Estava na escola, quando recebi um telefonema dos meus pais, a diretora venho me chamar, a cara dela estava péssima, eu sabia que a notícia que vinha por aí seria ruim. 

Acompanhei a diretora até a sala dela, e peguei o telefone preocupada e tensa.

Alô? - eu disse com a voz fraca

Filha, sou eu seu pai ! - ele disse com uma voz de choro

O que aconteceu pai? - eu estava ficando realmente preocupada, eu nunca vira, nem ouvira meu pai chorando, essa era a primeira vez.

Filha, sua avó, minha mãe, morreu hoje ás 13:30 em Londres, e a gente precisa ir pra lá, pra poder, en...te...rra-lá.. - Ele desabou a chorar.

Sinto muito pai, tudo bem eu vou com você pra Londres, mas que horas? - perguntei sem animação.

Eu estou indo te buscar agora mesmo, precisamos ir o mais rápido possível. - ele disse com pressa e desligou

Fui pra sala de aula, arrumei minhas coisas, e ignorei qualquer pergunta que fosse "o que está acontecendo?" "Porque você vai embora?".

Sai correndo, e fiquei lá fora esperando meu pai chegar, ele demorou um bom tempo, e enfim chegou. Entrei no carro, dei um beijo na buchecha dele, e fomos pra casa.

Quando chegamos, ele me deu 1 hora, pra arrumar minhas malas, e me despedir da casa. Corri pro meu quarto e encostei a porta, peguei meu diário e uma caneta, e comecei a escrever:

"Querido Diário,

Hoje recebi a notícia de que minha avó morreu, estou muito sentida com isso, vai ser muito estranho não poder conversar com ela.

Estou indo pra Londres, o que seria uma viagem feliz há uns tempos atrás, agora será uma viagem tensa e triste. Eu sei que devia estar feliz por um lado, de estar indo pro lugar onde a One Direction mora, mas nem isso me alegrava hoje.

Eu vi no rosto do meu pai, que ele estava tentando não chorar, ele estava tentando manter-se calmo por mim, pois ele sabia que se mostrasse alguma emoção desnecessária eu iria desabar a chorar, só faltava um pouquinho para isso acontecer.

Diário, você sabe o quanto eu era apegada a minha avó, depois que minha mãe morreu, a única coisa que restava era minha vó, e agora não me restará nada. Eu sabia que estava sendo pior para o meu pai, ele havia perdido a minha mãe quando eu tinha 3 anos, e teve de me criar sozinho desde então, e a única coisa que o dava apoio era minha avó, e agora ele estava sem as pessoas que amava, ele me disse um dia "Se todos que você ama se vão, uma parte de você vai junto", tudo o que resta ao meu pai agora sou eu, então eu decidi, fazer de tudo para ser uma boa filha.

Bom eu vou indo, preciso fazer as malas logo, antes que meu tempo acabe."

Fechei meu diário e coloquei dentro da mala, peguei todas minhas roupas e fui dobrando, depois coloquei tudo na mala, e a fechei.. Dei um último "tchau" pro meu quarto e desci as escadas.