As garotas rodopiavam no salão com seus pares. Longos vestidos negros dos mais diferentes modelos desfilavam pelo salão. Mascaras tenebrosas pendiam em seus rostos e escondiam suas identidades.
Passei as mãos no fino tecido do meu vestido e comecei a caminhar entre os alunos.
Parei no meio do salão e observei as pessoas, até meu olhar recair em um garoto. Não estava muito diferente dos outros. Mas algo nele me chamou atenção, seus olhos...
Tão azuis quanto o mar, tão frios quanto o inverno.
Olhei mais profundamente em seus olhos, tentando desvenda-los e descobrir quem estava por trás daquela obscura mascara.
Seu olhar encontrou o meu, um sorriso marcante desenhou sua boca.
Ele pegou uma bebida e veio até mim.-  Olá, posso dançar com a senhorita?
Pisquei algumas vezes, não disse uma palavra e estendi minha mão até a sua. O seu toque era quente e macio.
Pousou sutilmente sua mão na minha cintura, segurei firme em seu ombro. Nossos olhos fitavam-se intensamente.
Nossos pés locomoviam-se no lento ritmo da música. Ele soltou minha mão e segurou com as duas na minha cintura, suspendendo-me no ar em um rodopio. Quando os meus pés encontraram o solo novamente, surpreendi-me com suas mãos que continuaram na minha cintura, a segurando firmemente.
Uma delas deslizou pelas minhas nuas costas a parando no meu pescoço.
Sua negra mascara parecia devorar-me. Seus olhos ficaram mais sensuais. Meu olhar fixou-se em sua tentadora boca. Minha boca entre abriu-se.
Aproximei nossas bocas até uni-las em uma. Seus lábios macios foram pressionados contra  os meus, abri a boca sentindo sua língua tomar-me em urgência. Elas lutavam entre si, vasculhei cada centímetro de sua boca. Minhas mãos foram parar em seus cabelos, os puxando possessivamente.
Ele mordeu o meu lábio inferior e separou-se de mim.
Seus olhos mais tempestuosos olharam-me com desejo. Ele agarrou minha mão e saímos correndo entre os alunos que continuavam a dançar e a beber.

Entramos em uma sala qualqur e ele me empurrou contra a parede, agarrei sua cintura. Enlacei minhas pernas na sua cintura.
Ele beijou-me com fervor, seus movimentos mais intensos e quentes do que antes fizeram-me sair de orbita.
Suas mãos deslizaram pela minha cintura a agarrando e puxando-me contra si. Seu corpo era musculoso estava colado no meu exitando-me.
Levei minhas mãos até a sua mascara e puxei o fio que a prendia em seu rosto, ela se foi. Suas mãos  foram até a minha e a retirou. Abri os olhos e entrei em desespero, mordi a sua língua até sentir o quente sangue escorrer, ele desgrudou-se de mim.

-Você está lou...- sua frase morreu, ele entrou em choque.- Weasley!
- Malfoy! Oh meu Merlim, o que fiz!- gritei em horror. Ele ficou estático, mas  depois de um tempo recuperou sua pose autoritária e veio para cima de mim.
- Não diga a ninguém o que aconteceu aqui!- ele exigiu.
Tomei uma pose fria e garanti.- Isso nunca sairá dessa sala.