Carnival escrita por Repithor


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Qualquer erro é culpa do sono. Traduzi de cabeça cheia na madrugada, então, desculpe qualquer coisa mal dita. Primeiro update na categoria. Que eu me lembre, pelo menos.



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Para alguém que amava música, cantar e tocar tanto quanto ela, Rachel odiava barulho. Ela odiava barulho, multidões e o som alto do mecanismo dos brinquedos no carnaval que o pai dela insistira que ela iria amar. Ela tinha 5 anos e andava agarrada na perna do pai, o qual explorava a área do evento. Ela não implorou para ir pra casa porque ele havia dito que ela iria se divertir. Além do mais, desde que o pai dela era um gigante e havia muito barulho, ele provavelmente não conseguiria ouvir, de qualquer jeito.

Ele comprou para ela um algodão-doce cor-de-rosa e uma raspadinha roxa. Ganhou para ela um coelho de pelúcia quando jogou bolas de baseball em jarros de leite. Ela sabia que seu pai ganharia porque seu pai era um super-herói. Ele tentou fazer a menina ir a um dos brinquedos infantis, mas ela apenas agarrou seu coelho e sacudiu a cabeça. Eles passearam pelo resto dos jogos e Rachel assistia os brinquedos rodarem e rodarem. Rachel ganiu e agarrou-se mais forte ao homem quando um palhaço com pernas de pau passou por eles. Ela odiava palhaços, também.

“Você não achou nada que pareça divertido, querida?” Seu pai perguntou enquanto a pegava e a acomodava em seu colo.

Rachel sacudiu a cabeça.

“A roda gigante parece legal.” Ele tentou a convencer.

“É muito alto, pai, eu não quero cair.”

“Você não vai cair, menininha”.


Rachel descansou sua cabeça no ombro do pai e o homem suspirou e começou seu caminho em direção ao carro. Quando ele parou antes de chegar lá, Rachel levantou a cabeça e olhou em volta. Seu pai estava sorrindo.

“Que tal aquilo, Rachel?” Rachel olhou na direção que ele estava apontando. Uma casa inflável gigante montada no meio da grama. Não havia muitas crianças no lugar e o lugar parecia quieto. Rachel encolheu os ombros. Seu pai andou em direção ao operador e o entregou dois tickets. Rachel olhou espantada para o azul, vermelho e amarelo castelo inflável. O homem a colocou no chão e segurou seu coelho de pelúcia.

“Vai, Rachel,” ele disse “vai ser divertido.”

Rachel estava insegura.

“Parece assustador.” Rachel choramingou.


Rachel olhou para esquerda e viu uma garota loira de pé na frente de uma loira mais velha, olhando para o castelo do mesmo jeito que ela.

“Quinnie, é só uma casa inflável. A gente teve uma dessas no seu aniversário. Você amou, lembra?”

Quinn sacudiu a cabeça. “A minha era rosa.”

“Apenas alguns minutos” A mulher tentou coagir a filha.

“E se eu me perder?”

“Eu vou estar aqui o tempo todo.”


Os olhos de Rachel arregalaram. Ela nunca tinha pensado em se perder. Vagarosamente, ela andou em direção à garota loira e seu pai a seguiu ao lado.

“Oi.” Rachel disse, com calma. “Eu também não quero entrar.”

A garota loira concordou com a cabeça. “É grande e eu sou pequena.”

O pai de Rachel se ajoelhou e sorriu. “Talvez vocês devam entrar juntas. Desse jeito vocês não se perdem.”

Rachel respirou fundo. “Meu nome é Rachel.” Disse, com um sorriso leve.

“Eu sou Quinn. Acho que talvez eu vá se você for.”

Rachel assentiu e olhou de volta para o pai. “Nós vamos.”

O pai deu um grande sorriso e beijou o topo de sua cabeça. “Vá se divertir.”


Rachel ofereceu uma mão para Quinn e a loira a segurou. Rachel saltou um pouco e podia jurar que uma faísca passou pelo seu corpo. As duas encolheram os ombros e Quinn seguiu a pequena morena para a entrada do gigante castelo inflável. Depois de tirarem os sapatos, Rachel subiu primeiro e ajudou Quinn, puxando a garota para cima. Havia umas poucas crianças pulando e gritando em vozes estridentes. Quinn não soltou a mão de Rachel quando elas faziam seu caminho para um lado vazio.

Quinn tropeçou e caiu duas vezes e puxou Rachel junto com si no caminho, mas elas finalmente conseguiram chegar no canto e ficaram observando as crianças, crianças maiores, pulando. Rachel pegou a outra mão de Quinn, encarou a garota e começou a pular um pouco. Quinn a imitou. Elas pularam até ficar sem ar e a dupla caiu em um ataque de riso. Quinn manteve o aperto forte na mão de Rachel.

“Como a gente sai daqui?” Quinn perguntou, após mais alguns minutos de riso.

Rachel encolheu os ombros. “Eu não quero ir. Eu quero ficar aqui pra sempre com você. Nós poderíamos viver aqui.”

“Okay,” Quinn disse, calmamente. “Nós vamos viver aqui.”

Rachel sorriu. Talvez o carnaval não fosse tão ruim assim, depois de tudo.

–x-

Rachel vagou pelo campo do carnaval junto com os outros 11 integrantes do Glee Club. Ela ainda odiava o barulho e as multidões e palhaços, mas essa era a única coisa que todos pareciam concordar em fazer. Ela permaneceu um pouco separada do grupo, Apesar de ser o fim de seu último ano, ela ainda se sentia um pouco deixada pra trás. Ela não tinha ninguém para leva-la pelo braço. Ela tinha desistido de Finn um longo tempo atrás. Seus sentimentos estavam atualmente focados em uma ex-Cheerio loira e sua ex-melhor amiga. Quinn tinha parado de torturá-la e tinha começado a sorrir para ela. Os sorrisos eram distantes, mas ainda eram bem melhores que insultos, além de fazer o coração de Rachel palpitar um pouco.


Falando em Quinn, Rachel vinha assistindo ela enquanto o grupo passeava pelos jogos. A loira parou na Lagoa dos Patos e viu as crianças puxando os patos de borracha. Rachel viu seus olhos procurando uma pequena garota loira, sabendo que nunca iria encontrar. A garota estava em Washington DC com seus pais adotivos.


Depois de eles irem por todos os jogos e os que queriam ir aos brinquedos tinha ficado sem tickets, os membros foram indo embora, pouco a pouco. Rachel acabou meio que caminhando com Quinn pelo espaço do evento um pouco, antes de elas andarem em direção ao estacionamento.


Rachel estava focada na loira em sua frente enquanto elas passavam pela grama do estacionamento. O cabelo de Quinn estava particularmente hipnotizante para Rachel nesta noite. As curvas suaves ressaltavam a cada passo que dava e ela sentia um sopro de citrus de vez em quando. Rachel estava tão imersa no movimento do cabelo de Quinn que não reparou que a garota havia parado. Rachel bateu nas costas de Quinn, o que, eficazmente, tirou Rachel de seu transe. Rachel olhou para onde a cabeça de Quinn estava virada e viu. Um gigante castelo inflável nas cores amarela, azul e vermelha.


“É grande e eu sou pequena.” Quinn sussurrou.

Rachel engasgou. Ela não tinha certeza se a loira se lembrava do dia ou dos outros dias que se seguiram poucos anos depois.

“Você achou que eu tinha esquecido, não achou?”


Rachel se moveu para ficar ao lado de Quinn e cavou o seu bolso. Ela tirou quatro tickets. Ouviu a loira suspirar, enquanto Quinn escorregou sua mão na de Rachel. Ambas saltaram quando Quinn entrelaçou a mão de Rachel com a sua. Nem precisava dizer que elas sentiram a mesma faísca de novo. Elas fizeram o caminho em direção ao operador. Ele deu um olhar divertido, mas disse que elas podiam ir desde que não tivesse ninguém por perto. Elas tiraram o sapato e Rachel conduziu a loira pra dentro. Elas tropeçaram para um dos cantos.


“Não parece tão grande quanto era.” Rachel disse, olhando em volta.

Quinn encolheu os ombros. “Nós crescemos.”

“Crescemos separadas.” Rachel murmurou.

“Eu sinto muito, Rachel.”


Quinn estendeu a mão e apertou forte a outra mão de Rachel. Quinn começou a pular um pouco, e Rachel imitou seus movimentos. Quinn a ofereceu um sorriso antes de pular mais alto. Rachel se soltou, girou no ar e viu Quinn fazer o mesmo. Permaneceram girando até que Quinn caiu apenas na direita e pulou para frente, derrubando Rachel no chão. Elas explodiram em risos e Rachel se encontrou com as mãos em volta as costas de Quinn.


“Nós deveríamos ir.” Quinn sussurrou, tirando uma mecha do cabelo de Rachel do rosto.

“Eu não quero ir.” Rachel recordou. “Eu quero ficar aqui pra sempre com você. Nós poderíamos viver aqui.”

Quinn se inclinou para baixo e deixou um beijo suave nos lábios de Rachel.

“Okay,” a loira disse. “Nós vamos viver aqui.”

Rachel sorriu e puxou Quinn de volta, beijando a garota mais uma vez. O carnaval era maravilhoso.


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Notas finais do capítulo

blá blá blá fim



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