“Debbie, sinto lhe informar mais devido as suas notas vou ter que, te dar uma noticia não tão agradavel, na verdade, nem um pouco agradavel, não pra você ... Na verdade nem sei como dizer isso, ia te ligar, mais senti, que não iria conseguir falar, então resolvi escrever que é mais facil ... Debbie, filha, não me culpe, pois quem está na escola é você, quem estuda, ou no seu caso, quem não estuda é você ... Vou ter que te mandar para aquele colégio do Canadá junto com sua mãe, aquele, que se você tira notas vermelhas, vai ficar na escola até melhorar, no seu caso, como odeia escola, vai ser mais fácil ... Talvez você volte mais tarde filha ... Só quero que você saiba que não foi nem um pouco fácil te mandar isso ...”

Eu acabei de ler aquilo, e minhas lágrimas caiam como em um rio depois de uma tempastades, mais o que mais me doia, era uma certeza, eu não tinha como falar isso pro Pedro, resolvi ligar pro meu pai.

~inicio de ligação~

- Já esperava sua ligação! - Meu pai falou sem nem dar alô.

- Pai eu... te juro que ... eu mudo pai ... não me leva em... bora ... por favor ... pai ... como vou viver lá? ... Pai ... me diz ... que você ... tá só zuando ... - Falei entre soluços.

- Filha, não foi nada fácil fazer isso, pode até parecer, mais não ... Na verdade essa é a coisa mais difícil que já tive que encarar te dizer ... Eu te amo, mais é preciso. - Meu pai me disse, me fazendo chorar mais ainda.

- Porque você tem que ser sempre tão obcecado por inteligência? Porque meu pai é nerd? Pai, o que eu quero da vida, não requer nada disso, você sabe que eu quero poder viver da música, eu não quero isso, mais eu juro mudar pai, por favor, não faz isso comigo, não faz isso com a gente, não faz isso comigo e com o Pedro ... - Falei entre choro.

- Amanhã Debbie, 14h50min no aeroporto de São Paulo, já vou estar lá, espero que aproveite, e se não estiver, mandarei te buscar. - Ele falou e desligou.

Não pude me conter, desabei no sofá a chorar, tinha me esquecido, que 12h00 o Pedro viria aqui em casa, me buscar pra gente sair. Continuei chorando, borrando a porra da maquiagem, não queria nem saber, a minha vida ficaria em São Paulo, e eu não podia fazer nada. Continuei chorando, me debatendo no sofá, entre gritos abafados, até que Pedro chega.

Pedro POV's

Um ano se passou desde que eu e Debbie estavamos juntos, tudo estava lindo de mais, ela me fez prometer que seria pra sempre, e eu prometi. Acordei super ancioso porque ia sair com ela meio-dia e a noite também. Me arrumei e fui pra casa dela.

- Oi amor! - Falei abrindo e fechando a porta da cozinha e indo pra sala.

Cheguei lá e tive uma surpresa, que não era boa, vi pela primeira vez, minha pequena chorando, se debatendo, gritando abafado, toda borrada e descabelada, algo de muito ruim ia acontecer. Talvez eu ficasse arrependido de saber ...

- Oi ... vida! - Ela falou entre soluços e me abraçou.

- Me fala, o que aconteceu? Porque está assim? Nunca te vi assim antes! - Falei meio assustado.

- Não deixa Pê, não deixa, me leva, pra bem longe, onde ninguém pode me pegar, me leva Pê! - Ela falou ainda entre soluços me abraçando.

- Explica Debbie, por favor vida! - Falei segurando em seus ombros, fazendo-a afastar-se de mim, e me encarar nos olhos. Ela apenas me entregou o celular pra mim ler uma mensagem.

- Não, não, não! - Gritei e a abracei, deixei sim minhas lágrimas cair, sem vergonha alguma. - Diz que é um pesadelo vida, diz que é!

- Eu queria poder dizer Pê queria. - Ela falou me encarando nos olhos.

- Quando você vai? - Perguntei todo eufórico.

- Amanhã, as 14h50min tenho que estar no aeroporto aqui em São Paulo, se eu fugir ele me pega. - Ela falou tentando limpar o rosto, porém as outras lágrimas sujavam.

- Você já falou com ele, pra dizer que pode melhorar, eu posso te ajudar, vida, eu posso, eu devo, eu não quero te deixar ir! - Falei ainda encarando-a.

- Pensei realmente em fugir amor, mais da ultima vez que fugi dele, não deu muito certo ... Eu preciso de você, aprendi a depender de você, o que eu fasso dessa vida inútil agora? - Ela falou chorando, partindo meu coração.

No mesmo instante agarrei ela, deixei ela presa em meus braços, em um abraço quase que querendo dizer " vou te esconder aqui", senti um barulho de uma porta fechar.

- Debbie?! - Escutei a vóz de Gustavo, pai dela. Ele chegou na sala, e nos viu abraçados, eu virei pra ele levantei e fui correndo até ele, segurei em seus braços e comecei a gritar feito criança.

- Eu já fui nerd, eu sei as coisas, eu posso ajudar ela, se você quiser eu volto a ser nerd, eu posso, eu consigo ajudar ela, por favor, não mande ela em bora, Seu Gustavo, e a gente? E eu? O que eu vou fazer? Porra, eu posso ajudar, não deixe ela ir ... - Falei deixando as lágrimas cairem, e ver ele fazer o mesmo.

- Senta, eu não ia vim, mais tive que vim pra explicar a situação pra vocês! - Ele falou depois de me ver sentado ao lado dela, e sentar na nossa frente, entrelacei minha mão com a dela.

- Fala pai, anda cassete! - Ela gritou.

- Se fosse por mim, eu pagaria o melhor colégio de São Paulo pra deixar ela aqui, mais a mãe dela quer ela, e contra questão de estudo, as leis são claras, se tiver notas baixas de mais, e o filho for de menos, terá que passar minha guarda para o segundo guarda, até as notas do mesmo serem melhores. Explicando tudo, isso foi opção da sua mãe Debbie. Você vai ter que ir, e infelizmente eu não posso fazer nada, já fiz até de mais. E quanto a vocês dois, tem o dia de hoje pra curtir. Pedro não chora.... - Eu interrompi snr. Gustavo no mesmo instante.

- Como posso não chorar sabendo que minha vida, vai morar em outro lugar? E que fica bem longe de mim, e pior ainda saber que não posso fazer nada? Cara ... - Falei e abracei ela de novo.

- Eu vou deixar vocês a sós, to indo pro Rio de novo, amanhã Debbie, duas e cinquenta, não esquece, e não foge, voc^sabe o que dá... - Ele falou e saiu.

- Eu te amo! - Ela falou me beijando.

- Eu amo você! - Respondi.

- Não chora ta? Você fez tudo que pode, cara você deu de dedo na cara do meu pai ... - Ela falou e me abraçou.

- Não tem como não chorar ... Debbie, vamos curtir esse momento, já que vai ser dificil de revive-lo de novo. - Eu falei e comecei a beijá-la ...

Debbie POV's

Sorri timidamente e o encarei por alguns segundos. Eu estava desesperada, porém, não queria e nem devia deixar transparecer isso.

– Tem certeza? - Ele perguntou após ver uma iniciativa minha num beijo ousado.

Assenti positivamente com a cabeça e Pedro deu um sorriso maroto, me puxando para o sofá fazendo com que eu envolvesse seu quadril com minhas pernas. Ataquei seu pescoço já sem me preocupar com nada, Pedro pressionava cada vez mais minhas coxas.

Puxei sua camisa um pouco para cima no pedido mudo de tirá-la completamente, logo ele levantou os braços permitindo com que eu retirasse por completo toda a camisa. Tateei com minhas mãos espalmadas cada centímetro de suas costas. Pedro beijava meu pescoço enquanto brincava com o zíper de minha blusa, também no pedido mudo para que eu o deixasse descer o zíper, dei um sorriso leve enquanto inalava seu perfume e ele o desceu, fazendo com que apenas a barra do pescoço prendesse a blusa. Puxei inconscientemente toda minha blusa e a joguei ali pela sala mesmo. Confesso que senti um pouco de vergonha ao sentir minha pela semi nua contra a dele, mas logo passou. Eu já não aguentava mais, tudo que eu mais queria era que ele acabasse com aquelas preliminares e fosse logo pros finalmentes. Tá, isso foi ridículo eu sei.

Acho que ele leu meus pensamentos porque levantou comigo no colo e foi caminhando finalmente-aleluia até o quarto. Chegando lá fui deitada na cama recebendo beijos leves, mas que merda, eu praticamente já suplicava ele por inteiro, estava tão desesperada que desci minha mão até a barra de sua bermuda, fazendo-o soltar um riso malicioso.

– Calma apressadinha. - Ele disse rindo. Ele quer calma numa hora dessas?!

Pedro foi descendo distribuindo beijos por toda minha barriga parando no cós de meu short, confesso que aquela calmaria já estava me irritando. Alguns poucos minutos depois, já estávamos completamente nus. Finalmente, pensei. Ele pressionava suas mãos entre minhas pernas fazendo-me soltar alguns gemidos vez ou outra.

Vendo meu desespero e dando mais um de seus risinhos maliciosos ele deitou-se sobre mim unindo nossos corpos. Eu o beijava tão intensamente que naquele momento já havia até esquecido o que iria fazer no dia seguinte, envolvi seu quadril com uma de minhas pernas e logo ele entendeu o recado dando sua primeira investida. As ondas de calor que ele me proporcionava eram surreais. Eu massageava suas costas mais forte à cada investida dada, ele soltava gemidos baixos e sussurrava obscenidades em meu ouvido fazendo-me rir entre os beijos que eu distribuía por sua clavícula.

– Quase lá... - sussurrei em seu ouvido sentindo-o dar um leve sorriso e investindo um pouco mais forte.

Gemi alto ao sentir meu corpo praticamente explodir de desejo. Pedro foi diminuíndo os movimentos e relaxou seu corpo contra o meu recuperando o fôlego. Distribuí selinhos por seu pescoço e logo após ele deitou-se ao meu lado, puxando meu corpo para que ficasse rente ao dele.

Pedro POV's

Passamos a tarde na casa dela, depoia a levei em casa, para se despedir de todos, e todos ficaram de boca aberta ao saber daquilo. Mais tarde fomos pra balada só pra aproveitar um pouco mais, o que iria acabar no dia seguinte.

Estava tão... tão sei lá ... Sbae, parecia ser o ultima dia de minha vida, e eu estava aproveitando cada momento daquilo. Cada segundo, era uma parte inesquecivel, e que me fazia lembrar de momentos parecidos que passei ao lado dela nesse um ano.

Chegamos na casa dela, e continuamos o que só háviamos começado ...

[ ... ] 

Dormi com um pensamento forte rondando em minha mente ...

"Eu a amo de mais, pra deixar tudo isso acontecer diante dos meus olhos, e não fazer porra nenhuma pra impedir!"