Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 13
Coisas boas estão acontecendo....


Notas iniciais do capítulo

E aí galera! Pois é, eu consegui uma brecha de tempo livre para postar!
Meu presente de carnaval para vocês!!!
Boa leitura!



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Loki havia acordado bem mais cedo que o normal, se levantou e ficou sentado na cama. Seu cabelo estava em desalinho sobre o rosto. De repente ouviu uma melodia vinda de fora do quarto. Era uma voz doce, a voz de Nina. O asgardiano fechou os olhos se atentando apenas aquele som. Resolveu sair do quarto para ver da onde vinha e reparou que a voz vinha do lavabo onde tomavam banho. Sorrateiramente ele caminhou até com passos leves, sentia-se curioso, tirando aquela vez em que viu Nina de camisola, ele nunca mais havia visto nada, já que a jovem usava roupas longas e comportadas. E quando Loki ficava curioso, não tinha nada que o impedisse de saciar sua curiosidade. Ele notou que a porta do banheiro estava entreaberta e pela pequena brecha ele espiou. Nina estava em pé dentro da banheira de madeira, nua, porem de costas, seus cabelos estavam presos e protegidos por um pano, o que deixava as costas da jovem a mostra. Ela cantava baixinho enquanto passava uma espécie de esponja sobre a pele.

Loki invejou aquela esponja... e sentiu outras coisas também, como seus hormônios reclamando e um incomodo da cintura para baixo. O deus das travessuras achou mais prudente se afastar dali antes que Nina o percebesse. Voltou para o quarto onde lavou o rosto com um pouco de água, a fim de acalmar a agitação dentro de si.    Só podia pensar que Nina era linda... tanto por dentro quanto por fora, mas só a tocaria quando estivessem devidamente casados.

-

Os elfos estavam tentando pescar salmões, mas sem sucesso algum, Skirnir  coordenava o grupo, haviam vários deles no rio tentando pegar os peixes, que eram muito rápidos.

- Desse jeito não conseguiremos nada! – disse o assistente de Freyr, só imaginando os esporros que levaria do rei caso não conseguisse.

“Mas ele tinha que cismar que queria comer salmões hoje!”

- O que está havendo aqui? – disse Loki que passava próximo dali levando alguns cavalos para o celeiro do castelo.

- Tentando pescar – falou o elfo visivelmente frustrado e irritado.

Loki olhou para os demais elfos que tentavam ridiculamente pegar os salmões que fugiam agilmente.

“Criaturas de inteligência diminuta” pensou o asgardiano.

- Está tudo errado – falou Loki com um meio sorriso de deboche – do jeito que estão se saindo vocês jamais pegaram um salmão que seja, poderiam ficar aí por uma eternidade!

- Ora, mas pescar salmão não é lá tão fácil! – disse o assistente de Freyr.

- Vocês é que não sabem como se pesca.

- Por acaso você tem alguma ideia asgardiano? – Skirnir retrucou com ar de superioridade.

- Sim – disse Loki com uma expressão pensativa no rosto – me arranje umas cordas e linhas de fibra...

- Cordas e linhas de fibra? – Skirnir perguntou sem entender – O que vai fazer?

- Vou lhes ensinar a pescar – disse Loki com um brilho no olhar – e garanto Skirnir que vocês terão tanto salmão que logo ficaram alguns meses sem comê-los de tanto que vão enjoar. O que me diz?

- É uma proposta? – perguntou o elfo.

- Sim. Eu os ajudo a pescar, Freyr não lhe arranca a orelha e você ainda arranja uma promoção de cargo para mim – disse Loki com um sorriso torto – o que me diz?

O elfo pensou um pouco e respondeu:

- Aceito sua proposta, mas me diga primeiramente: o que vai fazer com cordas e linhas, eu ainda não entendi?

- Você vai ver? – disse Loki com um meio sorriso.

-

Nina havia chegado à casa primeiro, já que Loki havia lhe deixado o recado de que voltaria mais tarde. A jovem estava na dispensa procurando algo para fazer para jantar, foi quando ouviu a porta abrir.

- Espero que ainda não tenha feito o jantar – disse ele com um sorriso de orelha a orelha – vamos comer fora hoje.

- Que sorriso todo é esse? – disse a vanir curiosa – O que houve?

- Voce não soube? Hoje houve a maior pescaria da historia de Alfheim, e é claro, teve um dedo meu para ter acontecido – terminou a frase sentindo-se orgulhoso.

O trapaceiro narrou para a jovem todo o acontecido. Loki havia construído com uma grande rede de pesca*, e sobe sua orientação os elfos conseguiram pescar muitos, muitos salmões.

- Isso é incrível! – Nina falou batendo palmas – Que ótimo Loki! Estou muito orgulhosa!

O deus é claro, corou um pouco.

- Por isso – ele falou concluindo – graças a mim eles vão ter salmões até não aguentarem mais. Skirnir nos convidou para comermos alguns salmões na casa dele, eu não queria ir... mas imaginei que você iria gostar de ir então...

- Eu adoraria! – ela falou pulando no pescoço dele – mas só se você fosse comigo também.

- Só se você me deixar beijá-la – ele falou segurando a jovem pela cintura, ficando mais perto dele.

Nina fechou os olhos e empinou um pouco os lábios e fechou os olhos e ele a beijou. Os dois se beijaram até ficarem sem ar.

-

 Na casa de Skirnir que era bem próxima dali estava cheia de gente, os elfos dançavam e cantavam alegremente no quintal da casa, os salmões eram assados em churrasqueiras coletivas. Havia uma grande mesa armada com bastante comida onde todos se sentavam, algumas lamparinas enfeitavam o local.

Loki talvez fosse o único que não sentia muito a vontade ali, mas vendo que Nina estava alegre e conversando com os demais, pensou que poderia no fim das contas suportar. A jovem vanir conversava com a mãe de Alvim:

- Meu filho disse que vocês dois vão se casar.

- Sim – Nina bebia um pouco de ponche – mas confesso que foi muito rápido, mas me sinto feliz, pode não parecer, mas Loki é muito gentil quando não está na frente dos outros.

- Feliz? – disse Alvim – eu ainda acho que a senhorita deveria pensar melhor?

- Alvim! – a mãe do menino puxou a prelha pontuda do menino – Peça desculpas para a senhorita!

- Au... desculpe – ele falou massageando a orelha.

- Tudo bem Alvim – disse Nina dando um fraco sorriso – eu vou ficar bem. Eu amo o Loki, e ele também me ama. Fique feliz por mim!

- Vou poder visitar a senhorita sempre? – ele falou sorrindo.

- Claro! – ela falou depositando um beijinho na bochecha do elfo que ficou todo encolhidinho de vergonha.

- Eu bem sei – disse a mãe de Alvim – todos nós vimos à forma como ele a defendeu naquele dia, eu confesso que também estava enganada a respeito de vocês dois, mas agora compreendo que ele apesar do jeito que é tem muita estima por você, quem sabe você não o transforma em alguém mais doce.

- Se eu fizesse isso, Loki não seria mais Loki – disse Nina e as duas riram.

- Espero sinceramente que vocês sejam felizes – disse a mãe de Alvim.

- Ah, obrigada – disse Nina segurando a mão da elfo.

- Nina – Loki apareceu chamando-a discretamente.

- O que foi? – ela disse após pedir licença a mãe de Alvim.

- Vamos embora – ele lhe pediu com suplicas em seu olhar.

- Mas Loki... – Nina se queixou contrariada – a festa mal começou.

- Hora da dança! – berrou Skirnir – escolham seus pares!

- Dança! -  Nina falou alegremente e depois olhou para o seu noivo – Vamos dançar Loki!

- Ah não – ele falou dengoso.

- Ah vamos, por favor! Depois da dança a gente vai.... eu prometo – ela insistiu -  Por favor...

- Ta bom – Loki falou, rendido.

Assim como os demais, o jovem casal se aproximou da enorme fogueira. Com uma mão Loki segurou a mão da garota e com a outra ele apoiou na cintura fina dela. Os dois dançavam timidamente, e, aos poucos, parecia que não havia mais ninguém além deles. Nem percebiam, mas estavam começando a chamar a atenção dos outros ali presentes, admirados vendo Loki com uma expressão tão terna em seu rosto enquanto olhava para a garota que dançava com ele. Nina colocou a cabeça no peito dele, sentia-se feliz.

- Se isso for um sonho – ela disse baixinho para que só ele escutasse – então eu não quero mais acordar...

- Não é um sonho – ela agora o fitava – eu estou aqui com você – ele falou esboçando um sorriso que ninguém estava acostumado a ver – Eu é que deveria achar que estava sonhando... mas percebo que é real toco em teus lábios...

- Eu te amo, Loki.

- Eu também te amo Nina – Loki falou bem perto do rosto dela.

Ignorando os demais presentes, o jovem casal se beijou.

- Eca! Que nojento! – resmungava Alvim, que via a cena ao longe, fazendo uma careta.

Skirnir e sua esposa Vaniles apenas viam, os outros elfos começaram a fazer urros e a assobiar. O jovem casal se separou, estavam levemente corados. Logo depois se despediram dos anfitriões e dos outros convidados e foram embora.

Alguns dias se passaram, e Loki fora promovido por Freyr graças ao seu feito com as redes de pesca. Agora ele não trabalhava mais como escravo faz-tudo, agora Loki era encarregado de supervisionar a biblioteca do castelo. Embora não demonstrasse, o deus das travessuras ficou muito satisfeito em ficar próximo dos livros, há quanto tempo que ele não lia nada, já sentia falto de tão costumeiro habito. Sua carga de trabalho também diminuiu. As coisas estavam começando a melhorar, em poucos dias ele se casaria com Nina.

Loki pode perceber que se sentia satisfeito.

Loki percebeu que ter uma vida um tanto simples em Alfheim não parecia tão ruim assim.  


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Notas finais do capítulo

* Na mitologia nórdica loki foi o inventor da rede de pesca;
Enfim o tão esperado momento chegará no proximo capítulo, até lá esperem um pouquinho e não me abandonem seus lindos!
Comentem.....
Bjs!