Light Me Up escrita por Lolita


Capítulo 1
Unic; light me up when I am down.


Notas iniciais do capítulo

CRIMSON AND CLOVER, SUGAR AND SALT, BITTERSWEET AND IT'S ALL YOUR FAAAAAAAAAAULT.
sim, estou canto TPR numa songfic de TPR ♥ enfim...
WAZZUP.
Então, sim, são quase três da manhã e aqui estou eu postando uma one mesmo atrasada em duas fics q.
ME. JULGUEM.
Mas enfim, essa daqui é dedicada à Adrenaline Earthquake, minha bby linda que me deu um presente lindo hoje que eu amei muito ♥
explico why lá embaixo.
Enfim, songfic:
http://www.vagalume.com.br/the-pretty-reckless/light-me-up-traducao.html
enjoy o/



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O risco do amanhecer naquela manhã nunca pareceu tão bonito e vívido para mim. Tão vívido e triste, afinal, não era um dia feliz. As pequenas frestas de luz aparecendo entre o céu escuro e tudo logo viraria a paz novamente, todos acordariam e começaria o dia, tudo voltaria ao seu ritmo normal.

Por enquanto. Não era um dia normal para mim, nem dormido eu tinha. Estava acordado desde o dia anterior, jamais imaginei que conseguiria dormir naquele momento. Parecia que todo o meu suporte, todas as minhas forças, minha vida desmoronou. Tudo começou a cair lentamente e aos poucos eu fui só tomando mais doses e experimentando coisas diferentes.

Logo eu vou cair sem nenhuma chance de conseguir levantar.

Claro que eu não perdi tudo, eu simplesmente perdi minha mãe. O problema é que ela era meu tudo, desde que meu pai esteve à solta após me estuprar, molestar e me bater – além de bater em minha mãe – eu e ela nos mudamos da Califórnia para New Jersey. Ele não sabe e nunca saberá, assim espero.

Ela era meu suporte de vida; depois que nos mudamos para Jersey fiz amizade lentamente com algumas pessoas – Ray, Gerard, e seu irmão Mikey, e Bob – enquanto eu ia crescendo e convivendo em paz com minha mãe querida. Éramos próximos, ela sempre chamava os garotos para virem aqui em casa almoçar ou jantar ou até dormir aqui, sempre conversávamos sobre nossa vida, sempre compartilhávamos tudo. Cheguei até contar para ela que eu tive uma queda por Gerard, ela sempre soube que eu era bissexual e sempre me apoiou.

Éramos quase melhores amigos, eu jamais me imaginaria sem minha mãe. Jamais viveria sem o riso dela, sem suas panquecas, sem seu café, sem seu beijo no rosto, sem sua voz enjoativa quando brigava comigo, sem ela. Era meu tudo, minha mãe.

Era. Ela descobriu um câncer em estado avançado mês passado e usou todas as suas forças para viver até hoje. Foi horrível assistir cada sessão de quimioterapia, a ver sorrir mesmo sabendo que iria morrer. Assistir sua mãe morrer em câmera lenta é horrível.

Ray e Gerard estiveram comigo, embora Ray tivesse que dividir seu tempo entre mim, sua namorada e seu trabalho como advogado. Mikey e Bob estiveram comigo, mas Mikey casou-se e visita-me apenas uma vez por semana, Bob ainda me visitando quase sempre.

Gerard está sempre do meu lado. Assistiu eu mudar, crescer, chorar e tentar morrer. Foram tempos difíceis, porém eu superei. Estou fumando sentando na poltrona de meu quarto observando o sol nascer lentamente pela grande porta de vidro da sacada de meu apartamento.

Meu copo de uísque em mãos. Meu rosto já demonstra sono, embora eu não consiga dormir sabendo que terei pesadelos. Minha cabeça lateja, mas meu rosto não demonstra nada. Eu me transformei nisso, pois estou morrendo.

E ninguém jamais vai perceber.

Quando menos percebo já é por volta das 10 da manhã e estou observando o céu nublado no cemitério de Belleville. Gerard me observa com um pedaço de choque em seu rosto e observo minhas roupas disfarçadamente. Camiseta preta social, jeans e all star. Não há nada errado com minhas roupas, mas...

Será que o que eu estou usando parece choca-lo?

Tudo bem, porque o que eu estou pensando sobre ele não está bem. Afinal, Gerard, eu não sei por que ele viria para o velório de Linda. Eram amigos, isso era bem óbvio de acordo com a relação que mantinham através de mim, mas... Talvez Gerard não gostasse dela, nunca demonstrou algo assim.

Estaria ali por mim?

Não. Ele não parece gostar de mim nos últimos dias, parece que ele insiste em se afastar de mim a cada momento como se eu fosse algo horrível e contagioso. Como se eu fosse algum tipo de doença que o mataria lentamente.

Estaria apenas por educação, era por isso.

Aquela parte não parecia tão ruim assim, o cemitério jamais pareceu tão assustador quando hoje. As nuvens fechando o sol e todos de preto, era quase uma parada... Negra. Alguns familiares, colegas de trabalhos, vizinhos e amigos. Não havia muita gente, porém não havia pouca. Sentado na primeira fileira com meus familiares mais próximos – minha avó e meu único tio – e logo Gerard senta-se ao meu lado.

- Tão sombrio aqui – murmuro para ele – sua pele ilumina o lugar.

- Muito engraçado – rola os olhos – está bem?

- Deveria estar mal, chorando e pedindo para me levarem também? – sorri – desculpe Gerard, mas não hoje.

- Claro – deu ombros – é engraçado...

- O que? – olhei para ele – as nuvens dando o ar melancólico? As pessoas vierem me olhando com pena? O mundo estar caindo? Não aja tão estúpido assim Gerard – ele arregalou os olhos – o que eu estou te dizendo parece te assustar?

- Um pouco – riu nervoso – embora eu quisesse que não. Mas e suas roupas? Eu as deixei separadas...

- Nem pense nisso – rolei os olhos – eu gosto assim.

- Cresça Frank, nem tudo é como queremos – murmura colocando as mãos sobre seu colo.

- Sei disso – suspiro – tenho isso em mente para mudar meu jeito, mas... Acho que não posso ser nada além de mim.

Ele me encara por longos minutos, e quando abro a boca para perguntar-lhe porque me olhava assim, o padre apareceu e a cerimônia começa.

Foi mais difícil do que eu pensei. Ver o caixão de minha mãe ali era horrível e assustador, imaginar seu sorriso morrer naquele rosto exausto pela quimioterapia. Era um pesadelo que havia se tornado realidade; Gerard esteve comigo o tempo todo e me abraçou quando eu sentia lágrimas sufocando meus olhos e minha garganta, ele estava ali.

E quando a cerimônia acabou, Linda foi enterrada e todos preparavam para ir embora, eu sentei do lado de sua lápide, acendi um cigarro e comecei a tragar ali.

- Frank – advertiu Gerard, eu dando uma risada divertida – vai embora.

- Pra quê? – pergunto – aqui é divertido Gee! Olhe só, todos mortos, todos em um lugar melhor... Sem preconceito, sem defeitos, um mundo bom!

- Frankie... – ele se abaixou para ficar na minha altura – você está se matando assim.

- O que eu estou tomando parece incomoda-lo – murmuro – você se importa?

- Frank, somos amigos há anos – sorri – claro que me importo.

Claro... Ele estava se afastando para me deixar espaço, ele estava ali, pois eu precisava. Eu preciso dele, é verdade. Meu cigarro é solto no chão e ele pisa em cima apagando o fogo, seu braço segura o meu e puxa com força, nos abraçamos.

- Você tem uma luz? Você pode me fazer sentir bem? – pergunto baixinho em seu ouvido.

- Tenho – sorriu se afastando de mim – há bastante luz para dar uma volta.

- Você acha certo quando me bate no chão? – pergunto minha voz se alterando – você acha certo fingir que não me conhece por esses dias? Fingir que sou um doente? Trata-me como criança, diz-me o que fazer e ainda quer que eu esteja bem? – algumas lágrimas escorrem e eu as limpo com raiva – o que você quer Gerard, o que você quer afinal?

Tempo para raciocinar o que estava acontecendo era pouco, logo senti seus lábios contra os meus. Seus lábios macios e rosados que eu sempre observei e quis experimentar. Gerard Way me beijou.

O movimento entre nossos lábios eram fracos, um se mexendo de acordo com o outro, nossas línguas se entrelaçando em uma dança única que só nós saberíamos fazer, nossas mãos explorando a nuca ou o rosto do outro como se fossem desconhecidos. Eram sensações inexplicáveis, desejos incontroláveis, coisas insaciáveis. Eu estava completamente e perdidamente apaixonado por Gerard Way.

- Me acenda quando eu estiver para baixo – murmuro me afasto – sempre te amei.

- Eu sempre te amarei – sorri – para sempre Frank.

Seus lábios contra os meus em despedida recente me fizeram perceber que sua promessa era real. E que ele estaria, acima de tudo, comigo. Do meu lado, fosse o que fosse, acontecesse o que acontecesse. Eu o amava afinal. 


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Notas finais do capítulo

'kay, bby. Seguinte: você tá sempre me apoiando do meu lado, me ajudando, me dando a luz. Você sempre tem a luz, você sempre tá do meu lado. Mais que necessário dedicar essa a você em agradecimento por ser tão fofa e doce comigo e por estar aqui, por me ajudar. Aprecio muito cada ação sua em relação a mim, eu te amo muito mesmo my sweet bby ♥
éeeee, ficou meio... ruim pois são 2:47 DA MANHÃ.
ME JULGUEM.
AH É, NÃO ME MATEM POR MATAR A TIA LINDA OKAY, TODOS NÓS MORREREMOS UM DIA '-'
enfim qqq.
reviews? ♥
xoxo



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