Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 19
O retorno do príncipe renegado - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, mais um capítulo fresco e com a aparição de alguns personagens....

Boa leitura!



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Uma luz forte surgiu absorvendo o trio, e em poucos segundos eles já se encontravam dentro da cúpula da Bifrost. Nina sentiu uma leve tontura, afinal essas viagens rápidas causavam certo desconforto.

Heimdall se encontrava a postos com sua espada.

– Bem vindo de volta, pai de todos.

– Obrigada Heimdall – respondeu Odin que em seguida mirou seu olhar para o jovem casal ao lado – me acompanhem.

Heimdall olhou brevemente para Loki, os dois se encararam com raiva, e Nina notou isso. Depois de encarar o trapaceiro o guardião analisou a jovem ao lado dele, Nina também fitou aqueles olhos dourados, Heimdall lhe sorriu, educado.

– Bem vinda a Asgard, milady – ele respondeu cortês – espero que tenha uma boa estadia.

– Obrigada – ela respondeu sorrindo discretamente.

Loki apertou a jovem para perto de si, ainda encarando Heimdall com a cara séria, Nina achou graça, mas preferiu não rir, achava engraçada a forma como Loki agia, ele era ciumento com qualquer coisa. Os dois passaram por Heimdall e seguiram Odin pela ponte onde já havia alguns cavalos para eles. Cavalgaram até os portões da cidade, as pessoas ia e viam pela cidade, mas logo se viram voltadas para Odin montado em seu corcel Sleipnir, acompanhado de Loki e Nina, montados em outros dois cavalos. As pessoas olhavam curiosas para e ao mesmo tempo desconfiadas para o jovem casal que trajava apenas seus trajes de camponeses, Loki estava cabisbaixo, ignorava qualquer olhar dirigido a ele. Nina respirava e sentia o frio cortante entrando por sua manta sua respiração saia em forma de fumaça. Era o inicio do inverno, cada vez próximo.

Loki notou que sua esposa tremia levemente, ela o fitou de relance com o nariz vermelho devido ao frio. Despois de cavalgaram por entre as ruas da cidade finalmente se haviam chegado às proximidades do palácio real. Ambos desceram do cavalo e caminharam pelo pátio do castelo onde já encontravam Thor, Frigga e Sif.

– Que bom que chegaram – disse Frigga indo em direção ao marido, depois fitou Loki e Nina – obrigada Loki.

Loki evitou encará-la limitando apenas a olhar para o chão. A mulher de Odin disfarçou o embaraço e dirigiu seu olhar a Nina, que lhe sorriu educada. Frigga apenas lhe sorriu de forma misteriosa, o que deixou a jovem vanir um pouco intrigada.

– Bem vinda – ela disse segurando as mãos da jovem – agora que está aqui eu me sinto mais aliviada, pois queria muito falar com você, minha criança.

– Comigo? – a jovem piscou os olhos de forma rápida.

Loki fitou a mãe e a esposa de forma curiosa.

– Sim – disse Frigga – agora que você faz parte da família deve cumprir um rito de passagem... mas não se preocupe, não é nada que possa deixar-te preocupada.

- Rito de passagem? - perguntou Nina - Que tipo de rito?

– Em breve você saberá... agora vamos! Acompanhe-me – a mulher puxou a jovem – vamos por uma roupa mais quentinha em você! Sif venha conosco!

– Claro Frigga! – disse a jovem seguindo as duas deixando os três homens a sós.

Odin, Thor e Loki seguiram para a sala do trono, enquanto caminhavam Thor se aproximou do irmão caçula lhe segurando pelo ombro.

– Que bom que voltou irmão!

– Me solte Thor, e depois, não somos irmãos – respondeu Loki se afastando com a voz cansada.

Thor ignorou o resmungo do outro, sabia que cedo ou tarde seu irmãozinho desistiria dessa ideia estupida de dizer que não era seu irmão, afinal Thor sabia ser teimoso quando bem queria. Agora o trio se encontrava na sala, o pai de todos virou o corpo para fitar os dois filhos.

– Bom, acho que agora podemos conversar mais detalhadamente.

– E então, o que há dessa vez? – disse Loki.

– Não sabemos – disse Odin – pode parecer estanho, mas não sabemos o que nos ameaça e nem quando.

– Tudo o que sabemos foi que nossa mãe teve visões horríveis sobre o futuro de Asgard – disse Thor agora.

– E você compreende Loki que as visões de sua mãe são verdadeiras e nunca se alteram.

Loki fitou o chão pensativo.

– Não há nenhuma pista sobre o inimigo?

– Não, nem mesmo Mimir soube dizer, a única coisa que ele disse era que você tinha que voltar para casa, aparentemente você seria a solução para enfrentar esse mal.

– Eu? – Loki fitou Odin, e riu irônico – Mimir deve ter batido a cabeça – O que posso fazer se sou inútil agora, você tirou meu status de deus, minha magia.

– Não Loki – respondeu Odin – sua magia não foi tirada.

– Como? – perguntou o trapaceiro perplexo.

– Eu apenas... bloquei a sua magia, sua fonte de poder e lhe reduzi a um mortal.

– O quê? Não compreendo.

– Eu não poderia fazer isso com você, afinal você é um mago, e um mago possui mana dentro de seu corpo, tal como um órgão que se for tirado de seu corpo o mago morre. Se eu tivesse realmente tirado o seu poder você não estaria aqui conversando conosco agora. Achei que você tivesse conhecimento dessas coisas.

– Não havia pensado nisso – Loki respondeu emburrado, então ele se recordou de quando Nina lhe perguntou como ele havia feito aquele fogo magico no incidente do ogro.

– Como acha que você salvou Nina naquele incidente?

– Mas... eu não sinto nada – ele disse.

– É porque você ainda está bloqueado – disse Odin – mas não se preocupe – seu poder ira voltar em pouco tempo, eu não poderia fazê-lo de uma vez só, porque senão você acabaria morrendo.

Loki assentiu, Odin tinha razão quanto aquilo. Loki era um mago com alto índice de mana magica em seu corpo, ele tinha mais do que o próprio corpo poderia suportar, mas devido a muito treino e disciplina ele conseguiu conter e controlar o seu mana.

– Compreendo perfeitamente – disse ele – mas voltando ao assunto, se não sabemos de quem se trata então temos que estar vigilantes quanto a isso. pois minha intuição me diz que estamos lidando com alguém que ainda não quer saibamos os seus passos. E digo mais, temos redobrar nossos sentidos, pois pode haver um infiltrado destas forças dentro do reino.

- Como pode ter certeza disso irmão? -perguntou Thor.

- Eu não tenho, mas acreditem, eu sei melhor do que ninguém que deve-se sempre suspeitar do mais inegável, porque é por onde se menos espera que a ameaça surge.


Parte leste de Asgard


Em um castelo uma jovem de cabelos ruivos entra na sala com uma cesta cheia de frutas:

– Ele voltou! E casado quem diria...

– Eu sei – dizia uma loira que se deliciava na banheira – eu vi.

– Você adora corta o meu barato heim Amora!

– Oh Lorelei, minha querida irmãzinha! Não se zangue!

– O que faremos quanto a isso?

– Nada. Afinal já demos o primeiro passo lembra. E outra não sabemos se Loki vai ajudar Odin ou não...

– Acha que ele mudaria de “lado”...

– Conheço Loki, ele não fica do lado de ninguém – disse loira enquanto se levantava com esbelto corpo nu pra fora da banheira e em seguida pegando a toalha para enxugar-se – ele costuma ir para o lado que lhe favorece de alguma forma. Ele agi por interesse próprio. Duvido que esteja aqui por causa de Odin.

– Você espera trazê-lo para o nosso lado? – perguntou a mais nova.

– Talvez – ela riu maliciosa – mas como eu sempre falo, uma coisa de cada vez.



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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?