentou Jacob.

- Fala, cara! - Apertei sua mão.

- Pegando muito, - riu. - O que estão fazendo? Batendo um DR?

- Que mané DR, Emmett! Tá nos estranhando? - Exasperei-me .

- É o que parece com vocês dois cochichando aí no cantinho.

- Ninguém te merece! - Balancei a cabeça incrédulo. - Como é que está sua irmã?

- Ótima! Ela veio hoje... - Olhou em volta parecendo procurar algo. - Parece que ela está muito ocupada, depois eu te apresento.

- Tá ok.

TRIMMMMMMMM

- Opa! Minha hora já deu. Já vou indo. - Bati, em punho, na mão de Jacob e dei um tapa nas costas de Emmett.

Eu não consegui nem dar três passos sem a Irc! - lê-se Jessica - vir me atrapalhar e encher minhas orelhas com suas sandices.

- Edward, eu vou ter que ficar até mais tarde... - Começou mais a interrompi.

- Graças ao bom Deus! - Ela me deu um olhar maligno e recomeçou:

- Eu vou ter que ficar até mais tarde para o treino, então, você não precisa me esperar. A menos que você tenha treino também.

- Tá bom Jessica. Mais alguma coisa?

- Não. - Se virou e foi embora.

Amém!

Fui para a sala de aula me esquecendo da megera, agora era aula... tinha que limpar minha mente. As aulas passaram rápidas..., logo já estava no recreio, depois íamos ser todos liberados – a água da escola havia acabado, algo muito raro de se acontecer na FHS (Forks High School).

Não tinha visto Jessica durante as aulas, e, agradeci ao meu bom Deus por isso. Infelizmente, minha alegria durou pouco; encontrei Jessica no recreio rindo da cara de alguém – como sempre. Ela estava com sua turminha sem sal, sem açúcar e sem tempero – somente bunda e peio. Jessica e suas fieis Cheers Leaders – gosto mais de chamar de SPLT (Super Piranhas Líderes de Torcia), lema: "Te damos a qualquer hora, em qualquer lugar. É só dizer 'Quero te comer' que vamos para cama arrasar!" (imagino até elas dançando e cantando isso como música).

- Hey, Bella! - Chamou Jessica. Esse nome, Bella, parece-me familiar...

A garota chamada Bella se virou de vagar, com cautela, na direção de Jessica. Não dava para ver seu rosto direito, pois estava longe, mas parecia ser bonita.

- Sim, Jessica? - Respondeu com sarcasmo arrancando de mim um sorriso.

- Poderia me emprestar seu orelhão particular? – Apontou para as orelhas de Bella. - Preciso fazer uma ligação.

Jane, a namorada de Tânia, começou a andar em direção a Jessica mas a ruiva a parou. Bella sussurrou algo a Jane e se virou para Jessica com uma expressão sarcástica.

- Desculpe, querida. Mas acho que terá que usar o da escola, pois estou falando nesse momento com minha vó. - Ela colocou a mão em sua orelha, como se estivesse falando em um celular, então prosseguiu com mais sarcasmo ainda. - Ah, vovó, você virá aqui? Que ótimo! Faça um favor pra mim? Traga uma de suas dentaduras reserva? Não, não é para mim, é para a Jessica. Pra que ela precisa? Ah... É que vou quebrar os dentes dela.

Jessica olhou total com espanto para Bella, que corria em sua direção e, em seguida, dava um soco em sua cara. A garota puxou o cabelo da Jessica e deus vários socos, chutes e tapas na mesma. Jessica era só gritos e "Sai de cima de mim!", uma comédia! Bella estava muito sexy em cima de Jessica (meio que a mulher gato, sabe?) e já tinha uns bestas comentando isso ao meu lado e, não sei o porque disso, mas me deu uma vontade de meter a mão na cara dos idiotas... Estava prestes a ir separa-las quando o diretor gritou "Todos para a sala agora!!!!!!". Enquanto todos batiam em retirada, fui em direção as meninas para separa-las.

- Soltem! Agora! - Ordenou o diretor Greene.

Quando elas se largaram, fui em direção a Jessica ajudando-a a levantar. Assim que ela levantou ajudei a Bella. Ela ficou a minha frente, sem me olhar, então não dava para saber se ela era ou não bonita.

- As mocinhas podem me explicar o que está acontecendo? - Perguntou o Sr. Greene super irritado.

Ele olhou de Bella para Jessica procurando uma resposta, e, como nenhuma das duas respondeu ele veio a mim.

- Você sabe o que aconteceu, Sr. Cullen? - Perguntou-me.

- Ér... A Jéssica disse para essa aqui – apontei para Bella - para ela deixar usar o "orelhão" - fiz aspas no ar - dela para fazer uma ligação. A ruiva se irritou e partiu para cima.

- Isso é verdade, Srta. Swan? - Perguntou-lhe o diretor.

- Sim. - Respondeu para o diretor.

- Então... Srta. Stanley, me acompanhe por favor.

- Sim, Sr. Greene. - O seguiu cabisbaixa. Bem feito! Haha!

Bella se virou para mim, parecendo que ia falar algo, mas, aparentemente, não conseguiu. Estava boquiaberta e linda...

Sua pele, um pouco mais clara que a minha, fazia um contraste perfeito com seu cabelo castanho-avermelhado, brilhoso e sedoso; seus olhos, castanho-chocolate, me avaliavam; sua boca, rosada, cheia e delicada, estava aberta em um "O" perfeito e lindo; seu nariz era arrebitado e fino e seu corpo... UAU! Ela estava muito sexy com aquele jeans colado, o salto alto fino, o cabelo desarrumado por causa da briga, a maquiagem... Ok, Rose é a segunda mulher mais bonita que já vi na vida.

Ah... Lembrei! Ela é a irmã do Emmett.

Passou-se uns cinco minutos e ela lá, paradona, só me olhando – tá, ok, me secando, mas até que eu estava gostando. Estava ficando desconfortável todo aquele silêncio, então decidi quebra-lo.

- Obrigada? - Murmurei elevando uma sobrancelha..

Ela somente assentiu, aparentemente não conseguia falar.

- O gato comeu sua língua? - Dei um sorriso de lado, com diversão, ela arregalou os olhos, atordoada.

- Pigarreou algumas vezes antes de me responder.

- Ér... Não. Desculpe. Sou Bella Swan. - Ela corou um pouco.

- É, eu sei. Sou Edward Cullen. - Estendi minha mão para cumprimenta-la - Prazer em conhece-la, Bella.

- O prazer é todo meu. -  Uma corrente elétrica percorreu meu corpo quando a toquei. - Ér... Obrigada por... me ajudar. - Nossa ela estava ficando muito vermelha!

- Disponha. Você se saiu muito bem na briga. Adorei os puxões de cabelo. - Ri me lembrando de Jessica levando uns bons puxões de cabelo.

- Hum... Obrigada. - Olá, prima do tomate.

Depois de seu agradecimento, ficamos em silêncio. Algo, que eu não sei explicar o que é, estava me impulsionando em sua direção. Seus olhos pareciam dois grandes caldeirões do mais delicioso chocolate, eram quentes, aconchegantes... Eles me puxavam para mais perto dela, me chamavam. Estava prestes a lhe acariciar a face quando a fanhosa me chamou.

- Edward, querido, vamos! - Chamou Jessica. Ok, por que me chamou de querido?

- Eu tenho que ir. - Estendi a mão para ela.

- Oh, sim, claro. Obrigada pela ajuda.

- Disponha. - Sorri.

Me virei e fui em direção a Jessica.

- Por que fez isso com a garota? E você não ia ficar até mais tarde? - Perguntei-lhe de cara feia.

- Por que está defendendo a lambida? - Retrucou. Ixiiii... Está explicado o "Querido". Jessica... Jessica... Inveja mata, minha querida.

- Lambida?

- É.

- Não seria lambisgóia?

- Ah... Isso mesmo! - Deus um sorriso de satisfação enquanto estalava os dedos. - Peraí... O que é lambisgóia?

- Senhor,  dai-me paciência! - Passei as mão pelo rosto exasperado. - Jessica, como você chama alguém de algo que você nem sabe o que é?

- Puff! Não venha me com enciumentos!

- O quê? Ah Deus! Eu joguei pedra na cruz? Colei chiclete nela? - Questionei olhando para o céu. Me virei para Jessica novamente. - Jessica, minha querida (sua jumenta!), a palavra é ensinamento, e você, além e falar errado, a usou de forma errada. Não deveria far ensinamentos, mas sim sermões.

- Não se desvie do caminho, Dono Edward! Eu te perguntei algo e quero que responda!

- PAI DO CÉU! ME LIBERTA DESSA MALDIÇÃO, SENHOR! NÃO VOU AGUENTAR MUITO MAIS TEMPO NÃO!

- Do que está falando, Edward?

- Nada, jum... Jessica. - Balancei a cabeça. - Então, você não ia ficar até mais tarde?

- Ia... Mas o diretor me suspendeu dos treinos por uma semana! Injustiça!

- Puff! - Bufei. - Ninguém mandou você implicar com a garota.

- Não a defenda. Venha, Rose e Jazz estão nos esperando. - Puxou-me pela mão até o carro.

Deixei Jessica em casa e dirigi em direção a nossa. Chegamos em casa em 20 minutos, um recorde! Durante toda a viagem, não consegui tirar aqueles grandes, aconchegantes, doces e maravilhosos olhos chocolates da minha mente.

Bella dominou minha mente durante o resto do dia! Durante o jantar, fiquei quieto - coisa que não costumo fazer - só pensando nela; sua face corada, seus olho aturdidos, sua pele pálida, sua mão delicada, seu riso eufórico enquanto espancava Jessica, sua voz doce e melodiosa... Ela era perfeita!

Quando o jantar terminou, fui para o quarto dormir. Fiquei horas tentando dormir, mas era impossível! Aqueles magníficos olhos não deixavam. Eu só conseguia pensar na Bella, na briga inesquecível e... na Bella. O que tá acontecendo comigo?