Grand Chase Em: Os Contos De Fadas! escrita por Naslir


Capítulo 9
Alice no País das Maravilhas Parte I


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, eu tava morta ta? Tiveram que juntar as esferas do dragão pra me resgatar u.u Tá, não tiveram não. Mas enfim, não tem como eu me desculpar (eu acho) mas sim, a Lady está de volta com mais um cap (que demorei quase UM ANO pra escrever). E queria deixar claro aqui que eu realmente ia parar de escrever a fic. Mas eu continuei recebendo reviews que me pediam pra continuar. Obrigada, muito, vocês conseguiram fazer com que eu voltasse a escrever, eu recomendo esse cap a todos que me encorajaram a voltar. MUITO OBRIGADA! A LADY AMA VCS *3*~♥
Esse cap é SIM! Alice no País das Maravilhas o/ Só que não é o conto original, é baseado no filme do Tim Burton, então sim, o filme é dele, eu fiz um tipo de releitura e adaptei para a nossa versãozinha dos contos de fadas. O cap ta grande pra compensar *3* (acho q ta grande --')
Boa leitura!
Fonte da imagem: http://aniplay.deviantart.com/art/drawing-wonderland-265014951



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Era uma noite em Londres, uma garotinha de estranhos olhos heterocromáticos e longos cabelos azuis se aproximava da sala onde seu pai falava de negócios com pessoas desconhecidas.

- E aquela coisa de “Era uma vez” e todo aquela bobagem de contos de fadas? – Lupus perguntou, ele se encontrava sentado em uma das poltronas de frente para o palco.

- Você devia estar na coxia... – a narradora suspirou irritada.

- Eu só entro depois. – o loiro deu de ombros.

- Elesis, por favor.

- Deixa comigo. – a ruiva saiu detrás da coxia e segurou Lupus pelos cabelos, ignorando seus gritos de raiva o arrastando para de onde havia saído.

- Da próxima vez, puxa pelas orelhas, são sensíveis. – comentou Lass.

- Pode deixar. – respondeu Elesis.

- Aquele pesadelo de novo? – o pai da menininha, com longos cabelos azuis perguntou, e a garotinha apenas afirmou com a cabeça. – Não demoro. – o homem saiu da sala.

- Eu estou caindo, em um buraco escuro e vejo... Criaturas estranhas. – ela contava já deitada em sua cama com o pai do lado.

- Que tipo de criaturas?

- Têm um pássaro Dodô, que por sinal é realmente muito estranho, porque esse ser foi extinto há muito tempo. – ela ajeitou seus óculos.

- Minha filha é tão inteligente... – disse o homem com lágrimas de felicidade.

- Qualquer tonto saberia disso papai.

- Desculpa, eu não sabia...

- Tolos, tolos por toda parte. – a garotinha negava com a cabeça.

- Eu também não sabia disso. – comentou Ryan inocente.

- Shi! – todos falaram em uníssono e Ryan imediatamente ficou quieto.

- O que eu fiz de errado agora?...

- Um coelho de paletó, um gato risonho. E, uma lagarta azul. – ela deu uma pausa. – Você acha que eu estou ficando maluca?

- Sim, você está maluca, pirada! Mas vou contar um segredo. As melhores pessoas são assim.

- Só que não né? – falou Dio cruzando os braços.

- Dá pra calar a boca! Eu to tentando atuar aqui! – Ronan finalmente se irritou. – Seu idiota, seu chifre ocupa seu cérebro também?

- Ui, tá irritadinho. – acompanhou Siegh.

- Mas ainda falta muito pra virar homem. – agora era Lupus.

- Verdade. – concordou os outros dois. Nesse instante, os três são atingidos por uma enorme Enciclopédia.

- Valeu Mari. – sorriu Ronan.

- Você continua agindo como uma garotinha. – falou a garota em um tom frio.

Treze anos depois, Alice estava em uma festa dançando com um homem de cabelos ruivos.

- Haymith, você não se cansa de dançar? – pergunto Alice enquanto os dois davam passos lentos para os lados.

- Pelo contrário, acho revigorante. – Haymith possuía uma feição alegre. – Não se pode lutar contra os velhotes dos meus pais. – O homem deu uma pequena risada. Alice deu um grunhido. – Acha isso estranho?

- Só imaginei seu cérebro trabalhar em um nível consideravelmente normal.

- Seria bom guardar sua imaginação só para você, isso nunca vai acontecer. Quando tiver dúvida, fique em silêncio.

- Epa, perai. O personagem tá se xingado aqui, pode isso produção? – Jin reclamou enquanto o pessoal da produção negava com a cabeça.

- Cale a boca, eu quero que seja assim. – imediatamente, a produção assentiu com a cabeça murmurando “Sim”, “Claro”, “Ficaria legal”, “Foi ela que disse, fazer o que né...”. A narradora revirou os olhos. – E de vez em quando, o script fala coisas que são reais em relação ao ator.

- O que quer dizer com isso? – o garoto choramingou.

- Que você é tão idiota que até hoje não percebeu que a Amy não dá a mínima pra você. – comentou Mari fazendo ele voltar para sua posição no palco com lágrimas nos olhos.

- Meu pai sempre dizia que acreditava em seis coisas antes do café da manhã. – Haymith suspirou e a levou para longe da dança.

- Alice, me encontre no coreto em dez minutos. – e se afastou.

Alice foi andar pelo Jardim. Ouviu uma movimentação estranha nos arbustos.

- Um coelho. – ela viu o pequenino animal com sua pelagem meio lilás o perseguiu até ser parada por Haymith.

- Antes, a Mari me machucou com aquelas palavras frias, agora o Azin pegou o meu papel de coelho! Desisto dessa peça! – Jin pegou um objeto qualquer no palco e jogou na plateia.

- Por que fez isso Jin?! – Arme disse surpresa.

- EU TO NERVOSO!

- Ih, ataque de pelanca logo agora Jin? Você tá ficando velho. – falou Azin com os braços cruzados e com ar de decepcionado.

- Você está ai. – ele a segurou pelo braço e a guiou até o coreto. O homem se agachou e segurou as mãos de Alice.

- Alice, quer ser minha esposa? – e sorriu esperando a resposta enquanto um homem ao fundo pintava um quadro da cena.

- Todos esperam que eu aceite. Eu. – Alice olhou para o lado e viu um coelho com paletó. – Com licença. – e disparou atrás do bicho.

Chegou em uma árvore. Lá havia um buraco, ela se abaixou mas acabou por cair dentro do buraco. A queda era grande, a sua volta estavam vários objetos, uma cama, relógios e até um piano. Mesmo caindo, Alice não gritava, estranhamente estava muito calma.

- Esse vento está amarrotando minhas roupas. – comentou Mari com os braços cruzados.

O fim era uma sala de ponta cabeça, ela simplesmente caiu e a sala voltou ao normal. Em volta havia várias portas, todas trancadas. E no centro, uma mesinha com uma chave. Alice tentou abrir as portas, mas a chave coube apenas em uma pequenina porta.

- É fisicamente impossível eu passar por essa porta.

- Uma Alice nerd, que legal. Olha, vem cá, porque você decidiu mudar o enredo praticamente todo nesse conto? – perguntou Lin.

- Porque eu posso tudo, iaha! Agora volte pro seu canto, pés descalços.

Olhou ao redor e viu que na mesinha onde estava a chave, agora se encontrava um frasquinho onde havia escrito “Beba-me”.

– Isso é apenas um sonho estúpido. – então tomou um gole do líquido e encolheu. - Definitivamente um sonho estúpido. – deu uma pequena pausa e olhou para cima. – Oh, esqueci a chave.

- Você achou que ela se lembraria de tudo que ouve na primeira vez. – disse uma voz.

- Você trouxe a Alice errada! – outra voz porém muito mais exaltada falou dessa vez.

- Essa é a verdadeira Alice! Eu tenho certeza.

Alice achou uma caixinha onde estava um bolinho escrito “Coma-me”. Deu uma mordida e de repente sua cabeça já estava encostando no teto.

- Acho que enlouqueci e vim parar no hospício. – ela pegou a chave bebeu o líquido novamente e encolheu, abriu a porta. – Eu definitivamente estou no hospício.

O mundo onde ela agora se encontrava era completamente diferente de sua realidade: imensas flores de cores jamais antes imaginadas, árvores que davam curvas e mais curvas em seus galhos, animais engraçados que chegavam a ser até bizarros, uma verdadeira floresta “encantada”.

- Estranho e curioso. – comentou avançando.

- Eu avisei, essa é a Alice certa. – era o coelho lilás comentando com um casal de gêmeos de cabelos brancos e olhos azuis.

- Mas ela não parece. – falou o menino.

- Isso é porque ela é a Alice errada! – esbravejou uma garota de cabelos escarlates com um par de orelhas, um focinho de rato e um fino rabo. Esta usava roupas um tanto quanto vulgares.

- Elesis... Cê tá tão sexy... – comentaram em uníssono Ronan, Sieghart, Ryan e Azin.

- CALEM ESSAS MALDITAS BOCAS! – a ruiva jogou um livro e nesse momento sua saia levantou um pouco deixando quem estava atrás, no caso Lupus, “feliz”.

- Eu vivi até esse momento, agora posso morrer em paz... – falou o loiro já caindo nocauteado pela ruiva. Todos riam descontroladamente, exceto a narradora que já estava prestes a explodir.

- E VOCÊ FICA QUIETA! Você não tem moral pra falar nada aqui não! – Elesis apontou para alguém aleatoriamente.

- Desculpa queridinha, mas não sou eu quem está usando fantasia de rato. – disse Rey soltando uma risada.

- Ah, falou a garota que anda por ai com praticamente só trapos no corpo, e você ainda é rica!

- Você morre hoje ruivinha...

- É assim que me agradece?! Passei semanas, meses, quem sabe até anos procurando por essa Alice! – Disse indignado.

- Cala a boca, você passou dois dias. – completou a rata. – E ainda não me convenceu, essa é a Alice errada!

- Ah, se ela fosse, ela poderia ser. – disse a menina que compunha os gêmeos.

- Se não é ela, ela não será. – disse o menino.

- Se fosse mesmo, ela seria.

- Mas ela não é de jeito nenhum!

- Ai meu Deus, deu Lag! – falou Ryan segurando a cabeça e se agachando.

- Ahm? O que? Não entendi. – falou Sieghart completamente por fora do assunto. – Ah, foi mal, estava tão focado na bunda da Elesis que não consegui prestar atenção. – babou.

- IAHA!

Elesis o acertou com uma voadora.

- Amy, por que diabos você gritou isso?! – Disse Elesis com o colarinho de Sieghart preso em seu punho.

- Os efeitos sonoros não podem ser esquecidos amore! – sorriu a rosada fazendo pose.

- Com licença. – Alice interrompe, voltando atenção para ela. – Vocês poderiam me informar em quarto do hospício eu estou hospedada?

- Temos de encontrar o Absolen! – apressou-se o coelho.

- Eu a acompanho. – sorriu o menino de cabelos brancos.

- Não! Eu a acompanho. – a menina entrou na frente.

- Eu nasci primeiro!

- Eu sou mais bonita!

- Mas eu nasci primeiro!

- Você nasceu dois segundos antes de mim!

- A gente nasceu juntos sua burra!

- Os dois podem acompanha-la. – disse o coelho revirando os olhos.

No caminho, mais e mais coisas estranhas apareciam, então Alice disse:

- Quem é esse tal de Absolen?

- Ele é sábio, é absoluto.

- É Absolen. – disseram os gêmeos.

Eles caminharam mais um pouco até encontrarem um espaço coberto de fumaça azul e, no centro, uma lagarta azul maior até do um leão.

- Quem és tu? – a lagarta soltou uma baforada de seu estranho cachimbo em Alice que tossiu.

- Você sabia que fumar causa grandes prejuízos aos aparelhos respiratórios?

- Vem cá, onde arranjou esse troço? - disse Lupus.

- É que eu manjo dos paranauê. – respondeu Ronan tragando o aparelho.

- Você vai manjar desses paranauê, quando tiver cinquenta anos, seu pulmão estiver preto e você morrer de parada cardíaca. – falou Elesis afastando a fumaça que tinha ido direto para seu rosto.

- Ih bruta.

- Absolen? – perguntou Alice.

- Eu sou Absolen, menina burra.

- Foi o que eu disse.

- Ah... Que seja. – a lagarta deu de ombros. – A pergunta é. quem. és. tu?

- Alice.

- Tanto faz, desenrole o Oráculo.

Ao abrir uma espécie de pergaminho, ela viu a si e matando uma criatura com chifres enormes, escamas e asas horrendas: um dragão.

- Essa sou eu?

- Sim! Esse é o Glorian Day! – falou o gêmeo

- O dia em que você acaba com o reinado da Rainha Vermelha! – completou a menina.

- Mas diga Absolen. – Alice voltou seus olhos para a lagarta e se afastando aos poucos junto dos outros. – Essa é a verdadeira Alice?

- Há! Claro que não! Nem de longe! – disse Absolen desaparecendo em meio à fumaça azul.

- Eu avisei! – esbravejou a rata.

- Oh céus! – lamentou o coelho.

- Eu disse. – falou a garota.

- Não, eu disse! – seu irmão a contrariou.

- Pelo contrário, você disse que não pode ser.

- Não! Você disse que ela seria se ela fosse!

- AH! DE NOVO! Parece que tomei sorvete rápido demais! – gritou Ryan.

- Sério? Sério mesmo Ryan? – ironizou a narradora.

- Não, é porque ela fala que disse, ai ele diz que não disse mas que ele disse que disse e ela diz que ele não disse! – gritou Ryan desesperado.

- Essa nem eu entendi...

- Estou passando mal! Levem-me! – Ryan falou caindo para trás certo de que Lire o seguraria.

- Ahm?- ela ergueu os olhos de seu pequeno livro e viu o elfo caído. – Ué...

- Acreditei em você! – disse o coelho.

- Eu não tenho culpa de ter sido trazida pra ca por você.

- A culpa é sua! – gritou a rata apontando para Alice.

- Mas espera, esse sonho é meu. Eu vou acordar e vocês todos desaparecerão. – Alice fechou os olhos e se beliscou. Ao tornar a abri-los, todos continuavam lá. – Curioso. Um beliscão sempre resolve.

- Se quiser eu furo você! – a rata tirou uma espata de uma bainha de sua cintura e a apontou para a menina.

- Pode ser que ajude, obrigada.

- Vai ser um grande prazer! – a rata correu e deu um golpe mirando o pescoço de Alice, ela abaixou segundos antes de a lâmina tocar sua cabeça. – Aff.

- Ryan! – sussurrou a narradora da outra coxia. – Levanta!

- Levanta daí seu encosto! – Elesis o chutou para fora da coxia e o garoto caiu sentado com um baque surdo.

- Anda!

- Ah! Desculpa!

De repente, uma fera com o pelo laranja e dentes afiados adentrou da mata seguido por vários guardas como cartas, gigantes e completamente vermelhos.

- Capturandan! – gritaram os gêmeos em uníssono.

Imediatamente todos começaram a correr desesperados, com os guardas em sua cola. Alice conseguiu sair do caminho, porém a fera a seguiu com urros e passos pesados. Até que então, a menina parou subitamente.

- Espera, é apenas um sonho. – e se virou enquanto Capturandan continuava correndo. – Não vai me machucar.

- O que você pensa que está fazendo?! – a rata correu e montou no bicho, cravando sua espada em seu olho e o retirando. A fera urrou de dor. – Corre sua tola! – falou correndo enquanto o Capturandan se debatia em plena fúria.

O ataque de fúria da fera arranhou o braço de Alice antes que ela começasse a correr. Porém ela conseguiu sair e disparou pelo local desconhecido junto com os gêmeos, já que o coelho havia sido capturado pelos guardas.

No caminho antes ocupado por Alice e os outros, um homem com os cabelos louros com sua franja caindo sobre um dos olhos em um formato curioso de um Naipe: Espadas.

Ele se abaixou e apanhou o Oráculo. Olhou-o e um semblante preocupado mesclado com raivoso apareceu em seu rosto. Fechou o pergaminho, correu e montou em um cavalo negro que disparou junto com os guardas.

- Que gay Lupus! – ria Sieghart olhando o garoto. – Qual é a da franjinha? – ele mexeu na franja do louro e caiu na gargalhada novamente.

- É, mas pelo menos meu rosto não dói por causa dos socos de uma garota.

- A Elesis é forte tá? Tem que ser muito homem pra aguentar oitenta quilos daquela garota. – reclamou Siegh tampando seu olho machucado.

- Oitenta quilos? – a ruiva apareceu com uma aura negra que segou o moreno.

- EU NÃO QUERO MORRER! LUPUS! SOCORRO! – gritou com lágrimas nos olhos.

- Depois fica zoando o Ronan. – e começou a rir.

- Olha o bullying! – protestou o azulado.

Uma bifurcação no caminho que Alice e os gêmeos seguiam os atrapalhou e um imenso pássaro agarrou os irmãos e voou para longe, ficando apenas a menina de cabelos azuis.

O pássaro voou entre um deserto com formações estranhas de pedras até chegar a um castelo imenso e vermelho.

- ALGUÉM ROUBOU TRÊS DAS MINHAS ESSÊNCIAS! – as portas enormes de dentro do castelo se abriram com força e uma mulher esbravejou. Esta, tinha cabelos rosas e ondulados e usava um grande e luxuoso vestido vermelho. Em sua cabeça, uma coroa. Porém não era isso que chamava atenção, e sim chifres que brotavam.

- Cara, nem nas peças dos contos de fada você consegue tirar isso de você. – riu Lin.

- Há há há, muito engraçado, oxigenada. – disse Rey sarcástica arrumando a coroa no topo de sua cabeça.

- Deve ter alguns benefícios também. – falou a de cabelos brancos, Rey ergueu uma sobrancelha. – Deve servir como um para-raios né? – ela fez dois chifres ao lado da cabeça, zombando da asmodiana, quando um cajado voou bem no meio de seu rosto, fazendo com que ela caísse.

- Opa, acho que joguei fraco demais, era pra ter afundado o crânio dela. – Rey ria enquanto alguém pegava seu cajado de volta.

A rainha andou em meio ao corredor, olhando cães rottweiler de paletó sentados, enfileirados.

- Foi você? – perguntou ao primeiro da fila.

- Não, Vossa Majestade.

- Você roubou minhas essências?! – perguntou exaltada para o próximo.

- Não fui eu, Vossa Majestade.

Ela andou um pouco mais e parou. Abaixou-se um pouco.

- Você roubou as minhas essências? – perguntou docemente.

- Não, Vossa Majestade. – falou o cão nervoso.

A rainha respirou fundo e comentou:

- Essência de flor da meia noite.

- E-eu precisa...!

- CORTELHEM A CABEÇA! – ela esbravejou e guardas vieram de todas as partes e carregaram o cão, apesar de suas súplicas.

Andou ate o final do longo corredor e sentou-se em um trono.

- Majestade. – o cavaleiro louro apareceu, fazendo a rainha sorrir e beijou-lhe a mão.

- Valete. Por onde esteve?

- Trouxe novidades. Eu encontrei o Oráculo. – e nesse momento, desenrolou o pergaminho que trazia consigo.

- Esse pedaço de papel velho? Já vi coisas melhores.

- O Glorian Day. – Valete apontou para o pergaminho e a cena de Alice matando o dragão.

- Impossível não reconhecer esse cabelo ressecado. É a Alice? – perguntou fazendo um enorme esforço para pronunciar o nome.

- Creio que sim.

- Ela vai matar meu bebê Jaguadarte?!

- Ainda não, mas vai, se a gente não a impedir!

- Ache aquela menina! ACHE-A!

Fora do castelo, Valete se encontrava com uma garota loira, com orelhas de cão e um rabinho peludo, utilizando roupas não muito casuais.

- Obrigado meu senhor! - agradeceram a maior parte dos meninos.

- Quem diria que a Lire ficaria tão bonita com essa roupa... – babou Siegh.

- P-parem de olhar, isso é constrangedor... – a elfa disse envergonhada.

- Corada fica mais bonita... – comentou Ryan.

- TARADOS! – Lire ergueu o braço com rapidez e acertou ambos os garotos, nocauteando-os. – Opa... – Elesis fez um sinal de positivo com o polegar e sorriu para a garota.

- Ache Alice, e terá sua liberdade. – falou o Valete.

- C-certo... – a menina saiu correndo com os guardas e o Valete atrás.

-----*----*----

Alice vagou pela floresta sozinha até que parou.

- Parece que você estava fugindo de alguma coisa com garras afiadas. - era uma gatinha, de pelo roxo que balançava sua cauda enquanto repousava em um galho.

- Você deduziu isso ou viu pela cicatriz que eu tenho no meu braço?

- Foi o Capturandan?

- Sim.

- É melhor eu dar uma olhadinha não? – a cabeça da gata flutuou até o braço de Alice com um sorriso estampado no rosto peludo. – Precisa ser examinada e purificada por alguém que possa desaparecer senão você apodrecerá e putrefará, eu não quero isso, gosto dos seus olhos. – a gata sorriu novamente.

- Quando eu acordar vou estar melhor.

- Deixe eu pelo menos enfaixar pra você. – a gatinha arranjou um pedaço de pano e enfaixou o braço machucado de Alice. – Como você se chama?

- Alice.

- A-alice? – a gata sorriu.

- Já teve uma certa discussão sobre isso.

- Bem, é melhor seguir seu caminho... – ela flutuou um pouco.

- Que caminho?

- Esse. – ela sumiu e reapareceu na frente de Alice. – Vou lhe levar à Lebre e ao Chapeleiro. Isso e nada mais... – e desapareceu de novo. – Você vem? – ela disse já mais a frente.

A lua crescente se virou e se transformou em um sorriso com olhos felinos em cima.

Continua


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Notas finais do capítulo

É isso ai queridos mios, eu voltei e a parte 2 será em breve! Dessa vez, vou tentar n demorar mt, sério --'
Mereço reviews? Só um pedido, não taquem nada em mim, sou sensível T^T
Obrigada novamente pelos insentivos e até o próximo cap o////
— L.N.