- Por favor você não pode dizer nada para ele. – nós estávamos em seu dormitório sentados no sofá.

- Olha... Você não pode ficar aqui.

- Eu sei, mas é que eu preciso me formar e as outras escolas não me aceitam. – eu respirei fundo. Eu não sabia o que eu tava sentindo naquele momento. Eu estava confuso. Eu me levantei e ela também e andamos até a porta. Eu fui me virar tropeçando no meu cadarço e caindo. Ela começou a rir e eu também.

- Não perai... Para de rir! – ela tentava me levantar, mas não tinha forças de tanto que ria. No final eu consegui me levantar sozinho, eu fui me despedir e nossos rostos ficaram próximos, bem próximos.

- Seu nome?

- Huh? – eu ri – Seu nome... Eu ainda não sei seu nome – ela riu.

- Ah sim, é Holly, mas como disfarce é Dae Hyun  – o que? Ela sorriu esticando a o braço para me cumprimentar, eu cumprimentei normal... Ela... Não pode ser. Impossível.

Donghae foi para seu dormitório e pegou seu violão atrás do armário começando a tocar algumas notas, então Leeteuk entra no quarto com Eunhyuk. Donghae se levanta ajudando-o a andar e assim o sentou na cama e ficou de pé em frente a ele.

Donghae não aguentou e se sentou ao lado dele.

- Eunhyuk. – eu senti que ele estava meio inseguro em pegar em minha mão então eu virei meu rosto como do tipo “é realmente você ainda não pode”.

- Olha... Pelo visto você já sabe que ele é ela né. – eu assenti.

- Me desculpe, mas eu não namoro ela...- perai. O que?

- Eu não tenho namorada Eunhyuk. Já tive, mas agora não mais. Aquele silêncio não foi um “sim” foi de indignado.

- Mas Donghae o Leeteuk...

-...Eu e ele fizemos uma aposta. Mas não sabíamos que iria levar tão a sério.

- Uma ap-posta? Você acha que eu sou feito de que Donghae? – droga eu não consegui me levantar. Eu desviei o olhar olhando para o teto.

- Me desculpe Eunhyuk. Mas eu sempre te amei...- suas mãos gélidas tocaram na minha que estava quente. Eu senti o seu nervosismo e arrependimento. Eu virei o meu rosto e sua expressão me dava pena, eu sentia tanta falta dele, mas e se ele estiver mentindo para mim? O que eu faço?

- O que você ta fazendo? – eu peguei meu celular dando um toque para Leeteuk vir me buscar e não demorou muito para ele entrar.

- Espera... Eunhyuk? – eu o olhei quase chorando e sai do quarto. Escutei o choro dele e aquilo doía meu coração, me dava calafrios. Era muito ruim ver quem eu amo sofrer. Mas...

- Eunhyuk? – Leeteuk me tirou dos meus pensamentos.

- Huh?

- Você está bem com isso tudo?

- Bem eu não estou Leeteuk, mas eu ficarei. Eu quero ir embora. – eu e Leeteuk ficamos lá fora conversando até que chega Yesung.

- Hey, vocês viram o Ryeowook?

- Não... Ele sumiu?

- Desde ontem. Não sei onde ele está. – Yesung saiu correndo continuando a procurar.

- Leeteuk... Ele... Ela é a minha ex. Que morreu. – Leeteuk arregalou os olhos assustado.

- O que?! Como assim? Ela não tinha morrido?

- Eu pensei. Sei lá.

- Eunhyuk você sente algo por ela?

- Não... Eu a quero longe de mim... – eu olhei para ela e ela sorriu acenando. Eu desviei o olhar mordendo os lábios.  Leeteuk me abraçou de lado me confortando.

- Olá meninas – disse Heechul se sentando ao meu lado.

- Olá meninão do bairro – ironizou Leeteuk, Heechul o bateu no ombro rindo.

- Vocês viram meu amor?

- Hã?

- O Siwon. – olhei para Leeteuk na mesma hora que ele olhou para mim e nós dois começamos a rir.

- Siwon é seu amor? Desde quando?

- Hey pessoal, posso conversar com vocês? – perguntou Hyun. Eu olhei para ele, ou ela. Eu já não sabia mais do que chamá-la. Ele nos levou para a quadra e reuniu todo mundo.

- O que foi? – perguntou Donghae – Eu to pretendendo sair da escola, fugir.. Querem ir? – todos nós nos encaramos tipo “hã?”

- Como assim Hyun? Você fico maluco?

- Vamos pessoal, vai ser legal.

- Porque isso?

- Porque sim... To cansado de ficar aqui.

- Mas nós pretendemos ir pra faculdade.

- Nós iremos voltar.

- Estaremos vivos até lá? – ele riu – Vamos? Topam? – estavam todos meio que para “não”.

- Topo – disse Donghae. Eu olhei para ele assustado.

- O que? – ele se virou para mim segurando a minha mão. – Eu te protejo. Vamos? – eu respirei fundo e olhei para todos e aceitei.

No final todos acabaram aceitando. Cada um foi para o seu dormitório esperar até a hora certa. Iríamos sair de madrugada, quando todos estivessem dormindo.

Todos já estavam dormindo então fomos correndo e conseguimos passar pelo corredor. O problema era o portão que tinha o guarda. Hyun deu um grito em um canto perto dali, não muito alto, os guardas sairam correndo ao local e eu e os meninos saímos. Ela pulou o muro e nós saímos correndo. Eu sentia que aquilo não era uma coisa boa.

- Sorria Eunhyuk. Você esta na sua adolescência. Merda é o que a gente faz! – disse Hyun. O que ele/ela queria dizer com isso? Eu já não estava mais conhecendo-a.

Alguns minutos correndo nós paramos em frente a uma casa onde um senhor idoso veio falar conosco.

- Jovens... Vocês podem me ajudar? – olhei para Hyun e pelo visto ele não o conhecia. Mas sua expressão era de assustado e surpreso. O idoso nos entregou uma foto de uma bela menina de olhos azuis, cabelo liso e castanho claro.

- Essa é a minha filha. Quero que a tragam para mim, ela fugiu de casa e tem gente perigosa está atrás dela. Por favor. – gente perigosa? Como assim?

- Senhor me desculpe mas...

-... Mas e se fosse a sua filha meu jovem? – Leeteuk ficou em silêncio abaixando a cabeça.

- Pessoal vamos? – disse Hyun, todos o seguiram, mas eu fiquei.

- Esperem! – gritei, me virei para o senhor e o pessoal ia voltando.

- Nós iremos. – não deixarei que ele perca a filha dele, assim como a minha mãe me perdeu.