Pra Daqui A Vinte Anos escrita por Isabella


Capítulo 8
Preocupada - 23 de Abril


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi longo bem longo haha Espero que goste do texto!



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E então, oi diário, tudo bem com você? Eu não sei como eu estou exatamente, mas eu posso dizer que bem não é a situação em que me encontro agora. Eu nem sei o porque eu estou perdendo meu tempo escrevendo aqui enquanto muitas coisa estão acontecendo, muitas coisa mesmo.
Eu podia estar ajudando, eu podia fazer alguma coisa pra esvaziar minha mente, mas é impossível! Minha mãe me proíbiu de sair de casa pra qualquer coisa. Ela tem medo que eu faça alguma loucura, tipo, me jogar na frente de um carro ou algo assim (Eu me pergunto se aquelas séries de tv que ela fica o dia inteiro assistindo sobre como educar os filhos e ter uma vida perfeita e equilibrada fazem bem pra ela. E para mim).
Eu acho que ontem foi o pior dia da minha vida. E foi mesmo. Mas vamos explicar direito não é mesmo?
Estava em casa, e todas as luzes estavam apagadas, desci um lance de escadas até o andar de baixo. E então... um dinossauro apareceu:
– Oi Freddie, está tudo bem com o verdinho mais fofinho de todo o mundo? (desconsidera meu grau profundo de fofura aqui)
– RAWNNNNN
– Awnn. também te amo lindinho.
– RAWNNNNNNN
– Eu já falei que eu te amo, não é, seu bobo?
– RAWNNNNNNNNNNNNN
– Calma ai, o que que te fiz? Tá grosso, é?
– RAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWWWWWWWWWWWWNNNNNNNNNNN - ele estava olhando por cima do meu ombro agora.
Eu olhei pra trás então.
– Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh - E então eu acordei.

Sim, eu tive um pesadelo. Não, eu não vou escrever aqui o porque se não você vai rir.
E assim o dia começou. Acordei, escovei os dentes e desci logo.

– Bom dia senhorita - disse minha mãe

– Oi - respondi

– Como vai seu dia?

– Bem....

– Então está bem. Tome o café e se arrume para a escola. E vista uma roupa confortável, hoje você vai a pé.

***

Depois de mais um longo e tenebroso dia de escola eu voltei pra casa, vi a caixa de correspondência; Só haviam alguns comunicados sobre a faculdade do meu irmão (toda essa coisa da greve e algo do tipo), então como uma boa pessoa que eu (não) sou, eu fui entregar as cartas para a minha mãe.

E então eu cheguei na sala onde ela sempre fica ''trabalhando'' e não a encontrei.

Mas que ótimo - pensei - deve der saído pra fazer algo inútil como comprar mais um organizador de meias.

Mas depois eu vi uma carta escrita rapidamente com uma letra ilegível, vulgo, letra de médico. A carta era do hospital e estava largada no chão; Minha mãe provavelmente tinha saído as pressas para lá então devia ser algo importante (ela não saí de casa NUNCA, a não ser pra fazer compras ou ir em algum encontro com as ''amigas'' do tempo da escola).

Eu juro que tentei muito ler o que estava escrito mas foi impossível! Então eu saí correndo pra lá. Foi uma metade de caminho muito bom (tirando quase ser atropelada umas 3 vezes) mas na outra metade eu vi que dia era ontem e então fui ligando as peças até descobri o que era aquele dilema da carta do hospital.

Vamos começar assim, como eu já expliquei, era algo importante. Segundo, uma carta de médico. Terceiro, meu irmão ainda não tinha voltado para casa. Quarto, ele não era um dos melhores motoristas já que conseguiu sua carta comprando-a de uma auto-escola fajuta. E então eu percebi. Ele sofrera um acidente.

***

Liguei para minha mãe várias vezes mas ela não atendia. Na minha última tentativa ela entendeu e foi logo falando:

– O que que você quer? - Era um pouco justo pois eu só ligava pra ela pedindo carona.

– Quando você ia me falar que o Lohan foi atropelado?

– Mas como...

E então minha suspeita se confirmou.

***

Chegando no hospital eu esbarrei numa árvore e posso dizer que foi um pouco grave pois meu braço comeceu a sangrar .

– Ô, pare de sangrar na minha calçada - Disse o senhor morador daquela casa.

Não, eu não ía mais suportar isso.

– Ô, olha aqui, eu não queria faltar com respeito, mas, pelo amor de Deus, será que esse dia não podia ficar pior?

– Eu não sou psicólogo...

– Ah, me desculpe, mas agora o senhor vai escutar. Eu tive um pesadelo horrível quando eu acordei, eu quase fui atropelada, não uma, mas 3 vezes. 3 vezes!!! E sabe, o meu irmão foi atropelado, e eu estava indo pra lá agora. O senhor sabe o que meu irmão significa pra mim? Não, o senhor não sabe porque eu ainda não te falei! Ele significa TUDO pra mim!!! E então o senhor faz o favor de ter uma droga de uma árvore na frente da sua casa e daí eu bato nela com tanta força que eu começo a sangrar. E ai, como um bom cidadão você que me faça o favor de me ajudar... Mas não.... O senhor vem reclamar da sua calçada, aquela que eu não vou limpar, nem que você chame os políciais! A sua ínutil e insignificante calçadinha. Ah, mas não precisa me ajudar. Nãoooo.... Eu vou embora e vou chegar no hospital pra ver meu irmão em pior estado do que eu!

Ele estava boquiaberto, assustado e um pouco surpreso. Provavelmente entrou em casa correndo para chamar os políciais, mas eu não ia ficar tempo o suficiente para ver.

***

Então diário, é isso, eu estou super preocupada. Meu irmão, o único ser especial da minha vida, eu amo aquele ser humano incompetente que não sabe dirigir. E é tudo culpa minha, eu devia ter organizado tudo melhor, alugado um taxi ou coisa assim, pois eu sabia que ele não era um bom motorista. Mas então é assim mesmo, o jeito e ficar me remoendo e esperar pra ver se fica tudo bem.

Mas, afinal, não é assim que as histórias terminam? Com um final feliz? Tudo vai ficar bem, eu espero.


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Notas finais do capítulo

Muito mas muito obrigada mesmo por ler!!!!



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