Acordei, sentindo os raios de sol batendo em minha cara e olhei pro meu lado. Consegui observar meu busto nu, e uma figura conhecida mesmo do meu lado. Via Justin com os olhos fechados, abraçado á almofada respirando fundo constantemente.

Em menos de um minuto, todos nossos momentos passaram por minha cabeça, como um flash. Desde o momento em que ele me falou pela primeira vez, até ao nosso primeiro beijo. Do Angel de Angelinne ao primeiro eu te amo. Da primeira briga ás novas descobertas. De todos os movimentos até todos os beijos. De todas as vezes em que agente se tocou e eu senti aquele arrepio que só ele me dá. De ontem para hoje.

Sorri, percebendo esses meus pensamentos se afastarem com o remexer de Justin na cama. Ele sorriu e me abraçou, de seguida me dando um selinho.

– Bom dia. - Eu falei calmamente sorrindo.

– Te amo. - Ele falou sem hesitar.

Sorri logo. Afinal, o quanto é bom ouvir da pessoa que você ama eu te amo? Nunca me irei cansar.

– É bom acordar ouvindo isso. - Eu respondi sorridente.

– Logo tudo isso acabará. - Justin e seu hábito péssimista falou.

– Não irá acabar não. Apenas ... confie em mim. Consegue fazer isso? - Eu perguntei passando minha mão por sua bochecha.

– Claro. - Justin me deu um beijinho e se levantou da cama.

– Que horas são? - Eu perguntei. Eu ainda tinha na consciência que meus pais iriam chegar á hora do almoço. Nem devia ser perto disso, então eu teria tempo. Tempo de me preparar, nem só pro casamento mas pra meu plano.

– São 11 horas, porquê? - Justin me respondeu.

– Caralho! - Resmunguei. - Vai embora! Vai!

– O quê? Ah, percebi ... Quer se fazer de difícil aqui pro gostoso, né ...

Revirei meus olhos. Meus pais estavam a caminho e ele estava zuando comigo? Vai que eles chegam mais cedo? Meu plano morre e serei conhecida como a garota que traiu o noivo mesmo antes do casamento.

– Meus pais estão chegando! - Eu gritei. Sabe, pra entrar melhor já que ele é cabeça dura.

– Caralho! Puta que pariu Charlotte! Porra, porque não falou pra eu ir embora logo? - Justin disse aquela estranha frase que continha mais que dois palavrões contidos.

– Eu falei pra você ir! - Eu o repreendi levantando minha mão.

– Eu nem ouvi. - Justin se desculpou.

– Sim, você estava ocupado se achando de gostoso! - Eu gritei de volta rindo.

– Eu sou gostoso! - Justin gritou e de seguida se dirigiu a mim, agarrando minha cintura e distribuindo beijos por toda a minha face.

Ri como louca. Já falei que Justin e seus beijos fazem cócegas? Não? Falo agora, então.

– Se finja de selvagem amor. - Justin falou e eu ri escandalosamente. Logo, Justin me acompanhou.

– Charlotte? – Ouvi a voz de meus pais.

Fudeu!

– Ai! - Eu gritei baixinho. [ se foi baixinho não gritou, mas enfim.]

– E agora? - Justin falou calmo.

– Charlotte, abre a porta! - Meu pai mandou.

– Ahm ... já vou! Tou me .. ahm ..vestindo! - Eu falei indecisa do que iria dizer. - Saia pela janela!

Justin se pus na janela como eu mandei e me mandou um beijo. Tá vendo, como nos filmes? Isso.

Abri a porta e sorri pra meu pai.

– Porque você tá de pijama? Não estava se vestindo? - Ele perguntou desconfiado.

– Eu estava ... vestindo o pijama. - Eu falei tentando enrolar a conversa.

– Você dormiu nua? - Meu pai perguntou atónito.

– Papai, isso não é negócio seu. Sabe, coisa de garota. - Eu em desculpei.

– Charlotte, se você anda dormindo ... - interrompi ele antes de ele falar alguma besteira.

– Tá bom, tá bom. Eu vou me casar em horas. Será que poderia sair, pra eu relaxar? - Eu pedi ironicamente. Bom que ele não percebeu.

Papai nem respondeu. Apenas levantou uma sobrancelha [será que devo dizer monocelha?] e foi embora.

Suspirei aliviada e corri até á janela, que ainda tava aberta.

Justin - felizmente– já não estava ali.

(...)

– Como você está linda! - Minha mãe exlamou se emocionando.

Me olhei no espelho vendo algo que eu sempre quis. Eu em princesa. Eu em algo que todos gostariam. Eu sendo apenas ... eu. E dessa vez, estava bastando, ser eu ali. (http://data.whicdn.com/images/13431766/vestido-de-noiva-disney011_large.jpg) (http://3.bp.blogspot.com/-Ds1TRGWhLPQ/TuaEOCBPYhI/AAAAAAAAA9c/_A108pGXfzI/s1600/pent2.png) [esse ultimo da miley é o cabelo apenas gente.]

Sorri me olhando no espelho e olhei minha mãe.

– Estou tão feliz! - Minha mãe disse chorando. Abracei ela e sussurrei um " obrigada por tudo ".

Como estaria Justin e onde estaria? Estaria já na igreja, juntamente com Damon, ou ... não sei.

– Querida ... venha aqui. - Mamãe pediu e eu obedeci.

– Diga mamãe. - Eu falei sorrindo.

– Tome isso. - Minha mãe me entregou, sorrindo, a ultima coisa que eu esperava. Me entregou aquele objeto e eu fiquei perplexa. Que queria ela dizer com isso? Que sabia ela?

– Mamãe ... - Ela me interrompeu.

– Não negue. - Ela falou sorrindo. Estranho.– Você é mais parecida comigo do que com seu pai. Eu conheço tudo de você. Vá no banheiro e nem precisa me contar o que vai ver. Porque eu já sei.

Minha mãe disse se levantando. Ela beijou minha bochecha delicadamente e me abraçou dizendo em meu ouvido " Eu sinto orgulho. "

– Vou pra igreja. Seu pai a acaompanhará, até lá. - Ela falou e simplesmente desapareceu pelo corredor.

Suspirei fundo, e fiz o que ela mandou. Fui prever meu futuro por aquele objeto.

(...)

Já dentro da limusine, sentia meu coração pular a mim. Estava tudo acontecendo. Meu pai do meu lado sorrindo orgulhoso, e eu sabendo que eu minutos o iria decepcionar profudamente.

E pra não falar, no que eu acabei de descobrir. O que eu li naquele banheiro. Como contar uma notícia assim? Apenas irei descobrir na hora de contar.

Senti a limusine parar e logo estremeci. Meu pai me deu a mão e sorriu.

– Vai correr tudo bem querida. - Ele me aconchegou. Quase que as palavras "não como você pensa" sairam da minha boca, quase.

Saimos do - grande– carro e segurei na mão de meu pai. Segurei bem forte e o abracei, receando que fosse a ultima vez que faria isso.

Pus meu pé esquerdo dentro da igreja e senti a musica tocar e meu coração se arrepiar. Vi Justin e Damon lá no fundo e reparei Nicole do meu lado.

Todos estavam com expressões diferentes. Damon estava sorrindo malicioso como sempre, Justin estava balançando a cabeça negativamente querendo dizer, que isso não deveria estar acontecendo e Nicole estava sorrindo malicosa e triunfante.

(https://lh6.googleusercontent.com/-maqe-_tBFMk/TYeSW2LP9KI/AAAAAAAABEk/dp8cNPI-7r0/vestido_noiva_2011.jpg)

Aí, concluí meus pensamentos de como Nicole era mesmo uma vadia.

Meu coração palpitava desesperadamente, e parecia que eu nunca mais chegava no cimo daquela enorme igreja. Me sentia um rato no meio do povo. Todos me olhando demais.

Cheguei lá em cima e meu pai beijou o topo da minha cabeça e foi se sentar perto de minha mãe, que estava chorando e sorrindo ao mesmo tempo.

Mandei um beijo discretamente a Justin e ele sorriu, colocando a mão no peito.

– Irmãos! Aqui nos unimos hoje, para unir, nossos irmãos, Justin Bieber e Nicole Scherzinger, e Charlotte Hudson e Damon Salvatore.

– Pode começar a para por aí. - Justin falou se levantando. Oh não! Não estrague meu plano Justin...

– Justin! - Jeremy, seu pai, o repreendeu.

– Não. - Justin apontou pro pai. - Oiça, ou me une com a Charlotte ou não me une com mais ninguém. Essa coisa da união do casal e blá blá, tem de ser verdadeira, né?

Meu queixo caiu, as orelhas de Nicole expeliam fumo, a boca de Damon libertava risos sem parar, nossos pais nos fulminavam com os olhos, o padre nos olhava atónito e o povo cochichava pro vizinho do lado.

– Irmão, se sente pra continuarmos com a união - Justin interrompeu o padre.

– Não vai fazer união porra nenhuma vovô. - Justin reclamou e eu me levantei de imediato tapando a boca dele.

Ele disse aquilo mesmo?

– Justin, pare com isso. - Eu sussurrei.

– Charlotte! - Justin sorriu. - Eu amo você! Não amo essa Nicole Prostituta que meu pai arranjou! Meu coração está com você! Se é pra unir , como o vovô está falando, ele me una com você! - Justin falou alto o suficiente pra todo o povo escutar.

Justin me parecia bêbedo, algo que me custava acreditar. Justin teria juízo suficiente, pra não fazer isso. Certo?

– Justin! Pare com a brincadeira! - Jeremy ordenou irritado.

– Jeremy. Nos abandonou, nunca foi meu pai, e agora, que está havendo o aquecimento global você quer ser meu pai e me obrigar a casar com uma vadia? Não, obrigado. - Justin respondeu no mei da igreja sem vergonha alguma.

– Eu não admito sua falta de educação! Seu moleque ... - Eu o interrompi.

– Ei! Não chama nada a ele! - Eu gritei defendendo meu namorado.

– Charlotte! Não se meta nisso! - Meu pai se interveu na conversa me repreendendo.

– Me meto sim! - Eu enfrenteu meu pai. - Me meto uma, duas ou três vezes até!

– Vai Charlotte! Tenha força! - Damon apelou do cimo.

Louco.

– Eu amo, esse garoto. - Apontei pra Justin. - Não aquele aos pulos torcendo por mim ali em cima!

– Esse ae é um moleque - eu o interrompi.

– Um moleque que eu amo! – Eu gritei.

Não queria saber se todo o mundo estva ouvindo isso. Na verdade, desde o princípio dessa discussão que ninguém falava nada. Apenas se ouviam os cochichos de alguns curiosos.

– Charlotte ... - Justin ia falar algo mas eu o interrompi.

– Cala-te. Apenas me beija. - Eu sorri e corri abraçando ele o beijando como se não houvesse amanhã.

– E vos declaro marido e mulher! - O padre, que neste momento deveria tar irritado como tudo com agente, nos uniu como marido e mulher, assim do nada.

Todos riram, juntamente com Justin e eu.

Justin pegou as alianças de uma garota e fugiu, me levando ao colo.

Sentia a brisa dos nossos movimentos me bater na cara e estava sorrindo. Não eu. Mas sim a brisa. Sentia a sua felicidade por eu estar feliz.

Meu plano nem se realizou, mas tudo correu como eu queria. Afinal, nem me casei com Damon, assim como Justin não casou com Nicole.

Justin entrou no carro e me colocou no seu colo, guiando que nem um louco, e me levou para o mar. Para a praia, onde agente deu nosso primeiro beijo.

– Me dá seu dedo. - Justin pediu sorrindo.

– Porque você quer meu dedo? - Eu perguntei não percebendo.

– Charlotte, me dá a merda do dedo! - Justin falou e eu logo dei meu dedo pra ele.

Ele pegou ele e colocou a aliança no dedo. Consegui enxergar aquele anel de prata com Justin ♥ Charlotte lá escrito. Sorri instantaneamente.

Justin me entregou seu dedo e eu coloquei a aliança lá.

– Agente se tá casando na praia. E pior, sem padre. - Eu reparei, rindo.

– Isso importa? Ele já falou que agente á marido e mulher! - Justin falou e me pegou ao colo girando e me beijando.

Me sentia como que em um conto de fadas. Então foi aí que eu percebi.

Minha vida realmente era um conto de fadas. Um daqueles que merecia um filme para as crianças assistirem. Um filme, em que eu seria a princesa desafortunada. Que perdeu tudo e todos, que passou pelos maiores desgostos e desamores e que no fim acaba feliz e beijando o seu princípe.

Me sentia como a Branca de Neve quando achou o principe beijando ela. Ou quando a Bela Adormecida se encontra com o principe Felipe na floresta pela primeira vez. Ou até quando a Bela, de Bela e a Fera, descobre que o amor que sente pela fera o transforma no principe mais lindo de todos. Me sinto, como a Cinderella calçando seu sapatinho de cristal. Ou a Ariel, quando se tornou humana, podendo assim viver feliz para sempre com o Eric, seu princípe.

Me sentia completa. E para tudo estar perfeito, faltava um ponto. Um ponto na nossa história.

O fim do final feliz. Faltava completar o que eu comecei por saber hoje.

– Eu te amo. - Eu falei pra Justin sorrindo.

– EU TE AMO CHARLOTTE!– Justin berrou no meio da praia.

– E eu ... bom... como falar isso? - Eu, sem saber como revelar algo tão importante me perdi, com as palavras.

– Grite, será mais fácil. O vento irá levar consigo.

– Então, você que escolheu... EU TOU GRÁVIDA!– Eu gritei e olhei Justin que me olhava meio que sorrindo, meio que ... ahm ... alucinado? - Que tal?

– Repete de novo? - Justin pediu sorrindo e desta vez vi que ele tava bem feliz.

– Eu tou grávida. - Eu falei segura e feliz.

– É meu?

– Meu e seu.

E esse foi o fim de meu conto de fadas. Falta apenas viver o para sempre. Bom essa parte, acabou de começar.