...Amy...

Eu abri meus olhos lentamente, ainda estávamos presos.

–Amy você sabe o que fazer né?

Will diz.

Eu olho ao meu redor. Minha bolça não está aqui, nós estávamos sem ambrosia. Só podia ser sonho. Por que as coisas nunca são como eu quero que seja? Por que tudo de errado sempre acontece comigo?

–Não temos ambrosia. Minha bolça sumiu.

Eu digo. Todos olham em volta.

–Droga.

Mattie esbraveja

–Eu faço, mas vamos precisar nos infiltrar para pegar a minha bolça.

Eu digo.

–Desde quando você é a líder?

Nancy pergunta

–Desde que é a minha mãe!

Eu grito.

–Quieta Amy! Se alguém te ouvir...

Tonny sussurra.

–É a minha mãe.

Eu choramingo.

–Você não é a única sofrendo aqui...Quer dizer... Todos nós vamos sofrer com isso... O mundo pode explodir e... –Tonny desiste de tentar falar- Abre a algema logo vai.

Eu imagino uma chave abrindo as algemas do Will... mas teve um erro de percurso... Tipo... Uma chave branca aparecer no colo de Nancy não estava nos meus planos. Agora alguém me diz como vamos pegar a chave no colo da Nancy e abrir as algemas, enquanto estávamos todos algemados e amarrados em uma cadeira? Por que não poderia ter dado certo? Ah, sim, me lembrei. EU SOU UMA SEMIDEUS NADA VAI DAR CERTO PARA MIM.

Todos me olham incrédulos.

–Amy, querida... Como vamos abrir as algemas deste jeito?

Nancy pergunta irritada.

–Eu estava em treinamento. Magica não é muito fácil.

Eu me defendo.

Tonny vira sua cadeira (com algum esforço) e caiu quebrando as duas pernas da frente da cadeira (e provavelmente alguns dos seu ossos foram junto) Ele se levanta (cambaleante) se vira e chega perto de Nancy. Mattie segue seu exemplo (Só que ele não parecia tão machucado no final) e vai para o outro lado de Nancy. Os dois tentam pegar a chave no colo da, a ruiva ficou completamente vermelha.

–Da para vocês trabalharem juntos?

Eu digo estressada.

Mattie se irrita

–Vem você então. Faz melhor!

Eu sorrio para ele.

–Will chuta os pés da cadeira.

Ele me obedece, a cadeira lasca. Mais um cinco chutes em cada pé da cadeira. (Ele já estava parecendo um cavalo dando coice) a cadeira quebra.

–Ai.

Eu reclamo me levantando.

–Tonny, mãos para a esquerda. Agora empurra a chave.

Ele obedece e a chave vai parar na minha mão

–Vira.

Eu digo e abro a algema dele.

Depois deum tempo já estávamos todos livres.

Eu olho para o Mattie com um sorriso vitorioso.

–Viu, é assim que se faz.

Eu me gabo.

–Tanto faz.

Ele diz emburrado.

–Agora vamos pegar a bolça.

Neste momento tudo começa a girar, minha vista escurece um pouco.

–Eu não estou bem.

Eu me sento no chão.

–Amy precisamos de você para pegar a mochila. É melhor...

O Tonny diz se ajoelhando ao meu lado.

–Não se atreva!

Eu interrompo ele furiosa.

...Mattie...

–Amy você é filha da deusa da noite, das criaturas noturnas. Dos VAMPIROS! Não aja como se isso fosse surpresa. Todo filho de Nyx, não importa o quão bondoso seja, sempre terá um instinto assassino, uma sede de sangue, por menor que seja, está lá, e você tem completa consciência disso. Agora para de ser cabeça dura e aceita.

Tonny diz exaltado. O que me surpreendeu... eu achei que ele não se exaltasse nunca.

Ela olha para ela pensativa, hesita por um segundo, mas logo diz

–Não.

Amy fala firme.

Tonny se exaspera.

–Amy para de bater de frente e não nega sua natureza!

Tonny diz chacoalhando ela.

Isso de certa forma me incomoda. Eu seguro o ombro dele

–Tonny._ eu advirto, Amy me olha confusa_ Não estou dizendo que a senhorita estresse ai tem razão_ eu digo indicando Amy com a cabeça._ Só não quero perder tempo, ou aceita ou eu te carrego.

Eu falo para Amy.

Ela cruza os braços, eu interpreto isso como resistência. Eu jogo ela no meu ombro

–Ai! Bruto! Idiota! Insensível!_ Ela diz se debatendo._ O Will foi mais delicado!

–O Will é mais delicado.

Eu digo sorrindo.

O Will que estava encostado na parede assistindo a nossa cena percebe o que eu disse e diz

–Ei!

Amy da risada e Tonny analisa tudo com um sorriso no rosto.

–Amy, você prefere mesmo ficar assim?

Ele pergunta divertido

–Não ela diz baixinho

–Eu não ouvi.

Eu digo implicando com ela, o sorriso do meu rosto se recusava a sair

–Me solta seu monstro.

Ela se debate ainda mais, ela me dá um tapa nas costas mas eu finjo não ter sentido nada.

–Não era isso que eu queria ouvir.

Eu digo

–Mattie me solta.

Ela choraminga e tenta me chutar

–Onde está a palavrinha mágica?

Eu digo segurando o riso, já prevendo os muitos tapas que viriam a seguir.

–Me solta por favor.

Ela diz brava. Isso foi surpresa.

–Viu não foi tão difícil.

Eu digo colocando ela no chão. Ela ve meu sorriso.

–Idiota._ ela olha para Tonny_ Vai logo antes que eu mude de ideia.

Ela diz irritadinha.

Tonny pega o meu braço, em questão de um segundo ele pega uma espada e corta me braço. Eu fico surpreso.

–Eu prefiro que me digam quando vão me usar.

Eu digo irônico.

–Fecha a mão, com força. Tem que sair sangue deste corte._ Tonny instrui._ Amy é com você.

Ele diz.

–Eu não vou tomar dele.

Ela diz indo para trás.

–Por que não?

Eu pergunto ofendido.

–Sério, você não quer que eu tome de você.

Ela diz um tanto melancólica.

Tonny parece entender, ele corta o próprio braço a passa o dedo pelo filete de sangue.

Ele mancha os lábios dela com o sangue, e ela passa a língua pelos lábios.

No mesmo instante ela parece mais corada e forte.

Ela sorri agradecida para ela, ele puxa ela para um abraço, e diz alguma coisa no seu ouvido.

Eu me sinto mal, sabe quando você se sente inútil? É isso, eu acho.

–Vamos?

Todos, menos o casalzinho abraçadinho esquisitinho, dizem.

Amy ri.

–Relaxa Nancy e Charlie, e população feminina. Eu e Tonny não podemos ficar mais próximo que já somos.

Nancy cora.

Charlie... população feminina? Olho para o Charlie, ele esta tão vermelho quanto Nancy.

–População masculina, abre parênteses Mattie e Will fecha parênteses, não temos nada de mais... nossa relação é mais como uma irmandade.

Ele diz com um sorriso no rosto, claro, até ele levar uma cotovelada da senhorita estresse lhe dar uma cotovelada.

Por que eu e o Will... quer dizer o Will é óbvio, só falta babar... Pera ai!

–Quem fala abre parênteses e fecha parênteses?

Eu pergunto.

–Eu falo.

Tonny se defende.

–E por que eu e o Mattie.

Ele diz meu nome com desprezo. Ele é meu melhor amigo, mas amigos, amigos garotas aparte.

Esse sempre foi o nosso lema... mas, eu não tenho e nem quero ter nada com aquela baixinha estressada.

–É finge que não sabe.

Tonny diz.

–Vamos logo!

Amy diz destrancando e brindo a porta.

Adivinha o que encontramos! Quem ai disse a mini psicótica da Lucy? Parabéns! Você errou! Nós encontramos uma gorgona.

A coisa feia olhou a gente e emitiu um ruído horrível. Amy fecha a porta e se apoia nela.

–Então... como vamos sair daqui?

Amy pergunta.

–Sei lá. Tenho cara de filho de Atena?

Eu digo.

Todos resolveram ajudar Amy a segurar a porta, batidas fortes quase à abria. Depois de muitas pancadas a porta começa a rachar.

–Afasta

Amy grita.

Todos pulam para trás e a porta se abre, revelando um exército de mini Enios. Tento pegar o meu anel, mas ele não está comigo.