A Exceção escrita por Dreamy


Capítulo 6
Lingua incompreensível e a Guerra dos Gigantes


Notas iniciais do capítulo

Depois de ANOS, posto um novo capitulo! Joguem pedras!!!
Depois de tanto tempo, finalmente escrevo alguma coisa...
Desculpa por essa demora e pelo fato de estar enferrujada.
Admito, nao esperem muito desse capitulo, faz tempo que escrevo alguma coisa.
De qualquer forma, espero que de alguma maneira gostem.
Beijos



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— O QUE? - gritou Hugo assustado quando Jamile apareceu mostrando um pacote azul. A garota tinha o rosto franzido e estava cheia de raiva, seu dedo estava tão perto do nariz do ruivo que ele poderia jurar que estava vesgo só de olha-lo.

— Você come qualquer porcaria! Todos sabem disso! - acusou. - Admita!

— Okay! Eu admito!

Jamile pareceu aliviada. Ela suspirou e relaxou seus ombros.

— Eu realmente como qualquer porcaria - disse Hugo ainda sem entender nada.

O pequeno alívio que a garota sentiu desapareceu imediatamente.

— Não! Somente admita que você anda roubando meus salgadinhos!

— Hã? Eu lá tenho cara de ladrão? - perguntou Hugo confuso. A amiga da irmã parecia uma louca.

— Hugo, nós nos conhecemos já faz um tempo, certo? - Jamile dizia isso com uma tremenda calma, o que surpreendeu o Weasley.

— Sim...

— E nossa amizade... - Hugo franziu o cenho. Eles eram amigos? - É baseado em confiança. Digo todas as amizades são, certo? Você não mentiria! Eu odeio mentiras! Mentiras são o buraco negro de qualquer relacionamento! Se você estiver roubando esses salgadinhos, por favor me diga! Diga a verdade! Eu posso encontrar um jeito de te perdoar! Podemos trabalhar nisso, entende? Mas por favor, não minta! Isso nunca poderei, perdoar... Nosso vínculo nunca será mais o mesmo, pois não serei capaz de confiar em você! Por favor, DIGA A VERDADE!

— Jamile... Toma - disse Hugo pegando de dentro de sua mochila um lenço de nariz.

Jamile olhou confusa até que percebeu que estava chorando.

— Escuta, não sei o que está acontencendo - admitiu o garoto quando ela aceitou o objeto - Mas acho que isso vai além de um salgadinhos, não?

A corvinal ficou em silêncio enquanto limpava as lágrimas que não paravam de cair. Hugo sorriu tentando confortá-la.

— Eu não sei o que está acontecendo. - ela confessou fungando - Ultimamente meus pacotes de salgadinhos estão desaparecendo... Alguém anda roubando eles escondido. Eu só não sei quem é. Se for um desconhecido, eu não me importo, que seja, sabe?

Hugo acenou a cabeça em concordância.

— Mas e se é alguém que me importo? - sua voz soava urgente - Se a pessoa admitir, tudo bem! São só uns salgadinhos idiotas, que se dane! Mas eu não quero escutar mentira, atrás de mentira, atrás de mentira, sabe? Como posso confiar em alguém que sequer pode admitir que anda comendo os meus aperetivos? É algo tão banal... Por que mentir? - de repente ela notou que estava conversando esse assunto com Hugo - Desculpe, não sei porque estou te contando tudo isso. Digo, nós nem somos realmente amigos, só conhecidos.

— Ah, tudo bem. Parece que isso é algo que esteve te incomodando faz bastante tempo e você somente precisava explodir. Tudo de boa, verdade. - Hugo agarrou sua mochila e a colocou em suas costas. - Se você precisar de alguém para conversar sobre isso, pode contar comigo. Eu... bem, tenho bastante tempo livre ultimamente. - disse. Ele e Lily andavam seperados faz duas semanas. Ela começou a passar muito tempo com suas amigas. Ele nunca havia percebido a popularidade da prima antes. O ruivo sentia um aperto no peito ao pensar em sua melhor amiga, não aguentava essa distância que havia surgido entre eles . - Se precisar de um ombro... Amigo, ou somente "conhecido", não vou desaparecer não.

— Obrigada, Hugo. - disse Jamile com seu nariz e olhos avermelhados - Mas por favor, desapareça! - Ordenou a corvinal seriamente. - Você vai chegar atrasado para a aula! Já olhou no relógio?

Hugo sorriu. Essa era a amiga da irmã que ele conhecia.

— Outra vez, obrigada! - gritou Jamile quando este estava prestes a ir embora.

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— Olha eu sei que os NIEM's são importantes e tudo isso - disse Albus pegando um livro de sua pilha de estudos. - Mas são só os NIEM's, até parece que você está estudando para os próximos dez anos! - exclamou o moreno olhando para as quatro colunas de livros da prima. Ela havia desaparecido atrás de todos esses livros. ele só conseguia enxergar a ponta de sua cabeça ruiva.

— Nunca se sabe o que pode entrar nos exames. - argumentou.

— Aha, sei. - não parecia convencido - Você sempre foi estudiosa, mas nunca nesse extremo, Rose.

— Ando tendo bastante tempo livre - ela tentou não parecer decepcionada.

— Ah, agora entendi tudo. Saquei. - disse feliz.

— Hum? Sacou o que?

— Você está tentando se destrair, hein? Até que seu "príncipe encantado" apareça.

Duas pilhas de livros caíram quando Rose tentou agarrar uma das leituras. Finalmente Albus podia ver o rosto da garota.

— E quem disse que eu quero um príncipe - perguntou fazendo um bencinho. - Admito, agora que não ando mais correndo atrás de ninguém, tenho tido mais tempo para os estudos - deu de ombros.

— Desculpe... - disse uma voz quieta atrás da ruiva. Rose se virou. - Será que podia pegar esse livro emprestado? - perguntou apontando para "A história por trás da guerra dos Gigantes" - Eu ando meio atrasada nesse assunto.

Rose sempre tinha problemas de lembrar o nome da garota, pois ela sempre parecia estar no canto, nunca parecia querer a atenção. Diferente de sua melhor amiga Charlotte.

— Cade a Charlotte? - perguntou Albus, esquecendo a pergunta da garota.

As bochechas da Heaven ficaram escarlates. Sua voz saiu fininha quando disse:

— Eu não sei!

Rose revirou os olhos. Não sabia o que Albus via naquela loira egoista e esnobe. Ele era um bom garoto e merecia alguém igualmente de bondosa.

— Que pena - ele disse decepcionado - Oh, desculpe! - exclamou ao perceber que estava com o livro em sua posse - Aqui! - Entregou a leitura a lufana.

— Obrigada. - agradeceu e foi sentar sozinha em uma mesa. Albus a olhou curioso, geralmente somente a via ao lado da Charlotte.

— Ops! - exclamou a ruiva ao ver que horas eram - Preciso ir. Prometi que me encontraria com a Lily. Até mais tarde, Al. - Rose colocou todos os livros na mochila e o resto tentou equilibrar em uma coluna gigante entre suas mãos.

— Precisa de ajuda? - questionou já sabendo a resposta de sua amiga teimosa.

— Ah, eu dou conta. - respondeu. Sequer podia enxergar o que vinha em frente. Sua visão estava bloqueada. - Até logo.

Albus observou a prima, seus livros balançavam de um lado ao outro, provavelmente cairiam mais cedo ou mais tarde.

Potter tentou estudar sozinho por cinco minutos, mas odiava fazer lições sozinho. Infelizmente Rose já fora e Scorpius estava em mais algum encontro com uma estudante desconhecida. O garoto suspirou, porém então voltou a observar a garota de cabelos channel.

— Oi - disse ele aproximando-se com sua pilha de livros.

— Oh, oi! - respondeu confusa - Precisa de seu livro de volta? - ofereceu "A história por trás da Guerra dos Gigantes" - Eu posso ler mais tarde.

— Ah, não. - negou - Eu só queria saber se poderia estudar com você? Eu odeio ficar sozinho com... Bem, tudo isso - admitiu olhando para seus quinze livros com certa repugnância. A lufana riu.

— Concerteza! - exclamou alegremente. Seu sorriso era contagiante. - Não sabe como estou feliz que tenha aparecido! Eu não entendo lhufas alguma disso aqui! - apontou para o texto complicado do livro - Será que autores não podem escrever em nosso idioma? Eu lá pareço ser advogada? - Albus riu olhando para o paragrafo que a garota apontava.

— Desculpe por decepcioná-la - disse sorrindo - mas não sei como ajudar. Eu falo inglês e não "idioma sofisticado demais para qualquer um entender". - depois de contar essa piada nem um pouco engraçada, porém que fez Heaven rir, ele pegou um dos livros de sua pilha. - Fala, que palavra você precisa traduzir?

— Veneta.

— Ataque, acesso de loucura. - Heaven começou a fazer anotações.

— Belicoso.

— Belisco? - perguntou incerto.

Heaven deu uma risada e voltou a dizer amavelmente.

— Be-li-co-so

— Ah... pera aí - disse abrindo o dicionário na página correta - que incita a guerra.

— Homizio

— Refúgio, esconderijo.

— Curatelado

— Violência - o cenho de Albus franziu - sexual praticada por várias pessoas ao mesmo tempo.

Os olhos de Heaven arregalaram.

— Isso não faz sentido algum! - exclamou lendo a frase várias vezes.

— OPS! Palavra errada, eu li sem querer "curra" - seu rosto ficou vermelho. Heaven parecia aliviada - Nossa, que bom! Senão a guerra dos Gigantes teria sido ainda mais horripilante. De qualquer forma, obrigada - agradeceu - Esse livro está fazendo agora muito mais sentido. - sorriu amavelmente. Heaven fechou o objeto. - Já tenho o que precisava. Quer ajuda com alguma de suas matérias? Não tenho nada que fazer até que a aula de poções comece.

— Sim! - disse animado - Você pode me ajudar com a lição de casa de poções!

— Ah sim... - falou entendo a situação - A que você tinha que fazer até hoje.

— De fato - confessou envergonhado - Não é exatamente minha melhor matéria, sabe?

Heaven pegou um pergaminho de sua mochila.

— Os efeitos e desvantagens da ambrósia. - disse lendo o título de suas anotações - Toma, espero que isso ajude. São só uns rabiscos que fiz para me ajudar na matéria.

— Você não sabe como acaba de salvar minha vida! - seus olhos brilharam de excitação, fazendo as bochechas da garota ficarem rosadas.

— Ah... não é nada, o prazer é meu, sabe?

Albus começou imediatamente a escrever seu texto.

— Heaven, você é minha heroína.

A garota ficou envergonhada.

— Heaven! - exclamou uma garota loira fazendo a bibliotecária gritar um alto "SILÊNCIO"- Aqui está você, eu estive te procurando por todo lado!

Albus imediatamente se levantou com os olhos arregalados e um sorriso bobo. Charlotte sequer olhou para ele.

— Eu preciso te mostrar uma coisa - disse excitada e agarrou a amiga pela mão - Você não sabe o que acabo de ganhar de presente. Você vai ficar abismada! - contou puxando-a.

— Ahm... A gente se vê depois, Albus! - Heaven se despediu observando o rosto vermelho, o sorriso torto e os olhos derretidos de Albus.

— Tchau, Charlotte... - deixou Albus escapar quase em um suspiro.

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— Cala boca - pediu Scorpius pela terceira vez enquanto levava a metade dos livros de Rose.

— Eu disse que não precisava de sua ajuda! - comentou a ruiva chateada.

— Você sempre diz isso - revirou os olhos - Agora cala a boca e aceite minha ajuda!

— Não vou agradecer.

— Como se eu esperasse um agradecimento de sua parte - revirou os olhos de modo provocante - Eu te conheço, esqueceu?

Rose sorriu. Mesmo não gostando de aceitar a ajuda do sonserino, ela apreciava o gesto, somente nunca iria admitir a Scorpius.

— Você que gosta de sofrer! - acusou - Você poderia estar por aí se dando bem com alguma menina e em vez disso, está carregando as minhas coisas.

— Já tive meu encontro hoje. Um por dia basta - brincou o loiro, fazendo Rose rir com escárnio. - Além do mais, queria te perguntar uma coisa.

— Ah, sabia que havia segundas intenções por trás de seu gesto amigável - zoou a amiga.

Scorpius voltou a revirar os olhos.

— Só queria saber se você poderia me ajudar a estudar. Tenho problemas para me concentrar e já que você é uma nerd nível máximo, eu bem que gostaria de ter sua ajuda.

— Ok. - respondeu Rose sem mais nem menos.

— Sério? - perguntou Scorpius confuso - Tipo, sem nenhum comentário sarcástico nem nada? Assim, de boa?

— Você quer minha ajuda ou não, sua doninha albina? - perguntou rindo

— Ah, agora sim! Essa é a Rose que conheço.

Ao chegarem a entrada da sala comunal da corvinal, Scorpius entregou os livros de volta a Rose.

— Obrigada. - disse sorrindo.

Scorpius acenou com a cebeça e se foi. Não antes de gritar de forma divertida.

— Sabia que agradeceria! - admitiu animado - Você sempre agradece!

 


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Notas finais do capítulo

Infelizmente, nao posso prometer a data do próx. capitulo. Bem que adoraria, porém admito que sou muito imprevisível
Sinto muito pela demora. Sério, demorou ANOS, mas a vida meio que fica no meio da minha criatividade e tempo.
Beijos a todos