Um Bilhete Só De Ida escrita por Longer


Capítulo 1
Só de ida, só de ida, um bilhete só de ida




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Miley está se preparando para ir a uma festa de dia das bruxas que sua escola tinha organizado em um local longe.
A garota estava muito animada, ela tentava se arrumar o mais rápido possível. Apenas faltava alguns detalhes da maquiagem que a sua mãe estava fazendo nela.

– Pronto, querida, já está pronta – disse a mulher mais velha com um sorriso.
– Obrigada, mãe – a mais nova sorriu também – Nossa, ficou de mais! Obrigada mesmo – ela queria abraça-la, porém, se fizesse isso, tudo que foi feito seria em vão, porque poderia borrar tudo e iria sujar a outra mulher.
– Não foi por nada. Enfim, você não me respondeu ainda – sua mãe cruzou os braços – por que se vestiu de vaqueira-zumbi? – levantou uma das sobrancelhas.
– Ah, é porque – a mais nova olhava para os lados em busca de uma boa desculpa, porém, não achou uma; decidiu em contar a verdade – como é dia das bruxas, e a minha prima do interior me assusta muito e muito perigosa, então eu decidi me vestir assim – levantou o olhar.
– Se eu soubesse disso antes, você iria se vestir de outra coisa – fingiu estar brava – ande. Se aprece se você quiser chegar lá a tempo.
– Tá bom – Miley saiu do quarto de sua mãe indo direto para o seu para pegar seu celular. Assim quando o pegou, começou a tocar. Rapidamente atendeu.
– Alô? Lily?
– Oi, Miley. Já está pronta?
– Já sim. Já vou sair de casa.
– Então tá. Estou te esperando.
– Ok – encerrou a chamada.
– Mãe, já vou indo.
– Tá bom, Miley. Se cuide. Tchau.
– Tchau – desceu as escadas, se despediu de seu pai e saiu de casa.

A garota teve que andar um pouco, pois a estação de trem era um pouco longe de onde morava.
Quando chegou ao local, este estava vazio e escuro – já era de noite –, sentiu um pouco de medo, mas deixou os pensamentos de lado indo até a bilheteria.

– Um bilhete, por favor – disse a garota entregando um nota para a moça asiática de cabelos curtos de tom dourado que a olhava com um certo tédio do outro lado do vidro. A mulher, sem dizer nada, a entregou, e Miley agradeceu.

A garota andou para a linha do trem para espera-lo vir. Lá também estava escuro, mas tinha outras mulheres – também asiáticas - esperando. Todas estavam com malas grandes, algumas sentadas nelas, e com um bilhete na mão.
Como iria demorar, olhou o bilhete vendo os detalhes que o papel tinha. Havia uma frase em coreano na qual não sabia o que significava, mas não ligou muito, pois achou que era para os estrangeiros coreanos entendesse o que era.
Em cima dessa frase, tinha uma outra escrito: Só de ida, só de ida, um bilhete só de ida.
“Mas é claro que é só de ida. Eu não vou voltar com o mesmo bilhete, não é?” pensou com sigo.
Depois de alguns minutos, o trem chegou, logo ela – e as outras mulheres – embarcou nele em silêncio.
Durante o caminho, Miley começou a sentir um desconforto.
Estava com medo.
As luzes fracas do trem não paravam de falhar, o que assustava a garota. Logo o ambiente começou a ficar frio, e quase que automaticamente, ela se encolheu e passou seus braços em vonta de seu corpo para amenizar o frio.
Ela achou estranho da parte das mulheres estarem com a aparência neutra e não aparentar estar com frio. Elas apenas trajavam um sobretudo de cor clara, com as pernas de fora e usando salto alto.
De repente, as luzes pararam de falhar; Tudo ficou escuro.
Ela sentiu mais medo ainda. Sua respiração estava pesada. Se encolheu do banco nada macio por causa da sensação.
Começou a ouvir vozes de homens, mulheres e de crianças.
Não sabia o que estava acontecendo, apenas estava com muito medo e paralisada. Nem chegou a se belisca para ver se o que ela estava ouvindo e presenteando o que estava acontecendo; ou se era um sonho.
Logo as luzes se acenderam, sem falhar.
Ela viu muitas pessoas no vagão, porém, não viu as mulheres com quem entrou junto.
Parecia que tudo estava normal, mas ainda estava assustada, queria gritar.
Novamente, as luzes do ambiente se apagaram. Mas não ouviu vozes, estava tudo silêncioso.
Mesmo não vendo por trás dos óculos falsos que usava, sentiu a presença de alguém em suas costas.
E as luzes se acenderam. E no vagão, tinha gente morta e ensanguentada com mosquitos sobre os cadáveres e outras partes de membros que estavam separados dos corpos.
Tentou gritar, tentativa em vão. Não conseguiu.

– Miley... – ouviu uma voz familiar do seu lado. Não queria olhar, mas seu corpo se mexeu, para ver quem era que estava lá, sem sua permissão, parecia até que era outra pessoa em seu corpo por ter se mexido sozinho.

Se assustou ainda mais quando viu quem era.
Era ela.
A sua prima.
Trajava as mesmas roupas que Miley usava, porém a prima estava ensanguentada e com os ossos e carnes à mostra.
Seus olhos começaram a lacrimejar, e logo já estava chorando como se não houvesse amanhã.
– Sua bobinha – disse sua prima com um sorriso em seu rosto deformado – pensou que o bilhete era para te levar ao destino que queria, não é? – não respondeu. Nada saia se sua garganta - você vai ficar aqui comigo, para todo o sempre. Não irá mais voltar para casa. – logo deu uma gargalhada e avançou em Miley que não deu oportunidade para sua presa fazer alguma coisa.

E como prometido de sua prima, Miley não voltou. Foi-se com sua prima que a levou para um lugar não muito bom...



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Notas finais do capítulo

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