A Irmandade Da Adaga De Bronze Celestial escrita por tigrebranco


Capítulo 10
Clínica


Notas iniciais do capítulo

ho ho, é agora. nos vemos lá embaixo!



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POV Annabeth

BIP, BIP. BIP, BIP.

Virei para o lado e cobri os ouvidos. Porcaria de despertador, me dá mais cinco minutos.

Mas ele  não parou de tocar. Reparei que a luz estava acesa. E que aquela cama não era minha. Prestei atenção no som. Parecia um daqueles instrumentos que marcam a frequência cardíaca, daquele tipo que tem nos hospitais.

Sinto meu corpo dolorido. Muito dolorido. As lembranças daquela luta me invadem. Droga, aqueles redutores são verdadeiros demônios.

Abro os olhos, piscando por causa da luz. Vejo que estou num quarto de hospital. De repente, a porta se abre. Uma enfermeira.

- Vejo que está acordada... Quer um pouco d´água?

Sem poder falar direito, assinto levemente.

- Aqui. - Ela me diz, inclinando o copo para que eu pudesse beber - Muito bem. Sabe, dentre os que chegaram aqui,  você foi a primeira a acordar.

- Meus amigos... Eles estão aqui? Estão bem? - Pergunto, fraca

- Sim, estão aqui e estão bem. Mas... Vocês estão demorando muito para se recuperar. O Dr. Havers está preocupado.

- Hã...? Quem?

A enfermeira ia responder, mas uma batida na porta a interrompe. Ela olha para mim.

- O Dr. quer falar com você. Tudo bem?

- Sim...

Ela abre a porta. Um homem, com um prontuário médico nas mãos, entra no quarto.

- Thaís? Você poderia nos dar licença? Eu gostaria de falar com nossa  paciente.

- Claro, Dr. - Diz, se retirando

O médico se aproxima e se senta em uma cadeira. Antes que ele possa falar algo, eu pergunto:

- Como estão meus amigos?

- Eles estão bem. Só que ainda estão desacordados. E não parecem estar se recuperando bem dos  ferimentos.

-  Eu... minha mochila! Ela está aqui?

Sim, por quê? - Ele pergunta, me entregando a mochila.

Eu a pego e reviro as minhas coisas . Segundos depois, tiro um saco plástico com alguma coisa dentro.

- O  que...? - Ele começa, mas eu o interrompo

- Não pergunte. Preciso dar isso aos meus amigos. E isso também.- Digo,  pegando o cantil.- Só assim iremos nos recuperar.

tento me sentar na cama. O mundo parece girar. O médico me impede e diz que eu preciso descansar.

- Não posso! Eles precisam disso.Não posso denscansar ago... - Um súbito  pensamento me interrompe - Onde eu estou? Isso não é um... Um hospital feito pelos mortais. Eu posso sentir. Os redutores... Eles podem nos pegar aqui?

O médico arregalou os olhos, como se não acreditasse que eu soubesse a respeito dos redutores. Ele abre a boca para formular a pergunta, mas ela vem de uma pessoa parada perto da porta.

- Como você sabe sobre eles?

Encaro o ser que fez aquela pergunta. E tomo um susto.

Era um homem. Enorme.  Aparentava ter uns trinta anos de idade. Estava todo vestido com couro negro. Uma de suas mãos estava coberta por uma luva. Ele tinha cabelos muito escuros, um cavanhaque, e tatuagens nas têmporas, formadas por simbolos. Assustador.  Mas o mais perturbador eram seus olhos. Brancos com bordas azul marinho. E com um olhar inteligente que eu achava que só Athena ou um de seus filhos poderia ter.

- E então, vai responder a pergunta?

Limitei-me a encarar seus olhos. Instintivamente, eu soube que ele não era humano. Então, escuto a voz de minha mãe em minha mente.

Sim, filha. Ele não é humano. Mas também é filho de uma imortal. Fale com ele. Dê um jeito de ajudar seus amigos. Deixe-me orgulhosa, minha filha.

Suas palavras deixam minha mente em um turbilhão. Analisei-o. Aquele cara me lembrava muito de meus meios-irmãos. Tinha o olhar de um gênio. O olhar de alguém que já tinha visto muitas coisas. De alguém que fala muitas línguas. De alguém que vivera mais tempo do que aparentava. E esse pensamento me deu uma ideia.

- A Diva nos contou. Quem é você?- pergunto, em grego antigo

- Sou Vishous, e quem é você? - Ele responde na mesma língua

- Sou Annabeth. Agora, onde estou e onde estão meus amigos? Preciso ajudá-los.

Ele me analisou. Pelo seu olhar, pude dizer que se estivesse na mesma situação que eu, faria a mesma coisa.

- Venha. - Ele diz, voltando a falar normalmente - Vou levá-la até eles.

O médico parecia querer impedir, mas reconsiderou e disse:

- Essa coisa que você precisa dar aos seus amigos, ajudaria você mesma a se recuperar? - Eu  assinto e ele continua- Então pelo menos tome um pouco, você parece que vai desmaiar a qualquer momento.

Eu ia protestar, mas sabia que era inútil. Suspirando, abro  o saco e como um quadradinho de ambrósia. Pego o cantil de néctar e tomo um gole minúsculo.

Imediatamente me senti melhor. Pude até sentir meus machucados se curando. os dois homens pareciam surpresos.

- Pronto. Agora eu posso ir? Eles precisam disso mais  do que eu.

Vishous se aproximou de mim e me ajudou a levantar. Mancando, saí do quarto com ele ao meu lado, deixando um médico boquiaberto para trás. Vishous me levou até um quarto do outro lado do corredor. Abri e vi Thalia ali dentro.

- Thalia! - Gritei, me soltando e correndo até ela.

Ela estava com ferimentos sérios.A maioria parecia ser de furos de bala.  Com as mãos trêmulas, dou um pouco de néctar a ela. Suas pálpebras tremem e se abrem.

- Annie...

- Shhh, descanse. Não fale. Quer ambrósia?

ela assente. Pego a ambrósia e dou alguns quadradinhos a ela.

- Vou cuidar dos outros agora. Daqui a pouco eu volto.- Digo, e ela fecha os olhos, assentindo novamente.

Guiada por Vishous, vou indo de quarto em quarto.  Vou no de Clarisse, no do Nico, no de Grover... Até que paro em frente ao quarto seguinte. Entro, sabendo que é o quarto de Percy.

A primeira coisa que reparo é que o quarto dele é diferente dos outros.  Não tem uma bolsinha de soro o sangue  sendo dado a ele. Então, me lembro. A maldição de Aquiles. me aproximo, e dou a ele a comida dos deuses. Ele não abre os olhos,  mas sinto sua mão apertar a minha. eu entendo. Ele pode não estar ferido, mas estava muito mais cansado que os outros.

Me inclino, e lhe dou um selinho. Sussuro dizendo que iria voltar logo. Então saio, e pergunto a Vishous:

- Os cães. Onde eles estão?

- Quase não os trouxemos para cá. A branca quebrou a pata, mas está bem.

- E o outro?

Foi ele quem nos convenceu  a trazê-los  aqui.

- Posso vê-los?

Ele assente e me leva até um quarto no final do corredor. Abro a porta,  e os animais me recebem abanando o rabo. Bem, no caso de D., ele abanou o rabo e pulou em cima de mim, lambendo minha cara.

- Uou, calma D., você está me esmagando - Digo, rindo muito

Ele  sai de cima de mim. Me levanto, e a Diva se aproxima. Falando em nossas mentes, ela diz:

" Que bom vê-la acordada, Annie. Como estão os outros?"

- Estão melhor

" Ótimo." Ela se vira para Vishous "Precisamos falar com a irmandade. Temos uma mensagem para vocês, e também para a Virgem escriba."

Não sei se foi algo que ela falou, ou se foi simplesmente  seu tom de voz, mas Vishous assentiu e pegou o celular.

- Alô? Rhage? Sim, cara. Não... escuta. Bota o Wrath na linha. Agora. Wrath? Sim. Então, preciso falar com você... - Ele se afasta e vai para um canto, ainda falando ao celular.

Finalmente, ele se aproxima. Olhando para todos nós, ele diz:

- O rei quer falar com vocês.


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Notas finais do capítulo

LOL. Gostaram da foto do Vishous no final? nossa, ele é um dos meus preferidos. kkk.
reviews?



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