I Love You, Kate. escrita por bolkan


Capítulo 1
The Morning After


Notas iniciais do capítulo

Aos meus amores.



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Ela guiou-o até onde ficava a cama, com uma timidez não visível. Chegando lá, virou o corpo para ele, pois seu olhar não havia saído dos dele.

–Eu te amo... – Ela disse, com suavidade e ternura.

Eles arfavam, cansados e maravilhados elo momento, e assim, repetiram tudo várias vezes, até caírem no sono, um nos braços do outro. Ela com um sorriso imenso, que não era visto em seu rosto há muito tempo.

–Castle, porquê não me acordou? – Beckett dizia com um sorriso genuíno

[...]

–Ka-Kate? – Perguntou Alexis, quase sem deixar que o nome fosse dito.

O escritor não pôde conter o sorriso. Tinha a filha mais encantadora do mundo. E o segundo sorriso surgiu renovando o primeiro, ao se lembrar de quem o esperava no quarto. Pegou a bandeja com as panquecas, e retomou seu assovio alegre, dirigindo-se ao quarto.

***

Kate entrou no quarto fechando rapidamente a porta atrás de si. Que descuido, estava tão feliz por estar ali na casa de Castle, por estar com ele e pela noite que tiveram, que se esquecera completamente de Alexis. Sair andando pela casa dele só de calcinha e com a camiseta dele também não fora uma escolha prudente, pensando bem. Estivera tão envolvida pela alegria dos últimos acontecimentos que se deixou levar como uma adolescente, agindo sem pensar e ficando sem palavras diante da filha do homem que amava. Ali ela encostou-se à porta, em um misto de sorriso e constrangimento. Apesar de tudo, fora, certamente, uma cena engraçada de se ver. Estava tão feliz.

Da sala ela escutava Alexis conversando com o pai.

–Tá bom, tá bom... Bem, eu não sei se estamos juntos, mas espero mesmo que sim, por que..

–Por que você a ama.

A observação da garota faz Kate sorrir, e ela fica na expectativa pela resposta de Castle. Já ouvira ele dizer que a amava antes, mas era diferente... E ela ouviu só silêncio por algum tempo fazendo-a ficar ansiosa e levemente angustiada.

–É, eu a amo.

E sorriso retomou sua face, com ainda mais intensidade. Ela não poderia estar mais feliz. Não conseguiu solucionar o assassinato da sua mãe como se comprometera por boa parte de sua vida, mas não queria mais pensar nisso. Agora estava realmente vivendo sua vida, com alguém que amava e que a amava também. Depois de tanto tempo conseguiu quebrar seu muro de proteção e entregava-se ao homem que amava, e já amava há algum tempo. Ouviu quando Alexis anunciou que iria dormir e esperou algum tempo para poder chamar Castle.

Abriu a porta devagar para poder vê-lo, mas ele já estava indo para o quarto levando uma bandeja com café e panquecas.

-Bom dia. Já estou trazendo seu café... – Ele disse, entrando no quarto e indo para a cama, fazendo Beckett segui-lo.

-Castle, não precisava...

-É claro que precisava. Agora venha comer. - Ele disse, fazendo sinal para ela sentar-se ao seu lado na cama.

Ela sorri e senta no local indicado.

-Smiles? – Ela pergunta, apontando para as panquecas.

-Sim. Aqui em casa usamos essas panquecas em ocasiões especiais.

-E é uma ocasião especial? – Pergunta, provacativa.

-Você vir na minha casa e dizer que me quer torna tudo muito especial... E a noite também não foi nada mal.

E ela dá-lhe uma tapa no braço, para depois puxa-lo para um beijo rápido.

-É, foi uma ocasião muito especial.. – Ela sussurra com um sorriso.

Ele a beija de volta, antes de voltar a falar.

-Agora coma seu café.

Enquanto ela saboreia o café e as panquecas, Castle fica a observa-la. Não pôde esquecer o modo como ela chegara à noite passada.  Estava toda molhada e seu olhar revelava algo que ele não podia decifrar. Um misto de desejo e... ? A palavra lhe escapava. Também não esquecera o que ela falara “eu quase morri...”, ou as manchas roxas que começavam a surgir na barriga de Beckett. Não quis pergunta-la sobre aquilo antes, mas a curiosidade o corroía por dentro.

-Kate...

Ela comia as panquecas com um prazer quase infantil. Não parecia que tinha acabado de passar por tantos problemas.

-uh?

-Kate, eu... Não quis perguntar antes, pois achei que não era a hora para isso... Mas agora eu quero saber. O que realmente aconteceu ontem? No dia anterior você me pareceu tão determinada a pegar o assassino da sua mãe, você... – E ele se engasgou com a lembrança da última conversa que tiveram antes do reencontro. Como ele se declarará e ela não dera o devido valor a isso. – Foi em frente mesmo depois do que eu disse. – A voz dele denotava amargor. – E ontem chegou molhada, com marcas roxas no corpo, e diz que quase morreu... O que aconteceu?

A esse momento Kate já terminara de comer. Olhava-o um pouco entristecida. Percebera o quanto podia tê-lo magoado, mas não podia deixar de estar feliz por não perdido sua chance de ficar com ele. Não sabia o que falar. As lembranças do dia anterior ainda causavam-lhe muita dor, mas ela sabia que teria que explicar tudo mais cedo ou mais tarde. Deixou uma lágrima escorrer antes de criar coragem para falar.

-E-Eu fui atrás do assassino, nós encontramos o lugar onde ele estava escondido. Lá encontramos os arquivos do Montgomery, e percebemos que ele procurava por alguém. Íamos pegar os documentos, mas ele estava lá e atacou o Esposito e a mim, antes de fugir. Eu o segui e fomos parar na cobertura do prédio. Lutamos e... – Ela teve que parar de falar por alguns segundos, para poder conter as próprias lágrimas.  – Ele me derrubou e eu acabei ficando pendurada no parapeito do prédio. – Ela o encara com os olhos cheios de lágrimas e pode ver que ele também está tentando não chorar, mas olhar para ele só faz  com que ele perca o controle e uma lágrima teimosa escorra, riscando-lhe a face que estava marcada pela dor do relato que ele ouvia. – E, pendura no parapeito, eu não pensava em como eu ia morrer sem fazer justiça pra minha mãe, eu só... – E um sorriso começa a surgir em sua face, mas um sorriso molhado, pois a emoção faz as lágrimas saírem sem controle, fazendo-a tremer pelo contraste de duas emoções fortes, a de dor e a de alegria plena. – Eu só pensava em como... Como eu poderia morrer sem... Sem ter vivido uma vida ao seu lado. – Fala entre soluções e sorrisos.

Ao ouvir a última frase, Castle a beija com amor, com sede dos lábios dela, mas é interrompido por ele depois de alguns minutos, quando ela já está quase sem fôlego...

-T-Tem ma-mais.. – Diz, tentando recuperar o ar que lhe faltava.

-Não me importa – Responde, tentando beija-la novamente.

-Não, Castle. Preciso te co-contar. – E ele senta-se novamente, rendido. – Eu fiz isso escondido de Gates, para que ela não me impedisse de resolver o caso da minha mãe... Fui atrás dele sem reforço, só eu e o Esposito... Mas Ryan avisou a capitã e foram eles que me salvaram. Ela quis me botar de licença por ter omitido informações, mas eu... Eu renunciei.

-Você renunciou? – Agora ele parecia surpreso e, talvez, preocpado.

-Sim... Eu não poderia seguir com aquilo. Eu só pensava em... Você.

Ele sorri e afaga o rosto dela, e eles ficam se encarando por alguns minutos, antes que ele quebre o silêncio.

-Só me preocupa é que você gostava tanto do que fazia.

Ela fica com um sorriso hesitante.

-É, eu gostava, mas eu não poderia mais viver daquele jeito, me escondendo atrás de um assassinato e sem viver minha própria vida. Eu... Não podia arriscar tudo de novo. – Um lágrima solitária escorreu por sua bochecha, sendo rapidamente retirada pelos dedos dele que acariciavam sua bochecha com suavidade.

-Ok, então.

-Ok?

-Ok.

-Tem certeza que não vai gostar menos de mim por eu não ser mais detetive.

-Você sempre será a Detetive Beckett, Kate. Só que sem armas e sem distintivo, mas essa mulher é você. Forte, valente, inteligente, linda... Não teria como gostar menos de você. Eu te amo.

E ela o beijou. Um agradecimento, um gesto de amor.

-Eu te amo, Castle... – Sussurrou entre os lábios dele, antes de puxa-lo para um beijo mais intenso.

As carícias foram se aprofundando mais uma vez, e eles se entregaram novamente ao momento.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Me ajudem a continuar a histórias contando a sua opinião. :}



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