Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 25
Fogo e Gelo - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal.... eu disse que postaria mais em dezembro (bem isso vale mais pra as minhas outras fics) é que eu já tinha um capítulo mais ou menos feito aqui, a parte da guerra mesmo ainda não chegou exatamente, mas eu já estou preparando um terreno para tal, até porque eu ainda to vendo o que a Amora ainda vai fazer.... espero que gostem desse capítulo!



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Depois de todo aquele cenário de guerra, elfos e asgardianos organizaram um velório coletivo. Loki tinha Sigyn ao seu lado e esta segurava a mão do pequeno Alvin que tinha um olhar morto, enquanto via seus pais sendo cremados. Do lado destes, estavam Thor e Sif e os reis de Alfheim, Freyr e Gerda que chorava inconsolável, sendo amparada pelo marido, que também tentava se manter firme, amava demais aquele lugar para vê-lo assim em total arraso.

Depois disto, Thor e Loki se reuniram com o rei de Alfheim a fim de lhe dar as orientações e suporte para manter o local seguro – embora Loki imaginasse que em parte isso não teria muita relevância, já que provavelmente os elfos negros estavam interessados em algo muito maior.

Em Asgard, Odin enviava mensagens a outros reinos próximos, sobre uma possível ameaça de guerra entre os mundos – tirando Muspell e Nifhelheim. Entretanto Odin ainda não havia contatado com ninguém de Jotunheim, o reino que agora não possuía nenhum rei, e estava com uma relação estremecida com os asgardianos. Odin temia que os gigantes pudessem ir para o lado dos elfos, e isso poderia ser pior. Sentado em seu trono, o rei de Asgard tinha incontáveis linhas de preocupação desenhadas em sua velha testa.

Ao por do sol, parte da frota asgardiana era recebida por Heimdall na Bifrost, a outra parte havia ficado em Alfheim, sobre a liderança de Tyr, o líder dos Einherjar. A maioria seguia ficando apenas os três guerreiros, Sif, Thor, Sigyn que carregava Alvin no colo, e Loki. Este ultimo virou para Heimdall.

– Heimdall, preciso que me diga o que viu em Alfheim – disse Loki – como eles chegaram lá?

– Não sei lhe responder, porque eu não vi, eles apenas chegaram – disse o guardião.

– Os elfos disseram a mesma coisa – disse Frandal – ninguém viu...

– Aquelas naves... – disse Loki cerrando os olhos – nem me recordava de ver magia tão avançada para tal.

– Não se via ataques assim desde quando o meu avô derrotou o rei dos elfos negros – disse Thor.

– Mas agora a situação é outra – disse Sif – eles voltaram depois de anos de isolamento.

– Estamos lidando com um inimigo invisível – disse Loki – precisamos ficar em alerta, eles podem estar aqui e nem sabemos.

– Eu saberia – disse Heimdall.

– Não, lamento informar Heimdall – disse Loki – mesmo com seus dons, você não conseguiria achar.

– Loki, o que quer dizer com isto? – disse Frandal.

– Estou dizendo que eles podem ter pessoas infiltradas aqui dentro.

– E o que o faz pensar assim? – disse Vostagg.

– Eu suponho que eles já estejam dando o próximo passo, e nós precisamos nos adiantar. E logo!

– Mas, como? – perguntou Thor.

– Eu ainda não sei – disse Loki, o que deixo a maioria ali surpresa – ainda estou pensando.

Thor caminhava pelo corredor, a agitação era visível em seu rosto, estava preocupado, temia por mais pessoas em perigo, e seu irmão parecia estranho desde que voltara de Alfheim, Loki antes teria uma resposta pronta para resolver o próximo passo, mas nem ele sabia o que fazer, e suas suspeitas sem fundamento também não pareciam ajudar muito.

– Não consegue dormir?

Ele virou para trás e encontrou o olhar de Lady Sif.

– Lady Sif? Pelo visto você também parece sem sono...

– Acho que não há quase ninguém dormindo aqui – ela sorriu sem jeito e depois encarou os olhos azuis de Thor, os olhos que tanto amava em segredo.

– O que há? – disse Thor vendo que ela o encarava com tanta insistência.

A jovem corou, e encarou o chão antes de responder.

– Eh... é que eu... eu me preocupo contigo – disse a jovem.

Thor sorriu.

– És uma boa amiga brava e leal Lady Sif.

Sif deu um sorriso triste.

– Amiga? É só isso que sou para ti?

– Não estou entendendo – disse o loiro – o que há de mais nisso?

Sif queria simplesmente agarra-lo pelo pescoço e dar um beijo bem dado, talvez assim Thor “acordasse” e reparasse melhor nela. Thor notou que a jovem parecia estar em um conflito interno.

– Sif? Você está bem – antes que ele terminasse a pergunta se viu surpreso por um beijo rápido. A jovem se segurava em seu pescoço ao mesmo tempo em que empinava os pés para ficar mais alta.

Ambos se separam para pegar um pouco de ar e ficaram se encarando. Thor tinha uma expressão que beirava da surpresa a confusão. Já Sif tinha esperança que ele retribuísse mais não foi bem o que aconteceu, talvez ele ainda estivesse nutrindo sentimentos pela jovem terráquea pela qual ele havia se apaixonado.

– Eu pensei que... – ela falou com um riso forçado – desculpe! Foi idiotice minha.... eu não devia... – mas ela não esperava que loiro a puxasse para perto dele.

E antes que ela falasse algo ele a beijou.

Loki não havia pregado o olho, já Sigyn dormia abraçada com Alvim, o deus da trapaça se levantou com todo cuidado para não acordá-la, usou sua magia para materializar seu traje verde, e foi indo até porta. Quando sentiu alguém atrás de si.

– Loki...

Ele virou o rosto e encarou a expressão sonolenta de Alvim.

– Que foi pirralho? – ele disse com a voz bem baixa.

– Onde você vai?

– Vou resolver umas coisas, nada que você entenda – ele disse rápido.

– Sei – disse o menino.

Os dois se encaram por alguns segundos.

– Loki – disse a criança.

O caçula de Odin revirou os olhos impaciente.

– O quê?

– Posso te pedir uma coisa?

– Vai pede – disse o deus impaciente.

– Posso abraçar você?

Aquilo pegou Loki de surpresa, ele piscou algumas vezes e encarou os olhos tristes da criança, olhos tristes que lembravam a ele mesmo quando havia descobertos sobre a sua verdadeira origem. Loki suspirou e se abaixou ficando na altura do garotinho, um meio sorriso brincou nos lábios do deus.

– Vem cá.

O garoto rapidamente se abraçou a ele. Loki envolveu a criança em seus braços fazendo um breve carinho nos cabelinhos de ouro do pequeno elfo.

– Eu vingarei seus pais, eu prometo – disse Loki agora encarando o garoto.

– Mamãe dizia que vingança não é uma coisa boa...

– É não é – disse Loki – mas é o meu meio de fazer justiça. Mas antes preciso resolver um assunto... agora volte pra cama e fique cuidando dela para mim enquanto eu não volto – olhou para a esposa que dormia tranquila.

– Ta – o menino foi caminhado porem ainda olhou para o deus e disse – sabe de uma coisa? Até que você é bem legal.

– Você também é suportável pirralho, agora durma – Loki agora fechava a porta.

O jovem mago caminhou silenciosamente pelo corredor quando ouviu uma voz.

– Eu sabia que ainda havia um pouco de bondade em você.

Loki virou o rosto e encarou Frigga, que vestia uma manta grossa, as olheiras em seus olhos entregavam o desgaste físico da rainha. Loki apenas encarou o chão.

– Defina “um pouco de bondade” – respondeu o jovem desdenhoso.

– Por que ser tão sarcástico? – disse a rainha de Asgard que se aproximou do filho tentando lhe tocar o rosto, porém Loki se esquivou.

Frigga sentiu que seus olhos iriam marejar, e Loki de certa forma se sentiu incomodado ao perceber isso. Não odiava Frigga, mas sim o fato de ela ter sido conivente com o segredo de seu passado. Loki queria esquecer tudo e simplesmente abraça-la, mas era orgulhoso demais para fazê-lo.

– Quando digo que vejo bondade em te, não estou mentindo – disse a mulher – vejo o jeito com trata e olha para tua esposa, e agora cuidando do pequeno Alvim. Pretende adotá-lo?

– Isso não vem ao caso agora – disse Loki sem graça pelo último comentário – é estranho ser pai de um elfo.

Frigga apenas achou graça do comentário, a rainha chegou mais perto do filho e segurou as mãos pegando Loki de surpresa.

– Sei que pretende resolver algumas coisas de teu passado – a Frigga tirou do bolso da manta um lenço verde musgo – entendo o que vai fazer, então leve isto contigo, sei que na hora saberá o que fazer.

– Como sabe? – Loki falou perplexo.

– Eu vi – disse a rainha.

– Você não vai me impedir?

– Não. Eu sei que desta vez você fará a escolha certa.

Loki encarou a mãe adotiva nos olhos, Frigga percebeu que as muralhas de gelo do filho pareciam ter cedido um pouco. Logo lhe veio à mente a mãe de Alvim morta, ou dor de Sigyn por perder a sua da mesma forma. Mesmo com todos os defeitos que ele tinha, ele jamais deixaria que sua mãe tivesse o mesmo fim trágico. Mesmo não sendo sua mãe de sangue, Frigga era a única mãe que ele havia tido na vida. O jovem não havia se dado conta de que uma lágrima havia caído de seu rosto, só notou quando sentiu os dedos de Frigga limpando sua bochecha.

– Mãe... – a voz de Loki soou juvenil e frágil antes de abraça-la – me perdoe...

A rainha apenas lhe afagava os cabelos, tinha algumas lágrimas nos olhos.

– Shhhhh.... já passou meu menino... – disse a rainha – já passou.

Os dois ficaram ainda abraçados por alguns minutos.

Sif e Thor ainda se beijavam, acabaram se afastando para tomar um ar quando viram mais em baixo no castelo Loki caminhando para fora do portão do Valhela.

– O que será que ele está fazendo? - perguntou Sif.

– Vamos descobrir – disse Thor enquanto segurava a jovem com uma mão e com a outra preparava Mjonir.

Loki cavalgou até a Bifrost. Heimdall estava ali vigilante. Com seu semblante sério encarou o trapaceiro.

– O que quer Loki?

Loki desceu do cavalo respondendo.

– Quero que me mande para Jotunheim.


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Notas finais do capítulo

No próximo veremos o que Loki irá fazer em Jotuheim....