Começo do ano, que droga. Provavelmente aquele seria o ano mais horrivel do mundo pra mim. Eu estaria sem a Chay, sem minha mãe (D. Jessie) , sem o Mick, que com certeza estava com raiva de mim, e com Bruno ao meu lado, tentando se redimir pelo o que fez. Eu, cada vez mais estressada, chorona, chata, me sentindo horrivel, mas pelo menos poderia me sentir feliz pela parte de mim que estava chegando. Era início de Janeiro, mais precisamente dia 5 e era bem cedo. Estávamos eu e Chay no futuro ex-quarto meu e dela, Eu e ela arrumando as malas, mas para destinos diferentes, até que ela para e se senta na cama, olhando pra baixo

– O que foi amiga ? - me abaixei e fiquei olhando pra ela, até que reparei que ela estava chorando

– Eu não quero que vc vá .. Venha comigo, vamos fazer nossos estagios, você tem que estudar !

– Chaay, por que isso agora ?

– Amiga, lembra da nossa ligação ? Então .. quando eu to com você aqui, agora .. tá parecendo a ultima vez .. Eu to com muito medo amiga, eu não quero perder você

– Você não vai me perder, calma ..

– Jura ?

– Juro. Vem cá - disse a abracei - Nunca vamos nos separar, mesmo quando estivermos velhinhas, ainda seremos amigas .. Lembra ?

– Claro que lembro, nunca vou esquecer ..
[...]

Depois do mega-café-superultra-reforçado da D. Jessie, ficamos conversando e rindo de tudo que nós tínhamos aprontado quando pequenas, foi como uma "sessão nostalgia". Lembramos quando eu sem querer joguei a Chay da escada, quando a Chay cortou meu cabelo, ou quando a gente se maquiava .. Era hora de se despedir, nos abraçamos varias vezes enquanto o motorista levava as malas da Chay pro carro, e enfim ela foi. O Bruno ligou, dizendo que ja estava indo me buscar, e enquanto ele não vinha, eu conversava com a D. Jessie

– Jessie, a Chay veio com um papo estranho hoje de manhã ..

– Estranho como, Amy ?

– Ela disse que sentia como se fosse a ultima vez que eu estaria com ela. Eu to com medo ..

– Eu também achei bastante estranho quando ela comentou comigo, mas não fique com medo meu amor .. Logo você verá ela

– Assim espero - e sorri forçado, e a campainha tocou, D. Jessie foi atender e fui pegar minhas malas, estavam bem pesadas. Bruno entrou e me ajudou, abracei D. Jessie a ultima vez e agradeci muito a ela.
Bruno e eu entramos no carro, e eu me despedia do Havaí, pois sabia que ia ficar um bom tempo sem ir na minha Terra Natal

[...] -> Embarque, enjôo no avião, chegada estressante

– Bem vinda a sua nova casa, Amy - disse o Bruno assim que entramos, era um Ap. pequeno, mas bem ajeitado e aconchegante. Ele levou minhas malas pro quarto e eu sentei no sofá, estava com um enjôo fora do normal, respirava fundo e nada de passar. Bruno volta do quarto e me mostra um celular em cima de uma mesa

– Amy, esse celular é de emergencia, caso você se sinta mal ou precise de alguma coisa. Tem o numero do meu celular e o numero da gravadora. Vou deixar aqui - e colocou o celular em cima da mesinha de centro - qualquer coisa é só ligar, tudo bem ?

– Tudo bem, Bruno .. Vai sair ?

– Vou sim, to atrasado pra ir pra gravadora, me ligaram quando eu cheguei e disseram que queriam falar comigo .. Eu to indo, qualquer coisa mesmo, me liga - e ele veio me beijar, e eu virei o rosto - ham .. tchau .. - e saiu. E eu fiquei ali, só nao estava sozinha por que o meu bebê me fazia companhia, olhando tudo e desejando que aquele pesadelo acabasse. Eu amava o Bruno, mas não dava pra esconder que eu não estava feliz com aquela situação, que me deixava cada vez mais depressiva ..

~ le Bruno

Eu estava muito feliz, mas sentia que minha Amy não estava tão bem assim. Estava indo pra gravadora, me ligaram dizendo que queriam conversar comigo, fiquei meio tenso com isso, mas fui. Chegando lá o meu chefe veio falar comigo, estava com uma expressão séria, que me deu medo

– Sr Peter, por favor sente-se. Haam .. o senhor recebeu a nossa ligação não é ?

– Recebi sim, e vim o mais rápido que pude, é sobre ...

– Sobre seus serviços, nós não precisamos mais deles

– O que ? - fiquei furioso naquele instante, deu vontade de quebrar tudo