Meu Nerd Atrapalhado escrita por jessp


Capítulo 4
Capítulo 3 - Obrigada Hitler


Notas iniciais do capítulo

Eu seeeeeeeeei que demorou. Não me matem u.u Mas, enfim está aí. Espero realmente que gostem *-*



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Sentei-me da minha carteira e me concentrei. Logo, já que era dia de prova e parecia que somente eu apreciava essa matéria, umas trinta pessoas me rodearam perguntando se podiam se sentar ao meu lado. Eu odiava isso. Primeiro porque eu sabia que pelo menos 99% daquelas pessoas não fazia ideia de qual era o meu nome. Vinham até mim apenas por que eu era bom em história e eles podiam se aproveitar disso. Segundo, porque eu sou meio claustrofóbico, sabe? Muita gente me rodeando, me deixa mais vermelho do que o costume e logo eu fico meio aterrorizado. Mas naquele dia alguém me salvou. Ela. Outra vez. E eu estava gostando disso.

                - EI! SAIAM DAÍ! ANDA, XÔ! – Berrou impaciente enquanto tentava atravessar por entre todas aquelas pessoas. – ELE VAI FAZER ESSE TRABALHO COMIGO.  ELE JÁ ME PROMETEU ISSO, AGORA CAIAM FORA. – Ela voltou a berrar. Uma coisa que eu aprendi em todos os anos observando Bella Swan atentamente, é o fato de que ela adora falar algumas oitavas acima do normal. – Não é Edward? – Sorriu-me. Acenei positivamente. – Viram? XÔ, EU DISSE XÔ. – E tão rápido quanto apareceram, todos se afastaram xingando baixinho.

                - Você não se importa não é? – Cochichou-me – Eu, bom, eu sou um completo desastre em história, e... Merda, você deve tá pensando que eu só vim pra me aproveitar do fato de que você é muito bom nessa matéria, né? Desculpa. Não é verdade, eu.. Bem, eu preciso de ajuda é claro, mas não é só por isso que.. – Sorri. Ela era adorável.

                - Tudo bem. Eu entendo. – Eu entendia mesmo. Ela era tão terrível em história quanto eu era em Educação física. E eu não tinha realmente nenhum problema em fazer o teste com ela. Ela sabia meu nome, isso já era muita coisa.

                - E pelo volvo... – Começou, mas eu interrompi-a antes que terminasse.

                - Sem sangue, sem culpa.  (n/a: nhá, alguém lembra?) Bom... Ninguém saiu machucado então sem problemas. – Tentei sorrir, mas acho que fracassei, pelo olhar preocupado que ela me mandou.  – De verdade.

                - Ok então. Eu... – Foi interrompida pelo professor que entrou na sala cantando alegremente. Era sempre assim, toda prova era uma música diferente.

                - Bom dia, classe. Espero que tenham estudado... – Um sorriso maldoso se formou em seu rosto - ...Bastante, por que a prova não vai estar fácil. – Alguns alunos gemeram em frustação, como uma prova sobre a segunda guerra mundial pode estar difícil? É um assunto tão simples. Ele começou a entregar as provas enquanto ditava as regras já tão conhecidas pelos alunos. – Vocês farão a prova em dupla, então os livros estarão proibidos. Lembrem-se, dupla e não quarteto, ouviu senhor Newton? Vire-se e faça a prova apenas com seu colega ao lado. – Ele entregou-me nossa prova e logo que eu li a primeira questão sabia que definitivamente eu teria mais um dez para orgulhar minha mãe. Comecei a responder, mas logo fui interrompido.

                - ‘cahaam...’ Eu gostaria de fazer também Edward. – Bella pediu sorrindo de leve. – Tentei argumentar:

- Mas você disse que não sabe..- comecei, mas ela não me deixou terminar.

- É, mas ao que parece eu estou aqui para aprender – declarou. Olhei-a nos olhos e me perdi naquele mar de chocolate. Estava irritada. E ainda mais linda. Ela continuou a perfurar-me com aqueles grandes olhos de coruja castanhos dela.

                - O...Ok. – sussurrei, sentindo minha face corar quando percebi que passei tempo demais babando e olhando pra ela. – podemos fazer assim: você faz uma e eu faço outra, e tiver dúvida eu te explico...? – sugeri hesitante. Ela me deu um enorme sorriso que fez inveja ao gato Chesire (n/a: pra quem não sabe esse é o nome do gato risonho, de Alice no país das maravilhas) e assentiu. Começamos a fazer, e logo eu percebi que ela tinha um certo problema com datas. Mas fora isso ela não era de todo mal.

                - Eu nunca entendi por que estudar sobre Hitler. Ele era cruel, como pode ser importante para a História? – Questionou-me enquanto eu respondia a minha pergunta. Terminei e passei para ela.

                - Bom, é importante estudar sobre a segunda guerra mundial e, bom, ela aconteceu por culpa de Hitler, o que torna importante estudar sobre ele. Quer dizer, quantas pessoas sozinhas conseguiram mudar a mente de uma nação e fazer o mundo entrar em guerra? – Corei. Eu tinha me empolgado. De novo. Mas Bella somente sorriu para mim.

                - Você é tão fofo assim. – As maças de suas bochechas ficaram vermelhas.

                - Assim como? – Perguntei.

                - Desse jeitinho todo sabichão. Eu sabia que você era inteligente, disso toda a escola sabe, mas vendo você explicando assim, é fofinho.  – Ela riu baixinho, e desviou o olhar. Eu estava bobo com isso. Quantas pessoas no mundo acham um nerd ‘fofinho’ enquanto ele estava explicando alguma matéria? Isso, nenhuma. Só ela. Ela podia ficar mais perfeita? Continuamos a responder o teste em silencio.

                - ACABOU O TEMPO! – O professor anunciou. Nós já havíamos terminado, então rapidamente entregamos. – A tarefa de casa de vocês já está no quadro. E é para semana que vem.  – Olhei para o quadro e vi que era um trabalho sobre Socialismo e Capitalismo. O trabalho era em dupla. Virei para o lado e Bella estava me encarando. Ela olhou-me por baixo dos cílios e eu perdi o fôlego.

                - Posso fazer com você? – Perguntou-me timidamente – O trabalho eu quero dizer. – deu-me um sorriso sem graça. – Continuou me olhando. – Edward?

                - Hã? Pode! Claro que pode! Porque não, né? Sem problema. Nenhum mesmo. Falo com você depois, tchau. – Falei apressadamente, juntando minhas coisas e correndo para fora. Eu queria bater minha cabeça na parede. Eu tinha graves problemas, certeza disso. Eu era um retardado. Mas BELLA SWAN me pediu para fazer o trabalho com ela. Eu estava no céu. Quase a ponto de sair dançando por aí. Controlei-me e fui para o refeitório, encontrar com meus irmãos Emment e Alice, e seus respectivos namorados Rosalie e Jasper.

                 - PEQUENO EDDY! – Saudou-me o gorila que eu carinhosamente chamava de irmão. – A Calanguinha já tava preocupada. Você sempre é o primeiro a chegar... – Ele observou-me minunciosamente. – OOOH! E esse sorriso ein? Você tá parecendo que a qualquer momento vai sair dançando por aí.  – Desviei o rosto, meus olhos encontrando um certo mar de chocolate. Bella sorriu-me e acenou. Corei violentamente, acenei rapidamente de volta e virei o rosto para dar de cara com o sorriso malicioso da minha irmã.

                - Edward? Está faltando você me contar algo? – Ela balançou as sobrancelhas pra cima e pra baixo.  – Me pergunto por que ela acenou e sorriu pra você. Edward? – Ela chamou.

                - Hein? A Bella? MEU IRMÃO FINALMENTE DEPOIS DE ANOS, DESENCALHOOOOOOOOOOOOOOOU. É O FIM DO MUUUUUUNDO! – Uma arma. Eu necessito de uma arma. Como é que essa mala, não malas são pequenas isso é um baú mesmo, faz isso comigo. Olhei para os lados apenas para ver todo o refeitório me encarando. Procurei por Bella, mas ela havia saído. Talvez não tivesse ouvido, graças a Deus. Mas isso não diminuiu a raiva que eu senti na hora que meu estúpido irmão resolveu gritar pro mundo sobre minha vida.

                - EMMENT QUER PARAR COM ISSO? – Berrei. Tá, eu sempre fui um cara calmo, na minha. Mas uma hora a gente cansa e fica puto. Principalmente com essa obsessão que meu irmão tem pela minha vida amorosa (ou falta dela, que seja).

                - Ah que sem graça você Eddie. – Ele resmungou – Eu tenho direito de ficar orgulhoso por você ter arrumado alguém sabe? Eu tinha quase certeza de que você era gay. Imagina o trauma que eu sofreria com isso! Eu... – voltou a tagarelar, mas eu o interrompi.

                - Com licença – E saí. Gay? Agora pronto, era só o que me faltava. Estava procurando um lugar isolado para ficar e tentar superar a vergonha que eu tinha acabado de passar. Droga eu conseguia me constranger sozinho bem o suficiente. Não precisa de ajuda. Perdido em meus pensamentos não percebi  quando esbarrei em alguém.

                - Desculpe – Pedi, antes de ver quem eu tinha atingido. Era Bella, mas... Seus olhos e seu nariz estavam meio vermelhos... Estava chorando?

                - Tu...tudo bem – Ela tentou ir, mas eu a detive. – Me deixe ir Edward – Ela me pediu suplicante.

                - O que aconteceu? Por que estava chorando? Machucou-se? Alguém lhe fez algo?  - Disparei as perguntas rapidamente. Estava agoniado. Minha pequena esteve chorando. Eu precisava saber o por que.

                - Não, eu só... Foram... Não é nada Edward. – Ela gaguejou e desviou o olhar. Eu me senti mal, não devia invadir a privacidade dela dessa forma.

                - Tudo bem, não me conte, mas pode fazer algo pra mim? – pedi carinhosamente.

                - O que? – Olhou-me com seus grandes olhinhos curiosos. Sorri. Ela tão linda, a minha menina.

                - Não chore Bella, você é um anjo e os anjos não devem chorar jamais. São preciosos demais para isso. – Sussurrei-lhe rapidamente corando por isso. Olhei pro outro lado, sentindo toda a minha coragem pra falar aquilo indo embora.  – Ér... Eu já vou... – Sua mão quente e macia tocou meu rosto, fazendo-me olhar para ela.

                - Você é um amor, sabe? – Ela sorriu e se aproximou. Fechei os olhos. Senti os lábios dela na minha bochecha. Claro Edward, como você é iludido. Ela sorriu. – Então, na minha casa ou na sua?

                - O QUE? – Perguntei chocado. Era assim mesmo? Eu não era expert em relacionamentos mas achava que as coisas eram um pouco mais lentas que isso... Eu... Bem... Nós nem tínhamos conversado direito ainda. – Eu...eu...Ér..

                - O-o tra-trabalho, eu quero dizer. – ela limpou a garganta. – História, lembra? – Ela sorriu nervosamente, corada feito uma pimentinha. Eu sabia que estava do mesmo jeito.

                - ãnh, eu não sei. Na minha, eu acho. Só se estiver bom pra você. – consegui responder. Morar com meu irmão estava me fazendo levar tudo pro lado da maldade.

                - Tudo bem então. Então hoje as três?

                - Sim. – respondi.

                - Então eu te vejo lá. Tchau.– sorriu-me, beijou minha bochecha outra vez, e saiu.

                - Tchau. – Eu te amo, eu quis dizer. Sorri e toquei minha bochecha. Dois beijos. DOIS BEIJOS. Meu sorriso estava a ponto de rasgar meu rosto. Eu não tava nem aí. Agora eu só precisava ir pra casa, me certificar que meu quarto estivesse decente e esperá-la.  


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? >..< Eu simplesmente morro com ele chamando ela de "minha pequena" então isso tinha que ter aí *-* Reviews?