– Mas espera aí – eu disse depois de cerda de 15 minutos de viagem rumo ao sul com Geraki em meu ombro – Pra onde nos vamos?

– Isso é comigo – disse Annabeth

POV Annabeth

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Depois de eu desmaiar sonhei com minha mãe.

– Mãe? – perguntei.

– Olá querida. – ela respondeu sorrindo – Lhe chamei aqui para lhe dizer que o que procura está ao sul. Mais especificamente no Brasil. Em uma ilha em um lago, no Rio Grande.

– O Rio Amazonas? Mas o que significa ilha em um lago no Rio Amazonas?

– O Rio Amazonas é no norte do e Brasil. Não é esse o que você procura. O que você quer está no sul. Um Rio Grande no Sul. Não no norte. E ele não é um rio. E sim, é uma ilha em um lago.

– Eu… eu não entendo. Como é que um Rio Grande no sul não é um rio? Como pode haver uma ilha em um lago dentro de um rio que não é um rio?

– Logo entenderá criança.

– Mas…

E meu sonho se desfez.

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POV Anne

– Então qual é o plano? - Perguntei

– Navegar para o Brasil. Chegar ao sul e procurar esse Rio Grande que não é um rio. - disse Annabeth.

– Bacaaaana… - respondi.

…

Depois de cerca de 2 horas de viagem brincando com Geraki atracamos em algum lugar.

– Onde estamos? – perguntei

– Bem-vinda ao Rio de Janeiro. – disse Percy.

– Mas já? – perguntei espantada.

– O barco é mágico.

– Ah. – respondi. Annabeth já tinha descarregado as mochilas, mas deixou o resto no barco. Os magos iriam ficar no barco cuidando dele.

– Vamos perguntar para as pessoas onde fica esse “Rio Grande”

…

Conversamos com alguns moradores da região e acabamos descobrindo que esse “Rio Grande que não era um rio” na verdade era um estado. O Rio Grande do Sul.

– Agora entendo! – disse Annabeth – Se o nome do estado era Rio Grande, então é só achar o lago e a ilha! Vai ser fácil!

Sorri e assenti.

O morador, que não falava inglês, ficou com cara confusa.

Annabeth disse alguma coisa a ele em português, ele assentiu e respondeu algo.

– Já podemos ir? – perguntei.

– Claro – Annabeth respondeu. Ela disse alguma coisa para o morador e ele repetiu acenando. Devia ser tchau.

…

– Homem simpático. – Anna disse depois de sairmos do cais.

– Mas acho que aquilo não é. – Falei apontando para um enorme polvo marinho que tinha dezenas de tentáculos e não parecia muito amistoso.

– Kraken! – Gritou Annabeth.

O monstro fez um som parecido com “Aff!”.

– É CLARO QUE EU SOU UM KRAKEN SUA DESCEREBRIADADA!

Descerebriadada, quer dizer, Annabeth ficou com cara de WTF?, assim como todos nós.

– Descerebriadado é você que não sabe que essa palavra existe! O certo seria anencéfalo!

– Que seja! Cria de Atena! – rugiu o Kraken. Admito que aquilo foi uma das coisas mais estranhas que eu já vi. Uma garota e um polvo de 100 braços discutindo.

– Mas afinal. – eu disse – Você vai nos matar? – perguntei.

– Ah claro. – ele respondeu. – PREPAREM-SE PARA MORRER! – e ele atacou o barco.

Eu ainda não entendia de onde a voz saia, mas mesmo assim armei uma flecha e atirei em um braço. Ela ricocheteou, inofensiva.

Geraki piou como se perguntasse: Posso?

Assenti e ele voou alto. Desaparecendo no céu. Depois um risco negro passou mergulhando em direção ao Kraken que soltou um grito estranho, mas não pareceu se machucar muito. Ele voltou para meu ombro, e pelo jeito parecia meio tonto.

Atirei uma flecha em um olho dele. Ela ficou cravada e o Kraken resmungou novamente. Os magos faziam feitiços, Annabeth não estava visível e Percy tentava controlar a água quando uma luz explodiu. Cegando nos por cerca de 10 segundos. A única coisa audível eram gritos estrangulados do Kraken que estava se desintegrando.

– Eu! O Trono é meu, semideus filho de uma górgona! MEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEU!

E se desintegrou.

Quando a luz se dissipou um homem com armadura grega e uma mulher com trajes e joias egípcias tinham aparecido misteriosamente no barco.

– Quem… - comecei.

– Ué querida – disse a mulher – pensou que só Atena e Tot viriam visitá-la?