Rosalinda Walker (Ros), 17anos, americana, 1,63cm.

Quando menos esperamos a nossa vida pode se tornar num inferno, ou então pior que isso!

Desejas nunca teres nascido, nunca teres vindo para este mundo cruel. Que faz partir as pessoas que mais amas no mundo! Ou então, as pessoas que mais amas te traem!

Lá estou eu, Ros, mais um dia, mais uma noite neste quarto sofrendo por tudo. Faz uma semana que aqui estou, amanha será apenas mais um dia vivendo aqui, assim, em lagrimas, dor no peito, sem comer direito, apenas sofrendo…

Tentando não olhar para as suas fotos, uma coisa que é impossível.

Tentando ser simpática com as pessoas que me rodeiam, mas é impossível.

Tentando sorrir, mas é impossível.

Tentando deixar de sofrer, mas é impossível.

Tentando tudo e no fim não conseguir nada…

***

Acabei de acordar e com o telemóvel a tocar, só eram 9h ainda, peguei nele vendo o nome, Lana, uma das minhas melhores amigas… Logo atendi.

– Sim – disse com voz de sonho.

– Finalmente deste sinal de vida – animada com sempre.

– É… porque que ligas-te?

– Quero que venhas comigo, hoje ao Starbucks, tenho um encontro mas não quero ir sozinha, vens?

– Primeiro: não me apetece sair de casa. Segundo: o encontro é contigo não comigo.

– Tu já não sais de casa à mais de uma semana, tens de sair. E no encontro ele disse que ia levar um amigo e que eu podia levar uma amiga minha e eu lembrei-me de ti. Anda lá vai-te fazer bem sairés e conheceres pessoas novas.

– Não me apetece… - ela me interrompeu.

– Anda lá, anda lá, anda lá, anda lá, anda lá, anda lá, anda lá, anda lá, anda lá, anda lá…

– Não te vais calar, em quanto eu não disser que sim não é?! Ok eu vou. Mas não me obrigues a ser simpática, e estar sempre com um sorriso na cara, ok?!

– Ok, às 2h estou em tua casa, estou com saudades tuas, beijos.

– Beijos.

Lá me levantei e entrei na casa de banho para tomar um duche, despi-me e liguei a água quente, entrei e logo a seguir lagrimas caiam pelos olhos, mais uma vez… Sai e meti uma toalha à volta do meu corpo. Sai da casa de banho e fui ao closete peguei numa roupa e desci para a cozinha.

Peguei numa maça e sentei-me na mesa a olhar para o nada em quanto comia…

– Finalmente sais-te daquele quarto! – a minha mãe ‘acordou-me’ para a viva.

– Por pouco tempo, daqui a pouco volto para lá – respondi fria.

– Quando é que sais de lá? Estás lá trancada à dias.

– Hoje vou sair de casa não te preocupes!

– Vais onde?

– Vou sair com a Lana.

– Fazes bem – deu um sorriso fraco – Amanha tens de ir para a escola não podes mais faltar, não podes perder este ano.

– Ok, vou para o quarto – alevantei-me e fui para o quarto mais uma vez.

***

Faltava pouco para as 14h, fui à casa de banho lavar a cara e meter maquilhagem para disfarçar os olhos inchados, até que bateram à porta.

– Entra – disse sem vontade nenhuma de falar.

– Então pronta? – entrou no quarto toda animada.

– Sim, mas… Sem vontade de ir.

– Mas vais se não eu pego em ti por uma orelha e levo-te.

– Deixa estar eu prefiro ir com os meu pés.

– Bem me parecia – sorriu.

– Vamos?

– Claro, não o posso fazer esperar. Ele é tão lindo, meu deus.

– Ainda bem.

– Ai credo, as tuas respostas são tão curtas, vou te dar um dicionário no teu aniversário.

– Eu só não sou uma fala barato como tu, é simples – disse com um sorriso sarcástico.

– Sim também te amo. Agora vamos.

Saímos de casa e entramos no carro dela.

– Promete ser simpática pelo menos ok?

– Vou tentar, mas não prometo.

Tinha-mos acabado de chegar, ela saiu do carro e eu fiz o mesmo.

Fui para o lado dela e entramos juntas, ela ia em direção a dois rapazes que estavam sentados a rirem-se.

A Lana ia com um sorriso maior que a Rússia, e quando chegamos lá os dois rapazes olharam para nos e sorriram…