Sonho Realizado. escrita por Annie


Capítulo 4
Capítulo 4:Encontro com o Georg.




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estava muito feliz, o dia estava lindo, as crianças brincavam nos parques, os passarinhos cantavam, e eu ia sair com o Georg para um piquenique.

Enquanto arrumava as coisas (e me arrumava), ouvi a campainha, “não pode ser o Georg, não são nem duas horas” pensei olhando o relógio.

Abri a porta, e era a minha amiga Sarah.

–Annie-ela falou.

–Sarah-falei abraçando ela-que saudade amiga, entra eu tenho um monte de novidades para contar.

Ela me ouvia contando sobre minha noite com o Tom, enquanto fazíamos sanduiches para meu piquenique.

Quando terminei de contar, ela disse:

–Esses rapazes estão com segundíssimas intenções com você.

–Não é bem assim-disse embrulhando um sanduba-eles me amam, e eu amo eles.

–Ama eles ou o corpo deles?-disse Sarah sacana.

–Sarah!-falei- eu amo eles sim, esta certo que quase dormi com o Tom, mas foi uma coincidência, só isso.

–Ta, me diz isso quando você aparecer grávida- disse Sarah.

–Sarah!- eu disse para acrescentar- e eu pensei que você gostasse do Tom.

–Eu gosto-disse a Sarah- só não gostei do jeito que ele te tratou, já no primeiro encontro querendo dormir com você.

–E como foi mesmo que o Caíque nasceu?-perguntei alfinetando minha amiga, afinal, ela havia ficado grávida em um dos primeiros encontros dela com o namorado, Danilo.

–Com ele foi diferente-disse Sarah, querendo mudar de assunto.

–Comigo também seria- então disse olhando nos olhos de minha amiga-Sarah você não precisa se preocupar comigo, eu já sou adulta, sei me proteger, e não rolou nada entre mim e o Tom, e mesmo que tivesse rolado, ele estava usando camisinha, ou seja, ele sabe da importância de se proteger.

Sarah apenas suspirou e disse:

–Olha Annie, eu só quero que você saiba o que esta fazendo, não cometa o mesmo erro que eu, e que não se machuque.

Achei fofo o discurso preocupado da Sarah.

–Sarinha, eu adoro o jeito como você e as meninas tentam me proteger, mas eu também quero aproveitar a vida ao máximo-eu disse.

–Só cuidado com esse “aproveitar a vida ao máximo” hein mocinha?-Sarah falou aquilo como se falasse com uma adolescente desmiolada de 15 anos.

–Sarah, eu não tenho mais 15 anos-disse.

–Sei você tem 20 anos e esta muito assanhada pro meu gosto- disse Sarah me dando bronca de novo.

–E qual de nós mesmo se veste com roupas MUITO sensuais?- perguntei.

Sarah tinha o estilo “sou linda e sensual” que faziam os homens babarem: ela usava muitas roupas com decote, saias curtas, shorts apertados e tomara-que caia, seu preferido era um vestido tomara-que-caia preto com um cinto de caveira, que estava usando quando veio me visitar.

–Um a zero pra você- disse Sarah, ai deu um sorriso sacana e falou: e ai? O Tom é muito bem-dotado?

–Sarah, isso é pergunta que se faça?-disse, não acreditava que ela havia dito isso.

–Então, é ou não é?-perguntou insistente.

–E como- eu disse, entrando no embalo da Sarah- quando olhei pensei “Nossa, será que ele vai caber dentro de mim?”.

Rimos e terminamos de fazer a cesta de piquenique com frutas, sanduiches, iogurtes, agua, suco e (Só um) pacote de salgadinhos.

Eram três horas quando acabei de me arrumar, e desci para esperar o Georg.

Quando a Sarah me viu, assobiou e disse:

–Amiga, se o Georg não te pedir em namoro, ele deve ter algum problema.

Ri e me sentei ao lado dela no sofá, então ela retornou ao assunto Tom:

–Então, você vai escolher o Tom, já que quase dormiu com ele?-disse Sarah.

–Não sei Sarah, eu o amo, mas também amo o Bill, o Georg e o Gustav, mas eu vou escolher um, sei que vou.

–Ouvi dizer que o Tom não passa muito tempo namorando, e que traiu todas as suas ex-namoradas-disse Sarah.

–Onde você viu isso?-perguntei intrigada.

–Por ai, mas isso não importa, duvido que o Tom te ache especial Annie, eu gosto dele, ele parece ser divertido e tal, mas eu também ouvi coisas terríveis sobre ele.

–Quem te falou isso? A Ria?- perguntei irritada-Sarah, não acredito que você falou com ela, eu a odeio, você sabe isso.

–Eu sei, só queria verificar se ele é mesmo confiável- disse Sarah.

–Sei, falando com aquela mulher, que praticamente é a minha inimiga numero um- eu disse ainda irritada.

–Nossa tudo isso é ciúmes?-disse Sarah.

–Não Sarah, não é ciúmes, eu só não gosto dela, o fato de ela já ter dormido com o Tom são outros quinhentos-eu disse.

–Se você está dizendo... -disse Sarah.

Ouvi uma batida na porta, fui abrir e era o Georg, todo fofo em um jeans e uma camiseta branca.

–Oi princesa, vamos?- disse ele- oi Sarah.

–Bom, eu já vou indo, divirtam-se e juízo vocês dois- disse Sarah, que odiava segurar vela.

O Georg riu e disse:

–Sua amiga acha que temos 15 anos?

–Sinceramente, não sei o que ela pensa- eu disse ainda irritada com o que a Sarah disse.

Georg notou que eu estava meio irritada, disse:

–Esta tudo bem princesa?

–Tudo sim Georg- disse tentando me acalmar-Georg me responda uma coisa.

–Claro princesa, tudo o que você quiser- ele disse colocando nossas coisas no carro dele.

–Você acha a Sarah bonita?

Sim, eu havia perguntado isso.

–Porque, acha que vou querer passar a noite com ela?-disse o Georg debochado.

–Não é isso, só estou curiosa- eu disse.

–Esta bem, e quer saber, eu acho a Sarah bonita.

–Sério?- perguntei, não acreditando.

–Sim-disse o Georg.

–Mais bonita do que eu?-perguntei triste.

Ele olhou para mim e disse:

–Annie, você não é bonita, você é maravilhosa, a mulher mais bonita que Deus criou.

Quase chorei com o que ele disse.

Chegamos ao tal parque, Georg levou a minha cesta e a dele, escolhemos comer debaixo da sombra de uma arvore, e enquanto comíamos, conversávamos sobre a vida, o avanço da musica através dos tempos, a tecnologia, dos filmes que eram best-seller, da voz medonha de alguns artistas, da falta de estilo deles, do tempo, do cabelo das Aeromoças, das vacas, do leite das vacas, do futuro das vacas, das tetas das vacas, das vacas de duas pernas...

Quando o assunto morreu, percebi que já era quase noite, o sol estava se pondo.

–Nossa, ficamos tanto tempo conversando, que perdi a noção da hora.

Pequei minhas coisas e ia embora, o parque ficava menos de três quilômetros de casa.

–Tchau Georg, foi muito legal sair com você.

–Annie espera- ele falou.

–O que foi Georg?-perguntei.

–Quero te levar para casa, mas antes, quero te fazer uma proposta.

Ele se ajoelhou aos meus pés, pegou minha mão e disse:

–Annie, desde que eu te conheci, desde que eu me apaixonei por você, sinto minha vida completa, você é tudo pra mim, nem mesmo a minha ex-namorada me fazia tão feliz quanto você faz.

Ai ele soltou minha mão, pôs a mão no bolso, tirou de lá uma caixa de veludo e disse:

–Annie, você minha musa, minha diva, minha princesa, aceita ser minha namorada?

Georg abriu a caixa, e lá dentro tinha um anel de ouro com lindas esmeraldas.

Lá estava ele, de joelhos, me pedindo em namoro como se ele me pedisse em casamento.

Fiquei emocionada, chorei de alegria, nunca havia recebido um pedido tão lindo de namoro.

Eu queria dizer “Sim Georg, eu aceito ser sua namorada, e depois podemos nos casar, ter dois filhos, e morar em uma linda casa na Serra”.

“Epa Annie” disse uma parte de meu cérebro que ainda estava lucida: “e o Bill, o Tom e o Gustav? Acho que eles não vão ficar felizes se virem você namorando o Georg, e, além disso, eu sei que você iria querer sair com eles, mesmo namorando, porque você os ama, assim como ama o Georg, ou seja, você iria trai-lo”.

“Droga é verdade” pensei.

Criei coragem para começar a dizer:

–Georg, isso é lindo, só que eu...

–Já entendi Annie, não precisa se explicar- ele me cortou.

–Não?-eu disse.

–Não Annie, eu sei que você precisa de tempo pra se recuperar, afinal, eu sei que um pedido assim, lindo e maravilhoso, deve ter te deixado sem palavras.

Nossa, o Georg era suuuuuupermodesto.

–Poxa Georg, me empresta um pouco da sua autoestima?-brinquei.

Ele riu se levantou e disse:

–Promete que vai pensar com carinho nessa proposta?-disse o Georg me levando para casa.

–Sim Georg, eu prometo- eu disse.

Ele me levou para casa, e me deu um beijo de despedida que me deixou sem folego.

O beijo dele misturava o respeito do Bill, o desejo do Tom, a paixão de ambos, e seu beijo, além disso, era doce como mel.

Despedi-me dele, entrei em casa, guardei o anel dele com o colar do Bill e os braceletes do Tom, tomei banho, e resolvi fuçar na internet.

Falando com alguns amigos, uma mensagem piscava na telinha de bate-papo: Se eu aceitava Gustav Shiafer no meu grupo de chat.

Eu o aceitei, e começamos a conversar;

–Oi Gustav- eu disse.

–Oi gatinha- ele disse.

–Tudo bem?-eu disse.

–Tudo, mas me diga uma coisa: vai estar livre amanha?-ele perguntou.

–Sim, por quê?-perguntei.

–Quer sair para almoçar e tomar um sorvete comigo?-ele disse.

–Claro, por que não?-eu disse.

–Beleza gatinha, amanha onze horas, eu passo ai e te pego- ele disse.

–Beleza- eu disse.

Ficamos conversando ainda, ele me disse que a Laura Havia dado o meu MSN para ele, por isso me achou.

Resolvi ir dormir cedo, afinal, não queria esperar, mas nem um minuto sequer para me encontro com o Gustav.



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