Law Revenge! escrita por ChaosRobesu


Capítulo 2
Capítulo 2: Crawling




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Midtown High School – 15:20

- Então... O que os seus pais fazem? – Perguntou a loira, enquanto ela e Sean lanchavam no pátio do colégio.
O garoto tremeu, olhando para o chão. Depois olhou de volta para o rosto dela, e respondeu.
- Eu não tenho pais. Eu fui criado pelo meu tio e pela minha avó, eles disseram que minha mãe morreu no parto, mas nunca explicaram o desaparecimento do meu pai.
- E...Eu...Sinto muito... – Ela olhou para ele, e segurou sua mão. Ele virou o rosto para ela, e os dois se olharam.
- Rachel! O que está fazendo com esse otário? – Perguntou um aluno alto, forte e loiro, que se aproximava com uma face nervosa.
- Eu não preciso te dizer, e você também não precisa saber... – A garota se distanciou de seu amigo.
- Tá querida, agora vem aqui comigo, vamos conversar! – Ele a puxou pelo braço, tentando leva-la a força.
- Me solta, James!
- Solta ela, seu otário. – Sean se aproximou de James, puxando seu braço e afastando ele de Rachel.
- Quem é você, idiota?
- Você não lê jornal, né? – Perguntou o garoto, dando um soco em seu rival, fazendo-o ir pra trás.
- Desgraçado...

James parecia estar totalmente descontrolado e foi para cima de Sean, que abaixou e lhe deu uma rasteira, fazendo-o cair novamente. Enfurecido, ele tentou dar um chute no protagonista, mas ele segurou seu pé e o puxou, fazendo James gritar de dor. Após isso, deu um pontapé na barriga do perdedor, que foi contra a porta da diretoria e a derrubou.

- Mas o que significa isso?! – perguntou a Diretora, gritando.
- Vish vish... – Susurrou Sean.

O jovem foi imediatamente para a diretoria, onde estavam a diretora e o coordenador do colégio. O que poderia se ouvir? Nada mais do que uma bronca daquelas; talvez a maior que Sean já tivesse tomado. Ele simplesmente havia perdido o juízo, de acordo com o coordenador. Após alguns minutos, seu tio chegou á pedido da diretora.
- Por que a sua avó não veio? – Perguntou o policial.
- Ela tem 65 anos, você não acha que ela está meio incapacitada? -
- Ok, vamos conversar... –
O policial puxou seu sobrinho até o corredor do colégio, onde se encaravam

- Seu moleque, você ficou doido? – Perguntou o tio, que berrava.
- Olha, eu posso te explicar.
- Vamos lá, fale.
- Ele tava tentando puxar uma garota da minha sala, á força! Eu não podia deixar aquilo acontecer... – Disse ele, olhando para o chão.
- A sala da diretora tava bem do seu lado, por que você não comunicou ela?
- Isso não faz meu estilo. Eu precisava fazer justiça.
- é, e só por isso está com uma semana de suspensão...Olha, a cidade não precisa de justiça, ela precisa de paz, e você não tá ajudando muito assim, sabe? – Disse Will, olhando no fundo dos olhos do jovem.
- Ok, isso é uma lição de moral então? – Perguntou o garoto, olhando para o capitão, que não respondia. – Hein? –
- Atrás de você... – Após o aviso, Sean se virou, e lá estava Rachel, olhando para ele. Quando percebeu, seu tio já havia ido embora.
- Então, você tá bem? – Perguntou a loira de olhos castanhos.
- Sim, eu estou... – Respondeu, indo para trás.
- Eu gostei do que você fez lá... – Retrucou, dando um passo a frente dele.
- Só fiz o que era necessário... Tsc, que droga...
- O que foi?
- Eu acabei de te conhecer e vou ficar suspenso por 1 semana... – riu o garoto.
- Quanto a isso, você pode ser recompensado. – Sorriu, aproximando seu rosto do dele. Seus lábios se tocaram levemente, e naquele momento talvez surgisse muito mais do que uma ‘amizade’. Sean de repente foi para trás.

- Ah, eu... Preciso ir, foi mal. – Disse o garoto, indo para trás novamente.
- Ok... Depois eu ligo para você pelo celular.
- Mas eu não te dei o meu número...
- Quando você foi dar uma surra no James eu peguei sua mochila e chequei seus contatos. – Disse ela, sorrindo.
- Bem... Certo. Tchau. – O garoto andou, indo embora. – Essa menina é muito esperta mesmo. – Susurrou, rindo.

Sean entrou no carro do seu tio, que o levava para casa.

- Quando chegarmos teremos uma conversa.
- Ainda vai falar comigo sobre aquilo?
- Não, é outra coisa. – Respondeu ele, suspirando.

Cinco minutos depois, eles chegaram em casa. Sean estava soando, e jogou sua mochila em cima da mesa, indo até a geladeira, e pegando uma garrafa de água.

- Menino, você perdeu a cabeça? Brigando na escola? O que é isso? – A avó de Sean já estava tirando satisfações, afinal não poderia acreditar que seu neto, a pessoa mais importante de sua vida.
- é, não foi nada vó... – Disse, sentando-se na mesa.
- Enfim, agora vamos conversar né? – Sugeriu Will, sentando-se na mesa.

A avó e o tio olhavam para Sean, enquanto tremiam um pouco e suspiravam.

- Podem falar, estou ouvindo. – Avisou o garoto, enquanto sorria.
- é sobre o seu pai. é algo importante.
- O meu pai... – O jovem largou a garrafa de água, ficando com uma cara séria. – Então, o que foi?
- Bem... Nós... Sempre dissemos que o seu pai na verdade desapareceu, lembra? – Lembrou o tio, que esfregava as mãos lentamente.
- Sim... E então, podem ir direto ao assunto? – Sugeriu o adolescente.
- Olha, Sean... Ele... – O policial olhou para a avó e olhou de volta para Sean. – O seu pai, ele... Ele foi assassinado. – Um silêncio propagava no recinto. O rebelde, naquele momento, ficou paralisado.
Tudo aquilo que o atormentou desde sua infância, agora havia sido revelado. A dor de Sean já era extremamente ruim, e agora, talvez tivesse piorado.
- O que você disse? – Perguntou o garoto.
- O seu pai, um bandido... Um... Um bandido matou ele. – Era doloroso para Will revelar aquilo logo agora, depois de tudo.
- O QUE VOCê Tá DIZENDO?? – Sean chutava a mesa, que virava para o outro lado e derrubava todos os pratos no chão.
- Menino, se acalme... – A avó tentava tranquiliza-lo, mesmo depois de tamanha revelação. – Eu sabia que você ia ter essa reação... –
- é, Vó, acertou! – Ele encarou seu tio, que se levantou.
- Eu sei que devia ter te contado antes, mas... – Ele foi interrompido por um soco de Sean em seu rosto, que o fez ir para trás.
- Você... VOCê mentiu para MIM, TODO ESSE TEMPO. POR QUE ESCONDEU ISSO DE MIM ? – Sean definitivamente estava aterrorizado, era possível perceber isso no seu tom de voz e em sua expressão facial.
- O que foi isso? Você me deu um soco? Tenha respeito, moleque!
- RESPEITO? VOCê AINDA OUSA ME COBRAR RESPEITO? NãO MERECE MEU RESPEITO! – O garoto saiu pela porta, abrindo-a com força e correndo, chorando bastante.
- William... é melhor você ir atrás dele... – A avó também estava chorando, sentada no chão.
- Não se preocupe, eu vou trazer ele de volta. – Respondeu, saindo lentamente.

Lanchonete Boomers – 18:41

Uma pequena lanchonete na Zona Sul da cidade estava praticamente deserta, lá apenas um homem ruivo de óculos escuros observava alguns produtos, ele estava lá a cerca de 20 minutos naquele local, sem comprar nada. Sean entrou lá, com o rosto meio vermelho, não havia caído a ficha de que seu pai fora assassinado quando ele era criança. Pegou o primeiro suco que viu na frente e foi até o caixa.

- Aqui, 2,95 dólares. – Colocou o dinheiro sobre a mesa, segurando o suco.
- Cara, custa 3,00 dólares – Avisou o atendente.
- Isso é tudo que eu tenho, não dá pra me fazer um desconto?
- Não, não dá. Se não tem grana não compra, moleque – Disse o homem, que pegou o suco e devolveu o dinheiro.
- Que miséria hein, perdeu 2,95...
- Cala a boca, sai daqui.

O homem ruivo que estava lá a algum tempo pegou uma jarra de vidro no balcão e jogou no chão.

- Seu retardado! Olha o que você fez! Ta pensando o que? – O atendente abaixou para pegar o vidro.

Enquanto isso, o homem abriu a gaveta da loja onde se encontrava o dinheiro, pegando-o e jogando um suco para Sean, que com ótimos reflexos pegou. Logo ele entendeu que aquilo era um roubou a loja, e sem pensar, arremessou a garrafa de suco na cabeça do bandido. Tentou dar um soco, mas o ruivo se defendeu e deu um chute contra Sean, que foi para trás, e deu um segundo chute, que o fez ir contra a vidraça da loja e foi jogado para o lado de fora. Um caco de vidro furou seu braço, e outro fez um arranhão em seu rosto.

- AH, FILHO DA... – O jovem ficou muito ferido, e gritou de dor no chão.
- Desgraçado, não entre no meu caminho! – Bradou o ruivo, que sacou um revolver de seu bolso e apontou para Sean, que estava assustado.

Milagrosamente, um tiro atingiu o braço do criminoso, que bateu a cabeça na parede. Era William Blake, que estava defendendo seu sobrinho.
- Miserável, fique longe dele! – Alertou o capitão, se aproximando de Sean e ajudando-o a levantar.
- Tio... Me desculpa, eu não devia ter...
- Tudo bem... Recupere-se, vou atrás desse bandidinho de quinta categoria! – Gritou ele enfurecido, deixando o sobrinho encostado na parede, caminhando um pouco pela rua. – Cadê ele? Estava aqui a alguns segundos!

Quando menos podia esperar, o bandido estava atrás dele, o puxando por trás e dando dois tiros em seu ombro.

- NãO! – Sean gritou desesperado. Seu tio estava baleado e caído no chão, com o sangue jorrando lentamente. – TIO WILLIAM! – Gritou o jovem, que se aproximou desesperadamente para salva-lo. – NãO MORRE! ALGUéM CHAMA O HOSPITAL! –

Um aglomerado de pessoas se juntou em poucos minutos, e em meia hora uma ambulância chegou. O ladrão que causou o crime tinha fugido, e a avó de Sean logo apareceu, e compartilhou a dor do neto. O capitão foi levado de maca pelos médicos, e Sean foi junto de seu tio, chorando como nunca antes. Por uma simples raiva, a vida do tio valeria ser sacrificada? Em seu consciente, residiam uma mistura de ódio e arrependimento ao mesmo tempo. Num único dia ele enfrentava amores, revelações do passado e a possível perda do seu parente mais próximo. Até para o jovem, que era extremamente resistente, aquilo poderia deixa-lo para baixo a ponto de causar depressão.

Chegando no hospital, ele sentou no banco de espera, aguardando alguma noticia sobre seu tio. Após algum tempo seu celular começava a tocar, era Rachel que estava ligando. Obviamente, o adolescente não atendeu as ligações, não estava com cabeça para aquilo.

- Sean Blake? – Chamou o médico.
- Sim! Sou eu... – O garoto levantou rapidamente, indo até o doutor.
- Olha, o seu tio vai ter que fazer 2 cirurgias, infelizmente por hoje você não pode entrar no quarto...
- Doutor, por favor... Não tem outro jeito?
- Sinto muito, mas não. Caso a situação dele mude, eu contatarei você. – Respondeu o médico.
- Ok, aqui está meu telefone. – O garoto tirou um papel de seu bolso, onde estava o número para contato. – Até amanhã.
- Até.

Sean saiu de lá de cabeça baixa e totalmente atordoado. Pegou dois ônibus para chegar em casa, já que o Hospital ficava na Zona Norte, o ponto mais longe em relação á sua moradia.

- Cheguei...
- Meu deus Sean! – A avó abraçou o jovem, chorando sobre seus ombros. – E então, o que aconteceu?
- Ele vai ter que fazer 2 cirurgias... Amanhã eles vão nos contatar...
- Ah meu deus... Isso tinha que acontecer logo hoje...
- Vó... E...Eu sinto muito... é culpa minha o que aconteceu com ele...Droga... – O adolescente não conseguia se controlar, e abraçou com força a avó.
- Sean, não fique assim, a culpa não foi sua...
- Claro que foi... Eu fiquei com a cabeça quente por causa do meu pai e acabei fazendo besteira...
- Esqueça isso. Vamos orar pelo seu tio... Mas, mudando de assunto, tenho algo pra te entregar... – Disse ela, pegando uma bolsa em cima da mesa, e tirando um tipo de livro. – Esse é o diário do seu pai. Eu ia te dar isso quando fizesse 18 anos, mas acho que isso vai te deixar satisfeito.
- O diário do meu pai? – Ele lentamente tocou o diário, segurando-o com força. – Vó, valeu mesmo... Eu te amo! – Afirmou o garoto, beijando o rosto da avó e subindo as escadas.
- Eu também te amo...

Quando entrou no quarto, o rebelde abriu a janela e pulou de lá, caindo no telhado, onde colocava um óculos e abria o diário, folheando as páginas.
Eram horas e horas lendo aquilo, o principal centro de informações do passado de seu progenitor, a pessoa a qual ele tentava saber a vida inteira. E descobria algumas coisas, por exemplo: o pai de Sean era advogado, e no diário estavam escritos alguns problemas na vida pessoal dele, financeiros, amorosos e sentimentais.

Mas algo o chamou atenção. Na 22ª página, ele acabou puxando uma outra página que estava colada. Lá estava o endereço de uma rua... O que poderia ser aquilo? Será que Sean finalmente conseguiria descobrir o passado de seu pai?

No próximo capítulo...
Sean acaba se arriscando demais tentando descobrir o que realmente aconteceu ao seu pai, e acaba se encrencando...

"Rastejando dentro da minha pele
Essas feridas não irão se curar
O medo é o que me derruba
Confundindo o que é real"


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