Always escrita por hungerpotter


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpem o atraso, é que deu um problema aqui em casa e eu fiquei sem internet, então só consegui postar hoje! Tenho uma lista de nomes para agradecer: Daniel Gostautas, Izzy Mellark, Sadie Anabeth H., Nicolle_Chase, Cristal de Gelo, Kris, Ana Mellark, Katniss Mellark e Meel Strider, por estarem ai comentando e me elogiando tanto esse capitulo é para vocês, espero realmente, que vocês gostem. Mas principalmente queria agradecer a Duda Cullen por que ela está me ajudando a finalizar a fic, que é uma coisa que eu não conseguiria fazer sem ela! Esse capítulo é de vocês!



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- Oh, querida precisa de alguma coisa? – Plutarch perguntou como se fosse uma pessoa inocente.

- Estou indo embora. – Do jeito que falei soou realmente muito grossa de minha parte.

Mas eu não me importava, afinal eu estava falando com Plutarch, o assassino da minha irmã e com Francis, um quase Snow.

- Katniss não está se sentindo bem – Peeta falou educadamente. - Então achamos melhor a gente ir...

- Vocês não querem ficar para jantar com a gente? Teremos um banquete para todos, daqui a meia hora.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa Peeta disse:

- Não, agradecemos a gentileza, mas preferimos jantar com a nossa família.

Peeta pode ter falado com um tom simpático, mas a indireta foi bem direta. Nenhum de nós dois queríamos jantar com eles.

- Sabe Katniss, Johanna está certa. Vocês podem ser bonzinhos, mas certas coisas a gente nunca esquece.

Francis falou me olhando com aquele olhar mortífero típico de um Snow. Ele me olhou e saiu. Simplesmente saiu. Plutarch olhou tentando dizer alguma coisa, mas não conseguiu. Mesmo sem Francis, o clima continuava tenso, peguei a mão de Peeta e fomos em direção a porta. Quando chegamos percebemos que o carro não estava ali.

- Effie! – Peeta falou,mas eu não entendi. – A gente tem que avisar a Effie e o Haymitch, daí ela vai chamar o motorista.

- Será que eles vão ficar para jantar?

- Acho que não. Com certeza, eles vão querer ir para casa para ter um tempo a sós.

- Aí estão vocês! – Effie falou quando fomos procura-los em meu camarim. – O motorista acabou de chegar, vamos?!

Effie, foi no banco da frente, e às vezes ela olhava para um alguém no banco de trás. Tenho certeza que ela não queria ver se eu e Peeta estávamos bem. Quando chegamos, Effie pediu:

- Peeta, avisem a cozinha que eles podem ir servindo o jantar. Já subimos.

Peeta sabia o que eu estava pensando, então enquanto estávamos no elevador ele disse:

- É melhor os deixar viverem a vida deles e a gente vive a nossa.

- Tá, mas agora você concorda comigo que eles têm um caso?

- Até que concordo, mas com isso tudo temos um problema...

- Qual problema? – Eu estava cansada de problemas na minha vida.

- Ninguém – Peeta disse – Ninguém, pode se casar antes da gente!

- Então acho melhor a gente começar a preparar, por que do jeito que Effie é, assim que eles assumirem ela vai querer casar.

- Hey eu quero usar o elevador, se os dois me permitem – Johanna falou interrompendo nosso beijo. – Preciso de um casaco.

Saímos do elevador e Johanna foi ao sétimo andar buscar seu casaco. Peeta foi avisar a cozinha para irem servindo o jantar e eu fui para a sala. Gale, minha mãe Beetee e Annie estavam assistindo televisão. O pequeno Flin brincava com um caminhãozinho de brinquedo no chão.

- Katniss – minha mãe me abraçava – você cantou muito bem! Ah filha! Fazia tantos anos que eu não escutava essa música, e escutar ela na sua voz...

Eu não disse nada. Todos vieram me dar os parabéns, mas diferente dos parabéns lá no estúdio, eu estava realmente feliz por eles estarem comigo.

Durante o jantar eles só comentaram sobre o programa. Achei melhor eles aproveitarem esse momento, pois por muito tempo a gente não se veria de novo. Beetee e Gale tinham muito trabalho para fazer então provavelmente eles voltariam para seu distrito. Annie voltaria para o quatro para ajudar no hospital, e minha mãe ajudaria no hospital e a cuidar de Flin. Johanna não sabia ainda o que ia fazer, e eu e Peeta. Bom à gente iria ficar mais alguns dias na Capital, depois seria aquela rotina de TODOS os meses teríamos que voltar.

Como não tinha conseguido falar com Plutarch provavelmente no próximo mês ele me obrigaria a vir morar na Capital. Depois do jantar, demos a desculpa que eu estava cansada de mais e que iria me deitar. Não comentamos nada sobre meu enjoo que diminuíra.

A primeira coisa que fiz quando cheguei no quarto, foi tirar aquele colar idiota que me deram. Ele até era bonito, mas ficar com um negócio no pescoço que me lembrava, o tempo inteiro de todos aqueles que eu matei, era difícil de mais para mim.

Eu tomei meu banho e fiquei deitada esperando Peeta sair do banheiro. Quando ele saiu, ele me perguntou:

- Madrinha de Panem, me diga uma coisa onde está sua faixa?

- Ah Peeta não enche o saco – falei e joguei uma almofada na sua cara.

- Madrinha de Panem – Ele falou enquanto deitava do meu lado... – Temos que admitir que dessa vez Plutarch, se superou.

- Concordo – falei rindo. – Acho que é muito forçado tudo isso.

- O que você quer dizer com isso?

- Para pra pensar, a gente passou por uma guerra, e agora estamos sem nenhum problema? Quer dizer, destruímos meia Panem, ela não pode ser um mar de rosas...

- Então você quer dizer que...

- Estão nos usando para esconder os problemas que o governo está passando. Se os heróis estão bem, significa que tudo vai como se fosse um paraíso.

- Katniss, eu acho que você não devia ficar se preocupando tanto com isso. Você tem que se preocupar com um casamento. – ele deu um tempo e falou rindo. – E não é com o casamento da Effie que estou falando para você se preocupar!

- O que vamos fazer nesses dias que vamos ficar aqui?

- Não sei. O que você queria?

- Eu queria voltar a fazer o livro só que a gente não tá com o livro.

- Eu tive uma ideia. A gente pode pedir para Haymitch comprar papel e a gente faz o livro. Depois a gente só cola os papéis no livro, o que acha?

- Pode ser.

- Então amanhã Haymitch, Effie ou qualquer alguém vai atrás de papel, Caneta, tinta, tudo que precisamos para fazer seu livro.

- Nosso – falei. – Tudo que precisamos para fazer nosso livro.

Dormi em seus braços enquanto ele acariciava meus cabelos.

Mas, o que estava acontecendo? Eles estavam pulando. Pulando do livro. Cada um com sua arma, parecia um conto de fadas. Não, não podia ser um conto de fada tão aterrorizante. Todos aqueles que eu matei, que morreram por mim, estavam saindo do livro e me encurralando. Peeta. Por que Peeta estava com os mortos? Por que ele estava com uma faca, pronto para me matar? O que estava acontecendo? Eu perguntava, porém ninguém respondia.

- Chegou sua hora maninha...

- Prim, o que está acontecendo?

- Onde está o conquistador Katniss? – Clove com sua faca em sua mão pronta para jogar em mim.

- Eu pensei que estávamos juntas nessa Katniss...

- Rue... Não eu não queria... Eu nunca quis que isso acontecesse.

- Para com isso doze... Eu salvei sua vida uma vez, e é isso que você faz por mim?

- Acho que o melhor jeito de acabar com isso seria uma morte de muitos jeitos. – Cato falava. – Digamos que, apenas com uma faca ou com uma espada não seria digno de uma guerreira como Katniss... Ela não se importa com a gente, nunca se importou.

Quando a primeira faca perfurou meu abdômen percebi que estava no quarto com Peeta. Mesmo estando acordada, sentia que tinha perdido duas vidas.

Peeta não falou nada. Só ficamos abraçados, até eu parar de chorar. Ele não perguntou do sonho. Eu nunca soube exatamente se eu falava a noite, se eu chorava ou se eu apenas me mexia na cama.

Provavelmente essa noite eu falei alguma coisa, pois no olhar de Peeta ele sabia o que eu tinha sonhado. Ele esperou eu me acalmar e não tocou no assunto. Tentei dormir novamente, mas não consegui. A imagem de todas aquelas pessoas, que eu gostava ou não, me matando da pior forma possível, me assombrou até o clarear do dia.

Peeta também não dormiu. Ele provavelmente ficou preocupado que alguma coisa poderia acontecer.

- Bom dia - depois de um pesadelo, Peeta sempre me acordava como se nada tivesse acontecido. Isso ajudava muito a esquecer de o que acontecera na noite anterior.

- Bom dia – respondi naturalmente.

- É seis horas, o que você quer fazer?

Eu não estava com fome, eu não estava animada, eu não estava cansada, eu não queria fazer nada. Apenas me aconcheguei em seus braços e esperei. Esperei eu sentir alguma coisa. Qualquer coisa que fosse. Eu não sentia nada.

Se Peeta não estivesse ali, poderia pensar que eu estava morta.

Consegui adormecer pelo cansaço que se acumulava do dia anterior. Não me lembro do que sonhei. Quando acordei Peeta continuava do meu lado, acordado, com seus olhos bem atentos em mim.

Agora eu estava com fome, com muita fome.

- Bom dia Kats.

-Bom dia – eu não esperei ele dizer nada, já fui levantando e falando. – Vamos, eu quero tomar café.

Ele sorriu vendo que eu estava bem. Eu parecia uma criança puxando o pai para o parque de diversão. Era tão bom acordar sem sonhos ruins, acordar alegre, com Peeta ao meu lado. Eu estava decidida que eu iria esquecer todos os meus pesadelos.

Eu precisava lembrar apenas dos sonhos bons, que tive com minha família e com meus amigos. Os melhores sonhos, normalmente tinham a ver com meu pai. Como aquele que pedia para chamar alguém de “Pray”. Era nesses sonhos que precisava me concentrar.

Peeta estava demorando muito para levantar da cama então resolvi tirar a coberta dele. Mas não adiantou. Nunca vi Peeta tão preguiçoso assim.

- O Senhor não vai acordar não? – Perguntei animada. Como resposta ele balançou a cabeça, que estava enfiada no travesseiro, negativamente. – Então o senhor vai acordar do meu jeito.

Comecei a fazer cócegas nele, mas ele não se levantava. Quando dei um beijo em sua bochecha, ele me puxou, me fazendo deitar na cama novamente.

- Isso não vale – falei brincando.

- Você sabe que horas são?

- Não, – fiquei ajoelhada na cama.

- São mais de meio dia. Daqui a pouco sai o almoço, então nem adianta à senhorita ficar toda animada, querendo que eu levante, por que quando o almoço estiver pronto, eles vão vir nos acordar.

Na hora voltei a deitar e fiz uma carinha de triste, só para brincar com Peeta.

- Acabou com minha alegria – falei virando de costas para ele.

- Então digamos que é o momento certo para ter uma vingança!

Ele fez muitas cócegas e eu não parava de rir. Depois de um tempo, ele deitou e olhou nos meus olhos.

- O que foi? – Perguntei sem jeito.

- Nada. Só gosto de ver você assim...

- Assim como?

- Alegre. Gosto de ouvir sua risada, de ver seu sorriso e sentir sua felicidade.

- Você é o motivo da minha felicidade.

Não deu tempo de fazer nada. Nem um beijinho, pois alguém bateu na porta.

- Entra – Peeta falou fazendo uma careta.

- Desculpa incomodar – Johanna estava na porta observando a bagunça que eu fiz tentando acordar Peeta. – Mas o almoço está pronto.

- Estamos indo – respondi. – Agora acho melhor você ir trocar de roupa, por que eu estou morrendo de fome!

- Sim, senhora! – Peeta falou como se estivéssemos no exercito e rimos.

Chegamos na sala rindo muito. Nossa alegria contagiou a mesa inteira, até Haymitch, que estava revoltado, pois estava a quase vinte e quatro horas sem bebida, começou a rir com a gente.

- Posso saber qual é o motivo de tanta alegria?

- Ah, mãe nada em especial.

- Às vezes a gente percebe que a felicidade, não vem dos bens materiais e sim, daqueles que fazem parte da nossa vida.

- Indireta para mim?

- Katniss! – Minha mãe exclamou.

- O que foi?

- Foi um momento tão filosófico e você... – Minha mãe completou a frase de Beetee dizendo:

- Estragou tudo. – E claro que Gale não poderia deixar barato e teve que completar:

- Como sempre.

Durante o almoço, ninguém ficou chateado ou bravo. Foi o melhor almoço que poderia acontecer na Capital. Nem Effie lembrou que ela era uma habitante da Capital.

Ninguém estragou meu dia com Peeta. Eu e ele passamos basicamente o dia inteiro sozinhos no terraço. Achei melhor não fazer o livro, não falei sobre meu sonho, mas Peeta não discutiu. Como tínhamos papel, lápis, tintas e telas Peeta ficou desenhando e eu tentei aprender. Mas descobri que minhas habilidades com as mãos se resumiam basicamente em arco e flecha.

Na hora do jantar ninguém veio jantar conosco. Nem Haymitch que estava no mesmo andar, jantou, pelo menos não com a gente.

- Menos mal – falou Peeta quando percebeu que só tinha dois pratos na mesa. Fiquei olhando para ele confusa, pois parecia que ele gostava de estar na companhia com ele. Ele se explicou – Não é que eu não goste de estar com eles, mas é sempre bom ter um momento só nosso.

Nisso ele estava certo. A companhia de todos era até que divertida, mas só que um tempo a sós com Peeta era sempre muito bom. O jantar estava delicioso. Apesar de tudo, os cozinheiros da Capital era um dos melhores.

Mas ninguém fazia pães e bolos como Peeta. Na hora do jantar eu tive que comentar sobre a padaria.

- Peeta, e a padaria?

- Pensa comigo, se eu reabrir a padaria, a gente não vai ter muito tempo para ficar juntos.

- Mas eu te ajudo. Nós dois podemos trabalhar na padaria...

- Nem pensar que você vai trabalhar na padaria...

- Por que não? – Perguntei intrigada

- Katniss, suas habilidades culinárias, são... Digamos... Sopa

- Ah Peeta... – eu sabia que eu era verdade, não tinha o que discutir em relação a isso. – Eu sei lá, trabalho no caixa, com entregas. Vai ser bom Peeta.

Ele não falou nada. Ele mudou de assunto rapidamente. Depois do jantar assistimos Crônicas de Silvia, o programa em que Aline era protagonista. Peeta, depois que o programa acabou me pegou no colo e me levou para o quarto. Ele me colocou na cama e deitou ao meu lado.

- Katniss, eu tenho medo.

Peeta quase nuca se abria para mim. Ele sempre queria me proteger em primeiro lugar, nunca mostrava seus problemas, qualquer um que fosse.

- Medo do que Peeta?

Até aquele momento, nunca tinha parado para pensar, que Peeta também tinha problemas. Ele tinha me dito uma vez que seus pesadelos, era sobre me perder, mas eu fui egoísta de mais e pensei que os problemas de Peeta se resumiam em uma palavra: telesequestro.

- Eu acho que não vou conseguir reabrir a padaria.

- Então podemos começar com um pequeno negócio. Por exemplo, apenas pães por encomenda. Quem quiser vai até lá em casa, pede qual tipo de pão quer e pronto. Vai ser algo pequeno, e vai fazer bem. A nós dois.

Ele não falou mais sobre isso. Eu acabei dormindo, enquanto esperava ele tomar banho. Quando acordei, ele estava do meu lado ainda dormindo. Levantei e fui ao banheiro tomar meu banho. Assim que voltei para o quarto Peeta acordou. Ele passou a mão pela mão pelo meu lado da cama, e quando notou que eu não estava ali, levantou assustado. Assim que me viu ele se acalmou.

- Pesadelos?

- Agora eu to bem. Você esta aqui comigo. Foi só um sonho ruim.

Ele estava com uma mão em minha cintura e eu, com as mãos envolta de seu pescoço. Ele me beijou.

- Você quer ir agora?

- Vou trocar de roupa, depois podemos fazer alguma coisa.

Depois que trocamos de roupa fomos para a sala. Quando chegamos tivemos uma surpresa.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntei grossa.

- Precisamos conversar. 


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam? Quem vocês acham que é? Quem quer conversar com a Katniss? O que essa pessoa quer conversar com a Katniss? Então, comentem, julguem, digam o que pensa. Falem tudo o que vocês quiserem e mais um pouco. Eu vou conversar com a Duda, e assim que eu terminar de escrever a fic posto um capítulo cada dia, até lá, eu vou falando pelo twitter ou no ask..
http://ask.fm/thehungerpotter
https://twitter.com/hunger_potter
fiquem a vontade para ir lá conversar comigo, sobre tudo e mais um pouco! Até logo!
Beijos,
Dudabi