Up All Night - 2 Temporada escrita por Gih da 1D


Capítulo 11
McFly


Notas iniciais do capítulo

Minha nova paixão haha. Sintam que seu namorado levou vc pra ver os minos... Imaginem só



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Lais narrando:

- AH, QUE MERDA! - gritei, sem me dar conta que estava no meio do hotel. Todos me olharam.

- Hum... Tudo bem? - Louis perguntou.

- Me diga uma coisa, quando alguém grita "que merda" parece que a pessoa está bem? - respondi sem me importar de estar sendo grossa.

- E o que aconteceu? - ele sempre ignorava minhas grosserias, como conseguia?

- McFly ta aqui e eu não vou poder vê-los. - fiz bico. Era minha banda favorita!

- Por que? Eu te levo se você quiser.

- Louis, a gente vai embora amanhã! E nem tem mais ingressos....

- Ah - ele pensou por um momento e fez menção de me abraçar, mas eu me afastei.

- Relaxa - forcedi um sorriso - nem era tão importante assim.

Fui pro quarto e me tranquei lá. Não era drama, mas McFly sempre foi, na minha opinião, a melhor banda do mundo e era muito frustrante saber que eles estavam no mesmo país que eu e não daria pra vê-los. Ignorei toda e qualquer pessoa que me ligou. Decidi arrumar minha mala pra tirar isso da cabeça, afinal, amanhã iríamos para os Estados Unidos, um país que eu queria muito conhecer.

Depois de um tempo eu me cansei e deitei na cama, só pra dar uma descansada, mas quando vi Nayara já estava me acordando e o sol estava me cegando.

- Que horas são? - perguntei sonolenta.

- 11 - ela riu - fico feliz que tenha dormido cedo.

- Por que?

- Assim você não viu que eu não dormi aqui...

- AI MEU DEUS VOCÊ E O NIALL... - gritei, dando um pulo na cama e arregalando os olhos. Ela se jogou em mim, tapando minha boca e riu.

- Claro que não... Eu só dormi na mesma cama mas não rolou nada.

- Por que? - perguntei, agora chocada.

- Porque eu sou santa... Dã.

- Ah, claro - pensei por um momento - ele broxou?

- LAÍS! - ela riu - para ok? Ele é perfeito, eu só não quis... Enfim, desce que o café não vai ficar por muito tempo lá e a gente precisa aproveitar o útlimo dia.

- Não posso aproveitar aqui? - resmunguei.

- Não, sua podre! Se arruma e desce ok? A gente vai dar uma festa de noite.

- Então de noite eu desço - prometi, fazendo figas sem que ela visse.

- Nossa, tudo isso por causa daquela bandi...

- NÃO OUSE! - gritei e me virei na cama. - Vou voltar a dormir até poder ir no próximo show.

- Dramatica, talvez você vá no show - ela falou baixinho.

- O que? - me virei pra ela.

- Nada - ela abriu a porta.

- Volta aqui, puta.

Mas ela já tinha saído do quarto, então corri atrás dela por todo o hotel, até ela se cansar.

- O que você quis dizer com "talvez você vá"? - perguntei sem fôlego.

- Ai, nada. É só que os ingressos ainda não acabaram então... Enfim, você pode me soltar e ir se vestir? - percebi que segurava o braço dela com força o suficiente pra deixar a marca dos meus dedos e que ainda estava com meu pijama, um shorts e uma regata de vaquinha. Corei e voltei correndo pro quarto. Chequei a internet para confirmar, mas como o esperado não tinham mais ingressos. Que idiotice a minha, me iludi achando que ainda dava pra ir.

Bufei. O último dia na Austrália ia realmente ser um inferno? Peguei meu iPod e me enchi de música deles, pelo menos ia sofrer junto com o Tom. Mais uma vez acordei com alguém me chamando, agora era Aline e ela estava bem arrumada. Percebi que já era noite eu provavelmente teria que ir à festa.

- Hum - me espreguicei - sou obrigada a ir?

- Nem sabe onde vai - ela riu e me levantou - Se arruma.

- É festa do que? - ela usava um vestido de uma manga só preto e brillhante. Provavelmente era balada.

- Poem um shorts jeans e uma regata... Talvez aquela do McFly.

- Que sentido tem isso? 

- Pelo menos você vai usar alguma coisa deles - ela falou, com um tom sarcastico na voz.

Mesmo achando estranho coloquei a roupa que ela indicou. Na hora de pegar meu salto ela tirou da minha mão e me deu o all star de cano alto. Olhei pra ela desconfiada mas ela sorriu, me encorajando.

Descemos até o hall, onde para minha surpresa só estava Louis. Aline sorriu e sussurrou um boa sorte pra mim. 

- O que é isso? - perguntei, olhando pro lado, procurando desesperadamente alguém. Não queria ficar sozinha com ele.

- Vou te levar pra festa - impressão minha ou ele enfatizou o "festa" ?

- Hum... Por que sozinho?

- O carro tava lotado.

- É uma limosine - argumentei.

- Vamos de moto. - ele me guiou para fora do hotel, onde uma mota com dois capacetes pretos nos aguardava.

- Louis... Sério, onde vamos?

- Festa, baby - ele riu e colocou o capacete em mim. Me senti corar e agradeci internamente o capacete cobrir metade do meu rosto.

Louis subiu na moto e esperou eu me ajeitar. Era estranho ter que segurar nele, não que eu não gostasse do contato, mas odiava ficar tão perto porque eu sempre perdia o controle. 

Enquanto íamos passando pelos carros, eu percebia o trânsito aumentado, mais e mais pessoas com faxas e cartazes andando pela rua e comecei a reconhecer o lugar. Senti minhas pernas tremerem e minha mão começar a suar. Louis ia rápido então ele provalvemente não ouvir minha pergunta, mas eu não precisava dela pra saber que estava perto do estádio onde McFly se apresentaria, em menos de duas horas. 

Quando ele finalmente parou a moto, ha alguns metros da entrada, eu comecei a gritar, chorar, tremer, enfim, estava em pânico.

- A GENTE VAI VER ELES? - perguntei enquanto chorava.

- Sim - ele riu - arrumei ingressos, só não vai dar pra conhece-los dessa vez, lamento.

- LOUIS, VOCÊ É PERFEITO - eu ri e o abracei. Não creditava no quanto aquilo era perfeito. Sem me dar conta peguei a mão dele e o arrastei pra dentro. Não sei se ninguém tinha percebido ou se estavam ignorando a presença dele, mas conseguimos passar direto pelas pessoas e entrar logo na pista premium, de cara pro palco. Olhei pra ele emocionada e o abracei novamente. Ficamos conversando enquanto o show não começava e naquele momento eu estava tão louca que ria de tudo o que ele falava. 

Um tempo depois o show começou e eu já não sabia mais como ainda tinha lágrimas em mim. Louis parecia acompanhar todos os meus movimentos. Desde os pulos em Lie até minha crise de choro (mais uma vez) em Falling in Love. A última música foi minha favorita, Shine a Light e para minha surpresa Louis sabia cantá-la inteirinha.

"Tell me are you feeling strong, strong enough to love someone" (me diga que você se sente forte, forte o suficiente pra amar alguém) 

Ele me olhou e fez um coração no ar pra mim, o que me fez rir.

Continuamos pulando e cantando, e pela primeira vez naquela noite eu me deixei demonstrar de verdade o que sentia por ele. Encenávamos a letra da música enquanto todos ao redor pulavam e olhavam feio pra gente, do tipo "malditos, calem a boca e curtam o show".

Louis se voltou pra mim no rafrão.

"She took the light and left me in the dark, yeah" (ela tirou a luz e me deixou na escuridão)

"She left me with a broken a heart, yeah" (ela me deixou com um coração quebrado)

"Now i'm on my own" (agora estou por conta própria)

"If anybody sees her, shine a light on her" (se alguém a ver, ilumine-a)

Era completamente enlouquecedor ouvir a voz dos meus garotos e do Lou ao mesmo tempo. Não tinha como não chorar, mas agora, de emoção. Ele me puxou pra perto e colocou os braços em volta de mim, mas mesmo assim continuei pulando (agora com ele) e agitando os braços para fazer os meninos me verem.

"Tell me can you hear my voice, loud and clear above the noise" (me diga você consegue ouvir minha voz? Alta e clara acima do barulho) Louis falou no meu ouvido, me fazendo sorrir. Assenti. Era óbvio, quem não ouviria a voz de anjo dele?

Mais um refrão que nós pulavamos e gritavamos. Nessa música ele parecia muito mais animado do que em todas, por algum motivo que eu ainda não sabia.

Por fim eles se despediram das pessoas (e mais lágrimas rolaram) e as pessoas começaram a, lentamente, sair do estadio.

- CARACA! EU TO SURDA E ROUCA - falei rindo pro Louis.

- ATÉ QUE GOSTEI DOS CARAS - ele gritou de volta, me fazendo rir mais ainda. Ele parecia bebado agora.

Subimos na moto novamente, agora em silêncio para poupar a voz, até que percebi que o caminho era diferente. Como antes, ele não me ouviria então esperei pra ver onde iríamos. Louis parou em uma barraca de cachorro quente na rua.

- Ta brincando né? - olhei pra ele incrédula.

- Não ta com fome

- Eu vi o Dougie, o Tom, o Danny e o Harry! Como eu posso estar com fome? Eu ainda to morrendo por isso.

Ele sorriu e pediu um recheado. Fiquei observando-o comer, relembrando cada momento do show.

- Gostou? - ele perguntou por fim.

- Foi perfeito Lou, mais uma vez, muito obrigada - sorri. Ele passou os braços pelo meu ombro e ficamos assim, no meio da rua, abrigados por uma barraquinha de cachorro quente.

- Ei - chamei.

- Hm? - ele me olhou.

- Onde vamos agora?

- Aeroporto... Temos Estados Unidos amanhã, lembra?

- Mas o voô já foi - me lembrei de repente de todos os compromissos.

- Jatinho particular - ele riu - tem privilegios ser cantor.

- Interessante - ri também.

Levantamos e fomos até a moto. Antes de por o capacete eu aproveitei pra falar a única frase que ele odiava.

- Ei Lou.

- Sim?

- Orgulho de você sabe...

Ele sorriu presunçoso.

- Por que?

- Você aguentou pular com toda essa bunda.

Nós rimos e ele bagunçou meu cabelo. 


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Notas finais do capítulo

E aí?