Mikey On.

Joguei-me exausto sobre o sofá, logo Gerard chegaria. Alicia estava na cozinha e o cheiro que vinha de lá era bem agradável. Meu estômago reagiu ao cheiro bom e eu acabei rindo. Estava com fome - pois já passara da hora do almoço - e minha fome poderia ser justificada por vários motivos - além do fato óbvio e idiota, que já havia passado da hora de comer.

Passamos toda a manhã em estúdio e isso era exaustante - porque essa era nossa rotina a mais de um mês -, mas no fim o resultado era gratificante. Além do sentimento de realização e trabalho feito, era ótimo ver a reação dos fãs enquanto cantavam nossas músicas. Aquelas que escrevemos, passamos dias e mais dias - cheios de fome -, só para termina-las. A banda ainda estava no começo, tinhamos um álbum de estúdio gravado e no momento finalizavamos o próximo. Isso tudo era estranho, pois todos gostam de compor e tocar, mas nada que fosse de fato profissional.

Entretanto as pessoas pareciam gostar da banda, uma prova disso era nossa nova gravadora que estava muito empolgada com nossos resultados. Estavamos satisfeitos com as novas faixas e a cada novo show, nosso público só aumentava. Se dermos tempo ao tempo, logo tudo daria certo.

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Alicia e eu decidimos morar juntos a cinco meses, depois de um tempo namorando. Mas mesmo estando tão próximos nos permitia ter segredos. Mentiria se dissesse que não tenho os meus, assim como sei que ela e meu irmão tem os seus. Porém sabia que em relação aos mes, nem Alicia nem Gerard desconfiam. Às vezes penso em mudar, mas agora isso se tornou um vício - o meu vício - e acredito nos motivos que tenho para tentar justificar meus atos. Motivos dos quais ninguém jamais irá saber.

Acreditando também que ninguém seja perfeito - e que niguém imaginaria algo assim -, essa era a minha vida. Minha essência, meu interior, meu outro eu.