Living Wrecks escrita por Nina


Capítulo 2
Feliz aniversário, Charlie!


Notas iniciais do capítulo

Aqui segue o capítulo onde a história realmente começa!



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CHARLOTTE’S POV

Hoje é dia 23 de maio, meu aniversário! Eu simplesmente amo o meu aniversário, e este ano farei a maior festa de todas para comemorar meus 19 anos. A não ser pelo fato de minha irmã mais nova, Elizabeth, aquela cabeça-de-vento, ter desaparecido. É bem típico de ela fazer isso, sumir de repente, não se importar com ninguém a não ser ela mesma. Desde a noite passada ela não volta pra casa, quando foi para uma festa com o amiguinho dela, Ben. Eu simplesmente detesto aquele rapaz.

Neste momento, estamos eu, meu pai e minha irmã mais velha em um dos grandes cômodos de nossa casa, papai está surtando, e como sempre, Emma está tentando amenizar as coisas.

– Papai, você conhece Elizabeth. Ela não tem nada na cabeça. Vai ficar tudo bem. – Falou Emma, tentando manter a calma.

– EU VOU MATÁ-LA, SE JÁ NÃO ESTIVER MORTA! – Gritei, considerando o fato de ela ser sequestrada, uma vez que eu e minhas irmãs valíamos fortunas. Estou com muita raiva, porém lúcida. Digamos que sou a realista da casa...

– Credo, Charlie! Seus comentários são dispensáveis agora. Não está ajudando em nada se não percebeu. – Falou Emma, tentando manter a calma.

– E por acaso você percebeu que essa garota só traz problemas? Estou farta de tamanho egoísmo! - Falei.

– Basta! Chamarei a polícia! – Exclamou papai, sendo interrompido pelo toque do meu celular.

– É um número desconhecido, talvez seja algo sobre Elizabeth... – Falei receosa. – Alô?- Atendi.

– Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! Feliz aniversário, maninha!– Cantarolou Elizabeth.

– ONDE ESTÁ VOCÊ? VOCÊ ESTÁ BEM? É BEM TÍPICO SEU FAZER ESSAS COISAS, NÉ? COMO SE JÁ NÃO CHAMASSE ATENÇÃO O SUFICIENTE! – Gritei.

– Estou bem, relaxa, hoje é seu dia. – Falou Elizabeth sendo interrompida por papai, que assim que percebeu que era ela ao telefone, o tirou de minha mão.

– Olha aqui, mocinha, se você pensa que vai ficar impune por seus atos, está muito enganada! Volte já para casa! – Exclamou papai. – Alô? Elizabeth? Não ouse desligar esse telefone, ou...


NARRADOR’S POV


– Alô? Charlie? Não estou conseguindo te ouvir! Se caso estiver me ouvindo, estarei na sua festa hoje à noite, ok? Eu te amo! – Fingiu Elizabeth ao levar esporro de seu pai.

Ligação encerrada. A essa altura, James estava extremamente bravo, pois sabia que Elizabeth havia escutado cada palavra que a tinha falado. Entretanto, depois de um tempo, foi convencido por suas filhas de prosseguir com a festa de Charlotte, uma vez que a mesma não tinha culpa nenhuma dos atos de sua irmã mais nova.


(...)


CHARLOTTE’S POV


Minha festa estava sendo a melhor possível, me divertia com as minhas amigas, enquanto papai estava sentado na mesa com alguns familiares, ainda irritado. Até que uma hora, a música parou. Pensei que ia ser alguma homenagem a mim, que de uma forma era, mas a que me faria muito, mas muito brava. Era Elizabeth. Ela vestia a mesma roupa em que havia usado pra sair ontem à noite: Um vestido curto e grudado preto, com detalhes de flores rosa claro e lilás. E por cima do vestido, uma jaqueta de couro com tachinhas. Seu sapato era um coturno preto, que ia até a metade de suas canelas. Ela subiu no palco cambaleando. Estava bêbada!

– Boa noite, pessoas do meu coração! Neste dia, há quinze anos, nascia esse adorável ser humano chamado Charlotte. Eu disse 15 anos? Eu quis dizer 19... Charlie é um ano mais velha que eu. Tá ficando velhinha, hein? – Ria Elizabeth, em meio do silêncio. – Então, queria te dizer que te amo, Charlotte, mesmo quando você diz que preferiria que mamãe estivesse desistido de mim e não da vida dela. – Elizabeth começou a chorar, descaradamente bêbada.

Todos olharam para mim. Fiquei pasma. Há um tempo, despejei essas palavras em Elizabeth durante uma briga séria. Quando fico muito brava, acabo dizendo coisas que deveria guardar pra mim mesma. Enfim, e naquele momento, na minha festa de 19 anos, estava mais brava do que nunca.

– Aqui vai uma dedicatória da música predileta de Charlie: "Jesus Doesn’t Want Me For A Sunbeam", Nirvana. – Elizabeth fala, secando as lágrimas.

Eu odiava Nirvana.

– "Jesus, don't want me for a sunbeam… Sunbeams are never made like me. Don't expect me to cry, for all the reasons you had to die. Don't ever ask your love of me…" - Cantava Elizabeth, acapela.

Agora eu odeio duas coisas: Elizabeth, e Nirvana. Estava me direcionando ao palco pra tirar aquela palhaça de lá, até que... Ela vomitou. Então, por si só, retirou-se do palco, e pra finalizar: Ela caiu da escada, quebrando parte da decoração. Não fiquei mais lá pra ver quem a ia ajudar, ou limpar o palco, ou até retirar as coisas quebradas. Estava furiosa, só queria... Chorar. Tudo sempre dava errado por causa da Elizabeth, estou farta!



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