Safe And Sound escrita por WaalPomps


Capítulo 1
You and I will be safe and sound


Notas iniciais do capítulo

Bom, tava om tédio na aula de Psicologia, Deontologia e outras mais e acabei escrevendo a fic*-*
Espero que curtam ;@



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Eu estava ferrada. Muito ferrada. Minha mãe vai me matar. Anne vai me matar. Gale e Johanna vão me esfolar viva. E Peeta... Preferia nem pensar.

Já passa das 17h e logo a noite cairá. E onde eu estou? Quem respondeu lago acertou. Agora o detalhe: eu estou grávida de mais de oito meses.

Oh sim. Em poucas semanas (ou dias) eu estarei trazendo ao mundo o filho (a) que Peeta sempre sonhou. E eu sempre me neguei a ter.

O que eu faço no lago? Simples: estou com calor. Mas eu deveria ter avisado que estaria aqui. Agora vocês vão perguntar: porque você não volta do logo?

Lembram o que eu disse acima? Dias? Semanas? As favas. MINHA BOLSA ESTOUROU. E ISSO DÓÓÓI.

_ Respira. Respira. – eu digo inutilmente a mim mesma – Não surtAAAAAAA! POHA PEETA, CADÊ VOCÊ?

Claro que ele não ira ouvir, eu sei disso. Mas por Deus, eu não posso dar a luz sozinha numa casinha aos pedaços na beira do lado. Eu me odeio.

Dois minutos. Não sei muito sobre dar a luz, mas dois minutos de intervalo entre as contrações não podem ser um bom sinal. Ou podem, em uma situação diferente da minha.

_ Katniss! – estou tendo alucinações parturientes ou alguém grita meu nome?

_ Catniiiiip! – é, estou maluca mesmo. Mas não custa tentar.

_ PEETA! GALE! – gritei – PEETAAAAA, POHA, ISSO DÓI!

_ Peeta, na casa do lago. – ouvi Gale gritar. Pouco depois, ele abriu a porta – Oh merda. – gemeu, vendo meu estado – Peeta, acelera.

Meu marido demorou alguns segundos pela perna mecânica, mas logo irrompeu pela porta, arfando de cansaço. Ao me ouvi gritar, gemeu de desgosto.

_ Consegue andar? – perguntou se ajoelhando ao meu lado.

_ Não. – arfei, segurando sua mão – E eu preciso empurrar. Agora.

_ Gale, vá buscar minha sogra. O bebê vai nascer aqui. – pediu Peeta e meu amigo assentiu, disparando mata adentro – você agüenta mais quanto?

_ Nada. Ele quer sair, agora. – choraminguei – Eu preciso empurrar.

Ele assentiu, puxando minhas roupas de baixo e as tirando. Quando Devon, filho de Gale e Johanna nasceu, havia tantos panos cobrindo as pernas dela que eu só consegui ver meu afilhado quando minha mãe o ergueu para dá-lo a minha amiga. Agora, se não fosse minha barriga, eu poderia ver meu filho nascendo de primeira mão.

A cara de Peeta é no mínimo bizarra e eu não quero imaginar o que ele está vendo. Minha preocupação é apenas empurrar. E gritar, é claro.

_ Peeta, cala a boca, por favor. – eu rosnei, quando ele novamente veio tentar me acalmar – Porque mesmo eu engravidei? Oh sim, por sua culpa. Então, calado e me deixe gritar.

Ele se preparou para retrucar, mas algo fez parar. Sua boca se abriu em um perfeito O e seus olhos se arregalaram.

_ Eu to vendo a cabeça. – gaguejou. Eu arregalei os olhos e ele segurou meus joelhos com força – Vamos lá Katniss, mais um pouquinho só.

E eu empurrei de novo. Mais e mais forte. Peeta vibrava a cada instante e depois de um empurrão particularmente forte, seus olhos marejaram.

O choro era alto e forte e misturava ao meu e de Peeta. Suas mãos lentas e tremulas, erguiam o pequeno bebê coberto de sangue até a altura de meus olhos.

_ É uma menina. – sussurrou ele.

_ Primrose Ruse Mellark. – batizo.

_ Primmie. – cantarola ele, trazendo nossa filha para mim. Ele a deita sobre meu peito, a cobrindo com a jaqueta de meu pai que estava jogada por ali (desde que comecei a ler Morning Light, da MsMellark só consigo chamar a Prim de Primmie).

 Ela é perfeita. Mais que perfeita. Seus olhos são azuis como os dele e seus poucos cabelos, tão escuros quanto os meus. Ela para de chorar assim que a seguro e passa a me encarar, curiosa.

Vozes conhecidas se aproximam e Peeta tira rapidamente a camisa, usando como cobertor para minhas partes, antes que todos entrem e parem chocados.

Gale e Johanna estavam tão embasbacados que nem percebem quando Devon passa por entre eles e se aproxima, curioso.

_ Gente, essa é Primrose Rue Mellark. Ou simplesmente Primmie. – apresenta Peeta, acariciando o rostinho dela. Devon observa minha filha parecendo extremamente curioso.

_ Você fez o parto sozinho? – questionou mamãe e ele assentiu – Bom, então saiam todos para que eu possa examiná-las. Mas antes, quer cortar o cordão papai?

Eu já tinha visto Gale fazer isso quando Devon nasceu e na ocasião, meu amigo parecia extremamente emocionado. Peeta, no entanto não chorava. Acho que toda a emoção havia se descarregado em ajudar a trazer nossa filha ao mundo. Logo depois, mamãe deu Primmie a Johanna, a madrinha, e colocou todo o resto para fora.

Pouco tempo (e alguns procedimentos) depois, já seguíamos por dentro da floresta escura. Bom, Gale me carregava por dentro da floresta, já que a perna de Peeta não é tão forte. Meu marido no entanto, parecia bem feliz em carregar nossa garotinha, enquanto o silencio da noite era preenchido por Johanna ralhando com o filho por ter se embrenhado na mata atrás deles, fazendo o pai do garoto rir.

Haymitch, Effie e Anne nos aguardam ansiosos em frente à casa. Finnick, filho de Anne e meu falecido amigo Finn, está adormecido em uma das cadeiras, alheio a tudo. Peeta sobe comigo, deixando todos hipnotizados pela pequena.

Com cuidado, meu marido me ajuda a tomar banho e logo depois me deita na cama, saindo do quarto. Minutos depois ele volta, carregando nos braços nossa filha já trocada.

_ Foram embora. – contou, parecendo aliviado – Devon já estava estressando a bebê com tanto barulho. Oh, e acho que ela está com fome.

Ele me entregou o pacotinho em seus braços e eu engoli em seco. Ela resmungou nervosa, parecendo comigo mesma quando tenho fome. No momento em que ela começou a sugar o leite, foi como se tudo se encaixasse.

O medo que havia me tomado pelos últimos anos, pelos últimos meses... Sumiu. Com Peeta ao meu lado e Primrose em meus braços, eu sabia que tudo daria certo. Nós todos ficaríamos sãos e salvos. 


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Notas finais do capítulo

Como sabem, reviews são sempre bem vindos. Beijinhos ;@