Always escrita por hungerpotter


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA DESCULPA DESCULPA... EU SEI QUE O QUE EU VOU FALAR NÃO É EXPLICAÇÃO MAS ACONTECEU O SEGUINTE. BRIGUEI COM MINHA MÃE, O QUE RESULTOU UNS DIAS SEM PC E DAI RECEBEMOS O TESTO DO TEATRO E TIVE QUE DECORAR FALAS, DANÇAS E MARCAÇÕES! SORRY! AMORES! PRA COMPENSAR EU VOU TENTAR POSTAR MAIS UM NESSA SEMANA MAS NÃO VOU PROMETER.. DESCULPA DESCULPA DESCULA! OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS E DAQUI A POUCO VOU RESPONDER! DESCULPAA! SERIO MESMO VOCÊS ME DESCULPAM?



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Quando olhei para os lados elas não estavam mais ali. Na sala,apenas restava eu e Peeta, sentados um na frente do outro. E claro que no colo dele, estava Flin.

- Peeta? – Ele olhou para mim. – Onde as duas foram?

Ele olhou em volta como se tivesse acabado de voltar para a realidade. Assim como eu Peeta estava pensando em uma coisa séria, provavelmente a mesma coisa séria.

- Não sei.

Levantei do sofá e fui dar uma volta. O décimo segundo andar parecia estar vazio.

- Acho que estamos sozinhos – falei depois de olhar na cozinha.

- Quer conversar agora? – Ele perguntou olhando nos meus olhos.

- E Flin?

- Vamos lá para o quarto.

No quarto, Peeta sentou na cama, e de uma forma mágica fez Flin dormir em cinco minutos. Arrumei a cama para que ele colocasse a criança ali. Peeta o deitou nos travesseiros e sentamos no sofá que ficava na frente da cama.

- Então Kats, o que você precisava me falar?

- Peeta, é sobre... é sobre a Prim. – Ele olhou no fundo dos meus olhos como se não quisesse perder nenhuma palavra do que eu iria dizer. – Depois que ela morreu, fui falar com Snow. Nunca me esquecerei desse dia Peeta. As palavras que ele disse não saem da minha cabeça e preciso contar isso para alguém.

Aquela cena ainda estava viva dentro da minha cabeça. Eu me lembrava de tudo, tudo!

- Kats se você não quiser falar sobre isso, não precisa. Eu entendo que é um assunto...

- Não Peeta – falei olhando para o chão. – É difícil, mas com isso latejando na minha cabeça não vou conseguir viver. Eu fui atrás do Snow. Eu lembro como se fosse ontem de suas palavras:”Uma tamanha perda, absolutamente desnecessária [...] Na verdade, eu estava prestes a emitir uma rendição oficial quando soltaram aqueles paraquedas. Bom não passou realmente pela sua cabeça que eu dei aquela ordem, passou?” – Eu não tirava os olhos do chão. Eu não sei como, eu só lembrava. Eu tinha que continuar. – “Ambos sabemos que não vejo problema em matar crianças, mas não tolero desperdícios fúteis. Tiro vidas por motivos bem específicos. E não havia nenhum motivo para que eu destruísse um cercado cheio de crianças da Capital. Verdadeiramente nenhum motivo.” – Eu parei por mais um momento. Peeta precisava digerir o que tinha acabado de contar. Ele não interrompeu. – Ele não parou por ai Peeta. Ele ainda disse: “Entretanto, devo admitir que Coin executou um movimento de mestre [...] E nos paraquedas. Bom, é esse o tipo de pensamento que você procura num Chefe dos Idealizadores dos Jogos, não é?.” – Uma lagrima escorreu pelo meu rosto. – “Tenho certeza que ele não estava focando a sua irmã, mas esse tipo de coisa acontece.” – Meus olhos continuavam fixos no chão, e cada vez mais lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Segundos depois que terminei, Peeta me abraçou. Ele não falou nada por um tempo. Só ficamos ali abraçados.

-Katniss, se realmente foi Plutarch, que... Bom, se realmente foi Plutarch que matou Prim – ele não achava as palavras.

- Eu preciso Peeta. Eu não tenho escolhas.

- Ei – ele colocou sua mão em meu queixo e me obrigou a olhar para ele. – Agora vivemos em um país livre. Você é uma pessoa livre...

- Mas Peeta – ele não deixou eu interromper.

- Katniss, você tem que fazer apenas o que você consegue. Se você não quiser ir, você não precisa.

- Peeta, você não entende...

- E não importa o que você escolha eu vou estar sempre do seu lado. Eu sempre vou te apoiar.

- Eu não tenho escolha... – Ele me beijou. Peeta não deixou eu explicar para ele o que eu sentia. Depois de um tempo nem me lembrava mais do que estávamos falando. Nossos beijos cada dia mais apaixonados.

Flin começou a chorar. No começo não paramos de nos beijar, depois lembramos que a criança estava na nossa cama, bem na nossa frente. Peeta pegou Flin no colo, tentou acariciar mas o pequeno humano, não parou de chorar.

- Acho que ele está com fome – Peeta falou enquanto saia do quarto. Voltei a sentar no sofá e pensei um pouco no que tinha acabado de acontecer.

Eu deveria ir para o programa do assassino da minha Irma? Ele era realmente o assassino da pequena Prim? Eram tantas perguntas, e poucas respostas. Doía muito falar sobre isso. Muito mesmo.

- Katniss, por que você está chorando? – Eu fiquei em silêncio. As lágrimas continuavam escorrendo pelo meu rosto, mas não soluçava. A pessoa me abraçou e consegui perceber que era Annie. – Calma, você quer falar sobre o que aconteceu?

Eu respirei fundo. Eu sabia que Annie manteria em segredo, mas eu acho que não era a hora de contar para ela. Mesmo confiando nela, eu não suportaria contar essa história de novo.

- Obrigada – falei respirando fundo. – Mas acho que não é a hora certa.

- Tudo bem, mas saiba para o que precisar eu estarei aqui.

Ela me abraçou mais uma vez.

- É... então... – eu estava tentando mudar de assunto mas eu não conseguia.

- Onde está Flin?

- Peeta achou que ele estava com fome, e levou para algum lugar...

Por sorte, Annie achou um assunto bem rápido. Ela levantou e me chamou para ir junto. Era muito bom ter uma amiga nessas horas. Annie falava sobre o distrito quatro, sobre o hospital e sobre seus planos para o futuro de Flin.

Peeta estava na sala, com Flin no colo e dando uma mamadeira para a criança.

- Peeta?! – Annie exclamava.

- Ah, desculpa Annie – Peeta entragava FLin para Annie sem jeito – Ele acordou com fome e pensei que você estava dormindo...

-Calma Peeta – Annie sorria. – Obrigada, estava mesmo na hora de ele comer alguma coisa.

- Falando nisso – Johanna entrava na sala. – O jantar está servido.

- Vou colocar Flin no berço.

Assim que Annie saiu, Johanna foi para sala de jantar,

- Você está bem? – Peeta perguntou

- Aham... – falei olhando para ele.

- Katniss, não se esqueça que tudo aquilo aconteceu para existir uma Panem livre!Você não é obrigada a fazer nada...

- Mas Peeta... apesar de tudo eu aprendi uma coisa com essa agenda lotada e essa questão de ter que vir para Capital todo mês: A gente revolucionou tudo aquilo em que eles acreditavam! Não podemos agora, simplesmente sumir.

Eu não chorava. Eu sabia que tinha uma responsabilidade. Uma responsabilidade que eu tinha que cumprir.

- Então nós vamos juntos. Você canta, a gente conversa com eles, fazemos uma rápida apresentação e depois teremos 5 dias livres...

- Que teremos que passar na Ca... – ele me beijou

- E quem se importa onde estamos? Onde você estiver é o meu lugar!

- Gente eu não quero ser chata de novo – minha mãe estava na porta. – Mas o jantar está servindo.

Minha mãe sorriu e não saiu dali. Passamos na frente dela, e ela nos seguiu como se fosse nossa guarda costas.

Todos estavam lá, inclusive Jessie. Ao lado dela estava Gale e Johanna. Sentei na mesa entre Peeta e Clan

- Então Clan, deu tudo certo no final?

O resto do jantar foi só alegria. Peeta e eu lembrávamos de momentos felizes e engraçados, alguns deles nem existia, mas Johanna ajudava. Johanna estava se dando super bem com a minha mãe. Não sei bem o que elas fizeram depois que elas sumiram, mas elas pareciam ter bastante assunto em comum. Annie estava começando a gostar de moda, então ficou conversando com Clan sobre todos os tipos de roupa, inclusive para bebes. Gale e Beetee continuavam conversando sobre o registro. Gale estava super centrado em seu trabalho.

Jessie, nem tentava disfarçar. Ela estava com muita raiva. No meio do jantar, quando uma avox (agora assalariada) foi servir Johanna com bebida ela bateu no braço da menina, e o liquido caiu inteiro sobre seu vestido de um tom amarelo.

- Como você pode fazer isso? Agora você jogou baixo, vai procurar alguém da sua altura por que pelo visto...

- Johanna é de um nível muito mais superior que o seu. – Eu interrompi Jessie. Ela não iria falar mal de Johanna para ninguém. Agora eu estava de pé e já estava gritando.

- Pelo menos, eu não saio xingando as pessoas por coisas que ela não fez e depois me faço de coitada. – Eu estava na frente de Jessie olhando para ela, como se nada mais importasse. Para mim agora só existia eu e ela.

- Eu por outro lado sei muito bem o que é meu e o que não é. E também sei perfeitamente bem cuidar do que é meu!

- Sabe mesmo Katniss?! Por que não foi por minha culpa que minha irmã morreu. Graças a mim, minha irmã está a salvo em casa, e a sua hein?! Me fala onde ela está agora, enquanto você “cuida do que é seu”!

Minha perna ficou bamba. Eu sentei dura. Eu não pensava em nada. Johanna estava em pé como um estátua.

- Jessie saia daqui – falou Gale

- Claro, agora todos defendem a assassina de inocentes, ninguém nunca percebeu que a culpa de tudo isso foi dela?

-- Para Jessie? Você não percebe como você é idiota?! – Gale já estava de pé.

- Eu posso ser idiota, mas pelo menos eu NUNCA matei ninguém!

- Não Jessie, você não mata pessoas! Você destrói famílias! Você acaba com tudo de mais puro que uma pessoa pode sentir pela outra. Você Jessie, consegue destruir o amor! E isso, é pior do que matar. Por que sem amor, uma pessoa não vive. E você Jessie, não sabe qual é o significado do amor. Você nunca ira provar o amor, por que você não é capaz de amar. Você tem inveja, é egoísta, mesquinha, só consegue olhar para seu próprio nariz. Não Jessie, você não mata pessoas, você faz com que elas relembrem as piores coisas que já aconteceram e deixa que elas mesmas se matem aos poucos. As pessoas erram Jessie e as pessoas tentam fazer de tudo para que seus erros se ajeitem. As pessoas, admitem seus erros e começam a tomar cuidado para que eles não sejam cometidos de novo. As pessoas mudam Jessie. As pessoas que mais sofreram, são as pessoas que mais sabem o significado do amor. E você Jessie, admite seu erro? Admite que você mata as pessoas indiretamente? Não Jessie. Você é tão inferior a todos que estão aqui nessa mesa, que não consegue admitir que errou. Que não consegue admitir que você é humana e como todos erram...

- Jessie vai embora! Se você não foi por bem, você vai por mal. – Gale apontou o caminho da porta para Jessie. Ela jogou seu guardanapo no chão e foi embora.

Assim que ela saiu todos olharam para a única pessoa que estava em pé. Peeta ainda tentava entender o que ele tinha acabado de dizer. Ninguém sabia o que falar.  

Uma lágrima escorreu novamente pelo meu rosto. Assim que percebeu minha reação, Peeta se agachou e me abraçou. Não chorei alto. Apenas fiquei em seu abraço enquanto ele dizia:

- Acabou Katniss. Ela foi embora. Ninguém mais vai nos atrapalhar. Não foi você Kats. A culpa não foi sua. A culpa não foi de ninguém. Calma meu amor – ele sentia minhas lagrimas em sua camiseta. – tudo vai dar certo. Eu prometo. Por favor, não deixe que a Jessie acabe com tudo que conseguimos construir com o nosso amor. Fica comigo!

- Sempre! - 


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Notas finais do capítulo

Mil desculpas! serio mesmo! mas vem o feriado ai, então quem sabe eu poste dois durante o feriado! to muito feliz com os números com os comentários e com vocês porque vocês são muito lindos e eu amo vocês! Obrigada, desculpa e daqui a pouco vou responder vocês!
Obrigada por tudo!
Beijos
@hunger_potter