Num castelo onde apenas habitam “demónios das trevas”, uma entidade desconhecida fazia vários planos contra a humanidade. Este habitava num castelo onde não existia vida, apenas morte! Todos os seres criados não tinham nenhum pingo de alma, nem coração. Os corredores daquele castelo eram decoradas apenas com tochas numa fila arrepiante, musgo na parede, morcegos que assombram durante a noite e dormiam ao nascer do sol e claro as armadilhas! Se alguém quizesse revoltar-se e decidir atacar o “Desconhecido” tinham que enfrentar as armadilhas e nunca ninguém conseguiu ultrapassá-las todas!

Pelos corredores ouvia-se várias gargalhadas sombrias vindas de uma sala daquele enorme castelo. A sala continha várias secretárias cheias de papéis com cálculos, desenhos e fórmulas, frascos cheios de líquidos de metamorfose, mas tudo isto perigoso...

- AHAHAHAHAHAH! Está quase! Está quase! – gritava o “Desconhecido”, como começou a ser chamado pois ninguém conseguia descobrir algo sobre ele – Finalmente, depois de tanto tempo irei...

- Se...Senhor... – dizia o seu escravo, aquele que executava as ordens, como preparar alguma experiência ou algum ataque ou até mesmo limpar aquele castelo todo! Era baixo, tinha roupas rotas e não se conseguia ver a cara pois tinha uma toca a tapar-lhe a cabeça – Está tudo pronto, meu senhor! Só precisamos do último ingrediente, meu senhor!

- E como de costume vou ser eu a tratar das coisas. NÃO interessa! Estamos quase, só precisamos te ter paciência...AHAHAH!!!!!

No outro dia, o sol já se tinha levantado e na casa de Raf eles supostamente já deveriam estar levantados! O avô dela mantinha um horário muito rigoroso, desde o treino de armas, estudo de plantas de cidades para saber as saídas mais próximas como as ruas no caso de terem de despistar alguém, o estudo das várias criaturas criadas... Mas nesse dia, o avô deixou Raf a dormir pois ele sabia que ela andava muito cansada! Ela não parava um segundo, ela tinha sempre algum monstro para matar ou então salvar pessoas que foram raptadas....

Havia, porém, outro motivo por Raf estar tão cansada.. Aquelas malditas visões! Desde muito pequena que Raf previa o que iria acontecer, ela a princípio não dava muita importância até ao momento de ver pessoas a serem mortas... Ela acabou por falar desta situação ao avô e ele ajudou-a! Conseguiram a partir daí salvar muitas cidades, pessoas, crianças... Com o passar do tempo, ela começou a controlar, mas quando precisava de saber o que acontecia sobre algo ou alguém ela procurava nas suas visões...

Ele ainda não tinha descoberto porque razão é que ela tinha essas visões, mas ele desconfiava que essas visões estivessem de alguma maneira ligada à morte dos pais dela e também ao Desconhecido. Raf já se habituara, mas não escondia o desejo de poder saber mais sobre este "poder".

Raf estava deitada na sua cama, a contorcer-se pois nesse preciso momento ela estava a ter uma visão.

{Visão on

Estava tudo escuro, uma rapariga de cabelos castanhos e pele morena, com os seus dez anos estava perante os seus pais mortos. Um rapaz mais velho estava um pouco atrás a abraçá-la por trás!

- E agora Bryan? - perguntava a rapariga.

- Agora... - começou ele com uma voz baixa para um voz mais alta - Agora temos que aprender a sobreviver e vamos ter que lutar contra este mal! - respondeu ele - Tens de estar preparada Urie!

- Sim, mano!

Tudo preto.....

Numa cidade abandonada, os prédios estavam todos destruídos, as árvores estavam mortas, apenas um grande carvalho estava em pé, mas estava quase destruída também! Aquela rapariga, Urie, voltou a aparecer só que mais velha! Parecia estar a lutar  com.... um VAMPIRO! Mas porque razão lutava com aquele vampiro tão raivosa? E onde estava o rapaz? Eles lutavam até à morte e num momento ela esta de pé como no outro já estava deitada no chão e...

Urrrriiiieeeeeeeee}

-...eeeeee - gritou Raf.

'Que foi isto? Eu..eu...eu vi o passada desta rapariga! Urie...'

Raf acordou sobressaltada, nunca tinha tido visões sobre o passado de alguém, apenas conseguia ver o futuro! Ela sabia que estava a ver o passado pois ela conseguia identificar por ela própria...

Ao início começou por ter grandes dores de cabeça mas com o passar dos anos e com a prática acabou por deixar de ter! Ela via o futuro, mas... o passado? 'Como é possível' pensava Raf. 'Tenho que falar deste assunto ao avô ele poderá ajudar! Por falar nisso que horas s... Oh meu deus' Ela olhou para o lado e viu que já era bastante tarde! Ela deixou-se dormir! Vestiu-se rapidamente e desceu as escadas e foi ter com o avô à cozinha pois cheirava-lhe a comer e isso só queria dizer que ele estava a preparar algo!

- Avô? - perguntou ela um pouco hesitante e um pouco assustada, pois ela tinha medo de levar alguma reprimenda.

- Ah... Raf! Finalmente que acordas-te! Toma o teu pequeno-almoço - disse ele, muito descontraído. O que a deixou desconfiada. Raf ficou a olhar para ele! - O que foi?

- Eu, supostamente, já deveria estar acordada! E tu, em vez de te repreenderes-me estás a fazer-me o pequeno-almoço! Tens a certeza que estás bem, não tens febre ou és algum metamorfo? - perguntou ela, um pouco confusa com a atitude do seu avô.

- Raf, eu não estou chateado porque sei que precisavas de descansar! Aliás, como é que tu querias lutar com demónios cansada? - respondeu ele muito calmamente e com certeza nas suas palavras.

- Ah! Então é esse o motivo! Eu já pensava que te tinhas transformado! Mas aí tinhas de me deixar tomar o pequeno-almoço primeiro, pois estou esfomeada! - ao dizer isso os dois começaram a rir-se.

- Então dormiste bem?

-....

- O que foi, Raf? - perguntou ele, agora preocupado.

- Bem... - começou ela - tive uma visão!

- Mas porque estás preocupada? Tu até estás habituada a lidar com isso! - Disse o avô.

- Desta vez, aconteceu algo diferente! - ao ver o avô calado,  continuou - Eu, não tive uma visão do futuro... mas sim do passado!

- O QUE? Mas como é possível?

- Eu não sei! Eu simplesmente vi um momento da infância de uma rapariga, Urie, acho que se chama assim! E de repente vi o futuro dela! - explicou ela, para que o avô a conseguisse compreender.

- Estou a ver! Bem, mas o que vais fazer sabendo o futuro dela?

- Eu tenho que a ajudar! Ela vai estar a lutar com o monstro que matou os seus pais... e... eu vi que ela acabaria por morrer! Eu não posso deixar isso acontecer... - respondeu ela.

- Porque?

- Porque, de alguma maneira sinto que apesar de não nos conhecermos, nós vamos ser grandes amigas e...  eu simplesmente não podia deixar aquilo acontecer!

- Compreendo, mas sabes onde essa rapariga vai estar? Viste na tua visão algo que descreva o lugar?

- Sim.. eu de facto vi! Ela estava numa cidade qualquer, mas eu não reconheço...

- Diz-me! Eu posso saber - disse o avô tentando ajudá-la.

- Bem... eu vi os prédios, casas, tudo o que nela habita estava destruído! Apenas um grande carvalho estava em pé, mas em más condições! Parecia uma cidade...

- Fantasma - completou o avô.

- Exacto!

- Já sei onde ela está! Lembras-te de eu ter-te contado sobre uma cidade em que as trevas dominaram o sítio todo! Penso que  isso aconteceu logo no início quando o Desconhecido começou a governar e ainda não havia caçadores! Até deram o nome de cidade fantasma! - contou ele à sua neta.

- Então.. nós estamos à espera do que?

Eles foram até à sede e enquanto o avô estava à procura do caminho para a cidade fantasma, Raf estava a equipar-se com o material que ela precisava. Quando ela ficou pronta, foi ter com o avô que estava a traçar o caminho num mapa com uma caneta vermelha.

- Bem este é o caminho - disse ele entregando-lhe o mapa - espero que consigas chegar a tempo!

- Eu vou conseguir!

Raf pegou nas chaves da moto, e meteu-se a caminho. Ainda andou alguns quilómetros mas acabou por lá chegar. ' Oh não! Já é noite, espero não ter chegado tarde demais' pensou Raf.

Ela pôs-se a correr pelo meio da floresta até chegar à entrada da cidade, onde viu Urie a lutar com as suas armas contra um vampiro!

Mas como previsto, ela distraiu-se e caiu! No exacto momento em que o vampiro ia acabar com ela..

- Nãooo - gritou Raf, mandando uma das suas sais contra a criatura que foi contra um dos prédios que estavam à entrada, derrubando-o.

De repente, apareceram mais duas raparigas. Uma tinha cabelo rosa com uma camisola púrpura e botas rosas, com caveiras cinzentas, outra rapariga tinha o cabelo azul curto!

- Urie - gritaram elas ao correrem até ela. Raf não prestou atenção, estava demasiado acupada a defender a Urie. Raf meteu-se à sua frente, ela tirou um fio de arame farpado e começou a correr até ao vampiro, o qual já estava em pé e também corria até ela pronto a atacar! Mas nesse exacto momento, raf salta por cima dele, mete o fio no pescoço dele e arranca-lhe a cabeça! O vampiro caiu no chão morto!

Raf foi ter com as três raparigas que olhavam espantadas para ela.

- Estás bem? - perguntou Raf a Urie, com uma voz amigável.

- Sim, obrigada - disse esta ao pôr se em pé - Obrigada por me salvares e por matares esse horrível vampiro que...

- Que matou os teus pais - disse Raf, o que fez com que Urie e as amigas ficassem em choque.

- Como sabias? - perguntou a de cabelo rosa.

- Explico quando chegar a casa! Venham! - disse Raf fazendo sinal para que a acompanhassem.

- Quem és tu ? - perguntou Urie. Raf apenas virou a cabeça e sorriu...