Buckingham Palace - London UK

1rst February 2012

Os seus olhos passaram pela sala e ela pode ver todos sorrindo divertidos. Passou a mão pelas pontas dos cabelos, e voltou a olhar para a prima que continuava eufórica pelo final daquela música.

– Thaly, o que houve? - Perguntou Eugênia, olhando-a com a testa enrugada, curiosa. - Você ta com uma cara meia.. Sei lá. - Completou, dando uma risadinha.

– Não houve nada, ué. - Respondeu, dando de ombros, e tentando ignorar o facto de que sentia os olhos daquele homem sobre ela. - E a cara que eu tenho! - Completou, sorrindo.

– Vamos dançar mais? - Perguntou animada, deixando Thalita mais tranquila. A Princesa, deu de ombros, e virou de costas.
Começou a tocar uma música bem animada, e as meninas continuaram dançando e conversando distraídas.

As horas foram passando, e cada vez mais o salão ia esvaziando. A Rainha Elizabeth e os membros mais velhos da Família Real já haviam ido para os seus aposentos, e os convidados que estavam hospedados nas instalações reais também já havia ido para os seus aposentos. Na sala de baila só estavam os mais jovens, os mais velhos ali eram Kate e William, estes cujo estavam responsáveis por não deixar Thalita ou Harry, andarem dando um de loucos, sem juízo.

A música continuava alta, e os ali presentes aproveitavam o finalzinho do baile, que para eles ainda agora havia começado.Thalita passou o olhar pelo salão, e mesmo sem querer admitir os seus olhos buscavam o desconhecido, aquele homem que anteriormente havia feito-a formigar interiormente. Comprimiu os lábios um contra o outro ao ver, que não encontrava-o ao longo da extensa sala. Voltou a procura-lo com os olhos e não encontrou novamente. Suspirou, deixando-se vencer pelo facto de que ele ja havia ido embora, e ela nem sequer havia dito a oportunidade de vê-lo, ou falar com ele uma ultima vez. E principalmente, ela não teve a oportunidade de descobrir o nome dele.

A menina ficou ainda alguns longos minutos na sala de baile, mas para ela a diversão havia acabado. A sua cabeça estava girando e dando voltas somente em torno de um único acontecimento no dia...
Não, não foi a apresentação dela a sociedade. Mas sim o momento, em que ela sê viu envolvida, colada aquele homem cujo os olhos castanhos cor de mel, haviam feito-a perder o foco, e derreter-se. Cujas mãos firmes e másculas, ela ainda podia sentir em sua cintura... Em todos os lugares onde aquelas mãos estiveram, passaram. Aquele rosto, estava fazendo-a ter vontade de voltar a vê-lo.

Ela depois muito esforço de tentar ficar no baile, e tentar esquecer aquele rosto, e aqueles sensações que ele havia feito-a sentir, ao ter aquele corpo contra o dela, decidiu ir para os seus aposentos. Um bom e longo banho de banheira, a faria relaxar. E depois ela iria descansar, dormir. E na manhã seguinte, aquele homem misterioso já não fará parte dos seus pensamentos.

Entrou dentro do quarto, e fechou a porta, encostando-se na mesma, e suspirando pesadamente. Observou o quarto por inteiro, e viu que tudo o que estava ali mais cedo, havia desaparecido. E estava tudo arrumada & organizado impecavelmente. Abaixou a cabeça e sorriu abobada, ao lembrar o jeito que aqueles olhos a bajulavam. Sentiu suas bochechas corarem e sentiu-se completamente idiota e ingénua. Ela era mesmo um idiota, ingénua. O homem tinha cobiçando-a, tocando-a de uma forma quente & ousada, olhando-a daquela forma, e ela já estava ali, suspirando e sentindo-se esquentar por causa dele.... Mesmo criança. Desencostou-se da porta, e começou a ir a caminho do banheiro, enquanto tirava a roupa e as jóias, e deixando-as as pelo quarto, no chão ou sobre algum móvel. Entrou dentro do banheiro, e acendeu a luz, passou a mão pelos cabelos, e começou a tirar os grampos, sorrindo boba, enquanto olhava para o nada. Caminhou até a banheira, ligando-a, e deixando o enorme e potente jacto de água quente começar a enche-la. Observou a banheira por alguns instantes, e colocou os sais de banho, e a espuma, na água, antes de afastar-se e ir diante do enorme espelho.

Olhou-se, e viu suas bochechas completamente coradas, e os seus labios continuavam no sorriso bobo de a segundos atrás. Passou os dedos pelos cabelos castanhos claros, e deslizou as mãos pelos ombro. Ficou algum tempo observando-se no espelho, enquanto tinha flash's da noite, da dança... E do misterioso. Balançou a cabeça negativamente, tentando afastar aquelas lembranças e pensamentos. Olhou novamente para a banheira, e viu que esta ja estava bem cheia, e que já podia entrar na mesma. Aproximou-se da banheira, e colocou a mão dentro dela, para ver sê a água estava na temperatura ideal, e viu que sim, que estava perfeita. Entrou dentro da banheira, com cuidado e deixando-se envolver pela água quente, e pela espuma alva como a neve. Deitou-se, inclinada na banheira, e suspirou prazerosamente, sentindo-se bem e relaxada. Fechou os olhos, e deixou-se estar.

Os minutos passaram-se, e ela continuava de olhos fechados, sem pensar em nada concretamente, mais era inevitável que os acontecimentos do baile voltassem a sua memória sem ela sequer ter o poder de impedir. Mas ela não deixava-os estenderem-se e ganharem asas. Ela limitava-se a pensar em outra coisa, a pensar em como estava confortável dentro da banheira, envolvida por aquela agua quente. Em como as suas costas encontravam-se relaxadas, e os seus pés não estava doloridos. Ela foi tirada dos seus pensamentos relaxantes, quando ouviu a porta do quarto bater. Abriu os olhos rapidamente, e inclinou o ouvido, para ver sê realmente tinha gente no quarto. E ela ouviu, os passos, suspirou pesadamente.

"È. O descanso parece que acabou."

– HEY! - Gritou, alto para que a pessoa ouvisse que ela estava ali. - QUEM ESTA AI? - Perguntou, mas a resposta que obteve foi o silêncio. Franziu a testa, confusa. - KATE? E VOCÊ? - Insistiu, puxando uma toalha de cima do móvel, e levantando da banheira, enxugando-se rápido e saindo da mesma. - ESPERA AI QUE JÁ VOU! - Falou, colocando a pantufa, enrolando a toalha no corpo, e indo em direcção a porta do banheiro. Saiu do banheiro e andou apressada até o quarto. Na hora que chegou, só viu a porta sendo fechada. Bufou, e revirou os olhos.

– Merda! Foi só mesmo para me tirar da banheira. - Reclamou, já indo para dar a meia volta. Mas o seu olhar pousou em algo sobre a cama. Piscou algumas vezes para ter certeza, que realmente estava vendo aqui, e o seu coração falhou dois batimentos. Aproximou-se da cama, um pouco amedrontada, e com borboletas voando-lhe pelo estomago, fazendo-a sentir-se complétamente enjoada.

Curvou-se e pegou as coisas que estavam pousadas cuidadosamente sobre a cama, com as mãos trémulas. Uma rosa vermelha, récem aberta, e um cartão com uma escritura masculina, largada e elegante ao mesmo tempo.

"Meu corpo queima em combustão pelo seu. Meus lábios estão sedentos por descobrir os teus. Minhas mãos, meus dedos, estão loucos por tocar-te, por explorar-te. O meu corpo geme aflito e necessitado por colar-se, e sentir o seu por mais uma vez. Meu corpo pega fogo por dentro e por fora, ao lembrar-me da brasa entre nos. Anseio ver-te, tocar-te, descobrir-te, explorar-te..."

Thalita, sentia-se tonta e sentia o seu corpo quente e vibrando por ler aquelas palavras, e por saber que não podia ser de outra pessoa a não ser ele. Piscou algumas vezes, ignorando o latejar de sua cabeça.

"O meu maior anseio, desejo agora é... Ter-te. Derramar-me em teus lábios, ver-te gemer e fundir-se comigo. Sentir o teu corpo explodir, com o contacto entre nos dois. Sentir-te, sentir-te, sentir-te vezes, e vezes sem contar. Tornar-te, tornar-te mais minha, do que alguma vez já chegastes a pertencer a alguém. Mais minha do que alguma vez já fostes tua!"

Acabou de ler o cartão, e aproximou-se da cama, jogando-se nela, fechando os olhos. Sua mente começou a trabalhar na velocidade da luz. Ele esteve ali, ele... Ele tinha sentido as mesmas coisas que ela. Ele tinha... Tinha sede de ter o corpo dela, de beija-la, de torna-la dele.

~ Flash Back On ... ~

" Seu corpo foi puxado para trás, e ela sentiu-o chocar-se contra algo firme. Ela virou-se avidamente, e seus olhos chocaram-se com uns olhos castanhos cor de mel. Ela sentiu falta de ar na mesma hora, aqueles olhos encaravam-a tão profundamente, que ela sentia-se derreter-se, e afogar-se naqueles potes totalmente convidativos de mel. Engoliu seco, ao ver o olhar dele, detalhar o rosto dela lentamente. As mãos dele estavam firmadas na fina e delicada cintura dela, e ela sentia como sê uma brasa estivesse entre os dois, o calor estava fazendo-a ferver. "

~ Flash Back Off ~

 Thalita P.O.V }

Os meus pensamentos estão deixando-me completamente tonta, e confusa. Meu interior parece querer explodir por saber que ele sentiu tudo o que eu senti ao ter o corpo dele contra o meu hoje mais cedo no baile. Parece que os pensamentos dele são como o meu, e um tanto avançados. Céus! Esse homem deixou-me louca. O pior. O maldito, nem sequer deixou o seu nome.

Abri os olhos, e sentei-me na cama, foquei minha atenção na rosa, e no cartão. Okay, agora vou me situar nos factos, porque eu realmente me sinto meia perdida. Primeiro... Ta na cara que ele também não saiu impune daquele joguinho de sedução ou seja lá o que foi aquilo mais cedo. Segundo, ahhh! Eu ando fazendo-o ter pensamentos pouco católicos, e até impuros. Terceiro... Enquanto eu só tinha me focado em quão lindo ele é, e o quanto o meu corpo queimou quando senti o dele contra o meu, as mãos dele sobre a minha cintura, e tudo isso... Ele já estava com os pensamentos bem avançados. Espera ai, mais quando eu digo bem avançados, é super avançados mesmo!

Mordi o lábio nervosamente, e li a segunda frase que ele escreveu... "Meus Lábios estão sedentos por descobrir os teus." Borboletas empestaram o meu estômago, e senti como sê o houvesse fogo dentro de mim, e eu estivesse preste a sufocar, morrer de tanto calor. Levei a mão a testa, procurando certificar-me de que eu não estava febril. Estava tudo ok, tirando o facto de eu estar em combustão interiormente.

- Meu Deus! - Exclamei, colocando a mão na boca. - Esse homem quer fazer-me dele. Céus, eu... Eu sou louca. Eu só posso ser louca! - Completei, passando a mão pelo rosto, nervosa. - Qual é a pessoa em seu estado normal que sê sente... Excitada com isso? - Perguntei para o vazio. Fechei os olhos e balancei a cabeça negativamente.

" É serio! Eu só posso estar ficando louca! Louca, eu devo estar ficando louca! "

{ Fim Thalita P.O.V }

A menina olhou para a rosa e o cartão que continuavam em suas mãos, olhou para um lado e para o outro, e após um grande suspiro e um revirar de olhos, ela levou a rosa próxima ao nariz, inspirando o perfume dela. Sentiu-se uma menina idiota e completamente iludida! Quando em sã consciência ela iria fazer aquilo? Nunca. Tá, mas ela podia dar-se um desconto, aquilo nunca sequer havia acontecido com ela. Ela nunca viu-se naquela situação de querer tanto saber sobre uma pessoa e nem sequer saber o nome dela, ela nunca se sentiu tão desejada quando a horas atrás quando aquele homem dançava e olhava-a daquela maneira. Para falar a verdade, ela nunca tinha sentido nada daquilo. Não ela não era santa, puritana. Mas ela nunca havia derretido somente com o olhar, com a presença e com o toque de outra pessoa. Um toque tão... Comum. Vamos lá, temos de admitir que qualquer um pega na cintura de qualquer um, dança, sê rala, sê encosta, namorisca, lança olhares provocadores, audaciosos. Mas ta, o que fazia aquela vez diferente das outras era: Ele era um total desconhecido para ela. Ele tinha o olhar mais penetrante que ela alguma vez já havia encontrado. Ele tinha o toque mais firme, do que alguma vez ela já havia sentido. E ela tinha que admitir, que nunca outrora, ela havia sentido tanto calor, tanta combustão em seu corpo, quanto quando o seu corpo estava contra o daquele total desconhecido.