Surrender. escrita por Ann Vincent, NattieCherrie


Capítulo 2
Capítulo um.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, é a Nattie.
Então, eu não trabalho sobre pressão mas a Anna me fez escrever isso e nem sei como ficou... Kkkkkk
A propósito, não nos odeim! Nós amamos o Mikes e nossa intenção JAMAIS seria "sujar" a imagem dele. A fic surgiu do acaso e pensamos que seria legal que ele fosse o principal.
Enfim, falei demais - como sempre.
Boa leitura - ou não. :)



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Era sexta-feira de manhã e eu estava com frio. Caminhava pelas ruas por necessidade, pois minha vontade era passar o dia em casa com Alicia, mas com as gravações do novo álbum isso seria quase impossível.Deveria passar das oito horas da manhã, eu procurava uma cafeteria antes de ir para o estúdio. Por sorte havia uma a poucas quadras dali, logo eu estaria quentinho com meu café.

Cheguei ao local e entrei.Me sentei em um dos bancos no balcão e pedi o mesmo de sempre.Enquanto meu pedido era anotado, decidi observar o ambiente.

Estava relativamente vazio para essa hora do dia, mas algumas pessoas ocupavam o lugar.

"Eu sabia que me deixar levar não era bom, nunca terminava bem... Mas eu não podia evitar."

Quando me dei conta, observava um homem sentado em frente a janela.Ele aparentava ter mais de trinta e cinco anos e pela expressão em seu rosto, provavelmente sua vida não lhe agradava.

Ele parecia cansado, possuia olheiras profundas e sua barba estava mal feita.Sinal de alguém que não se preocupava muito com a aparência.Provavelmente sofria de insônia, pois a sua frente estava uma xícara enorme e completa por café.Observei seu dedo anular esquerdo, ele não era casado.

A mulher que trabalhava no lugar colocou meu café no balcão e perguntou se eu queria alguma outra coisa, mas eu mal a escutei. Peguei meu copo e fui me sentar próximo ao homem, precisava de mais detalhes.

Sentei na mesa a frente da que ele estava, para ter uma visão melhor.

Agora eu observava suas mãos com melhor precisão, vendo que ele também não tinha marcas de alianças nos dedos. Melhor, não deveria ter família e nem namorada.

Enquanto eu procurava por mais coisas que me ajudassem a conhece-lo, vi ele mecher nos bolsos do casaco e retirar um frasquinho branco. Remédios.

A cor dos compridos que sairam do pequeno recipiente me eram familiar, se eu não estivesse enganado eram anti-depressivos.

Ele colocou alguns na mão e os bebeu com café.

"Perfeito. Ele seria o meu próximo."

Senti meus olhos se iluminarem e meus lábios expressarem aquele meu sorriso torto de sempre. Sorri para o homem, que ao ver que eu o olhava, me olhou e deu um leve sorriso em resposta.


***


Ele tentava a todo custo escapar, em vão.Eu não falhava, nunca havia falhado - talvez tenha executado o serviço mal em algumas situações e isso só aconteceu no começo, mas falhar não me era aceitável.

O homem, Joel - que agora eu sabia o nome -, corria exatamente para o lugar que eu planejara. Balancei a cabeça em negação enquanto andava apressado atrás dele. Joel estava ferido, não aguentaria correr por muito tempo, então não me preocupei em correr para alcançá-lo.

Quando ele entrou na rua que eu previa, entrei também, parando atrás dele.
– Fim da linha meu caro - eu disse quando ele se virou para mim desesperado, ao se dar de frente com um grande muro.

Estava em um beco sem saída. Tolo.

Ele me olhou, provavelmente se rendendo a dor e caiu de joelhos a minha frente.Joel estava ferido no abdomem, uma pequena perfuração que fiz quando o abordei. Nada demais.

Agora eu estava no meu lugar de sempre e Joel ainda agonizava a minha frente.Por um momento senti pena dele e quase desisti de matá-lo.Então como prova do meu pesar, decidi que não o faria sofrer sem necessidade, seria menos teatral desta vez. Sendo assim com o intuito de ajudar, lhe fiz mais alguns pequenos cortes - em locais propositais - enquanto ele esteve desmaiado. Pequenas perfurações, nada exagerado.

Algum tempo depois ele despertou e eu continuei a observar, sem reação.

– Olá meu caro Joel - disse sério -, lamento muito tudo terminar assim para você, mas digamos que não tenho muitas opções.

O homem levantou a cabeça para me olhar. Então começei a andar a sua frente, não gostava que as vítimas olhassem para mim.

– Digamos que eu realmente não queria matar você, uma prova disso são seus ferimentos... - apontei para seu corpo - Logo perderá a consciência por estar perdendo tanto sangue, o que lhe poupará muito de possíveis dores.

Parei de andar e o encarei.

– Se bem que você não tem sido uma boa pessoa, certo Joel? Vi sua ficha criminal... E me parece que gosta de criancinhas - senti meu sangue ferver e tive vontade de quebrar todos os seus ossos.

Me ajoelhei a sua frente, agora sentindo raiva.

– Me responda Joel.

O homem me olhava assustado, mas nada disse.

– Ok. Eu disse que não prolongaria isso - me levantei e olhei para o relógio - e logo tenho de estar com minha bela esposa.

Me levantei e parei diante da mesa, escolhendo o que usar.

– Vejamos...

Estava com pressa, então peguei a primeira coisa que vi.

Me ajoelhei novamente a sua frente.

– Você foi um homem mal Joel e acredite, quando eu o escolhi não sabia de nada sobre sua vida. Mas agora percebo que farei um enorme bem a sociedade "dando um fim" - fiz as aspas com os dedos - a você. - Você foi mal Joel, machucou muitas crianças... Então em uma próxima vida, repense seus atos, pois nesta, suas chances acabaram.

E com uma habilidade adquirida, dei um pequeno corte *em sua garganta. Vendo o sangue escorrer e sujar minhas luvas.

– Droga, odeio a sujeira.

Me levantei e fui iniciar meu maior trabalho. Porque matar era fácil, o difícil era mentir para todos sem deixar o monstro que vivia em mim dominar meu eu.


***


Voltei para casa algumas horas depois, era trabalhoso terminar aquilo. Essa sempre era a parte mais chata, desovar o corpo.

Destranquei a porta e entrei.

– Alie? - chamei quando ela não veio me receber.

– Estou aqui.

Ouvi ela responder provavelmente da sala. Segui até o cômodo e a encontrei sentada no sofá, com seu notebook no colo. Alicia sorriu ao me ver.

– Você demorou... - disse quando eu sentei ao seu lado e a abraçei, beijando o alto de sua cabeça - Onde estava?

– Desculpe, precisava resolver algumas coisas antes de voltar - respondi sorrindo.

"Algumas coisas... Tipo, matar um pedófilo e sumir com seu corpo! Só isso."

– Tudo bem... Sei que você tem suas coisas pessoais para resolver - ela me respondeu sincera e eu amava esse seu jeito, sempre compreensiva.

– Obrigado - eu disse, abraçando-a.

– Eu fiz o nosso jantar, vamos comer? - me perguntou de repente.

– Ahhh, claro!

E ela se levantou, me puxando para a cozinha.

Eu odiava ter de esconder isso dela, mas digamos que ninguém se sentiria bem ao descobrir que seu namorado era um assassino.

Essa parte sempre era a mais perturbadora, ela confiava em mim e eu não era totalmente sincero com ela.

Alie me olhava enquanto eu comia, sentada de frente para mim na mesa.

– Eu te amo Mikes - ela interrompeu meus pensamentos e eu senti algo semelhante a uma facada em meu peito.

– Eu... - hesitei, olhando seus lindos olhos castanhos - Eu também te amo Alicia.

Me senti mal naquele momento - não por Joel ou por qualquer outro -, por permitir que ela me amasse, sem saber o que eu realmente era.


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Notas finais do capítulo

Pois é, só acho que a Anna deveria falar também... Mas como o cap "é meu", guardem as pedras - facas, tochas, estiletes e afins - para ela, ok?
kkkkkkkkkkkkk
E queremos reviews, ou paramos com a fic e vamos fazer outras coisas - tipo matar pessoas mentalmente.
Beijos e brócolis a vocês - porque brócolis é vida. U.U